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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Me First and the Gimme Gimmes - 29/04/2018

Fui apresentado ao Me First and the Gimme Gimmes durante a universidade pegando algumas caronas com amigos que curtiam o som dos caras. O que há para não se gostar? Punk rock e versões de clássicos dos mais diversos: rock, country, divas pop... você pede! O que você achar que eles tocam, eles tocam. E aqui teve até clássicos brasileiros. O setlist foi:

1. Summertime (cover do George Gershwin)
2. Sloop John B (cover do Bahamas/The Beach Boys)
3. Believe (dover da Cher) - tem vídeo
4. Uptown Girl (cover do Billy Joel)
5. Me and Julio Down by the Schoolyard (cover do Paul Simon)
Me First and The Gimme Gimmes no palco
6. Straight Up (cover da Paula Abdul)
7. Jolene (cover da Dolly Parton)
8. Isn't She Lovely (cover do Stevie Wonder) - tem vídeo
9. Science Fiction/Double Feature (cover do Richard O’Brien)
10. (Ghost) Riders in the Sky (cover de Stan Jones and his Death Valley Rangers)
11. Crazy for You (cover da Madonna) - tem vídeo
12. I Believe I Can Fly (cover do R. Kelly) - tem vídeo
13. Take Me Home, Country Roads (cover John Denver)
14. Mandy (cover do Scott English)
15. Who Put the Bomp (in the Bomp, Bomp, Bomp) (cover de Barry Mann)
16. Over the Rainbow (cover de Harold Arlen)
17. Rocket Man (I Think It's Going to Be a Long, Long Time) (cover do Elton John)
18. Different Drum (cover de Michael Nesmith)
19. Baby (cover de Os Mutantes - bis) - tem vídeo
20. All My Loving (cover dos Beatles - bis)
21. I Will Survive (cover da Gloria Gaynor - bis) - tem vídeo
22. Sweet Caroline (cover do Neil Diamond - bis)
23. End of the Road (cover do Boyz II Men - bis)

Você leu a lista acima? Então seguramente você curtiria este show, porque só tem pedrada! Ok, você não gosta de punk rock, mas você é capaz de se divertir numa apresentação dos caras, pois cantaria a maioria das músicas junto!

Me First and The Gimme Gimmes
A banda veio na sua formação mais recente (lembrando que eles são músicos de outras bandas, que tem este projeto como sua "diversão" paralela), mas ainda trocando o Fat Mike do NOFX pelo Jay Bentley do Bad Religion (que vale a observação, estava para lá de louco durante o show).

Eu quase não fui neste show. Comprei no susto, no meio do show do Radiohead junto com o André. Paguei inteira, quando você poderia comprar meia levando um quilo de alimento. O André furou. Consegui vender o ingresso dele como meia. Tudo errado... Domingo de noite, em cima da hora o Edu e a Vanessa, confirmaram que estariam lá e só por isso não vi o show sozinho. Depois descobri que o Fabox (técnico de som do Chega Mais estava lá), além de amigos da universidade que vieram morar em São Paulo e assim como eu, mataram a saudade dos velhos tempos.

O Espaço 555, no centro de São Paulo, onde foi o show, é um espaço legal. Pena que não fazem mais coisas lá. O centro da cidade precisa ser mais valorizado e ter mais eventos, para ser mais frequentado e acabar com o medo que as pessoas tem de ir até lá, principalmente de noite.

Rocca no palco
O show teve abertura da banda cearense Rocca. Um rock novo e cheio de energia, que eu desconhecia. É uma pena que o cenário rock do Brasil esteja totalmente no underground atualmente. Os caras fizeram um show divertido, com um cover do Bad Religion ainda. Entrei do meio para o fim e foi uma ótima maneira de aquecer para a atração principal da noite.

O Me First entrou já com um puta clássico, 'Summertime' e daí em diante foi pedrada atrás de pedrada. Fiz vários vídeos (abaixo), pois a cada música que tocava eu ficava mais feliz. Aquela banda que eu ouvia para caramba e finalmente estava ouvindo ao vivo. Só clássicos!

E foi euforia até o fim. Bateção de cabeça, gritos, cantar junto, air guitar, air drums, air baixo... No final, já no bis, por insistência da Vanessa, ainda rolou uma rodinha. Mas eu de fato estou velho para isso. Jovens pulando, suados e tal já não consigo acompanhar. Sigo curtindo meus shows, mas cada vez mais na minha, no fundo, perto do bar. :)

Vejam os vídeos! Sintam a atmosfera. Feliz de vez gente bem sucedida musicalmente sendo feliz tocando o que gostam no seu projeto paralelo. Toda vez que vejo artistas assim, me inspiro para buscar ser feliz em tudo aquilo que faço ou busco fazer.

E viva a energia daquela música que eu ouvia na universidade. E que quando ouvi neste show (e ouço volta e meia por aí), me trouxe aquela mesma sensação, me fazendo sentir-me jovem! E que esse jovem siga tendo gás para ter estas experiências na vida.

- Believe

- Isn't She Lovely

- Crazy For You / I Believe I Can Fly

- Baby

- I Will Survive

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Radiohead - 22/04/2018

Radiohead
Quem nunca cantou 'Creep'? Ok, então já vale saber que no show do Radiohead essa música não toca, tá?

Na primeira vez que pensei em vez os caras, confesso que deixei passar. Fiquei me imaginando cortando os pulsos durante a apresentação. Uma coisa chata e melancólica. Mas... todo mundo falou que foi fantástico e bateu aquela ponta de arrependimento.

Dessa vez comprei ingressos para Soundhearts Festival, que é o festival dos caras, onde claro, eles fecham a noite. Mas o meu gerente do Banco do Brasil me ligou depois e me presenteou com dois ingressos de pista premium. Vendi os meus originais e fui com o André curtir o show dos caras. Ambos meio reticentes, sem sermos fãs, naquela de curtir... Mas de graça, pista VIP e garantia de boa qualidade no som, claro que sim.

Chegamos ao Allianz Parque já tarde, pois nosso único interesse era a banda principal. Perdemos todos os outros shows. A primeira coisa que fizemos foi: entrar no celular e comprar dois ingressos para o show do Me First and the Gimme Gimmes que rolaria em breve. Depois, duas cervejas. E o show começou, com o seguinte setlist:

1. Daydreaming
2. Ful Stop
3. 15 Step
4. Myxomatosis - tem vídeo
5. You and Whose Army?
6. All I Need
7. Pyramid Song
8. Everything in Its Right Place
9. Let Down
10. Bloom
11. The Numbers
12. My Iron Lung
13. The Gloaming
14. No Surprises
15. Weird Fishes/Arpeggi
16. 2 + 2 = 5
17. Idioteque
18. Exit Music (for a Film - bis)
19. Nude (bis)
20. Identikit (bis)
21. There There - tem vídeo (bis)
22. Lotus Flower (bis)
23. Bodysnatchers (bis)
24. Present Tense (bis)
25. Paranoid Android (bis)
26. Fake Plastic Trees (bis)

Sim, foi um show longo. Mas foi mais que isso. Foi um momento de transe. As pessoas passam a dançar de maneira tão estranha quanto o Thom Yorke. Elas viram uma extensão da banda. E eu que não conhecia quase nada do que estava tocando, fiquei ali, observando: o palco e o público. Estava redondamente enganado sobre pessoas cortando os pulsos, pois na verdade elas estão dançando, balançando o corpo, deixando a mente viajar. É muito doido o bagulho.

E transe maior que do Thom Yorke só a do Jonny Greenwood que toca guitarra, teclado, umas coisas analógicas, percussão e algo mais na banda. O cara toca tudo, mas ele faz um show que é só dele naquele canto do palco. Ele não interage e entra na piração dele sozinho em todas as músicas.

Ah, mas o hits fazem a galera pirar, né? NÃO! Todas as músicas fazem a galera pirar. Mas vamos combinar que o final de 'Paranoid Android' e 'Fake Plastic Trees' deixa o gostinho perfeito de quero mais.

Resumo de um cara que era cheio de pré conceitos em relação ao Radiohead: é um puta show! Os caras arrebentam no palco musicalmente e em presença também, pois apesar de ser uma banda discreta, os espaços são ocupados cada um por sua personalidade diferente (são personagens diferentes por ali).

O melhor para mim? Passei a conhecer de uma sentada só uma série de músicas que nunca tinha ouvido da banda e que achei muito boas. O pré conceito? Foi embora... Ver outro show deles? Só se for bem mais ambientado sobre o repertório do que esta última vez, afinal eu também quero curtir aquele transe lá... Maior barato!

- Myxomatosis

- There There

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Depeche Mode - 27/03/2018

Depeche Mode no palco
Apenas dois dias depois de finalizar uma maratona de três dias do Lollapalooza, mais um show. Um que era tão aguardado que veio amigo do Brasil todo ver a apresentação. O Depeche Mode, uma das bandas mais clássicas dos anos 80, já havia cancelado uma vinda ao Brasil mais recentemente e havia sido cotado para diversos festivais, sem nunca ter sua apresentação confirmada.

Quando este show foi confirmado, houve uma grande movimentação, sendo que os ingressos foram vendidos 8 meses de antecedência. E esgotaram, claro!

Meio sem energia fomos no mesmo grupo do Lollapalooza e foi difícil sair da inércia do cansaço, ainda mais em um show que foi menos 'I Just Can't Get Enough' e mais 'Walking in My Shoes'. Isto quer dizer, apesar de ter sido animal, foi aquela vibe mais introspectiva.

A apresentação tem toda uma pegada de cenografia mais dark, com luzes quase monocromáticas. É até difícil ver o rosto de alguns integrantes da banda. A escolha das músicas confirma que aquilo era um momento de cultuar. Não era para pular, mas para cantar junto com aquele ar lá do fundo do peito. Então vamos ao setlist:

1. Going Backwards
David no meio da galera
2. It's No Good
3. Barrel of a Gun - tem vídeo
4. A Pain That I'm Used To
5. Useless
6. Precious
7. World in My Eyes
8. Cover Me
9. Insight
10. Home
11. In Your Room
12. Where's the Revolution
13. Everything Counts
14. Stripped
15. Enjoy the Silence
16. Never Let Me Down Again
17. Strangelove (acústico - bis)
18. Walking in My Shoes (bis)
19. A Question of Time (bis)
20. Personal Jesus (bis)

Difícil dizer que música foi mais legal de ouvir naquele momento. 'It's no Good' que eu adoro foi foda. A nova 'Where's The Revolution' foi linda. 'Everything Counts' que eu curto bem foi demais (confesso que não tinha muita esperança de ouví-la ao vivo). 'Enjoy the Silence' o momento mais foda da noite, como não poderia deixar de ser. 'Strange Love' tocada de maneira acústica, mesmo tendo sido sensacional, foi o que me deixou um pouco decepcionado, afinal de contas a gente espera tanto tempo para ver a banda, que a gente quer dançar com a banda e aí não rola. Foda! hehehe

Depeche Mode
'Walking in my Shoes' e 'Personal Jesus' foram ótimas escolhas para bis e a melhor maneira de terminar uma noite memorável.

Única crítica à noite fica para a organização que fez a apresentação em modelo anfiteatro no Allianz Parque, mas deixou a pista reduzida, muita cheia por conta de uma área VIP enorme. Realmente não foi dos shows mais confortáveis para se ver.

Quando acabou foi um mix de tristeza e felicidade. A tristeza por ter acabado um momento tão esperado e a maratona de shows (não sei se todos nos sentíamos assim, mas eu sim). Feliz também pelo término da maratona de shows também (acho que a maioria estava mais curtindo este sentimento), pois acabaram-se as pernas para ficar  em pé. E a cada ano que passa, a gente vem mostrando que estamos mais jovens. A música causa isso na gente. Amém!

Fica a frase de uma amiga para marcar esta noite: "David, você continua cantando para caralho. Mas como você envelheceu mal!". Mas o Zé Bonitinho segue arrebentando no palco... :)

terça-feira, 15 de maio de 2018

Lollapalooza - 23/03/2018

Seguindo na hercúlea tarefa de colocar o blog em dia para ninguém ler (porque ler sobre show que já rolou há mais de um mês é foda), finalmente chegamos ao Lollapalooza 2018. Este ano mais uma vez o festival voltou a ter 3 dias, o que só havia acontecido uma vez quando o evento ainda acontecia no Jockey Clube de São Paulo. A diferença é que em 2013 a sexta-feira era um feriado (sexta-feira santa) e em 2018 foi uma sexta-feira comum. Resumindo, um dia para quem consegue matar o trabalho, sair mais cedo ou apenas para os jovens estudantes. Eu me encaixei na segunda categoria.

Já vale adiantar que este ano a entrada funcionou muito bem (não peguei fila nenhum dia). O sistema de pulseira seguiu e não sei se pelo aumento de estrutura ou melhoria no sistema, foi possível beber e comer com mais facilidade que em 2017 e sem as filas quilométricas (apesar de reclamações de valores depositados na pulseira que sumiam). Também havia vendedores de cerveja ambulantes, o que ajudou bastante (ano passado era só Skol Beats).

A saída também ocorreu de maneira super tranquila sem maiores problemas. Junto com a possibilidade de comer e beber sem maiores filas e de mais um dia de festival, a maior mudança deste ano foi a mudança do local do terceiro palco, que antes ficava na entrada. Os palcos secundários passaram a ser lado a lado. E no local do palco da entrada, a tenda eletrônica virou um novo palco. Isso aumentou o espaço para o Chefs Stage e da lojinha de lembranças do festival.

Uma última mudança foi não ter dois shows grandes encerrando a noite. Até ano passado eram sempre três atrações, sendo duas atrações de peso e uma atração eletrônica. Em 2018 seguiram as três atrações, mas sendo uma grande, uma eletrônica e uma atração de menor porte. Por isso, os shows principais da noite tiveram um público enorme nos três dias (bem diferente de anos anteriores). Pelo que entendi, a organização manteve o público de 100 mil pessoas por noite, o que começou ano passado. Se foi isso mesmo, não foi só um aumento de público, mas também uma concentração dele que explica a quantidade de gente nos shows principais em cada noite. De qualquer forma, muitos parabéns para a organização pela qualidade do som. Fantástico!

Mas vamos falar de música, pois de fato tem muito pouco para reclamar da edição deste ano. Dos três dias, só não gostei de algo que vi no domingo. Na sexta e no sábado, gostei muito de tudo que vi. Na sexta, chegando atrasados, afinal temos de trabalhar, chegamos para ver o Royal Blood.

Royal Blood
Royal Blood
Fomos em dois casais, sendo que dos quatro, três de nós estávamos no Austin City Limits e já tínhamos visto este show. Por isso vimos ele acontecer, mas sem prestar muita atenção. Não fomos nem muito perto do palco. Ficamos ouvindo, tomando a primeira cerveja e entrando no clima do Lollapalooza.

O setlist foi:
1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. You Can Be So Cruel
5. I Only Lie When I Love You
6. Little Monster
7. Hook, Line & Sinker
8. Hole in Your Heart
9. Ten Tonne Skeleton
10. Figure It Out
11. Out of the Black

Deixamos rolar tão tranquilo que não tenho muitos comentários e nem vídeo sobre os caras. Se quiser saber o que achei deste show, leia aqui!

Chance the Rapper
Ao contrário do show anterior, este foi uma apresentação que acabamos não conseguindo ver no Austin City Limits. Não sou um grande fã de hip-hop, mas curti muito o cara. O que me parece é que existe uma corrente nova de artistas deste gênero que já não estão na pegada tão gângster que era a moda e apresentam uma pegada mais musical, mais melódica.

Chance the Rapper
O setlist foi:
1. Mixtape
2. Blessings
3. Angels
4. Sunday Candy (música de Donnie Trumpet & The Social Experiment - tem vídeo)
5. Favorite Song
6. Cocoa Butter Kisses
7. Ultralight Beam (música de Kanye West)
8. I'm the One (música de DJ Khaled)
9. All We Got
10. No Problem
11. All Night
12. Same Drugs
13. Blessings (de novo)

A pegada mais tranquila, aliada ao talento do cara, mostra uma música bem diferente, mas sem deixar de ser o hip-hop norte-americano, tão conhecido. Artistas deste gênero normalmente tem pouca entrada no Lollapalooza do Brasil, mas a edição de 2018 foi bastante diferente e o Chance the Rapper abriu a porteira para outras apresentações muito boas que vieram depois.


LCD Soundsystem
Eu havia visto esta banda num Skol Beats em 2006, quando esta banda era agrupada junto com o DJ's de sons eletrônicos. Hoje representante do estilo indie, o show do LCD Soundsystem tinha mais fã saudosista do som dos caras do que a galera mais jovem que curte a pegada eletrônica. Tinha tão pouca gente em relação a outros shows, que conseguimos andar e ficar na frente do palco sem o menor esforço.
LCD Soundsystem

O setlist foi:
1. Daft Punk Is Playing at My House
2. I Can Change
3. Call the Police
4. Get Innocuous!
5. You Wanted a Hit
6. Tribulations
7. Movement
8. Someone Great (tem vídeo)
9. Yr City's a Sucker
10. Tonite
11. Home
12. Dance Yrself Clean
13. All My Friends

Foi um show bacana demais, mas confesso que não entrei muito na energia dos caras, pois estava cansado (era sexta-feira e tínhamos trabalhado o dia todo) e porque o som dos caras é um som diferente. Quem é fã entende, mas para quem não é fã, é um som que demora para você entender e curtir.

Dançamos um pouco, mas sem nos desgastarmos muito, pois ainda tinha show pela frente. A verdade é que acho que o LCD Soundsystem não é uma banda para o Lollapalooza. É um show para lugar menor ou para um festival que tenha mais o seu perfil.


Red Hot Chili Peppers
Eu havia prometido a mim mesmo que não veria mais o RHCP desde o show do Rock in Rio de 2001, que foi uma verdadeira merda. Som baixo, vocalista desafinado e festival lotado demais por uma invasão do público não controlada pela organização. Mas já que estava no Lollapalooza e eles estavam lá, tivemos uma segunda chance. O comentário principal é: os caras tem muitos hits. E assim sendo, foi um bom show. Mas nem tanto...

O setlist foi:
1. Intro Jam
Red Hot Chili Pepper ao fundo,
em um show LOTADO
2. Can't Stop
3. Snow ((Hey Oh))
4. Otherside
5. Dark Necessities (tem vídeo)
6. Menina mulher da pele preta (música de Jorge Ben tocada e canta solo pelo guitarrista Josh)
7. Sick Love
8. Nevermind
9. Californication
10. Aeroplane
11. Blood Sugar Sex Magik
12. Hump De Bump
13. The Adventures of Rain Dance Maggie
14. Pea
15. Higher Ground (música do Stevie Wonder)
16. Under the Bridge
17. By the Way
18. Encore Jam (bis)
19. Goodbye Angels (bis)
20. Give It Away (bis)

Sério, era uma pedrada após a outra. Não dá para dizer que não é legal ir a um show onde você basicamente canta tudo junto e ainda curte umas músicas de um dos primeiros CD's que você comprou na vida (Blood Sugar Sex Magik).

Mas... apesar de cantar melhor, Anthony Kiedis segue desafinando. Anos de carreira e o cara ainda deixa muito a desejar ao vivo. Além disso, pausas longuíssimas entre uma música e outra. E para finalizar sessões repetidas de improviso entre o guitarrista Josh e o baixista Flea enchiam uma linguiça quase sem fim.

Para mim uma banda que sempre foi conhecida pela sua energia, e eu entendo que o tempo passou e a idade chegou, me parece que tem uma dinâmica de show muito chata. Mas valeu!

Ver 'Menina Mulher da Pele Preta' do Jorge Ben sendo tocada pelo guitarrista, além de curtir 'Aeroplane', 'Blood Sugar Sex Magik', 'Higher Ground' (que agora já posso dizer que ouvi o original e a versão do RHCP), 'Under the Bridge' e 'Give It Away' em uma mesma apresentação, por mais chata que seja a dinâmica, não pode ser um show ruim. E não foi! Mas assim terminamos o primeiro dia e partimos para casa, pois ainda tinham mais dois...

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Foo Fighters - 27/02/2018

Queens of the Stone Age no Palco
Esta foi uma noite com baixa expectativa, mas imperdível. Foo Fighters, junto com Jamiroquai, foi a banda que mais vida na vida (este foi o sexto show) e Queens of the Stone Age, eu vi pela quarta vez nesta noite. Inclusive vi as duas banda em um mesmo festival em Portugal em 2005. A garantia de sucesso já estava ali, mas não tem como deixar de presenciar Dave Grohl, um dos homens que tenta fazer com que o rock and roll não morra com todo seu marketing, e sua trupe, quebrando tudo de maneira organizadamente caótica.

Mais um show no Allianz Parque e mais um show com o som horrível. Chegada e saída cada vez mais organizadas (a produção pegou a mão), fácil acesso a bar e banheiro. Wi-fi funcionando. Mas o som continua uma merda. Assim como três dias antes eu havia reclamado do som do Phil Collins no mesmo estádio, nada mudou neste dia.

O som do palco 100% focado na pista premium, que a cada ano fica maior. As torres de delay, poucas, sem muita angulação, mandando o som direto para os camarotes, beneficiando também as cadeiras de baixo e de cima. Mas as pessoas que se concentram na pista ficam com um som super baixo. E esta reclamação já se repetiu em shows que ocorreram depois e sobre os quais ainda irei escrever. Então fica meu apelo: ATENÇÃO produtores de shows no Allianz Parque!!! Pensem em um som de alta qualidade também para os consumidores dos ingressos de pista. Sem volume não há como captar a emoção da música e assim, não tem como aproveitar a pista (dançar, pular, etc.). POR FAVOR, melhorem a estrutura dos seus shows. É o mínimo para quem paga tão caro.

Foo Fighters no Palco
Dito isto, depois de pegar um taxi cedo (afinal de contas, show em plena terça-feira em São Paulo começando às 19 horas é pedir para todo mundo chegar atrasado), chegamos depois do show do Queens of the Stone Age já ter começado. E acompanhando o casal desta vez estava o Vinícius, amigo de trabalho da Marina, que nunca havia estado em um show internacional deste porte. E vale dizer que ele só foi porque o destino existe...

Vinícius não comprou ingresso para o show, pois quando começou a vender a grana estava curta. E eu, 15 minutos antes de sair em direção ao show, ao imprimir os ingressos, descobri que havia comprado 3, em vez de apenas 2. Ao avisar isso para a Marina, ela ofereceu o ingresso para o amigo, que apenas minutos antes havia comentado que se tivesse um ingresso disponível naquele momento, ele iria ao show. E foi! rs

Queens of the Stone Age
O setlist foi:

1. If I Had a Tail
2. Head Like a Haunted House
3. My God Is the Sun
4. Feet Don't Fail Me
5. The Way You Used to Do
6. Do It Again
7. No One Knows (tem vídeo)
8. The Evil Has Landed
9. I Sat by the Ocean
10. Domesticated Animals
11. Make It Wit Chu
12. Smooth Sailing
13. Little Sister
14. Go With the Flow
15. A Song for the Dead

Queens of the Stone Age
O show da banda foi como sempre perfeito, tecnicamente falando. Muitos hits, inclusive um já do novo álbum da banda. Mas se comparado ao Foo Fighters, que virou uma banda pop, o Queens of the Stone Age segue sendo uma banda mais urderground (na falta de um termo melhor). Então apesar de muita gente conhecer as músicas principais, foi um show morno em termos de envolvimento com o público.

Mas foi um show muito bom musicalmente falando. A banda altera andamentos de uma música para outra, fazendo com que a apresentação seja meio como uma montanha russa. Tem música mais acelerada, tem balada, tem composições com climas mais soturnos. E é por isso que a banda é muito boa, porque ela passeia por diversos nuances musicais dentro do rock.

Talvez abrir para o Foo Fighters não seja mais uma boa ideia, apesar da grande amizade entre os dois grupos. Por outro lado muita gente que acaba não ouvindo a banda, tem a chance de conhecer o trabalho dos caras. Fica um vídeos de um dos hits da banda para agradar ao ouvido de todos os tipos de fãs (inclusive os que não são). 


Mas depois vinha o show principal da noite. Foo Fighters com seu novo álbum, toda sua popularidade, todo seu marketing e todo seu show mega ensaiado, inclusive nas piadas. E isso, que poderia fazer a apresentação parecer muito falsa, na verdade encanta o público.

Todos cantam junto, respondem quando Dave Grohl chama o público, riem de suas caras e piadas, vibram com suas interações, com os covers de outras bandas e com o momento em que alguém do público é convidado para ir para o palco. Neste dia, um casal foi chamado e o rapaz pediu sua amada em casamento na frente da banda e de todo o público. Seguramente não foi uma surpresa para a moça, mas ainda assim deverá ficar marcado para sempre.

O setlist foi:

1. Run
2. All My Life
Dave Grohl
3. Learn to Fly
4. The Pretender
5. The Sky Is a Neighborhood
6. Rope
7. Sunday Rain (tem vídeo)
8. My Hero
9. These Days
10. Walk
11. Breakout
12. Under My Wheels (música do Alice Cooper)
13. Another One Bites the Dust / Miss You / Blitzkrieg Bop / Love of My Life (várias músicas sendo tocadas na apresentação da banda)
14. Under Pressure (música do Queen)
15. Monkey Wrench (tem vídeo)
16. Times Like These
17. Generator
18. Big Me
19. Best of You
20. Dirty Water (bis)
21. This Is a Call (bis)
22. Everlong (bis)

Tirando algumas músicas do novo disco dos caras, Concrete and Gold, o resto é só hit. Então não tem uma música que a platéia não cante junto. E vou te falar: o volume da galera estava alto, viu? Por vezes, cobria fácil o som da banda.

Taylor Hawkins em um dos seus momentos cantando
 e neste também tocando com a bateria em uma plataforma
'Run' e 'Sky is a Neighborhood' foram as duas novas que já trouxeram a galera.  De resto nem adianta falar, pois é só porrada. Vale uma menção para a forma de apresentar a banda, sendo que a cada nome anunciado, o músico da vez trazia uma música de outra banda e ficou muito legal ouvir Queen (três vezes), Rolling Stones e Ramones no meio do show dos caras.

Vale sempre uma menção honrosa ao baterista e braço direito do Dave Grohl, Taylor Hawkins. Em mais de um momento ele lidera os vocais da banda. Sua posição de destaque é tamanha, que sua bateria sobre em uma plataforma em determinado momento, dando todo destaque para o músico. Ele complementa e muito bem o showman Dave Grohl.

Para finalizar um bis que eu não faria, mas eles podem tudo. 'Dirty Water' não é uma das mais populares do disco novo. Depois 'This Is a Call' que eu adoro, mas é do primeiro disco e o público conhece as coisas mais novas deles. 'Everlong' um dos maiores hits da banda finalizou tudo, mas não é das músicas mais animadas. Eu particularmente escolheria outras três, mas quem sou eu, né? Rs

Não fosse pelo som... (sim, eu sofro...) Mas ainda sim foi uma baita noite. Pois quando banda e público conectam, nem o som atrapalha. Faltaram algumas das minhas músicas preferidas, mas ainda que eu esteja focando meu tempo e dinheiro em shows que nunca vi antes, estes caras podem vir, que eu vou vê-los. E ficam os vídeos para contar a história...

- Sunday Rain

- Monkey Wrench

sexta-feira, 23 de março de 2018

Jamiroquai - 18/12/2017

Jamiroquai, junto com Foo Fighters, são as bandas que mais vi na vida. 6 vezes cada uma. Este ingresso foi comprado com bastante antecedência, que nem lembro quanto tempo antes. O show foi em uma segunda-feira, e conflitou com a festa de fim de ano da esposa e fui liberado para ver o show. Além disso, tinha feito uma cirurgia há 5 dias. Então pular e dançar, nem pensar.

Fui com mais três amigos, fiquei lá no fundão e em vez de beber e dançar, acho que pela primeira vez, vi um show da banda de maneira contemplativa. Sacando o guitarrista e todo seu swing aparentando fazer nenhum esforço para tirar aquele som. Vendo o baterista e desejando tocar só um pouco do que aquele cara toca. Dando uma olhada nas linhas do baixo e babando na técnica do cara. Observando as backing vocals e percebendo a potência que sai de cada uma delas. Ouvindo as nuances sutis de cada tecladista, mas que impactam todas as músicas. E também vendo o quanto o JK, vocalista, está inchado de tanto remédio para as costas (problema que fez a banda cancelar vários shows da turnê, enquanto ele estava internado).

Enfim, foi um dia para ver e ouvir. Um show para provar com os sentidos. E foi animal, pois como disse, nos shows do Jamiroquai eu sempre me acabava de dançar e cantar junto.

O setlist foi:

1. Shake It On
2. Little L
3. Automaton
4. The Kids
5. Space Cowboy (tem vídeo)
6. Alright
7. Cloud 9
8. Superfresh
9. Cosmic Girl
10. (Don't) Give Hate a Chance
11. Hey Floyd
12. Travelling Without Moving
13. Summer Girl
14. Seven Days in Sunny June
15. Canned Heat (com algumas parte de Revolution 1993)
16. Love Foolosophy
17. Deeper Underground (bis)

Como o show era da turnê do novo disco, Automaton, que tem uma pegada ainda mais eletrônica, foram cinco músicas novas: 'Shake It On', 'Automaton', 'Cloud 9', 'Superfresh' e 'Summer Girl'. Quase um terço do show. Claro que o público quer ouvir os clássicos, mas o pessoal já estava por dentro do novo material apresentado. As novas composições não fizeram feio.

De resto o show segue uma mistura de hits de todos os discos. Sempre dançante, com algumas baladinhas no meio, como 'Space Cowboy' e 'Seven Days of Sunny June'.

'Canned Heat' foi o auge do show. Platéia TODA dançando. TODA mesmo, menos eu. A troca de energia nestes momentos é o que vale a pena nos shows.

O bis ficou por conta de 'Deeper Underground', o que já é padrão. O que não é padrão é não ter uma segunda música no bis. Ficamos esperando e nada e eles tem tantos outros clássicos para tocar.

Enfim, mais um ótimo show dos caras. Swing do começo ao fim e apesar de um JK menos pilhado, ainda com comando total do público. Esperando pelo próximo, pois quero voltar a dançar e cantar junto!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Bruno Mars - 23/11/2017

Bruno Mars
O show do Bruno Mars para mim era algo bastante esperado, pois acredito que, junto com Justin Timberlake, ninguém faz música pop melhor hoje em dia. Não conhecia seu trabalho há muito tempo, mas depois que vi uma apresentação dele com a sua banda no The Voice americano cantando 'Uptown Funk' fui atrás e gostei de muita coisa que ouvi.

O som dele tem muito de Michael Jackson e seus movimentos de dança, algo que observei junto com milhares de outras pessoas no show, tem muito de James Brown. E que mistura boa essa, não?

Partimos para o show no Morumbi cedo, pois a ideia era ver o show de abertura da DNCE. A banda é claramente uma produção do Joe Jonas (sim, aquele do Jonas Brothers). Quando digo isso é porque a banda é muito competente no que se propõe a fazer, mas dá para ver que cada um é um personagem escolhido diretamente para sua posição no grupo e todos tem um visual bem característico. Nada é muito natural...

DNCE
Joe Jonas foi lá, pensou no som que queria fazer, escolheu a dedo mais três músicos e montou uma banda que tem um hit grande de 2015 e várias outras músicas mais ou menos conhecidas, faz algumas versões interessantes e provavelmente ganha muito dinheiro. Rs

Não é uma crítica à banda. Fazem um bom som, são divertidos e tem boas composições. É apenas uma constatação sobre o conjunto. Eu curti, dancei, cantei e conheci algumas coisas deles que não conhecia e passei a ouvir.

O setlist foi:
1. Gonna Fly Now (cover do Bill Conti)
2. Kissing Strangers
3. Naked (tem vídeo)
4. DNCE
5. Body Moves
6. Da Ya Think I'm Sexy? (cover do Rod Stewart)
7. Toothbrush
8. Pay My Rent
9. Seven Nation Army / Wannabe / Oops!... I Did it Again (várias versões)
10. Cake by the Ocean

Confesso que curti principalmente a música 'Kissing Strangers' e achei bem legal uma banda nova tocando Rod Stewart. Claro que eles finalizaram com 'Cake by the Ocean', seu principal sucesso, terminando o show lá em cima.


Passar por cima dessa vibe não foi complicado para o Bruno Mars. O show do cara não é um só mais um desfile de hits e/ou uma performance de dança, o que já seria muito bom. Mas o cara tem uma banda que se mexe pelo palco todo, toca nota sobre nota sem errar e realiza todas as coreografias junto com o seu líder. É um trabalho impecável.

O setlist foi:
Bruno Mards e Banda
1. Finesse
2. 24K Magic
3. Treasure (tem vídeo)
4. Perm
5. Calling All My Lovelies
6. Chunky
7. That's What I Like
8. Versace on the Floor
9. Marry You
10. Runaway Baby
11. Talking to the Moon
12. When I Was Your Man
13. Piano Solo
14. Locked Out of Heaven
15. Just the Way You Are
15. Uptown Funk (bis)

Bruno Mars
Um show super divertido. Espetáculo talvez seja a melhor palavra para descrever o que vimos nesta noite. É uma coisa meio como se fosse um musical. Curti muito o trabalho dele e achei o swing da banda toda MUITO foda.

Mas tenho críticas. Achei uma péssima escolha terminar o show, antes do bis, com uma música lenta. Antes do bis ficou um climão meio pata baixo. Além disso, o show teve apenas 1 hora e 30 minutos, o que eu acho muito pouco para um artista do calibre dele e também pelo preço que se cobrou por ingresso.

Claro que entendo que o importante não é o tempo, mas a qualidade do que ele se propõe a entregar. Mas hoje, a não ser que você tenha para lá de 60 anos (e às vezes nem assim), nenhum artista desse calibre faz um show menor do que duas horas. Particularmente fiquei frustrado. Mas o fato é que deu para conhecer mais o trabalho do artista e se divertir bem. Vamos ver o que ele produz no futuro, porque até aqui ele tem feito um trabalho muito bom.

terça-feira, 20 de março de 2018

U2 - 21/10/2017

Eu já havia visto dois shows do U2 e honestamente não via necessidade de estar em um terceiro, mas esta turnê era especial por ser focada no disco The Joshua Tree, comemorando 30 anos do quinto e um dos mais emblemáticos, discos da banda.

The Joshua Tree

Ingressos comprados na pré-venda. Um par extra comprado e irmão e cunhada vindo de Brasília. Tudo certo, partiu show.

Já citei várias vezes aqui, mas eu gosto de show no Morumbi. Consigo ir de carro, chegar fácil e sair rápido. Além disso, a pista é espaçosa e consigo ficar no fundo, perto do bar e ver o palco, o que é algo fantástico para um baixinho como eu.

O show de abertura foi do Noel Gallagher's High Flying Birds e foi um show bem legal. Ainda mais porque amigos que haviam ido no primeiro dia de apresentações haviam falado que o show era dispensável e a minha expectativa estava baixa. Confesso que tive a impressão oposta.

O setlist foi:
1. Everybody's on the Run
2. Lock All the Doors
3. In the Heat of the Moment
4. Riverman
5. Champagne Supernova (música do Oasis)
6. Holy Mountain
7. Half the World Away (música do Oasis)
8. Little by Little (música do Oasis)
9. Wonderwall (música do Oasis)
10. Don't Look Back in Anger (música do Oasis - tem vídeo)
11. AKA... What a Life!

Um show de abertura, logo curto, bem tocado e com praticamente metade do repertório de hits do Oasis. Como pode ser ruim? E é fato que as composições próprias do Noel também tem coisas bem interessantes. Logo, belíssimo show para esquentar e esperar o U2.

Os destaques ficam para 'Champagne Supernova' e 'Wonderwall', clássicos mais fortes do Oasis e 'Don't Look Back in Anger', que já era uma música forte e ficou mais ainda, quando tornou-se isso contra o terrorismo na Inglaterra, sendo cantada até em estádios de futebol. Palmas para o Noel.


Mas na sequência vinha o U2 que começou com uma pedrada daquelas. Vamos direto para o setlist:

1. Sunday Bloody Sunday (tem vídeo)
2. New Year's Day
3. Bad (tem vídeo)
4. Pride (In the Name of Love - tem vídeo)
5. Where the Streets Have No Name
6. I Still Haven't Found What I'm Looking For
7. With or Without You
8. Bullet the Blue Sky
9. Running to Stand Still
10. Red Hill Mining Town
11. In God's Country
12. Trip Through Your Wires
13. One Tree Hill
14. Exit
15. Mothers of the Disappeared
16. Beautiful Day (bis)
17. Elevation (bis - tem vídeo)
18. Vertigo (bis)
19. Mysterious Ways (bis)
20. You're the Best Thing About Me (bis)
21. Ultraviolet (Light My Way) (bis)
22. One (bis)

Da primeira até a oitava música praticamente não deu para respirar. Uma pedrada atrás da outra e eu gosto mesmo é de hit e de cantar junto. E não dá para negar que o U2 é (ou foi) uma fábrica de hits. Foi fantástico. Mas melhor foi o timing do vídeo abaixo que a minha cunhada fez do início do show.


O meio do show foi meio morno. Ficou bonito porque aí o quem dá o show mesmo é o palco do U2. Com todas as variações de artes que eles sempre apresentam. Mas musicalmente, você consegue dar uma respirada.


E aí no bis começa tudo de novo, com clássico atrás de clássico. Alguns de álbuns mais recentes, mas para mim o que marcou mesmo foi 'One'. É uma música que eu adoro e aprendi a gostar ainda mais ouvindo uma versão do REM. Não tenho certeza, mas acredito que eu nunca tivesse ouvido ela ao vivo. Foi bem marcante.


E assim foi. Mais um show do U2. Cheio de clássico. Um palco foda. Uma banda quase infalível. Nenhuma surpresa que chamasse a atenção. Mas ao mesmo tempo um show com qualidade inquestionável. Eu diria que três shows do U2 é uma quantidade suficiente para vê-los. Mas provavelmente eu estarei lá no próximo.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

São Paulo Trip - 21/09/2017

Palco do São Paulo Trip
O São Paulo Trip foi a versão brasileira do festival Desert Trip que ocorreu na Califórnia e que também funcionou como prêmio de consolação para quem não foi ao Rock in Rio, pois basicamente consistiu nas principais atrações do festival carioca, fazendo um pequeno desvio por São Paulo. Pouquíssimas atrações só tocaram no festival paulista e claro, tinham menor expressão.

Optei por ir no dia em que o The Who fechava a noite, não tanto por gostar da banda. Mas mais por vê-los como uma banda clássica e que precisa ser prestigiada pelo menos uma vez na vida. Além disso, a abertura da noite seria feita pelo The Cult, banda que eu gosto e queria muito ver, e pelo Alter Bridge, que não conhecia e muita gente falava bem.

Quinta-feira em São Paulo no fim de tarde, mesmo com todo planejamento, o trânsito é caótico e também pelo fato de viajar de férias no dia seguinte, me atrasei. E claro, perdi o Alter Bridge e cheguei no início do show do The Cult, que era o que eu queria mais ver.

Show cheio de clássicos e energia, mas com uma postura engraçada/babaca do vocalista, Ian Astbury, "exigindo" que o público fosse ao delírio com a banda. E isso é muito questionável, pois em primeiro lugar, respeito se conquista, não se exige; e em segundo lugar, o The Cult não era a banda principal da noite, para desespero dele. Get over it Ian!
The Cult no São Paulo Trip

O setlist foi:
1. Wild Flower
2. Rain
3. Dark Energy
4. Peace Dog
5. Lil' Devil
6. Deeply Ordered Chaos
7. The Phoenix
8. Rise
9. Sweet Soul Sister
10. She Sells Sanctuary (tem vídeo)
11. Fire Woman
12. Love Removal Machine

De fato o público não pirou, mas curtiu bastante o show, principalmente a metade final. Para mim o ápice ficou com 'Fire Woman', música que me lembra meus primeiros dias de vida em São Paulo (não me perguntem o porquê. Rs).

A pegada da banda continua forte e com o Mr. Ian reclamando o tempo todo e pedindo o calor do público brasileiro, os holofotes ficaram mesmo para o guitarrista, Billy Duff, que além do visual e das guitarras clássicas, segue tocando os riffs distorcidos da banda de maneira perfeita e energética. Muito legal cada riff, ele se aproximar da frente do palco, e entoar aquilo. Demais!

Confesso que era uma das bandas que me faltava ver ao vivo e depois de visto, fiquei sem muita vontade de ver de novo. Check!

Na sequência veio o The Who com um Roger Daltrey ainda afinado depois de tanto tempo e um Peter Townshend esbanjando energia, cantando e tocando, acredito eu, que surpreendendo muita gente. Fiquei viajando durante o show imaginando o neto dele falando para os amiguinhos "aquele é o meu avô!". Que figura!!! Já Zak Starkey, baterista atual da banda, filho do Ringo Starr, ganhou seu espaço também ao esbanjar energia na bateria.

O setlist foi:
1. I Can't Explain
2. The Seeker
The Who no palco do São Paulo Trip,
com destaque para Roger Daltery
3. Who Are You
4. The Kids Are Alright
5. I Can See for Miles
6. My Generation
7. Bargain
8. Behind Blue Eyes
9. Join Together
10. You Better You Bet
11. I'm One
12. The Rock
13. Love, Reign O'er Me
14. Eminence Front (tem vídeo)
15. Amazing Journey
16. Sparks
17. Pinball Wizard
18. See Me, Feel Me
19. Baba O'Riley
20. Won't Get Fooled Again
21. 5:15 (bis)
22. Substitute (bis)

Eu confesso que tinha baixa expectativa sobre o show. Era uma coisa de ver uma banda clássica e ponto. Mas a energia do Peter Townshend, misturada ao setlist fantástico do show, lotado de clássicos, foi foda!!! DEMAIS!!! Cada música uma realização de que eu estava vendo aquela banda ao vivo!!!

The Who no palco do São Paulo Trip,
com destaque para Peter Townshend
Em 'Baba O'Riley' confesso que caiu um cisco no meu olho. O quão bacana é poder ouvir aquilo com algumas das peças originais daquela banda? Não tem preço! Não tem explicação! É uma coisa apenas de sentir, aproveitar, receber energia e mandar energia.

Um daqueles shows que você sai esgotado, mas feliz. Parece que uma aura especial é construída em torno daquele momento. Local a céu aberto, temperatura ideal, clássicos, energia vindo do palco e você absorvendo tudo aquilo e pensando no quão sortudo você é de estar ali.

Sim, para mim o show do The Who foi tudo isso. Não foi o primeiro show que me senti assim. Não será o último. Que bom! Quero ser sortudo de envelhecer fazendo o que gosto, como estes caras e cheio de energia assim.

The Cult - She Sells Sanctuary


The Who - Eminence Front


PS: o hambúrguer pós show foi um Cheeseburger Egg Champignon no Oregon Burger. Veja o review AQUI!