segunda-feira, 29 de julho de 2013

Musicais - Rock in Rio e Tim Maia

Um post sobre música, isto é, mais especificamente sobre musicais. Não deixa de ser um show, né? Confesso que nunca tive muita curiosidade sobre os musicais que contam uma história de forma musical (A Bela e a Fera, por exemplo). Mas mais recentemente foram criados no Brasil ou passaram por aqui, musicais sobre a história de festivais e artistas que despertaram a minha curiosidade.

O Thriller, musical que fala sobre a vida do Michael Jackson deixei passar. Mas graças a ela, Marina, não deixei passar outros dois. Graças, pois ganhei o ingresso pros dois musicais de presente dela! UHUUUUUUUUUU! Obrigado!


No dia 15 de julho fomos ver o primeiro, "Rock in Rio - O Musical" no Teatro Alfa, em São Paulo. A peça já tinha passado pelo Rio de Janeiro, com grande sucesso de público e crítica. Meu interesse pelo musical surgiu pelo fato do festival ter uma enorme importância na minha vida, pois foi o primeiro festival que fui na vida; pois neste festival também que vi o primeiro show da minha vida; pois tenho os shows do Rock in Rio I, em 1985, até hoje em VHS; pois toda vez que ouço o tema do festival eu arrepio; pois eu sei quase tudo de datas, quem tocou e se foi bom ou não (perante a minha opinião) em todas as edições realizadas no Brasil. Seria uma forma de reviver isso tudo... E nada mais justo, seria meu primeiro musical.

Confesso que a experiência foi muito boa. Teatro confortável, boa companhia e um espetáculo 100% nacional muito bem montado. Curti a produção! Mas confesso que esperava algo que falasse sobre a história do festival e não é isso que acontece. Uma história foi criada e ela é pincelada com músicas que já foram executadas por algum artista no festival.

Eu ri, cantei junto, me emocionei e me diverti bastante. Mesmo! Foi uma ótima primeira experiência. E quebrou um pouco meu desinteresse por musicais. Mas claro, saí com uma lista de críticas:
- Por não termos esta cultura de musical, a parte de dança é bem fraca;
- A história é bastante adolescente;
- Foram consideradas músicas de 100% das edições do festival, inclusive aquelas realizadas em Lisboa e Madri. Eu preferia que fossem consideradas somente as edições brasileiras;
- As músicas em inglês receberam uma versão, pelo menos parcial, em português para caber no contexto da peça e honestamente algumas são bem fracas.

De resto as músicas escolhidas são boas, bem tocadas (apesar de algumas estarem um pouco mais distantes das versões originais) e o vocal dos atores é de altíssima qualidade. Lucinha Lins mata a pau cantando!


Virgindade retirada, fui ver "Tim Maia - O Musical" dia 28 de julho. Teatro Procópio Ferreira (nem tão confortável como o outro), numa curta temporada de volta da peça, com ingresso ganho de novo. 3 horas de espetáculo que você nem sente passar, de tão bom.

Esse musical sim, conta a história da vida do Tim Maia. Peça de Nelson Mota, que também escreveu a biografia do síndico, a qual eu já li. História muito boa, atores muito bons, vocais perfeitos, dinâmica maravilhosa. Fazia muito tempo que não via algo tão bom no teatro.

Confesso que fiquei receoso, por o ator interpretando o Tim Maia não ser mais o Tiago Abravanel (mais conhecido por ser o neto do Silvio Santos), mas o Danilo de Moura dá um show de interpretação, carisma quando interage com o público e parece que o Tim mesmo está cantando na sua frente (voz e trejeitos).

O história além de boa, é contada de uma forma muito dinâmica. Se eu gostei da minha primeira experiência, gostei muito mais da segunda. Eu, que gosto tanto de biografias, vejo o musical como uma outra forma de conhecer a história que me interessa.

A quem quiser ver qualquer uma das duas peças, recomendo muito!

Pat Metheny - 09/06/2013


Em junho rolou a terceira edição do festvial de jazz BMW Jazz Festival, que aconteceu em dois dias em São Paulo e no Rio de Janeiro. São Paulo foi agraciada com uma terceira noite de festival, com um show gratuito no Auditório do Parque Ibirapuera, com o palco virado para o lado de fora. Resultado: show de Pat Metheny, no fim do dia, no gramadão de um parque. Minha única pergunta é por que não fazem isso mais?

Pat Metheny no palco
Sobre o Pat Metheny só posso falar que o cara toca um absurdo de guitarra. Jazz bem cru, com um monte de notas e muito bem tocado. A verdade é que as vezes fica até meio tedioso de tanta nota, de tanto virtuosismo, mas honestamente este não foi um show tanto pela música.

Uma canga no gramado LOTADO de gente. Um clima super gostoso e a gente (sim, eu e a Marina, a namorada companheira dos melhores shows) espamarrados na grama. Faltou um vinho! Thiago e Ale, casal de amigos, apareceu e ficou lá conosco. De verdade, não dava pra ver nada. Neste caso, o melhor era até ter ficado um pouco mais longe, menos muvucado e ter curtido apenas o som, sem a imagem do palco.

O que valeu mesmo foi ter aproveitado um pouco de São Paulo a céu aberto, com uma música deliciosa ao fundo, sem pagar a quantia absurda que pagamos em shows normalmente. Simplesmente aproveitar a cidade e música de qualidade. Eventos assim, que todo ano o Bourbon Street Fest, a Virada Cultural e outros eventos provém, são muito importantes. Humanizam a cidade... E levam música de qualidade, as vezes inacessível, para muita gente que simplesmente aprecia escutar algo bem tocado.

Como morador da cidade de São Paulo, só posso agradecer ao organizador e patrocinador do festival que nos proporcionaram este momento. Obrigado!

São Paulo agradece! Existe beleza na cidade de concreto

Festival Alemanha Groove - 08/06/2013

Bebo Best & The Super Lounge Orchestra
Da série shows muito legais, em locais menores e muito mais baratos, fiquei sabendo através do post de um amigo no Facebook de um festival que começaria em dias no SESC Pompéia chamado Alemanha Groove e que este traria bandas alemãs de um estilo chamado Nu Jazz, que por algum motivo (que me falha o conhecimento) se desenvolveu muito e fincou raízes em solo alemão.

Algumas bandas boas, mas em dias complicados. No sábado, show do Club des Belugas! Banda que aprendi a gostar, depois que ouvi pela primeira vez no programa de rádio Jazz Masters, da rádio Eldorado aqui de São Paulo.

Ingressos comprados a incríveis R$ 24,00 (sério, parece até brincadeira dentro da realidade estúpida de preços de ingressos e taxas de conveniência que pagamos para ver um show internacional em São Paulo), lá fomos nós: eu e Marina, namorada e companheira dos bons shows (desde que não seja hevay metal!).

Bebo Best & The Super Lounge Orchestra, com Filo
Machado e Brenda Boykin
Para nossa surpresa o show de abertura foi também muito bom. Uma banda chamada (ou mais uma vez banda de um homem só) Bebo Best & The Super Lounge Orchestra. Alguma coisa de Nu Jazz, mas também com toques de música caribenha. Vocalista feminina e participações especiais de um brasileiro, Filo Machado e de uma americana muito doida, que também cantou no festival com sua apresentação solo e com o Club des Belugas, chamada Brenda Boykin.

Na sequência entra o Club des Belugas, aí sim, Nu Jazz puro! Técnica, swing, dançante demais! Vocal masculino inglês, Brenda Boykin com seu jeito escrachado, meio que dando em cima de todo mundo, acabando com tudo.

Mais um daqueles shows que você pode ir todo mês. Apresentação encerrada com "Some Like It Hot", maior hit da banda, que pôs todo mundo para dançar, inclusive eu (que já não sabia se filmava ou se curtia... Minha maior dúvida na hora de gravar músicas boas).

Club des Belugas
A cara dos alemães não condiz com aquilo que saía dos amps. O guitarrista uma das pessoas mais sem ritmo na cintura que já vi em cima de um palco. O baixista que entrou mudo e saiu calado, com cara de terrorista do filme 'Duro de Matar' e inclusive se recusou a dizer obrigado, pois não fala o português e pelo visto também não se preocupa em ser simpático. Mas com seus instrumentos, verdadeiros gênios.

Assim, continuamos nossa busca por shows bons e baratos. Pois sem dúvida, mais que provado que valem muito a pena.

Como sempre, seguem muitos vídeos amadores, inclusive de algumas jam sessions durante as apresentações. Enjoy!

- Bebo Best & The Super Lounge Orchestra - Oh Jeje

- Bebo Best & The Super Lounge Orchestra - Jam Session

- Club des Belugas - Jamming and Introducing Brenda Boykin

- Club des Belugas - Some Like It Hot

Incognito - 23/05/2013

Antes tarde do que nunca né? Tá difícil arrumar tempo... As manifestações vieram, foram quase todas embora, eu tentando entender para escrever sobre... Não escrevi sobre manifestação alguma e nem sobre os shows que fui... Então bora tirar o tempo perdido, pois tem tanto show comprado para breve, que preciso começar a escrever.

A banda com um poste no meio. Nem sempre a visão é
a melhor...
Incognito foi o segundo show da série matadora do Bourbon Street (o primeiro foi Jorge Drexler), a bons preços e casa cheia. O Incognito é uma banda inglesa de acid jazz que está por aí desde 1980 e apesar de ser uma banda, pode ser considerada mesmo uma banda de uma pessoa só, que a cada disco trabalha com uma série de músicos e sempre apresenta algo incrível.

Por exemplo, neste show tínhamos um baterista italiano, tecladista inglês, vocalista alemã e caribenha, trio de metais da Escócia, além do Bluey, peça fixa e dono da banda, guitarrista inglês, mas nativo das Ilhas Maurício. Um mix de nacionalidades, sons, mas com resultado final impressionante.

Setlist do show com autógrafo do Bluey
para meu brother Rafael
Som gostoso de ouvir, pois é bem tocado demais, com músicos virtuosos (sabe aqueles que fazem aqueles solos e você nem entende como?) e bem dançante. Mesmo as baladas são bastante swingadas.

Confesso que só conhecia uma ou duas músicas. Marina, namorada e companheira no show, já conhecia algo mais e animou logo de ir ao evento. Rafael, amigo e músico, foi o primeiro a comprar os convites e além de ter ficado até o final, conseguiu o setlist e um autógrafo. Otavio e Tata, os últimos a comprar, mas curtiram tanto que viram de novo no Bourbon Street Fest em Paraty dois dias depois.

Nota importante, o show terminou com participação especial de Ed Motta fazendo uma jam com a banda cantando e criando instrumentos com seu vozeirão. Ótimo programa, que poderia se repetir mais... Depois deste começamos a buscar mais oportunidades assim (shows, pequenos, mais baratos, muito bons e bastante divertidos) e São Paulo não oferece poucos.

Para terminar, os vídeos de sempre. Aproveitem!

- Above the Night

- Ain't It Time