quinta-feira, 31 de maio de 2012

Legião Urbana com Wagner Moura - 30/05/2012

Eu costumo dizer que existem 3 tipos de pessoas no que se refere à Legião Urbana: os que odeiam (não gostam ou não aguentam mais ouvir por causa das rodinhas de violão), os que gostam e os que amam (super fãs ou gostam e tem uma ligação forte com Brasília). Eu estou no grupo que ama e por ter sido criado em Brasília, essa banda tem um significado todo especial.

Então vamos combinar que se você odeia a banda, é melhor nem ler o resto do post. E como eu gosto muito mesmo de Legião Urbana, a coincidência deste ter sido o show de número 200 da minha vida, não poderia ter sido melhor! Pra mim, não teria melhor forma de comemorar este número!

Ingressos comprados, amiga vindo do Rio (valeu, Flavia!) especialmente pro show e muita vontade de ver os caras. Receita de sucesso! Eu tinha certeza que eu cantaria tudo e como tinha dito ao meu amigo Otavio, tinha certeza que seria show para cantar tudo do fundo da alma! E diferente não foi e com certeza foi o show que eu mais cantei junto na minha vida. Também concordei com um post que li que não foi o melhor show da minha vida, mas seguramente foi um dos mais emocionantes que já vi.

Foram dois shows, dias 29 e 30 de maio. A MTV transmitiu ambos ao vivo por se tratar de um Especial MTV em homenagem a banda e como Renato Russo se foi, o nome escolhido para substituí-lo no vocal foi o de Wagner Moura (por ser fã da banda e por ter cantado Legião em dois filmes já feitos por ele). O show do dia 29 foi largamente comentado nas redes sociais, portais de internet, etc. e muitos criticaram a escolha e performance do Wagner Moura. Eu deixei para ter minha opinião própria no segundo dia do show.

O setlist foi:
1) Tempo Perdido
2) Fábrica
3) Daniel na Cova Dos Leões
4) Andrea Doria (com participação especial de Fernando Catatau na guitarra e vocal)
5) Quase Sem Querer - vídeo no final do post
6) Eu Sei
7) Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto
8) A Via Láctea
9) Esperando Por Mim
10) "Índios"
11) Monte Castelo (com participação especial de naipe de cordas)
12) O Teatro dos Vampiros (com Marcelo Bonfá cantando)
13) Geração Coca-Cola (com Dado Villa-Lobos cantando e participação especial de Clayton Martin na gaita)
14) Damaged Goods (cover do Gang of Four com dado Villa-Lobos cantando e participação especial de Andy Gill na guitarra e Bi Ribeiro no baixo)
15) Ainda É Cedo (trecho de "Love Will Tear Us Apart" do Joy Division com participação especial de Andy Gill na guitarra e Bi Ribeiro no baixo) - vídeo no final do post
16) Baader-Meinhof Blues
17) Sereníssima
18) Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar
19) Há Tempos
20) 1965 (Duas Tribos)
21) Perfeição (trecho de "Lithium" do Nirvana)
22) Teorema (introdução com Faroeste Caboclo cantada só pela platéia) (bis)
23) Antes Das Seis (bis)
24) Giz (bis)
25) Pais e Filhos (trecho de "Stand By Me" de Ben E. King) (bis)
26) Será (bis)
27) Faroeste Caboclo (bis - cantada a pedido do público)

Foram 27 músicas, sendo muitas delas das mais famosas do rock nacional. Enfim, show para cantar do fundo da alma do início ao fim.

FOI EMOCIONANTE! Todo mundo cantando junto! Loucura total! Pelo fato da Legião Urbana ser uma das maiores bandas do rock nacional dos anos 80, pelo fato do Renato Russo ter morrido e por isso a banda ter acabado (e por isso não termos mais shows da banda) e pelo anúncio de que muito provavelmente estes seriam os últimos shows nos quais Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos iriam tocar o repertório da banda juntos, fez com que estas apresentações fossem muito concorridas e era só fã (ou quase, pois um cara foi expulso por dizer que a estrela Dado Villa-Lobos era um FDP).

Eu vi gente que nasceu poucos anos antes do Renato Russo morrer chorando nas primeiras músicas do show. Vi fã que viu o último show da Legião chorar. Vi muita gente se arrepiando com algumas músicas, como eu por exemplo. Vendo isso, aí sim você tem certeza da dimensão da influência da banda.

Participações especiais de Fernando Catatau (guitarra em várias músicas e vocal em uma) e Clayton Martin (gaita em uma música) do Cidadão Instigado. Bi Ribeiro tocando baixo em algumas músicas, como forma de agradecimento a ele por receber a banda no Rio de Janeiro e ao Paralamas do Sucesso por ter ajudado a banda no início. Teve naipe de cordas em 'Monte Castelo' e ficou bonito. A participação especial mais expressiva foi de Andy Gill, guitarrista do Gang of Four. E foi expressiva pelo cara ser de uma banda gringa, mas principalmente por ser o cara de uma banda que influenciou fortemente o Legião, mas principalmente o Renato Russo.

E o Wagner Moura? Sim, ponto pacífico! Ele é ator! Desafinou várias vezes! A banda não alterou as músicas para encaixar no tom dele (que não canta de todo mal) e ele também não atinge as notas do Renato Russo que era um baita vocalista. Mas e aí? Pouco importou para quem estava lá. Primeiro porque a platéia cantou todas as músicas e a voz dele apenas dava um guia de por onde ir (por vezes era simplesmente ignorada, pois ele cantava da forma dele e a platéia seguia a versão original da música). Em segundo lugar porque este show era uma homenagem e ninguém esperava um substituto do Renato Russo. Não sei se na TV foi ou se no DVD ficará bom, mas ao vivo, ali na galera valeu!

Minha opinião final é de que sem contar os fatos dele cantar mal, de que ele é fã da banda e de que cantou super emocionado (o que contou para a apresentação em si), o que valeu mesmo foi a coragem dele em se meter no palco e encarar duas noites cheias de fãs cantando músicas de uma das principais bandas brasileiras. Acho que ele merece minhas palmas por isso. E no final, eu nunca vou poder dizer que fiz dois shows com uma das bandas que mais gosto na vida. Ele vai...

E foi isso! Um banda que fez história! Músicas de sucesso! 8 mil fãs enlouquecidos! 1 fã nos vocais! E MUITA, MAS MUITA EMOÇÃO MESMO! Valeu cada centavo do ingresso e seguramente um dos shows que nunca mais vai sair da memória! No final, eu só queria que eles devolvessem a minha voz. GRANDE SHOW DE NÚMERO 200!

Sobre o local, o Espaço das Américas precisa arranjar uma forma de subir a altura do palco e dos telões. Atrapalha e muito o show e quem quer ver a apresentação. Não sei se o show do Morrissey estava muito mais cheio, mas o bar, banheiro e estacionamento desta vez estavam muito tranquilos mesmo. Ponto positivo para a casa de show. E como a Flavia estava comigo (viciada), o sanduíche pós show foi no tradicional New Dog, porque é preciso comer sempre!

E claro que temos vídeos! Peço desculpas por todas as mãos e câmeras na frente das filmagens, mas o Espaço das Américas tem um palco baixo e a galera estava enlouquecida.

- Quase Sem Querer



- Ainda É Cedo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Valeu Pumpa!

Eu comecei este blog para dividir minhas experiências em shows, incentivado pelo meu professor de bateria, Sandro Grineberg. O nome do blog veio da vontade de escrever não só sobre shows, mas de música em geral e outros temas que eu ache relevante (política, por exemplo, como já foi o caso). Hoje vou aproveitar os "afins" do blog para escrever sobre a minha vida.

Tem sido um exercício constante me expor desde que criei este blog. Difícil, assim como pra mim é muito difícil chorar na frente dos outros. Mas tem momentos em que não há como segurar, como por exemplo no velório e na cerimônia de cremação da minha tia Helena (Pumpa, para os íntimos) este final de semana.

A Pumpa não foi só uma tia! Foi quase uma mãe! Quando era pequeno, ao chegar no Rio, queria ir logo dormir na casa dela. Minha tia que deixava tudo (na casa dela tinha piscina, sauna e a gente podia comer o que a gente queria). Depois do meu avô falecer, ela era quem me levava para a praia. E isso não era só comigo. Eu, meus irmãos e primos aproveitávamos aqueles momentos sempre juntos! Como era bom...

Lembro de aproveitar cada segundo com ela. Era viver minha infância intensamente na companhia dela, com tudo aquilo que nem sempre podia ter em casa. Naqueles tempos, colecionadora de discos de vinil. E lembro de músicas que marcaram essa época: 'Vem Chegando o Verão' com a Marina, 'Save a Prayer' com Duran Duran, muito Leo Jaime e rock nacional.

Anos depois, Pumpa, junto com a minha mãe e meu tio Carlos, levou todos os primos (na média com 10 anos de idade) para o Rock in Rio 2. 'All Around the World' com a Lisa Stansfield, 'Groove is in the Heart com Dee-Lite e 'Freedom 90' com George Michael eram as músicas que queríamos ouvir naquela noite. Quem mandava nesta época eram Guns n' Roses e Faith no More. Sim, Pumpa me levou nos meus primeiros shows.

Anos depois, a Pumpa me deu meu primeiro emprego em 1999. Organizando o arquivo morto da empresa onde ela trabalhava, montando estantes e dando ordem em um bocado de papel. Durante um destes dias de trabalho, ao lado dela, soube que havia passado no vestibular. Ela foi a primeira pessoa a comemorar comigo.

O dinheiro ganho neste trabalho, me permitiu comprar os meus primeiros CD's frutos do meu próprio esforço: Smash Mouth, Korn e Jamiroquai. Dias depois, Pumpa foi a primeira pessoa que me emprestou um carro para que eu saísse por aí sem supervisão e lá fomos eu e meus primos para o show do Jamiroquai (meu primeiro show que fui dono do meu próprio nariz desde o momento em que saí de casa, até o momento em que voltei pra dormir).

Comecei a faculdade, comecei meus estágios, morei nos EUA, me mudei pra São Paulo, troquei de emprego. Em todos estes momentos ela me deu força. Foi minha consultora nos momentos de dúvida sobre que decisão tomar, juntamente com meu pai. E SEMPRE ACREDITOU EM MIM! Sempre que eu tinha dúvidas sobre meu futuro profissional, começava a me apresentar como um grande profissional aos contatos dela, que renderam diversas entrevistas.

E essa confiança e apoio durou até os dias em que ela estava internada, já lutando contra o câncer que a levou na última quinta. Uma pessoa muito querida, que recebeu muitas visitas e mesmo eu estando longe, ela não deixava de falar de mim e volta e meia eu recebia um SMS dela falando para que eu enviasse meu CV para fulano ou ciclano, pois estavam esperando.

Por todo o carinho, confiança e suporte, receber a notícia da morte dela não foi fácil. Mas ao mesmo tempo, um alívio, pois esse tal de câncer, como bem disse uma amiga, não só mata, mas tira a dignidade da pessoa. E eu não queria mais vê-la sofrer ou ouvir relatos do sofrimento dela.

Vai ser difícil? Vai ser muito! Mas a vida segue e por causa de muitas coisas que narrei acima (e muitas outras coisas), que confesso que só lembrei por causa deste texto, quando lembrar dela, vou sempre sorrir! E as lágrimas que caíram e que por acaso vierem a cair ainda, serão sempre de felicidade pelo privilégio de ter tido a Pumpa como minha tia! Ou quase uma mãe!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Smash Mouth - 20/05/2012

Um show decepcionante em vários aspectos, terminando numa dos maiores desrespeitos que eu já vi em um show! Assim, infelizmente, foi o show do Smash Mouth.

Então me deixe listar o porquê de tanta decepção. Em primeiro lugar, o show estava vazio. Poucas vezes vi o Via Funchal tão vazio. Fiquei sabendo que a banda veio ao Brasil por causa de um festival que ocorreu no sul e aquela velha coisa, né? Vai tocar no Brasil, então aproveita e toca em São Paulo também. Mas não custava fazer alguma divulgação. Quem viu no letreiro, no site ou na bilheteria do Via Funchal comprou. Muita gente nem soube da apresentação. Noite fria de domingo também não ajudou.

Em segundo lugar, o som estava horrível! Muito mal equalizado. Só se ouvia bateria. Guitarra, baixo, teclado e vocais só lá no fundo! Porrada no ouvido.

Em terceiro lugar, o vocal do gordinho simpático Steven Harwell anda bem sofrível. Não sei se sempre foi assim, se nos discos a voz era tratada ou o que. Nunca tinha visto os caras antes, mas somando-se o péssimo som da apresentação, a voz dele parecia não atingir certas notas e desafinou várias vezes. Mas que ele é uma figura muito simpática, isso é! O baterista fazendo caras e bocas e rodando a baqueta também não ajudou!

Em quarto lugar, eu pessoalmente não curti o repertório. Cerca de 15 músicas e várias outras bem conhecidas ficaram de fora. Eles tentaram balancear todos os discos, mas na minha opinião não funcionou. Tocaram uma música nova de um CD que sairá em breve e segue a mesma linha da banda, que lançou o último disco em 2006. É preciso salientar que os covers funcionaram muito bem. Abaixo o setlist:
1) Everyday Superhero
2) Getaway Car
3) Can't Get Enough Of You Baby
4) Then The Morning Comes
5) Come On, Come On - vídeo abaixo
6) Diggin' Your Scene
7) Story of My Life
8) So Insane - vídeo abaixo
9) Always Gets Her Way
10) Flippin' Out
11) Walkin' on the Sun - vídeo abaixo
12) You Really Got Me (cover do The Kinks)
13) I'm A Believer (cover do The Monkees) (bis)
14) Let's Rock (bis)
15) All Star (bis)

Os pontos altos do show ficaram por conta de 'Then The Morning Comes', 'Walking on the Sun', 'I'm a Believer' e 'All Star'. Eu curti outras também, mas aí vai por gosto pessoal.

Em quinto lugar e o pior de tudo que poderia ter acontecido nesta noite foi a participação especial no fim do show. Participações especiais normalmente são legais. Um convidado, alguém de outra banda que abriu o show, um amigo. Qualquer coisa do gênero. De repente entra um cara e eu demorei alguns minutos até perceber que era o Chorão do Charlie Brown Jr. Entrou com aquela marra, fez alguns minutos de improvisação já na última música do show. Sabe quando a banda da aquela congelada na música e improvisa um pouco? Foi isso... Ele fez aquelas rimas, explicou que tinha tocado com a banda no dia anterior, que tinha adorado os caras, etc. A música voltou, ele fica no palco, entra na música na hora errada e literalmente fode o final do show. Calma, não acabou...

Fica fazendo aquelas rimas que só ele e os fãs da banda acham super inteligentes ("Eu sou de Santos e skate é minha alma. Quem gostou levanta a mão e bate palma!" Oi? Isso virou show de axé? Ele realmente pensa e escreve isso?) e manda que quem está ali de fato tem bom gosto musical. Ambos estávamos ali por gostar de Smash Mouth, mas não pegou bem ele avaliar o bom gosto musical das pessoas que ali estavam. Como fica metade da platéia que curtiu ele ali e a outra metade que xingava? Quem tem melhor gosto musical? Mas calma, tem mais...

Ao acabar a música, o guitarrista e o baixista do Charlie Brown Jr. assumem os instrumentos do Smash Mouth e junto com o tecladista e baterista (sob orientação do batera do Charlie Brown) da banda americana, tocam 3 músicas da banda de Santos com Chorão nos vocais e já no meio da platéia! Cara, eu não paguei para ver aquilo (e não paguei mesmo, pois ganhei ingresso da minha amiga Janaina - obrigado mais uma vez!!!) e achei uma baita falta de respeito. Por parte da banda brasileira que não teve o famoso e antigo "semancol" de sair dali e da banda americana que esqueceu de quem tinha ido até ali vê-los. Poderiam pelo menos ter tocado uma mais para encerrar o show.

Em defesa dos caras, o que eu posso dizer é que o Steven estava de fato se divertindo vendo os brasileiros tocar (dançando no palco e tomando uma cervejinha). E o Chorão em algum momento ficou de fato sem graça, pois segundo palavras dele "a gente veio aqui para ver vocês tocar e não para tocar para vocês". Mas enfim, alivia, mas não justifica tamanha falta de respeito. O Charlie Brown Jr. encerrou o show do Smash Mouth!

E para coroar minha frustração, morri com um ingresso grátis na mão, pois não achei NINGUÉM topando um show grátis num domingo de noite. Ainda bem que todos que recusaram não perderam grande coisa. Eu pulei, cantei junto e curti o que deu. Infelizmente ou felizmente continuo fã da banda e estou ouvindo eles desde que acordei. Espero que um dia veja um show melhor do Smash Mouth. Pelo menos eles parecem ter se divertido bastante...

Abaixo 3 vídeos do show de ontem, incluindo o maior sucesso deles. O som não está dos melhores como disse, mas... Para quem gosta, aí vai. Normalmente os vídeos vão na ordem do show, mas neste caso, a música mais conhecida vem primeiro.

- Walking on the Sun



- Come On, Come On



- So Insane

domingo, 20 de maio de 2012

Orquestra Voadora - 19/05/2012

Na noite de sábado em que foi este show, eu confesso que estava com zero vontade de sair de casa. Já tinha passado a tarde toda no bar e estava só bagaço. Mas eu tinha convidado o povo para a festa e não poderia ser eu o único a faltar (ainda mais porque iriam pessoas com quem eu não saía há muito tempo). Me armei de ânimo, coloquei minha melhor roupa (NOOOOOT) e partiu para a Festa Voadora, onde a Orquestra Voadora faria uma apresentação.

O que eu conhecia da Orquestra Voadora? Comentários dos outros e um vídeo que havia visto no Youtube e confesso que achei o som bom e confuso.

A festa foi no Estúdio Emme e a última festa que tinha ido lá, a Let's Groove com a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana tinha sido espetacular. Ontem, na Festa Voadora, o som estava espetacular, mas foi uma overdose de samba rock antes do show, a ponto de encher o saco.

O show começou as 2 da manhã e eu já estava meio bodeado (quem estava comigo então...). Não levei câmera e falei que seria um show que eu veria, mas não iria escrever para o blog. Um show só para curtir. E o show começou meio lento, até pelo bode que já estava rolando. Mas terminou de forma tão espetacular e com alguns detalhes tão legais, que não pude deixar de registrar o show no blog.

Hoje não tem setlist. Nem sei se consigo lembrar de tudo que ouvi ontem, mas foram 2 horas de show pelo menos. Além das músicas próprias, os caras tocam Roberto Carlos, Mutantes, Tim Maia, Chico Science e Nação Zumbi e o estilo da banda cabe perfeitamente nestes estilos nacionais. Mas a surpresa de ouvir Stevie Wonder e Rage Against the Machine (que no momento que eu ouvi ficou claro que era a melhor versão da noite, mas depois fiquei em dúvida com tanta coisa que eles tocaram).

As músicas próprias acabam por não animar tanto a galera e rola um excesso de notas em alguns momentos, uma confusão de sons. Como bem disse Camila Rondon (veja o post anterior) que estava lá comigo, parece que falta limpar um pouco o som e deixar ele mais simples. Por vezes as notas são tão altas, que também rola um som meio incômodo pro ouvido. Mas a energia é sensacional!

Mas a surpresa da noite e o motivo maior deste post vem de uma pergunta, de novo, da Camila Rondon: quem está tocando o baixo? A gente não vê ninguém e conclui: ok, tem uma base sendo tocada no fundo. Até que reparo que o baixo vem da tuba! SIM, DA TUBA! E QUE SOM MANEIRO!!! PIREI!!! Baixo de funk, negão mesmo! SURPREENDENTE!!! Ficou uma vontade de ver a tuba como baixo em uma banda, num trio ou em qualquer outra configuração de banda.

E para terminar o show, as 37.392 pessoas que estavam no palco (sim, a banda é bem grande: naipe de metais - saxofone, tuba, trompete e outros e muita percussão) vão pro meio da galera e incendeiam o final o do show. Toca forró, samba, black nacional e com evoluções na pista de dança, de repente você vê todo mundo pulando, dançando e numa vibe inacreditável. Até dar a volta no salão, o público todo deu!

Parabéns para a Orquestra Voadora, pois a apresentação que começou mais ou menos, terminou em GRANDE estilo! Recomendo muito a quem gosta de festa e carnaval!

O vídeo da vez não é meu. Peguei do Youtube mesmo uma edição deles tocando 'Know Your Enemy' do Rage Against the Machine (foi a música que me fez começar a pular no show). Tentei achar algum vídeo que deixasse claro o som da tuba, mas não consegui, mas fuça no Youtube que tem vídeo pacas e umas versões incríveis.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Camila Rondon - 15/05/2012

Mais um post daqueles complicados de escrever. Neste caso, em primeiro lugar, a dificuldade está no fato de escrever sobre uma amiga, Camila Rondon. Em segundo lugar, porque é sempre muito fácil escrever sobre bandas ou artistas com músicas conhecidas e o clima da galera. Mas será a primeira vez que irei escrever sobre uma artista que está buscando seu lugar (apesar da minha pessoa já conhecer todas ou quase todas as músicas). E te digo, pelo pouco que acompanho, que não é fácil não.

Dificuldade em marcar show, em conseguir uma banda legal para acompanhar, pagar para tocar. Gravar CD, conseguir boas pessoas para produzir, pagar por isso e pela impressão do CD. Enfim, não pode descansar e tem de ter muita força de vontade.

Tenho alguns amigos tocando atualmente: por diversão, para fazer um troco a mais ou buscando fazer da música o seu modo de vida. Considerem Camila Rondon um primeiro capítulo. Vou tentar ir aos shows dos outros também e posto aqui.

Minha amiga ia tocar no Bourbon Street, casa que eu adoro ver shows. E por mais que fosse apenas um show de abertura (importante é divulgar o trabalho) com cerca de 8 músicas, era uma oportunidade de ver alguns dos novos arranjos das músicas dela que estarão no seu 1o CD que será lançado em breve (podem esperar um post no futuro do show de lançamento deste CD, que está sendo produzido por Luis Paulo Serafim). O show principal da noite seria da Lurdez da Luz, considerada por alguns um dos grandes expoentes do hip-hop atual.

Início de carreira é isso, nem seu amigo, no caso eu, consegue chegar na hora! Por isso me desculpo! Casa não muita cheia, mas com gente que foi lá só pra vê-la! E até gente que estava indo vê-la pela primeira vez. Problemas no cabo do microfone. Gente falando alto pacas, também conhecido como falta de educação. Mas o que importa é que o show tem de continuar e assim foi, e sou só elogios para a amiga: enquanto poetisa/compositora (e vale lembrar, já que ela esqueceu de dizer ontem, que as composições são parceria com Rafael Ramos) e enquanto cantora.

O show tem blues, samba, MPB e poesia. E aqui menção honrosa a outra amiga que subiu no palco e soltou seus versos, Amanda Teixeira (está no vídeo). Sorrisos, sambadinha, convidado para improvisar rimas no palco e confesso que fico impressionado com a evolução da minha amiga, quando lembro dos primeiros shows que vi.

Aqui vai o setlist dela de ontem (normalmente é maior) e que você pode ouvir parcialmente no MySpace (Clique aqui) ou até mesmo buscar no Youtube. Também tem vídeo feito por mim no final do post, como sempre. Se você gostar, busca mais coisa e vai no próximo show dela!
1) Chama
2) Fazer Nada
3) You've Got to Lover Her With a Feeling (cover de Tampa Red)
4) Sobre-humano
5) Rilke (com introdução de poesia de Amanda Teixeira)
6) Sozinha
7) Palavra de Bamba
8) Sapo

Não posso deixar de mencionar o show principal da Lurdez da Luz. Confesso que achei que o som, hip-hop, não cabe muito no Bourbon. Mas tinham algumas pessoas que estavam lá só para vê-la. Eu particularmente gostei de algumas coisas e nem tanto de outras. DJ, batidas e cantora. No meu humilde ponto de vista, o show deve ser mais divertido num palco aberto, mas acho mesmo é que ela varia por muitos estilos (passa por funk, hip-hop, melody) e aí o show acaba se perdendo um pouco. O que eu gostei mesmo foi do som hip-hop, com letras mais fortes (e olha que eu normalmente costumo dizer que o brasileiro precisa aprender a fazer hp-hop mais pop). 'Levante' seguramente foi a música que mais me chamou atenção (pena que por não conhecer muita coisa, não consegui filmar esta).

O setlist dela foi:
1) Andei
2) Onomatopéias
3) Lamento
4) Eu e Você
5) Liri Sista
6) Corrente de Água Doce
7) (não consegui o nome dessa)
8) Beijinho
9) Ziriguidum
10) Levante
11) Ping Pong (bis) (não tenho certeza se o nome da música é esse mesmo)

E abaixo os vídeos da noite.

- Camila Rondon: Rilke



- Lurdez da Luz: Eu e Você

sábado, 12 de maio de 2012

Lulu Santos - 11/05/2012

Lulu Santos é um daqueles shows clássicos. Sem entrar no mérito de quem gosta ou não, o que vale aqui é que o cara é um baita compositor, um grande showman e poucos músicos brasileiros possuem tantas músicas famosas como ele.

O show desta vez ainda é uma turne focada em clássicos. Confesso que ainda bem, pois não sei se eu veria muita graça em ver um show de coisas novas dele. Foi possível reparar que muitos dos arranjos feitos para o acústico MTV até hoje são utilizados.

Lulu Santos está completando 30 anos de carreira (por incrível que pareça, muito da história musical dele eu aprendi lendo a biografia do Lobão) e são muitos discos e muita coisa boa. Eu gosto de muito mais coisa do que aquilo que toca normalmente nos shows. Ele tem coisas brilhantes, mas lógico que o show é focado naquilo que o povo gosta e conhece mais.

Não consegui o setlist, mas o show começa com o trio 'Toda Forma de Amor', 'Um Certo Alguém' e 'O Último Romântico'. Aproveitei para tirar todas as fotos e fazer logo o vídeo para o post, pois estava certo que iria cantar o resto do show todo. Então matei os trabalhos aí.

O show começou com clássicos e bons arranjos. Forró com direito a zabumba e triângulo em 'Tudo Azul'. Samba com direito a pandeiro e surdo em 'Sábado à Noite'. Coreografias, baixista cantando refrão, backing vocal iniciando algumas músicas, percussionista tocando também guitarra e violão, solos de saxofone e flauta. Banda afiada e show muito bem ensaiado. Lulu Santos é o ponto principal da apresentação, mas o resto da banda tem seus momentos também.

O HSBC Hall, casa onde foi o show, não é pra mim uma das melhores casas de show de São Paulo, mas ontem o som estava bom, mesas bem localizadas e atendimento dos garçons foi ok, considerando a quantidade de pessoas vendo o show e a quantidade de garçons atendendo, que não eram muitos. Ponto negativo continua sendo o estacionamento, que não existe e o esquema de valet parking tem filas grandes mais em cima da hora do show e os carros demoram sempre muito para serem entregues (mas sejamos justos que este não é um problema exclusivo dessa casa).

E sim, o show era sentado, o que eu não sou muito fã e nem acho que seja necessário para um show destes. Claro que todo mundo se levantou em um momento, e este momento foi o fatídico tema da novela adolescente Malhação, 'Assim Caminha a Humanidade'. Essa é a fase que menos gosto do Lulu Santos, mas quem sou eu para dizer algo, quando de repente ele toca essa música e todo mundo levanta e começa a dançar? Tem quem goste e pelo visto, muita gente.

E para finalizar o bis foi bem grande. Eu achando que o show terminaria com 'Casa', mas ainda veio muita música depois disso. Enfim, um show daqueles, como eu brinquei a semana toda e como um primo costuma me sacanear, para fechar o olho, apontar os dedos pro céu e cantar junto! Não chega a ser um daqueles shows que eu digo que veria toda semana, mas uma vez por ano faz muito bem!

E parabéns para a música nacional. Meus últimos shows, como Titãs, Plebe Rude, Ultraje a Rigor e Capital Inicial (eles e Titãs só tocando as coisas mais antigas) foram muito bons. Espero o lançamento deste tributo da Legião Urbana com Wagner Moura e espero shows dos Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho em breve! E aguardo a biografia do Lulu Santos também! As outras 9 pessoas que foram comigo (sim, 9!) também curtiram muito!

Música boa, antiga, sempre trás bons sentimentos e boas lembranças! E que assim seja sempre!

Abaixo o vídeo com 'Um Certo Alguém' e 'O Último Romântico'. Por terem sido a 2a e 3a músicas do show, o povo não estava tão animado ainda. Mas é sempre bom!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Carnaval Já Começou?

Desde que voltei do carnaval deste ano, tenho pensado em escrever um post sobre esta festa que eu tanto gosto. Mas o tempo foi passando e perdi o timing para escrever sobre o tema. Inclusive faz tempo que venho escrevendo só sobre shows e esquecendo as músicas e os afins. Como um dos compromissos que tenho comigo mesmo para 2012 é recuperar um pouco os temas adjacentes deste blog, hoje um post sobre música e sobre o carnaval.

Mas vai falar sobre carnaval em maio? Praticamente, mas na verdade sobre música, pois ontem tive minha primeira participação na oficina de batuque do Bangalafumenga (um dos tradicionais blocos de carnaval do Rio de Janeiro). Roubando do grupo do Facebook parte da definição/descrição deste nome: "No dicionário, Bangalafumenga quer dizer um indivíduo sem importância, um "João Ninguém". Na tradição do nosso samba, era o nome dado às casas do Rio Antigo que abrigavam as batucadas, numa época em que carregar um violão era caso de polícia."

Durante parte do ano de 2011 ouvia quase todas as semanas uma amiga minha (sim, você Janaina!), paulista, mas mais viciada no carnaval do Rio que eu (conforme citado em posts anteriores: carioca de nascença, brasiliense de criação, paulista por opção: cidadão do mundo com muito orgulho), falar todos os dias que eu deveria participar da oficina do Banga. 2011 foi um ano complicado e apesar de ter tentado vários dias, só consegui ir conferir o último ensaio aberto dos batuqueiros. Depois fui vê-los na Vila Madalena. E como todo bloco de carnaval bem feito, é uma energia incrível. E ver a alegria dos batuqueiros (principalmente da dona Janaina - segunda citação) que estavam tocando pela primeira vez ao público me fez querer participar daquilo em 2012.

Eu sou um viciado em música! Apesar de não gostar de todos os estilos (não me gabo de ser eclético como muita gente por aí), meu gosto abrange uma certa variedade de sons feitos por aí (do rock ao samba, passando por alguns outros ritmos nacionais). A percussão já tem um espaço especial na minha vida nos últimos anos com as minhas aulas semanais (ou quase sempre semanais) de bateria com o mestre Sandro Grineberg. Então juntou carnaval, percussão, diversão? Tô dentro! E para deixar mais especial ainda juntaram-se os amigos: que lá já estavam (Janaina - terceira citação e Raphael com PH) e outros que decidiram entrar também (Beta, Renato e Samanta). E grata surpresa ao chegar ao primeiro encontro desta oficina e ainda encontrar outros amigos de forma inesperada! Sensação de que as terças serão pelo menos divertidas com pessoas queridas por perto (e ainda tem muita gente pra conhecer)!

Sobre o primeiro dia da oficina? Peguei a caixa, na esperança de que meu lado baterista amador me ajude um pouco e também na esperança de quem sabe me tornar um melhor baterista por conta do batuque! Fiquei animado! Primeiro encontro com muita informação e muito exercício repetitivo! Mas a primeira sensação de fazer um som (mesmo com todos ainda descobrindo como aquilo funcionava) com todos os instrumentos é indescritível. Ficou a certeza de que fiz uma aposta certa para as minhas terças-feiras.

Algo que seguramente fará bem pra minha alma! Viva a música! Viva a percussão! Viva o batuque (minha nova paixão a primeira vista!)! E sim, o carnaval 2013 JÁ COMEÇOU!

Só para manter a tradição dos posts, abaixo um vídeo do carnaval deste ano. Não é do Banga e sim do Sargento Pimenta (bloco novo do carnaval carioca que toca Beatles). Mas como eu gosto dos meus vídeos amadores, segue a filmagem apenas para dar o gostinho ao fundo desta festa tão sensacional!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Titãs - 06/05/2012

Post complicado esse! São dois temas importantes! Titãs e Virada Cultural!

Para quem não conhece, a Virada Cultural que reúne apresentações de música, teatro, dança e outros tipos de arte por 24 horas em diversos pontos da cidade de São Paulo (site aqui). Todos os eventos são gratuitos e por isso, atraem uma multidão.

Na minha opinião o melhor da Virada Cultural é a possibilidade de passear pelo centro de São Paulo a pé, seja de dia ou de noite (de noite, confesso que é mais bonito, com toda a iluminação da cidade). Todos os outros anos em que fui, fui de noite. O show mais marcante que tinha visto até então havia sido o show do Living Colour, na Virada Cultural de 2011. Esse ano não pude ir de noite, mas fiz a escolha por ir pela primeira vez de dia ao evento para ver o Titãs.

O Titãs está fazendo uma turne este ano tocando seu disco mais antigo, Cabeça Dinossauro, que completa 30 anos agora em 2012. Os shows feitos por eles aqui em São Paulo no SESC tiveram os ingressos esgotados muito rapidamente e fiquei sem a possibilidade de vê-los. Até que soube que tal show seria apresentado gratuitamente na Virada Cultural.

Eu como bom chato e conservador que sou, adoro o que o Titãs fez nos anos 80 e início dos anos 90 e já não sou tão fã do que veio do acústico para cá. Mas é uma banda que fez parte da minha infância, pois meus irmãos ouviam muito e era o que tocava nas rádios (bons tempos). Por isso não queria e não ia perder este show!

A Virada Cultural 2012 para variar foi um sucesso! Lógico que houve confusão (como a tal galinhada do Alex Atala que é o assunto mais falado hoje. Era para ser culinária do maior chef brasileiro em um evento popular e foi um grande desastre de organização) e casos de violência (me parece que uma pessoa morreu e outras foram baleadas, o que é de fato uma pena saber), mas a esmagadora maioria que foi ao evento pôde aproveitar o que estava sendo oferecido: cultura!

O show do Titãs eu achei bem foda! O palco em que eles tocaram era na rua São João e a apresentação ocorreu ao meio-dia de um domingo. Estava cheio, mas estava bem confortável e sem confusão. A banda atrasou uns 20 minutos para entrar no palco, mas foi maravilhoso, pois além das 13 músicas do disco Cabeça Dinossauro, eles tocaram outras 13 (3 ou 4, na minha opinião, das mais novas que poderiam ter ficado de fora, mas não estragaram o show) de outros discos. 26 músicas e muitos clássicos, sendo algumas músicas que tinha escutado pela última vez em vinil ou fita cassete.

O setlist foi:
1) Cabeça Dinossauro
2) AA UU
3) Igreja
4) Polícia
5) Estado Violência
6) A Face do Destruidor
7) Porrada
8) Tô Cansado
9) Bichos Escrotos
10) Família
11) Homem Primata
12) Dívidas
13) O Que
14) A Verdadeira Mary Poppins (bis 1)
15) Amor por Dinheiro (bis 1)
16) Nem Sempre Se Pode Ser Deus (bis 1)
17) Aluga-se (bis 1) (cover do Raul Seixas)
18) Diversão (bis 1)
19) Vossa Excelência (bis 1)
20) Televisão (bis 1)
21) A Melhor Banda De Todos Os Tempos Da Última Semana (bis 1)
22) O Pulso (bis 1)
23) Fala Renata (bis 1)
24) Será Que É Isso O Que Eu Necessito? (bis 1)
25) Lugar Nenhum (bis 1)
26) Flores (bis 2)

As 13 primeiras músicas do show foram as 13 músicas do Cabeça Dinossauro tocadas exatamente na mesma ordem do disco. Começa acabando com a faixa de mesmo nome do disco e mostrando que aquilo seria um show de rock pesado (não importa se o Titãs mudou desde então). Continua com a garganta gritando 'AA UU' e já começando a ficar sem voz. Segue com 'Igreja' que era uma das músicas desse disco que eu devo ter ouvido pela última numa fita cassete! A letra foi voltando aos poucos, mas o refrão não estava esquecido! SENSACIONAL! E a lembrança de que eu adoro rock nacional anos 80.

O primeiro grande clássico vem com 'Polícia' e a galera enlouqueceu cantando cada uma das palavras em ritmo alucinado com a música! 'POLÍCIA PARA QUEM PRECISA, POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA"! Depois 'Estado Violência', outra que devo ter ouvido pela última vez num vinil (tem vídeo dessa no final do post). Mais uma vez a letra veio voltando aos poucos... 'A Face do Destruidor' veio para dar um susto na galera, mas quando nego tentou perceber o que estava acontecendo, a música acabou. Na sequência veio 'Porrada' que é uma das músicas que mais gosto e depois 'Tô Cansado', mais uma esquecida por mim...

Neste momento eu tinha relembrado que o bom desse disco eram os versos cantados em tempo recorde com muita informação e alguns gritos que servem para você liberar aquela energia acumulada: POlÍCIA! PORRADA! TÔ CANSADO! CABEÇA DINOSSAURO! Mas nada barra o VÃO SE FODER de 'Bichos Escrotos' que foi a música que veio na sequência. É a música mais famosa deles, é a música mais rebelde e nego adora gritar um palavrão no meio de uma música. E assim foi (resultado em outro vídeo no fim do post).

'Família' e 'Homem Primata' deram sequência, com a galera cantando junto! E a primeira parte do show e o disco acabaram com 'Dívidas' e 'O Que', que mais uma vez eu não ouvia havia anos. E vou te falar que por mim já estava ótimo.

Para minha surpresa continuaram as pedradas das antigas, mas num mix com algumas mais novas. Não só a galera que estava na rua estava animada! Muita gente dançando nos prédios ao lado (residenciais e um hotel - particularmente divertido ver o pessoal batendo cabeça e gritando nas janelas). Eles voltaram com 'A Verdadeira Mary Poppins' do Titanomaquia. Depois 'Amor por Dinheiro' do Sacos Plásticos de 2009. Para maior prazer ainda da minha memória veio 'Nem Sempre se Pode ser Deus' também do Titanomaquia. Um dos covers que eu gosto veio na sequência, com 'Aluga-se' do mestre Raul Seixas (sempre que ouço essa música fico imaginando nego de outro país lendo isso e achando absurdo e eu começo a rir).

E o show continuou no mix de peso antigo e coisas novas e tirando duas músicas, teria sido um final de show perfeito. E para o comentário de que eles não sabem se um dia gravarão 'Fala Renata', minha opinião é: não gravem nunca, por favor! Se possível deixem de tocar nos shows também. Não sabia o que era aquilo... Mistura de rock, funk e axé? Péssima música...

Mas enfim, uma ou outra música não atrapalha a imagem da banda e nem o trabalho magnífico feito nos discos mais antigos. Outro ponto que merece atenção é a performance da banda no palco, com menos gente e com todos os integrantes pegando os instrumentos. Atenção especial ao Branco Mello no baixo e ao Tony Bellotto tocando com seu lenço na cara novamente.

No SWU já tinha tido uma experiência memorável com o show do Ultraje a Rigor, no Lollapalooza com a Plebe Rude. Lulu Santos e Barão Vermelho que me aguardem! E se você ainda consegue comprar ingresso pra essa turne do Titãs, faça isso já!

Desculpa a tremedeira dos vídeos abaixo, mas impossível só ver e não querer cantar junto!

- Estado Violência



- Bichos Escrotos