segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lollapalooza Brasil 2012

Depois de tantos posts (ficou faltando um sobre O Rappa, que fez um show sensacional e não a toa garantiu o passaporte para o Lollapalooza de Chicago, mas faltou material e outros dois com colaboração de Andre Mertens, que devo postar em breve) ficou faltando um resumo do festival! Não mais, aqui vai ele...

Ter a marca de um festival como o Lollapalooza investindo no Brasil é algo muito positivo para quem gosta de música e shows. Chama ainda mais a atenção para nosso país e reforça o fato de que estamos entrando definitivamente na lista de locais indispensáveis para as maiores turnês do mundo.

O local escolhido para o festival, Jockey Clube de São Paulo, era grande o suficiente para receber todo o público, mas no 1o dia, 75 mil pessoas, talvez tenha sido um pouco demais. Boas notícias vieram de uma entrevista do presidente da GEO Eventos, que o evento para 2013 deve ter lotação máxima de 60 mil pessoas por dia. De qualquer forma, os problemas principalmente de saída foram iguais a qualquer outro evento em São Paulo. Existe alguma organização para aqueles com meio de transporte particular (neste caso os ônibus que levavam pessoas para os shoppings onde haviam estacionado seus carros). O metrô perto, de fato foi uma vantagem, mas sem nenhum esquema especial para atender o evento, fechando então logo após o fim das apresentações.

Não consigo entender como até hoje nenhum organizador de evento conseguiu organizar junto com a prefeitura um corredor de taxis onde todos os taxis chegam numa fila e as pessoas também em fila vão pegando os carros. Vi isso funcionar num festival em Portugal e é impressionante a rapidez como as pessoas vão partindo, pois são muitos taxis chegando esvaziando a fila. Espero que para 2013 os esquemas de chegada e saída em transporte público sejam melhor pensados.

De qualquer forma o Jockey é mais perto que a chácara do Jockey ou Paulínea, por exemplo. Tem uma vista bem diferente de São Paulo e é bem espaçoso. O clima festival, de poder deitar na grama entre uma apresentação e outra é muito bom. Achei a escolha do local muito boa! Foi interessante também ver a quantidade de crianças (até bebês no festival) e tudo em paz.

O esquema de comida e bebida foi muito mal no primeiro dia, com filas gigantes! No segundo dia a situação estava controlada, mas ainda assim foi um erro grave. As informações dadas no 1o dia diziam que as fichas só valiam para aquele dia, o que no final não foi verdade. Cerveja a R$ 8,00 também é um abuso, mas no final consome quem quer. Mas que poderia existir algum bom senso dos organizadores, poderia. O esquema de comida fechado com a Sadia foi bem pensado, fazendo a comida sair rapidamente.

Os banheiros existiam em grande quantidade e bem localizados e aí ponto positivo para o festival.

Sobre as apresentações, o lineup foi bem diversificado, coisa que normalmente não acontece em festivais por aqui. Obviamente públicos bem diferentes por isso, mas todos convivendo bem. Ambos os palcos principais estavam MUITO BAIXOS, o que tornava difícil ver as apresentações de longe. Os shows no Morumbi são prova de que mesmo de longe, em um palco alto, é possível ver bem a apresentação. O som da tenda eletrônica por mais de uma vez atrapalhou o som do palco Butantã. Isso atrapalhou algumas bandas.

De qualquer forma o lineup foi um dos mais fortes já vistos em festivais no Brasil (acho que só o Rock in Rio consegue fazer frente). Rolou só algum pecado em colocar os principais nomes da música eletrônica para fechar a noite, assim como os principais nomes de rock. Resultado: os melhores shows tinham horário conflitante. Fiquei com muita pena de não ver o Crystal Method, Calvin Harris e o Skrillex (consegui ver umas 4 músicas dele e o cara é INSANO).

Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a ausência de lixeiras em quase todo o Jockey. Via-se uma aqui e outra acolá, mas seriam necessárias muitas mais pela quantidade de gente. Mas ponto positivo para o público, pois vi muita gente andando até as poucas lixeiras existentes para jogar copos e embalagens.

Parece que o festival foi horrível, né? Mais ponto negativo que positivo neste post! Mas não é isso! Os negativos a gente repara e os positivos a gente curte!

O festival foi sensacional e apesar do meu corpo lembrar que não deveria mais fazer isso (12 horas direto por dia), me diverti horrores. Claro que boa companhia ajuda muito nestas horas e isso eu tive em ambos os dias. Boas bandas, shows surpreendentes, tempo bom (apesar de alguma chuva no domingo), boa companhia e uma cervejinha fazem um programa ideal.

Que venha o Lollapalooza 2013! Provavelmente estarei lá! E você? Gostou? Iria em 2013? Diz aí embaixo...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Arctic Monkeys - 08/04/2012

Arctic Monkeys não decepcionou! Um baita show! Banda afiada, galera animada e luzes complementando o espetáculo! Pra mim, um dos melhores shows do festival! Gosto de show com música forte, rápida, em que você dança simplesmente porque não tem como ficar parado.

Fico impressionado desde que ouvi a banda pela primeira vez pela qualidade da banda. As músicas que tocam tem muita variação de melodia, muitas notas e muita velocidade. Se existem erros, são imperceptíveis para nós mortais. Qualidade de som incrível.

Ficou claro o quanto prefiro o som dos dois primeiros discos em comparação aos outros discos. Os dois primeiros são mais rápidos, mais crus e tem mais energia. Parecem ter menos produção por trás e parecem ser o som de uma banda que surgiu do nada e que ainda tinha maior liberdade de criação. A partir do terceiro as músicas são mais produzidas, mais lentas, com mais arranjos e na minha opinião, acaba caindo mais no lugar comum de outras bandas. O som também é bom, mas não me agrada tanto como os dois primeiros.

O setlist foi:
1) Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair
2) Teddy Picker
3) Crying Lightning
4) The Hellcat Spangled Shalalala
5) Library Pictures
6) Brianstorm
7) The View From the Afternoon
8) I Bet You Look Good on the Dancefloor
9) Brick by Brick
10) This House Is a Circus
11) Still Take You Home
12) Evil Twin
13) Pretty Visitors
14) If You Were There, Beware
15) Suck It and See
16) Do Me a Favour
17) R U Mine?
18) When the Sun Goes Down (bis)
19) Fluorescent Adolescent (bis)
20) 505 (bis)

Show começou com uma música das novas em que todo mundo pirou. Eu não. Quando começaram as antigas, eu pirei! Dancei, pulei, cantei a plenos pulmões. Até em rodinha eu fui parar (sim, foi um ato impensado. Eu não tenho mais idade para isso. Nem me lembrei que estava de mochila e com celular e máquina fotográfica nos bolsos).

Algumas músicas são tão rápidas que por vezes nem dá para pular no ritmo. Mas dá para se jogar! E estava todo mundo se jogando.

O vocalista num visual rock anos 50 não combina muito, acho eu. Mas o resto da banda continua meio jogada ainda. Baterista com calças Adidas, esmurrando o instrumento. O resto sem tanta produção.

Performance incrível em 'Brianstorm', 'I Bet You Look Good on the Dancefloor' e 'When the Sun Goes Down' (a fatídica música da rodinha). O resto foi muito bom ou apenas bom. O público mais fã, cantou tudo junto. Mas dava para perceber que o público, mais novo, conhecia bem melhor as coisas mais novas que mais antigas, que nem são tão antigas assim. Estávamos revezando.

Ótima forma de terminar o festival, que na minha opinião foi muito bom (depois faço um post falando apenas do festival e de outras atrações que vi algumas pequenas partes). E que venha 2013! E quem sabe com Arctic Monkeys de novo!

Dois vídeos para demonstrar a energia do show, sendo um de uma música mais antiga, 'Brianstorm' e outro de outra mais nova, 'Pretty Visitors'.

- Brianstorm



- Pretty Visitors

Jane's Addiction - 08/04/2012

Posso dizer que seguramente o Jane's Addiction foi a banda mais deslocada do festival inteiro. Enquanto todas as bandas tinham um apelo mais indie, sons novos ou um apelo de rock para grandes públicos, o Jane's Addiction só tocou porque nosso querido idealizador desta festa toda, Perry Farrel, é o vocalista da banda. O som é antigo, pouco conhecido das novas gerações e com um estilo bem diferente de tudo que estava tocando ali.

O show estava vazio e quem lá estava não estava muito interessado. Claro que novamente, o mesmo problema pelo qual passou a Joan Jett, passou com eles: mesmo antes do show acabar as pessoas começaram a ir embora para ver o principal show da noite, no caso Arctic Monkeys (fica a sugestão para a organização do evento, pelo fato das duas últimas apresentações serem as mais importantes, que exista um intervalo razoável entre estes shows para que as pessoas possam ver o penúltimo até o final e curtir o início do último. Isso foi muito bem feito em todos os shows no SWU por sinal).

O setlist foi:
1) Underground
2) Mountain Song
3) Just Because
4) Been Caught Stealing
5) Ain't No Right
6) Ted, Just Admit It...
7) Twisted Tales
8) Jane Says
9) Chip Away
10) Three Days
11) Stop!
12) Ocean Size

Eu sou suspeito para falar, pois curto muito a banda e já tinha visto um show deles anteriormente. Mas tenho de admitir que todos que estavam comigo sentaram, pois acharam o show chato. A banda estava deslocada e assim como o MGMT, não estava combinando com o dia do festival.

Mais uma vez não vi o show até o final, mas consegui ver 'Just Because' e 'Jane Says' e por isso já me dei por satisfeito. Mas eu achei o show em si muito bom. Perry Farrel e Dave Navarro são atrações a parte, principalmente Perry, falando com o público.

Durante o show rolam performances burlescas! Danças, performances no alto suspensas, vídeos e o ambiente vai mudando conforme a música, dando a atmosfera específica para aparesentação. Difícil saber durante o show em que prestar atenção: se no show ou nas mulheres quase se beijando em cima de um telão. Ai ai...

Infelizmente o show ficou deslocado, mas para quem curte a banda foi mais uma boa oportunidade para vê-los. Mas de fato não foi dos shows mais animados do festival.

Abaixo o vídeo de 'Jane Says', uma das minhas músicas preferidas!

Foster the People - 08/04/2012

Vamos a mais um show de uma banda que nunca ouvi na vida: Foster the People. Show ainda mais cheio do que todos os outros do dia 08 do Lollapalooza até aqui, mas conseguimos um lugarzinho bacana para ver o show, o seguramente fez muita diferença: um pouco mais atrás, mas bem de frente pro palco.

Músicas calmas e letras fáceis: receita do sucesso. As letras fáceis eu digo, porque os refrães se repetem tanto, que em diversas músicas, no meio das mesmas, eu e Zeca, um dos milhões de primos, já tínhamos decorado parte da letra.

O setlist foi:
1) Houdini
2) Miss You
3) Life on the Nickel
4) I Would Do Anything for You
5) Broken Jaw
6) Waste
7) Love
8) Call it What You Want
9) Don't Stop (Color on the Walls)
10) Warrant
11) Helena Beat
12) Pumped Up Kicks

Todas as músicas tem mais ou menos o mesmo clima. Não é a coisa mais animada do mundo, mas é legalzinho. Como eu estava no meio de um grupo muito bom, o show foi sensacional. Dançamos, pulamos e cantamos o show todo (lembre-se que eu aprendia a letra com o Zeca, um dos milhões de primos, no meio das músicas).

Durante o show eu me toquei que a banda tinha um apelo adolescente forte. Músicos bonitinhos, arrumadinhos e uma orda de adolescentes pulando e berrando as músicas dos caras. De repente me vi cercado por garotinhas que estavam loucas pelo show. Resultado, partimos para esculhambação e partir daí valia cantar qualquer parte da música, de qualquer forma e dançar todas elas.

No dia seguinte resolvi ouvir a versão de estúdio de 'Pumped Up Kicks', música mais famosa da banda e que encerrou a apresentação. Palmas para Foster the People, pois achei a versão ao vivo muito, mas muito melhor mesmo. Não é qualquer banda que consegue fazer um grande show e muito menos com qualidade superior ao estúdio e botar 60 mil pessoas para dançar.

Avaliação final é de que é um show bem divertido, mas não é uma das bandas que eu mais gostei de conhecer neste dia não. Mas caiu muito bem no clima de shows do dia do festival e vou dar uma segunda chance para ouvir melhor o som dos caras.

O vídeo, de longe, é da música 'Waste', numa escolha totalmente aleatória.

Garage Fuzz - 08/04/2012

Com um show tão chato como MGMT demos a sorte de no palco alternativo estar rolando o Garage Fuzz, banda de punk rock de Santos, com mais de 20 anos de carreira.

Ok, chegamos para as 4 últimas músicas, mas valeu para recuperar a energia que tínhamos perdido no show anterior.

O setlist não pude sacar e o único que achei na internet está claramente errado, uma vez que a música que gravei em vídeo não está lá.

Fica este post só para registrar o show da banda, com um público bom até para o palco alternativo, galera cantando junto e para lembrar que este tipo de som faz falta em festivais assim! AÍ GEO EVENTOS, MAIS PUNK ROCK E HARDCORE NOS PRÓXIMOS EVENTOS, POR FAVOR!

Abaixo o vídeo de 'When All the Things'. Desculpas, mas estando tão perto do palco, o grave da bateria atrapalhou a qualidade da gravação.

MGMT - 08/04/2012

Depois de deixar para trás o show do Manchester Orchestra que de longe me pareceu bem chato, descansamos um pouco e fomos nos meter na muvuca para o show do MGMT. Essa banda eu conhecia, pelo menos uma música. Depois de tantos shows de bandas que eu nunca tinha escutado e ter curtido todos, normal que minha expectativa por este show fosse maior.

Uma chuva começa, com nuvens negras no céu e o público aplaudindo o espetáculo de raios no céu, bem acima do palco. Promessa de um grande show. E toda a galera que lá estava curtindo, pois o show estava bem cheio, que me perdoe: mas o show é MUITO chato!

O setlist foi:
1) Of Moons, Birds & Monsters
2) Hot Smoke and Sassafrass (cover do Bubble Puppy)
3) Weekend Wars
4) It's Working
5) Electric Feel
6) Alien Days
7) Kids
8) Siberian Breaks
9) Time to Pretend
10) Congratulations

Confesso que nem vi o show todo. Pode ser que a expectativa tenha atrapalhado alguma coisa, mas o fato é que o show é muito devagar. Depois de ter batido cabeça com a Plebe Rude, ter dançado com Gogol Bordello, ter dançado com uma música mais calma do Thievery Corporation, ter rebolado com o Friendly Fires, não poderia ter vindo este show.

MGMT deveria ter sido a primeira banda a ter tocado. Quebrou total o clima. Show SONOLENTO. Sem energia. E por mais que tivesse umas músicas boazinhas, não estava combinando com a chuva e o clima do festival até então.

Quando estava saindo começou a tocar 'Electric Feel', música que eu conhecia. E nem essa eu consegui achar legal. Uma versão lenta demais. Parecia que todo mundo ia dormir, apesar do povo estar cantando junto.

Ouvi comentários contrários aos meus, de gente que curtiu pelo menos uma música ou duas. Fico feliz que alguém tenha gostado do show. Eu mesmo, achei uma das coisas mais chatas do Lollapalooza, se não que eu já vi na vida. Que me desculpem os fãs, mas por mim nem precisa voltar ao Brasil.

Como eu já estava de saída do show, abaixo vai o vídeo de 'Electric Feel', mas de longe, som ao fundo e mais imagens do telão que do palco. CHATO DEMAIS! Mas tirem suas conclusões do vídeo.

Friendly Fires - 08/04/2012

Antes tarde que nunca e atrasado, continuando a série Lollapalooza Brasil, veio o show do Friendly Fires. Mais uma banda que nunca ouvi, mas que já tinha ouvido falar, pois muita gente gosta. Disseram que era bom para dançar, então partiu!

A primeira coisa que gostei, dentro de todos meus preconceitos com bandas novas e o indie rock (aos poucos, estou aprendendo a gostar de algumas coisas novas), é que a banda não se propõe a ser uma banda de rock. Sei lá que estilo é aquele (chegaram a me dizer, mas não retive a informação), mas o fato é que temos sim um som dançante. Até demais por vezes.

O setlist foi:
1) Lovesick
2) Jump In The Pool
3) Blue Cassette
4) True Love
5) On Board
6) Skeleton Boy
7) Pala
8) Live Those Days Tonight
9) Hurting
10) Pull Me Back To Earth
11) Paris
12) Hawaiian Air
13) Kiss Of Life

Algumas coisas me marcaram no som da banda. Primeiro a guitarra, fazendo umas melodias mais doidas, enquanto o resto da banda toca a cozinha. Segundo o teclado enchendo o som para a cozinha manter o basicão. Terceiro a bateria quebrando num contratempo volta e meia, dando oportunidade para o vocalista dar uma rebolada desconcertante sempre que necessário. Na verdade o vocalista não precisa de desculpa para rebolar, pois faz isso o show todo e diga-se de passagem, de forma bem desconjuntada (depois de vários comentários de que só eu seria capaz de dançar como ele, eu declaro: EU DANÇO MUITO MELHOR!).

O vocal cai bem na banda, sendo uma coisa meio desconexa. Difícil explicar, mas o fato é que combina com o estilo musical deles.

Pelo que pude observar, público grande de fãs da banda e todos se divertiram. Sensação geral é de que o show foi bom. Eu que não conhecia, curti a banda e o estilo. Mais uma vez, a despretensão do som foi que me fez gostar deles. E depois porque eu posso dançar para caralho e se despirocar, tá todo mundo olhando pro vocalista mesmo, certo?

Abaixo vídeo de duas músicas. Gravei a primeira, 'Pull Me Back to Earth' e assim que acabei começou a segunda, Paris, que me disseram que eu tinha de gravar. Então seguem ambos os vídos, na ordem cronológica do show.

- Pull Me Back to Earth



- Paris

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Thievery Corporation - 08/04/2012

Saindo do show do Gogol Bordello comecei a ouvir o som do Thievery Corporation, mais uma banda que nunca tinha ouvido (eu tive tempo suficiente para conhecer as bandas do festival antes dos shows, mas confesso que não o fiz por uma mistura de preguiça e vontade de conhecer na hora do show apenas, pois acho que é muito bom você ser surpreendido por nova música) e na hora já curti. Comentei indo mesmo ao palco que eu ia gostar do show, pois tem uma levada de funk americano, swing, para dançar devagar, mas com instrumentos bem presentes, com baixo marcando, naipe de metais, etc.

O setlist foi:
1) WOD
2) Lebanese Blonde
3) Until the Morning
4) Sol Tapado
5) Liberation Front
6) Culture of Fear
7) Overstand
8) Hari Krishna
9) Unified Tribes
10) Vampires
11) Assault on Babylon
12) Warning Shots

De cara achei o som parecido com Groove Armada, pois a estrutura da banda é mais ou menos a mesma. Banda completa, DJ muito presente e rodízio de pessoas no vocal, dando diferentes pegadas em cada uma das músicas. Claro que o Thievery Corporation ganha muitos pontos por aqui por ter no seu grupo um vocalista brasileira que mandou, se não estou enganado, duas músicas durante o show.

Durante o show os vocalistas vão se alternando e isso vai fazendo com que as músicas passem por vários estilos (MPB, hip-hop, reggae, chill out, ragga, etc.). A dinâmica do show, indo e voltando aos estilos, é muito boa.

E o show é basicamente isso: swing, vocais mais melódicos ou agressivos e apreciar um som bem tocado e dançar muito.

Vale nota para a cítara tocada pelo guitarrista na primeira música do show. Banda tocando enlouquecida naquela adrenalina de começo de show e ele sentado no sofá, pernas cruzadas e tocando. Bem marcante. Nota também para a figura que é o baixista, indiano cabeludo bem estiloso e com uma pegada bem swingada no baixo (seguramente meu instrumento preferido depois da bateria).

O vídeo não foi a melhor escolha de música, 'Culture of Fear', pois os graves prejudicaram um pouco a gravação, mas dá pra sentir qual é a da banda.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Gogol Bordello - 08/04/2012

Meu conhecimento sobre Gogol Bordello passam por alguns amigos dizendo que gostam, outros dizendo que não e uma entrevista e apresentação deles no Jo Soares. Menos mal que eu sabia da existência da banda e acabando o show da Plebe Rude fui ver o show de Gipsy Punk (não me pergunte quem criou esta alcunha musical).

O setlist foi:
1) Intro
2) Ultimate
3) Sally
4) Immigrant Punk
5) Not a Crime
6) Wonderlust King
7) Tribal Connection
8) My Companjera
9) Trans-Continental Hustle
10) Immigraniada (We Comin' Rougher)
11) Break the Spell
12) Pala Tute
13) Start Wearing Purple

Honestamente, foda-se o setlist. Eu não conhecia nada mesmo! Mas o fato é que todo mundo que lá estava e já tinha uma galera e que provavelmente foi para vê-los (o show da Plebe Rude antes e o do Thievery Corporation depois não tinham nem um terço do público que estava vendo Gogol Bordello), estava tomando um sol daqueles na cabeça, e estava TODO MUNDO DANÇANDO!

Musicalmente falando não sei dizer até agora se o som mesmo dos caras é bom ou ruim. Eles misturam sim muita coisa: bateria, baixo, guitarra, violão, acordeon, violino, batuques e sabe Deus lá mais o que e não sei de que lugares, pois acho que tem gente do mundo todo naquele palco. Mas o fato é que juntando a música e a performance teatral (tinha até boliviano vestindo uniforme da COLUMRB - serviço de limpeza pública do Rio), o resultado é um show muito divertido.

Pensa: sol, cerveja, música animada, todo mundo veio pra festinha. Como um negócio desses ia ser ruim? Claro você pode preferir outro tipo de diversão, mas que existe grande chance de você pelo menos se divertir com estes caras, ah tem!

PS: a última música certeza que eles cantaram para a mulher que estava de roxo na minha frente durante o show! Hahahaha

Fica o vídeo de 'My Companjera' para provar que não estou mentindo.

Plebe Rude - 08/04/2012

2o dia de Lollapalooza e fiz questão de chegar cedo (depois de me certificar que estava vivo e inteiro o suficiente para presenciar mais uma maratona de shows) para ver a única atração nacional dos palcos grandes neste dia: Plebe Rude!

Como já disse em outro post: se você gosta de música e gosta de Plebe Rude, eu te respeito pacas! Mas se você nasceu ou foi criado em Brasília, ouvir e respeitar bandas como Plebe Rude, Legião Urbana e Capital Inicial tem outro contexto e outra importância (de novo, minha opinião). E lá fui eu acompanhado da prima Keka e do fiel escudeiro e protegido João para o sol de 30 graus ver a Plebe tocar, mais uma vez com a ilustre presença de Clemente na guitarra e vocais.

Cheguei um pouco atrasado, mas ainda ouvi 'Luzes'. Uma homenagem ao Redis do Cólera foi tocada, com imagens no telão. Músicas dos Inocentes e da Legião Urbana (Geração Coca-Cola) também foram tocadas, num mix de rock nacional daqueles para ninguém botar defeito, se é que você gosta de rock nacional.

'Johnny Vai a Guerra', mais Inocentes e o grande final com 'Pânico em SP' e 'Até Quando Esperar'. Grande show, mas a verdade é que faltou um pouco mais de rock nesse Lollapalooza. Ou será que falta banda boa de rock nova?

Abaixo o vídeo do grande final! 'Pânico em SP' e 'Até Quando Esperar' num vídeo só!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Foo Fighters - 07/04/2012

Este foi o meu 4o show do Foo Fighters. Mas seguramente foi o 1o para a maioria das 70 mil pessoas enlouquecidas que foram ao Lollapalooza ver a banda (o maior atrativo desta noite para quase todo mundo). Este mesmo show, seguido do lançamento do álbum 'Wasting Light' eu vi em Portugal em 2011 e foi sensacional. Não que este tenha sido pior, mas estava seguramente mais desconfortável pela quantidade de pessoas e pela estrutura do festival (isto comentarei num post sobre o festival) e aguentar 2 horas e 30 minutos de rock depois de praticamente 10 horas de outros shows é muito cruel.

Senti falta de algumas músicas e achei que foram muitas músicas das mais calminhas (minha opinião apenas), mas o show em si como sempre é muito bom. A banda mostra o quanto é boa nas suas músicas, na forma como encaixam outras músicas e arranjos no meio e na forma como quase nunca deixam as músicas terminar como eram em suas versões originais. É muito arranjo novo e tudo muito bem ensaiado por toda a banda (3 guitarras, baixo, batera e teclados).

O setlist do show foi:
1) All My Life
2) Times Like These
3) Rope
4) The Pretender ("Custard Pie" tocada no meio)
5) My Hero
6) Learn to Fly
7) White Limo
8) Arlandria
9) Breakout
10) Cold Day in the Sun
11) Long Road to Ruin
12) Big Me
13) Stacked Actors ("Feel Good Hit of the Summer" tocada no meio)
14) Walk
15) Generator
16) Monkey Wrench
17) Hey, Johnny Park!
18) This is a Call
19) In the Flesh? (cover do Pink Floyd)
20) Best of You
21) Enough Space (bis)
22) For All the Cows (bis)
23) Dear Rosemary (bis)
24) Bad Reputation (cover da Joan Jett and the Blackhearts, com participação da Joan Jett) (bis)
25) I Love Rock 'n' Roll (cover do The Arrows, com a participação da Joan Jett) (bis)
26) Everlong (bis)

Eu não começaria o show com 'All My Life', mas assim partimos! O show pegou fogo com 'Times Like These'. Para mim começou a ter graça com 'Rope'. 'The Pretender' esquentou e muito a porrada toda. Depois esfriou de novo com 'Times Like These' e 'Learn To Fly'. Até aqui estava claro que quando todo mundo enlouquecia, eu curtia. E quando eu enlouquecia, quase todo mundo apenas curtia (em 'The Pretender' todo mundo enlouqueceu).

'White Limo', 'Arlandria' e 'Breakout' foram a sequência que matou minhas pernas! Principalmente porque em Arlandria conhecemos um louco do nosso lado que é doido pela música e pulamos muito com o doidão (ficou indignado porque não tocaram ela uma segunda vez! Hein?).

Mais uma sessão mais fofinha com 'Cold Day in the Sun', 'Long Road to Ruin' e 'Big Me'. E depois a sequência que leva a minha música favorita: 'Stacked Actors', 'Walk', 'Generator'e 'MONKEY WRENCH'! Essa música é minha favorita deles desde que a banda de um amigo tocou isso num festival de música do meu colégio no 2o grau. É uma das músicas mais porradas deles e acho que é a que você gasta mais energia cantando e pulando. FODA!

A partir daí só fiquei acompanhando, pulando, esperando pelo momento em que a Joan Jett entraria no palco (essa bola já tinha sido cantada), o que só aconteceu no bis. Mas que bis! 'Bad Reputation' como esperado e também 'I Love Rock 'n' Roll'! Com a musa do festival! Já falei que quero casar com ela?

Aí depois foi terminar com Everlong, agradecer e deixar massa enlouquecida e morta de cansaço voltar para casa! Como eu to velho, concordo que poderia ter sido um pouco mais curto! E poderiam ter tocado mais do novo disco! Mas tudo bem, eu já vi 4 vezes! RA!

Abaixo o vídeo de 'The Pretender'. Foi mal, mas eu tava muito longe e como sou baixinho, o som não ficou dos melhores. Mas deu para pegar a energia da bagunça!

Joan Jett and the Blackhearts - 07/04/2012

No 1o dia do Lollapalooza Joan Jett and the Blackhearts era o show que eu mais queria ver. Queria ver outros, mas de bandas que nem conheço muito ou shows que já tinha visto. Essa era a única apresentação de alguém que conhecia e nunca tinha visto.

E ela entrou no palco e quebrou tudo. Primeiro porque ela tem 53 anos e ainda é muito gata e com todo respeito ao público feminino deste blog, mas também bem gostosa (lembrem-se, ela tem 53 anos). Segundo porque ela é a Joan Jett e tem uma marra própria tocando guitarra. E em terceiro porque logo de cara ela tocou duas pedradas.

O setlist foi:
1) Bad Reputation
2) Cherry Bomb (cover das Runaways)
3) Light of Day
4) Do You Wanna Touch Me (cover do Gary Glitter)
5) Victim of Circumstance
6) You Drive Me Wild (cover das Runaways)
7) The French Song
8) Love Is Pain
9) TMI
10) Hard To Grow Up
11) Naked
12) Fake Friends
13) Reality Mentality
14) I Love Rock 'n' Roll (cover do The Arrows)
15) Crimson and Clover (cover de Tommy James & The Shondells)
16) I Hate Myself for Loving You
17) A.C.D.C. (cover do Sweet) (bis 1)

O show começa com 'Bad Reputation' e na sequência 'Cherry Bomb' das Runaways, primeira banda dela e bem mais famosa depois que saiu a cine biografia da banda.

Ela fala muito entre as músicas com a platéia, sempre apresentando o que seria tocado a seguir. E ela provocava a multidão falando de amor a 3, perguntando se queríamos tocá-la. Os homens hipnotizados, as mulheres também! E como ela gosta de mulheres, ao que tudo indica, os homens não podem tê-la e as mulheres que gostam do mesmo que ela, sonhando com esta possibilidade. Mulher sexy do cão! Lembre-se, 53 anos!

O show passou por músicas novas, por mais Runaways, praticamente finalizando com 'I Love Rock 'n' Roll', o maior clássico dela na carreira solo (apesar de não ser dela a música) e 'I Hate Myself for Loving You'.

Já imaginávamos que não seria a última vez que a ouviríamos aquele dia, mas ela de fato é uma lenda do rock. Mas parece que ela parou no tempo! Na forma de tocar, na forma de se vestir e na forma de fazer música! Ainda bem! Amém!

Abaixo o vídeo de 'You Drive Me Wild', das Runaways e segundo dito por ela, primeira música que ela compôs na vida.

Marcelo Nova - 07/04/2012

Marcelo Nova, líder da lendária banda Camisa de Vênus fez um show debaixo de um sol daqueles, mas sem largar o visual preto. Além do show, ele é uma figura a parte, fazendo piadas e sendo tosco como sempre foi.

Misturando músicas da carreira solo e músicas do Camisa de Vênus, o setlist foi:
1) Rock 'n' Roll (cover do Raul Seixas)
2) Hoje
3) O Mundo Está Encolhendo
4) Só o Fim (cover do Camisa de Vênus)
5) Quando Eu Morri
6) Simca Chambord (cover do Camisa de Vênus)
7) Pastor João e a Igreja Invisível
8) Eu Não Matei Joana D'Arc (cover do Camisa de Vênus)

Show curto, com a maior parte das músicas com versões mais rock and roll, principalmente 'Só o Fim'. Mas rock and roll clássico, sem firula e com o Marcelo Nova como sempre, sendo um ótimo show man! Fala com a platéia o tempo todo, fazendo todos rir e se empolgarem com o show.

O fato de ter o repertório do Camisa de Vênus a sua disposição ajuda muito e algumas músicas em parceria com o também baiano Raul Seixas empolgaram a galera, como 'Pastor João e a Igreja Invisível', sugestivamente tocada no final de semana da Páscoa.

Não podia terminar diferente. 'Eu Não Matei Joana D'Arc' sempre foi o maior clássico dele e da sua banda e a música que todo mundo queria ouvir. Com isso o show terminou bem e continua me fazendo questionar porque as bandas nacionais só tocam nos horários que ninguém chegou ainda. Pena!

Abaixo o vídeo da versão de 'Simca Chambord'! Clássico (a música e o carro)!

Wander Wildner - 07/04/2012

Com Wander Wildner começou o primeiro Lollapalooza Brasil para mim e também começará a série de posts dos shows do festival. Shows curtos, de uma hora quase todos (exceção dos head liners) e por isso, teremos posts curtos também (afinal, temos muitos shows para falar sobre e o corpo dói todo depois de dois dias seguidos em pé por mais de 12 horas em ambos os dias).

Fiquei feliz de ver que o show não estava vazio e tinha muita gente curtindo. Wander Wildner é um dos ícones do punk dos anos 80, quando tocava com 'Os Replicantes' e merecia ser apreciado. E de fato, grande show.

Cheguei um pouco atrasado, pois num sábado chegar a um festival às 13 horas, significa chegar sem almoço. E chegar às 13, sem almoço e com febre? Então as primeiras músicas ouvi de longe.

Não consegui o setlist do show Cheguei tarde, mas ainda consegui ouvir 'Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro' e 'O Último Romântico da Rua Augusta', além de várias outras músicas. O setlist foi:
1) Entre o Céu e o Inferno
2) ”Um Bom Motivo
3) ”Dani
4) ”Lonely Boy
5) ”Boas Notícias
6) ”Bebendo Vinho
7) ”Rodando el Mundo
8) ”Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro
9) ”Amor e Morte
10) ”Amigo Punk
11) ”O Último Romântico da Rua Augusta
12) ”Hippie-Punk-Rajneesh
13) ”Mares de Cerveja
14) ”Um Lugar do Caralho

Rock simples, direto, divertido e com muita influência gaúcha (no som e nas letras), rolando inclusive uma sanfona (acordeon ou tem outro nome isso no sul? gaita, como fui informado como este instrumento pode ser chamado no Rio Grande do Sul). Outra baixista mulher, que eu me amarro e uma batera bem presente.

Valeu a pena chegar cedo para vê-lo. Até mesmo porque foi um dos poucos momentos rock and roll de fato do festival todo (não é uma crítica, mas apenas uma constatação).

Abaixo o vídeo de 'O Último Romântico da Rua Augusta'.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Roger Waters - 03/04/2012

Quando penso em grandes espetáculos no que se refere aos shows que vou, as grandes referências que tenho em mente são U2 e Madonna. E justamente o mesmo arquiteto que fez os palcos e estruturas dos shows Zoo TV e 360 do U2 (Mark Fisher - colei essa desta reportagem aqui. Aproveite para ver os detalhes do palco neste link também) foi quem criou o INCRÍVEL palco da turnê 'The Wall', disco original do Pink Floyd, mas interpretado nesta ocasião por Roger Waters e sua bem foda banda de apoio.

Em primeiro lugar, preciso fazer um agradecimento formal para Marina Greca, que me convenceu a ir ao show e me encheu o saco e foi comprar os ingressos sozinha! Obrigado! (tá bom ou precisa de mais?) Na segunda noite de shows em São Paulo, depois de shows no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, o estádio do Morumbi estava lotado desde as cadeiras colocadas no gramado até as cadeiras cobertas e arquibancadas do estádio. Aqui um breve comentário negativo: fomos nas cadeiras inferiores e por causa de tantos camarotes que existiam, as pessoas das cadeiras estavam todas em pé por falta de lugares bons para sentar. Em determinado momento, tiveram de abrir os assentos de um camarote para acomodar parte das pessoas. Aos poucos os VIP's tem ganho mais espaço em todos os setores das platéias dos shows, o que é uma pena. Mas com o camarote liberado, vimos o show devidamente sentados e confortáveis, o que foi ótimo para nos permitir absorver tudo que estava por vir.

É importante ressaltar que o 'The Wall' não é apenas um show, mas um grande espetáculo áudio e visual. E pelo que vi, uma vez que nunca fui grande fã do Pink Floyd e nunca achei a banda uma das melhores coisas para se ouvir (agressões começando em 3, 2, 1...), de fato há momentos que você não precisa de fato conhecer a música que está tocando. Enquanto sua audição experimenta músicas muito bem tocadas e efeitos sonoros perto da perfeição, sua visão é preenchida com luzes, projeções em qualidade nunca antes vistas nos telões (no caso o muro tema do show), bonecos gigantes e mensagens políticas (inclusive a tão falada referência ao Jean Charles, brasileiro assassinado pela policia britânica). Até por isso, este post será um pouco diferente: 3 vídeos e todas as fotos com qualidade boa o suficiente para serem postadas (não só algumas para ilustrar o texto. Aqui, o texto seguramente não será suficiente para transmitir a experiência que foi tal evento).

O show começou pontualmente às 21 horas, com o público não respeitando os pedidos de não utilizar os flashes, que poderiam atrapalhar as projeções do telão. Pena! Mas nada que atrapalhasse o show.

O setlist foi:

1o ATO
1) In the Flesh?
2) The Thin Ice
3) Another Brick in the Wall (Parte 1)
4) The Happiest Days of Our Lives
5) Another Brick in the Wall (Parte 2)
6) Mother (versão extendida)
7) Goodbye Blue Sky
8) Empty Spaces
9) What Shall We Do Now?
10) Young Lust
11) One of My Turns
12) Don't Leave Me Now
13) Another Brick in the Wall (Parte 3)
14) The Last Few Bricks
15) Goodbye Cruel World

2o ATO
16) Hey You
17) Is There Anybody Out There?
18) Nobody Home
19) Vera
20) Bring the Boys Back Home
21) Comfortably Numb
22) The Show Must Go On
23) In the Flesh
24) Run Like Hell
25) Waiting for the Worms
26) Stop
27) The Trial
28) Outside the Wall

O show começa com 'In the Flesh?' e uma multidão maluca por experimentar pela primeira vez tudo aquilo: Roger Waters, ótima música e grandes efeitos! Logo na primeira música, que já haviam me dito que eu tinha de filmar (e assim o fiz), é possível entender alguns pontos. Existem caixas de som espalhadas por todo estádio, inclusive nas arquibancadas. Quando aviões começam a dar rasantes, helicópteros passam rasgando o céu, rajadas de metralhadoras são disparadas e crianças gritam, numa realidade que é difícil de acreditar (você se pega olhando pra cima tentando achar o helicóptero ou o avião), você entende o porquê de tais caixas de som estarem ali. Aquilo é o maior home theater que já vi. Eu filmando e de repente um avião desce de cima do estádio, caindo atrás do muro e explodindo! Cacete! Isso é o show? Ali tive a certeza de que ia amar o que veria na sequência, mesmo sem ser fã de Pink Floyd (agressões em 3, 2, 1...).

O show continua com o que com certeza foi a música mais cantada, 'Another Brick in the Wall'. Momento mágico, com as crianças entrando no palco e cantando a parte delas, fazendo coreografia e ajudando no espetáculo (acredito que locais, mas não entendi o agradecimento do tal do Roger Waters). Elas dividiram o palco com um boneco gigante de um professor.

Logo após, Roger Waters não deixou o clima teatral tomar conta e falou com a galera em bom e pausado português, o que na minha opinião sempre faz uma diferença (já citei no blog algumas exceções). E o show continuou no 1o ato, com o muro que começou despedaçado sendo montado. 'Mother' deixou a galera em êxtase, enquanto Roger Waters fazia um dueto com ele mesmo, em imagens dele tocando a mesma música em 1980.

O muro ficou completo no final do 1o ato, quando Roger Waters canta a última música aparecendo sozinho no buraco deixado pelo último tijolo ainda não colocado. Finalizada 'Goodbye Cruel World', o último tijolo foi colocado, o muro completo e começou o intervalo. Durante a pausa o muro completo mostrou fotos de pessoas mortas em combate, ataques terroristas, etc. (pelo menos assim parecia e assim eu li por aí).

O 2o ato começou com 'Hey You'. Chegamos em 'Nobody Home' e ele aparece cantando no que parece ser uma sala que se abre no meio da parede do lado esquerdo do palco. O show segue e em 'Comfortably Numb', além da galera cantando, Roger Waters aparece sozinho na frente do palco. Em alguns momentos, seu segundo vocalista e seu guitarrista aparecem no topo do muro para as partes mais importante da música. Memorável! Entre os músicas, um telão vertical.

Quando começa 'In the Flesh', um porco com mensagens políticas aparece flutuando. Um tanto surreal! Em 'Run Like Hell', a banda toda que estava atrás do muro, aparece na frente do palco, praticamente fazendo um dueto com o telão em forma de muro, de tão impressionantes que são as imagens. Há um vídeo disso! Amém!

Em 'The Trial' o muro vem abaixo! Literalmente! Quase todos aqueles tijolos colocados ali, um por um, vão ao chão. E a banda toda, apenas com pandeiros, violões, bandolins e similares cantam 'Outside The Wall', com Roger Waters apresentando cada integrante da banda, antes que os mesmos saíssem do palco e o show, quer dizer ESPETÁCULO, terminasse! (minha memória ralou para lembrar de tudo... Algumas referências eu confesso que roubei de outros sites).

Mas isso foi apenas uma narração de fatos do show! O que aconteceu mesmo ali, nenhuma palavra pode explicar. Se você não foi, veja se há tempo de ir até o México ver o show por lá ou em algum outro país pelo qual ele ainda vai passar.

De todos espetáculos que eu vi, seguramente esse foi o mais impressionante. Não é só um show de música. Não é só um espetáculo visual. Não é somente uma ópera rock. Não é somente um dos discos mais importantes da história do rock tocado na íntegra. É TUDO ISSO JUNTO! E feito com algo perto da perfeição. Sei que isso não é uma competição, mas CHUPA U2 e seu palco de 360 graus. Vão ter de ralar um pouco mais para chegar neste nível (a sorte é que eles tem um pouco mais de tempo que o Roger Waters, que já vai nos seus 68 anos).

Mas o que mais me impressionou foi a qualidade das imagens no telão. Nunca vi, em TV nenhuma, a qualidade ali mostrada. Parecia que meus olhos estavam vendo algo impressionantemente novo. Parecia que a realidade era aquela parede e não o que estava ao redor, de tão nítidas que eram as imagens. Nem sei se é isso mesmo, mas acho que é o mais próximo que consigo fazer para explicar a sensação em palavras.

E conforme escrevi mais acima, abaixo os vídeos feitos do show e diversas fotos do palco, em ordem cronológica. Espero que gostem, pois este post foi difícil!

(PS: o hambúrguer pós show foi no Milk & Mellow. Deve ser a lanchonete mais antiga de todas que já fui e ainda não conhecia. Atendimento para bebidas e batata foram incríveis, mar o garçom vacilou no pedido dos sanduíches e estes demoraram. Pelo visto não é o padrão e a comida estava muito boa. Logo, terão uma segunda chance qualquer dia desses)

- Abertura: In the Flesh?


- Mother


- Run Like Hell


FOTOS:
(antes do show começar)

(uma amostra do telão)

(professor de 'Another Brick in the Wall')

(coro de crianças de 'Another Brick in the Wall')





(antes do último tijolo fechar o muro)

(fotos de mortos em combate no intervalo)





(tocando em cima do muro)



(banda tocando na frente do muro)


(o porco)

(última música e despedida da banda já com o muro derrubado)