quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Saga das Duas Palhetas

Caros, me permitam postar aqui o texto escrito no Facebook pelo amigo Francisco Chaves sobre a saga para conseguir duas palhetas do Metallica! Espero que curtam o texto como eu curti!

A Saga das Duas Palhetas
Por Francisco Chaves

Abaixo o relato de um apaixonado por Heavy Metal, que esperou mais de 12 horas para cumprir um objetivo que começou em Janeiro de 2010.

Alguns discordam, mas eu não conheço fã de um estilo musical mais apaixonado por sua música do que o metaleiro. Podem falar o que for: música muito pesada, barulhenta, do mal, sem sentido, e até: musica do demo. E é por causa desse tipo de música que eu, certas vezes, faço coisas que mais parece um ato ‘adolescentico’ sem sentido, mas que no fundo, me alimenta desde que eu me entendo por gente.

Esta história começa em 2010, quando eu havia me prometido que: vou ver um dos dois shows do Metallica na grade e vou pegar uma palheta! O show de sábado eu não consegui comprar para pista VIP, então, deixei para domingo, consegui chegar na grade, ao fim do show uma ‘chuva’ de
palhetas passava por cima de mim, e eu não consegui pegar nenhuma. Ok, todos sabem que aquele domingo foi especial, eu não posso reclamar! (abaixo o porquê)


25 de setembro, 2011

Eu e um casal de amigos nos encontramos na praia do flamengo para caminharmos até o castelo e pegar o bendito ônibus especial que nos levaria até a cidade do rock. No papo dentro do ônibus, chegamos a mesma conclusão: que estamos ficando velhos e ficando sem paciência para aturar grandes multidões. Então combinamos: vamos achar um local legal para assistir aos shows, vamos descansar durante o show das bandas que não nos interessavam e estar prontos para as grandes
bandas, sem pressão, empurra-empurra ou qualquer outro tipo de confusão.

Chegando a cidade do rock, fomos nos habituando ao local, eu fui atrás de comida. Nos surpreendemos com a grande e organizada estrutura, nem parecia que aquilo era Brasil. Meia hora dentro da cidade do rock, já havíamos combinado tudo que conversamos no ônibus: NADA DE CONFUSÃO! Fomos assistir ao show do Korzus no palco sunset, sempre naquele esquema, tranqüilidade. Show aliás que me surpreendeu muito, pesado, empolgante, BOM (mas não vim fazer resenha de show).

Depois do show do Korzus, falei para esse casal que ia dar uma volta, e eles iriam descansar no show do Angra, primeira vez que descumpro o que havia combinado. Encontrei mais dois amigos (CP e Marcio) e caminhamos um pouco (lembram que eu deveria estar descansando?). Encontrei mais 3 amigos, e fomos atrás de comida, fiquei uns bons 40 minutos na fila da pizza (lembram que eu deveria estar descansando?). Comemos e fomos para o palco mundo. Chegando lá, decidimos ficar
parados num local bom para ver os principais shows. Caminhamos um pouco para frente, sempre aquela dificuldade, muita gente sentada enquanto rolava o show da tal banda Gloria, e eu posso dizer a vocês: pessoas sentadas no meio de uma multidão, não ajuda! É mais difícil de se locomover. Eu pensava em vários momentos: "Eu deveria fazer o mesmo, usar um show menos atrativo e as trocas de bandas para sentar"! Meus pés já doíam bastante, as pernas também. Um dos meus amigos, João, ficou com vontade de ir ao banheiro, e eu disse a ele que não iria acompanhá-lo. Demoramos para chegar onde estávamos (bem ao lado da mesa de som): ‘João, me encontra aqui depois’.

Foi neste momento que olhei para o palco e pensei: “eu acho que da pra chegar lá, eu quero uma palheta do Metallica, e vai ser hoje!”. Durante o show do Gloria, era muito difícil a locomoção! muitas pessoas sentadas, paradas, batendo papo e isso dificulta demais na hora de ir se espremendo. Acho que durante o Gloria consegui avançar no máximo uns 5 metros e nada mais. Entre Gloria e Coheed and Cambria, consegui avançar mais um pouco. Olhava para trás e via a mesa de som (onde comecei) muito perto, as costas doíam demais (lembre-se que em momento nenhum eu sentei, nem por um misero minuto).

Começa o show do Motorhead, a galera se empolga. E como uma onda me levando para frente, consigo avançar uns bons metros. Perfeito, eu pensava... A galera dá uma esfriada, e eu vou tentando avançar aos poucos. Eu sabia que a música Ace of Spades faria com que o pessoal se empolgasse novamente, e seria uma nova oportunidade para avançar mais. A tática é simples, quando as rodas se abrem, muitos se afastam andando para atrás, basta vc ir para frente, passar da roda, e você
ganhou muitos metros. No meio do caminho vc toma uns trancos fortes, faz parte. A música não vinha, eu sabia que eles iam tocá-la, mas ia ficar para o fim do show.

Um detalhe importante sobre ir chegando perto da grade é que, pessoas cada vez mais vão tomando conta de seus lugares com mais força, como se fossem pássaros guardando seus ninhos cheios de filhotes. A bendita música começa a ser tocada e a galera se empolga mais uma vez, BINGO! Eu ganho mais alguns metros, nesse momento eu paro, pois era impossível avançar. Penso: “assim que acabar esse show, vou sentar, não agüento mais!” O Show acaba e como num piscar de olhos, todos a minha volta estão sentados, e eu em pé, sem espaço para sentar. Olho para trás e vejo a mesa de som mais distante, mas ainda não tenho muita noção se estou de fato perto da grade ou não. Olho para cima e vejo que ainda não cruzei as 3 linhas da tirolesa que havia na frente do palco: o caminho era longo.

A montagem de palco do Slipknot demora mais do que o esperado. Eu começo a mexer meus pés, mudá-los de posição, tentava encontrar uma maneira que os fizesse doer menos e para piorar, a banda entra sem musica. Faz um clima, demora a se soltar e aí já estavam todos em pé, mas para chegar onde eu queria, eu precisava do agito da galera. Era impossível ganhar espaço no: "licença, licença". Você pede para passar, o cara nem se mexe, você força, ele força contra, e quando você
vê, você não saiu do lugar. Eles enfim iniciam a primeira música. Mais uma vez aquela onda, eu nem preciso fazer força, vou andando para frente, ganho muitos metros, a galera acalma, eu consigo avançar mais um pouco. Nesse momento me deparo com um grupo de amigos onde havia uma menina morrendo de sede, cansada, quase desistindo de ficar ali. Ela implorava por água e num instante de distração, deu um passo para trás, e eu, meio que na diagonal, tomei o lugar dela. Acreditem, cada lugar ganho era uma vitória. Foi nesse momento em que percebi que já estava perto da grade, pois um fotógrafo levantou a câmera em direção a galera e se eu tava vendo a câmera bem, é porque faltava pouco. O Slipknot agitava bem a galera, e num certo momento, pediu para que todos se abaixassem, aí eu pensei: “Vou abaixar, na hora de pular e eu saio correndo para frente”. Não deu outra, ganhei mais alguns bons metros. Fiquei ali, o show acabou, e consegui, mais ou menos contar quantas pessoas faltavam para a grade. Apenas 9 pessoas.

Passei a montagem do show do Metallica inteiro ali, sabendo que quando a primeira nota fosse tocada, mais agito viria, e eu conseguiria ganhar mais alguns metros. O problema de estar a 9 pessoas da grade, é que aquelas ondas que te levam para frente, onde você ganha alguns metros, nesse caso, te levam para o lado ou para trás, então, a partir desse momento, era pessoa a pessoa.

Começa a montagem do palco do Metallica. As pessoas estavam exaustas! Eu estava morto! Tudo doía! Ali onde estava era bem apertado, muito quente, sem água. Eu sabia que na primeira música do Metallica, a galera ia se mexer. Apagam-se as luzes, Ectasy of Gold começa, e a banda sobe ao palco. Consigo avançar pouco. Mas estava mais perto e fiquei mais umas 6 músicas no mesmo lugar. Aí, na Master of Puppets, o povo se agitou mais uma vez, e eu consigo avançar. Estava a 3 pessoas da grade e ali fiquei até a ultima música. Eu sabia que quando Seek and Destroy começasse, eu teria alguma chance. Ela mal começou e eu consegui avançar mais dois lugares: estava uma pessoa da grade.

Quando a produção do show começou a jogar as bolas, eu pensei: 'a galera vai tentar tocar na bola, é a minha chance'. O cara que tava na minha frente, tentou dar uma de goleiro. Sei lá porque ele tentou agarrar a bola: era enorme, não tinha como agarra-lá sem perder o equilíbrio. Ele se jogou, e se inclinou para o lado, eu vi a grade ali praticamente vazia, estiquei o braço, segurei nela e em seguida abracei: tava eu lá! Esperei a música acabar, aí era só esperar a chuva de palhetas.

A primeira onda passou, na hora eu pensei, vai acontecer de novo, não vou conseguir pegar. Kirk Hammet enche a mão, vem na minha frente e joga um monte de palhetas, eu salto de mão aberta, e fecho a mão assim que sinto a primeira palheta bater. Tava lá! Dentro da minha mão! Em seguida vieram mais e mais palhetas. Uso a mesma tática e dá certo outra vez. Estou satisfeito, era hora de ir embora. Olho pro lado, um cara me pergunta: você pegou duas? Sim, porque? Pô cara, me dá uma aí! Eu não consegui, é o meu sonho... Não cara, sinto muito, mas eu lutei um dia todo por isso, da próxima você irá conseguir, acredite, boa sorte...

Indo em direção a saída, eu percebi que mal podia andar. Estava com muitas dores, mas eu tava tão feliz e realizado que eu só pensava em mostrar para todo mundo as minhas palhetas!

Obrigado a Uplay, que me presentiou no fim do ano passado com o ingresso do Rock In Rio. :)

E o recompensa...

Rock In Rio - Impressões do 1o Final de Semana

Escrevo este post ansioso, pois amanhã será meu dia de ir ao Rock in Rio (bem chamado pela minha amiga Flavia de Funk in Rio, pois amanhã é dia do swing!).

Mas depois de ver algumas coisas pela TV, não poderia deixar de fazer alguns comentários baseado nas impressões que tive (mais no último domingo, dia do metal, em que vi mais coisas).

Começo pelo dia 23/09, sexta-feira. Curti os primeiros shows do Palco Sunset. Achei uma pena ter perdido o show inicial do Móveis Coloniais de Acaju de Brasília, pois a transmissão do Multishow começou depois. Mas os shows seguintes tiveram um mix legal, principalmente Ed Motta e Andreas Kisser. Divertido demais!

A abertura no palco principal, na minha opinião, foi muito brega. Não curti. Fora isso, o Milton Nascimento cantando Queen ficou meio forçado, apesar de achar o cara um ícone. Outra coisa que achei uma pena foi a regravação que fizeram do tema do Rock in Rio. Essa música me fazia arrepiar quando era mais novo, sinônimo de um grande festival. Ver os artistas de música pop do Brasil (porque já não temos mais grandes nomes de rock) cantando a música, destruiu isso pra mim.

Abertura com Titãs e Paralamas achei bem legal! Aquele show que todo mundo gosta de ver e se diverte. Claudia Leitte não vi e honestamente, eu não quis ver. Acho ela chata e forçada e mesmo sabendo que muita gente vai me chamar de radical, não vejo sentido numa artista como ela no Rock in Rio. Também perdi a Katy Perry, sabendo que ela tem um show divertido (comentários que ouvi é que ficou entre o infantil e a malícia. Bom para todas as idades). Elton John vi um pouco e com tantos clássicos, impossível não curtir. Rihanna, de quem eu tinha alguma expectativa, achei o repertório bom, o figurino dela espetacular, a banda incrível, mas ela muito fraca (deixou as backing vocals cantando e complementava o show).

Saldo do primeiro dia foram shows ok (para mim o Elton John deveria ter fechado) e muita reclamação do caos na cidade do rock (assaltos, filas, confusão).

No sábado, 24/09, do palco Sunset só vi a Esperanza Spalding com Milton Nascimento e foi MUITO bom! Depois vi a abertura do NX Zero, que tinha potencial para ser uma banda legal (eu de verdade acho), mas prefere fazer letras melosas e focar nas melodias mais lentas. Depois vi o Stone Sour que tem um som bem legal, além de mostrar parte do Slipknot sem máscaras (quero ouvir mais dessa banda). Perdi o show do Capital Inicial, que apesar de achar que deveria ter parado nos anos 80, teve o show bastante elogiado pelo que li nas redes sociais e internet. Perdi o Snow Patrol, mas ainda bem (vi um show deles e achei para lá de sonolento). Por último perdi o Red Hot, mas mais pela vontade de não ver, uma vez que o show da edição de 2001 tinha sido bem fraco (há quem diga que foi melhor este ano).

Saldo do segundo dia: mais rock rolando e parece que o caos continuou!

Finalmente o dia 25/09 trouxe o rock e o metal para a cidade do rock! Vi o Matanza no palco Sunset e achei divertido como sempre é. Perdi o Korzus que foi bem elogiado por quem viu. Angra com a ex-mina do Nightwish foi divertido, porque ela é uma pessoa estranha, mas valeu o mix. Sepultura e Tambours Du Bronx foi pra mim o melhor show (acho que batucada bem feita sempre combina bem com a maior parte dos tipos de música).

Palco principal perdi os dois primeiros shows. O Gloria passo, mas por tocar uma porradaria e ser uma das poucas bandas fazendo isso com alguma escala no Brasil (porque tem uma molecada que gosta), deveria ter mais espaço (não que eu goste!) e o Coheed and Cambria é muito diferente pra mim, apesar de ser um som interessante.

Depois tivemos três shows dos melhores! Motorhead e o Deus Lemmy! Rock and roll old school e finalmente vi o batera tocando, que por sinal é um monstro! Depois Slipknot com um show teatral, onde muitos tiveram medo, mas com direito a uma participação incrível da galera e mosh de 4 metros de altura! INESQUECÍVEL! E por último, mas não menos importante, Metallica! Já vi e a banda é tudo aquilo mesmo, mas o setlist foi um dos melhores que já vi. Só clássicos, uns que nunca imaginei ver ao vivo! E esse dia sim, me arrependi de não ter ido.

Saldo do terceiro dia: uma enorme dor de cotovelo por não ter ido!

Fora isso o que se ouve falar é: caos no transporte especial, filas pra comer e beber, assaltos e problemas técnicos nos palcos. O Brasil está finalmente em condições financeiras de trazer estas bandas e criando uma cultura de festival no 2o semestre (Rock in Rio, Planeta Terra, About US, SWU, entre outros). Tá na hora da gente aprender a fazer festival, para poder prover um espetáculo de qualidade e confortável a todos nós que pagamos fortunas pelos ingressos aqui. De qualquer forma, muito bom ter a oportunidade de ver grandes shows para quem gosta (tipo eu!).

De qualquer forma, amanhã é minha vez! UHUUUUUUUUUUUUUUUU!

(Fica o vídeo do momento mais inesquecível do Rock in Rio até aqui com o Slipknot)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

R.E.M. Acabou

E o R.E.M. acabou! A banda de um dos melhores shows que eu vi na vida anunciou em seu site o fim da banda e que cada membro segue caminhos diferentes agora.

Michael Stipe, vocalista da banda deixou um recado no site: “Um sábio disse um dia: ‘A inteligência em fazer parte de uma festa é saber a hora de ir embora. Construimos algo extraordinário juntos. Fizemos isso tudo. E agora vamos caminhar para longe disso tudo. Espero que nossos fãs entendam que não foi uma decisão fácil, mas tudo tem que acabar e quisemos fazer da maneira certa, da mossa maneira. Temos que agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram a ser R.E.M. nos últimos 31 anos; nossa gratidão mais profunda a todos que nos permitiram fazer isso tudo. Foi maravilhoso”.

Vi um grande show deles no Rock in Rio e esperava pelo momento de vê-los numa casa de show menor e aproveitar ainda mais. Infelizmente, parece que isso poderá não acontecer, pelo menos não num futuro próximo.

Fica um vídeo deles no Brasil para guardar as boas lembranças! Longa a vida ao rock and roll!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Foo Fighters no Lollapalooza Brasil?

Informação dada pelo jornal Destak de hoje, não confirmada pela organização do festival Lollapalooza no Brasil, que acontecerá dias 07 e 08 de abril de 2012, diz que o Foo Fighters será a atração principal do evento!

O que eu posso dizer é: TOMARA QUE SIM! Volto com mais notícias quando houver! Até lá, fica um vídeo para matar (ou deixar mais) vontade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

2005 - Capítulo V: Os outros shows de 2005

2005 tinha de acabar em algum momento (quero ver como vou falar dos shows todos de 2011 que aconteceram antes da criação deste blog), né? Então vamos aos shows deste ano que não estavam dentro de nenhum festival.

- Capítulo V: Os outros shows de 2005
O primeiro show avulso que fui em março de 2005 foi o show do Lenny Kravitz. Foi bom, pois estava fazendo novos amigos em São Paulo e porque ouvi várias músicas que eu gosto. Mas de verdade, achei o show fraco.

O show foi no Pacaembu e me acompanharam (ou eu acompanhei) Mauricio Manfrini e Marina Rondon. Cheguei atrasado no show e chovia. Motivos suficientes para já não gostar do evento, mas o show do Lenny Kravitz tem muita coisa instrumental e definitivamente não é o tipo de show para estádio. Mais um que eu adoraria ter visto numa casa de shows. Mas valeu pelos novos amigos!

Em maio fui na loucura e na FNAC comprei ingressos para dois shows no Credicard Hall: Orishas e Eagle Eye Cherry! Ninguém quer ir? Vou sozinho! Felizmente, achei companhia.

O primeiro show foi o do Orishas. Conhecia uma música e baixei várias depois do show. Gostei muito e por vários motivos: o mix de rap e música latina/caribenha é boa demais para dançar. Depois porque tava quente e os figurinos femininos estavam sensacionais! Terceiro porque dona Fernanda Azevedo me acompanhou e foi uma ótima companhia!

Menos de uma semana depois foi o show do Eagle Eye Cherry. Alguns anos antes, ainda morando em Brasília, vi um show dele pela TV no Free Jazz Festival e fiquei morrendo de inveja! Dessa vez não ia deixar passar. Marcelo (o primo), Camila e Nariz me acompanharam e vou te falar: show para casal. Achei beeeeeeeeeeeeeem chato! Para compensar pulamos tudo que podíamos quando ele tocou 'Save Tonight'. Mas foi só!

Para finalizar o ano tivemos um dos shows mais esperados no Brasil até então: Pearl Jam. Como o show foi no sábado e no Pacaembu, aproveitamos para fazer um churrasco de aquecimento no próprio bairro na casa da extinta 'É Tutoria' (antiga agência de propriedade do já antes citado neste blog, Thiago Hackradt). Fomos já calibrados pro show e com uma galera!

O início do show foi de total decepção, principalmente pelo fato do som estar MUITO baixo. Problema comum na época para todo e qualquer show que eu ia (resolvido em todos os shows que vou no Morumbi atualmente. Local onde será o show do Pearl Jam este ano). Para resolver o problema, me juntei ao guerreiro PH Nunzio e fomos lá para frente para ouvir melhor o show. Não poderia ter sido melhor. O show merecia uma confusão para justificar o peso das músicas da banda e um show tão esperado, merecia ser bem ouvido.

Vários clássicos, direito a Ramones (I Believe in Miracles) e MC5 (Kick out the Jams). Valeu muito e é por isso que vou de novo neste show de 2011. Alguns acharam tão bom, que nem vão em 2011 para não correr o risco de ver algo pior que em 2005 (assim poderão manter a lembrança de algo histórico).

Na volta, o churrasco continuou. E me pediram para não citar, mas como esquecer que o tal guerreiro PH Nunzio esgasgou com um pedaço de carne e foi pro hospital desengasgar? Mas nem vou comentar o fato, pois é sacanagem!

Resumo de 2005: vários festivais sensacionais, principalmente o meu primeiro em Portugal. O Claro que é Rock infelizmente deixou de existir e alguns (apenas alguns!) dos shows que vi, veria de novo facilmente. Que venha mais Pearl Jam, Pixies, Foo Fighters, Orishas, Queens of the Stone Age, Arcade Fire... e o que mais der!

Nova Imagem de Fundo

Poucos sabem o quão bem está me fazendo escrever neste blog. Lembrar de fatos passados que me fizeram muito feliz, passagens engraçadas e pessoas queridas. Já na segunda semana comecei a pensar em criar um domínio definitivo, fazer um layout bacana e deixar a coisa visualmente mais profissional.

Toda essa vontade esbarrou na minha ausência de criatividade. Mas hoje, abri meu email e tive uma surpresa muito bacana do meu amigo/irmão (ou seria irmão/amigo?) Fabio Ludwig que dedicou algum tempo dele, por livre e espontânea vontade para criar a nova imagem de fundo que vocês estão vendo. Essa montagem é algo que gostaria de fazer há muito tempo no meu quarto, em casa. Agora tenho no meu blog! :)

Obrigado Fabio pela ajuda e pela dedicação meu caro. Pode ter sido algo simples para você, mas para mim foi algo simplesmente do caralho!

Fiquei ainda mais empolgado para escrever no blog agra! E espero que quem esteja lendo, continue curtindo! :)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Gotan Project - 10/09/2011

Primeiro de tudo neste post: obrigado Janaina Menegatti pelo convite! Sim, o 143o show da vida foi sem custo graças ao convite da amiga supra citada.

O convite veio naquelas: você que agora tem um blog de show não quer ir comigo ao show do Gotan Project? Topei na hora! Pela amiga, pelo blog e pela curiosidade. Se você me perguntasse, honestamente acho que não pagaria para ver o show deste grupo, pois não é muito meu estilo de música (de fato nem estava no menu esquerdo do blog, de shows que eu iria ou vou). Já tinha visto o Bajofondo em um festival em SP em 2010 e não tinha gostado muito (não sei se pela música ou pelo fato de uma banda deste gênero estar num festival com música que não combinava). Enfim, resolvi conhecer o Gotan Project e não paguei pra ver.
O show foi no Via Funchal, com mesas e cadeiras e não estava muito cheio. Marcado para começar às 22 horas, neste horário começou o show de abertura. Deixo minha crítica aqui: organizadores, deixem claro que se o evento começa às 22, o que começa neste horário: banda de abertura e qual é ela ou se o evento principal.

Enfim, às 22 horas começou o show de abertura de Marcelo Jeneci e banda. Bons músicos, músicas bem tocadas, mas pra mim: chaaaaaaaaaato! Som muito regional! E vamos combinar: não é porque a noite é de tango, que qualquer banda com sanfona, arcodeon ou coisa que o valha combina. Ponto alto para Marcelo e sua banda tocando 'Amado', música que ele compôs com a Vanessa da Mata e que fez sucesso na voz dela (vídeo lá embaixo).

Na sequência Gotan Project. Eu achei que conhecia uma música e na verdade a senhorita Menegatti me informou que na verdade a tal música (que eu acho chata pacas) é do Bajofondo. O show começou e começa devagar. Eu cansado do dia cheio de eventos que tive, sentado, estava prevendo uma longa noite com sono. Então comecei a focar e fazer vídeos e fotos boas do show (objetivo quase não alcançado devido a qualidade daquele que manejava a máquina, eu!).

Na terceira música, uma coisa mais dançante! E vejam só: curti muito! Balada começando, eu me animando, galera levantando para dançar. Não deu outra e sugeri que fôssemos dançar e fomos eu e Jana. E achei o show bom, viu?

Listo aqui os pontos que me fizeram curtir o show:
- Apresentação: todos muito bem caracterizados, homens e mulheres, e a postura no palco que deixava claro que estávamos num show de tango, mas que havia algo de moderno ali.
- Iluminação: toda a iluminação do show dá o tom da apresentação e acerta em cheio o clima da coisa.
- Músicas: entre tangos bem tocados que agradam em cheio aos mais velhos e aos admiradores do estilo, batidas dance bem encaixadas fazem todo mundo dançar.
- Vocalista: a vocalista é muito sexy! Vale a pena só pra vê-la dançar as batidas! :)

No final, com a banda convocando a todos para dançar na frente do palco, tive a certeza de que fiz certo em ir ao show e de conhecê-los melhor. Gostei e voltaria a vê-los facilmente! E parabéns ao Gotan Project por achar uma forma moderna de manter vivo um estilo de música antigo.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ben Harper

Ben Harper virá ao Brasil para seis apresentações em dezembro deste ano.

As apresentações serão em Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A turnê é baseado no seu último disco de inéditas “Give Till It’s Gone”, mas devem rolar os clássicos também (inclusive "Boa Sorte/Good Luck", sua música mais conhecida aqui por causa de sua parceria com a Vanessa da Mata).

Abaixo as datas e informações dos shows (fonte: site Sonzeira)

Data: 03/12/2011
Cidade: Porto Alegre/RS
Local: Pepsi on Stage
Endereço: Av. Severo Dullius, 1500
Horário: 22h00
Ingressos: R$ 80,00 (pista), R$ 140,00 (pista premium), R$ 120,00 (Mezanino). *Preços correspondentes ao 1º lote
Classificação etária: 14 anos

Data: 04/12/2011
Cidade: Florianópolis/SC
Local: Stage Music Park
Endereço: Rod. Mauricio Sirotsky Sobrinho Km 1,5 – 2500
Horario: 21h00
Ingressos: R$130,00 (camarote), R$70,00 (pista), R$100,00 (pista comum). Preços correspondentes ao 1º lote.

Data: 06/12/2011
Cidade: Belo Horizonte/MG
Local: Chevrolet Hall
Endereço: Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – Savassi
Horário: 22h00
Ingressos: serão informados a partir do dia 16 de setembro

Data: 07/12/2011
Cidade: Brasilia/DF
Local: Tenda da UnB (Centro Comunitário no Campus Darcy Ribeiro)
Endereço: Universidade de Brasília (UnB) – L2 Norte
Horário: 22h00
Ingressos: 140,00 (pista), R$220,00 (camarotes)

Data: 09/12/2011
Cidade: São Paulo/SP
Local: Via Funchal
Endereço: Rua Funchal 65
Horário: 22h00
Ingressos: R$350,00 (pista premium), R$180,00 (pista), R$240,00 (mezanino), R$350,00 (camarote)

Data: 10/12/2011
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Local: HSBC Arena
Endereço: Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401
Horário: 22h00
Ingressos: R$350,00 (pista premier), R$ 180,00 (pista comum), R$240,00 (cadeiras nível 1), R$350,00 (camarotes)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

2005 - Capítulo IV: Meu Primeiro Festival na Europa

Demorei, escrevi sobre "afins", mas estou de volta com os shows de 2005 e muito empolgado depois de ter ganho o ingresso para o show do 'Gotan Project' e ter comprado o do 'Tears for Fears'. Hoje, conto a saga do primeiro festival na Europa e deixarei para um capítulo 5 todos os shows avulsos de 2005 (que foram alguns...).

(Já peço desculpas pelo tamanho do post, mas é tudo uma coisa só! Não dá para dividir este post...)

- Capítulo IV: Meu Primeiro Festival na Europa
Já fazia pelo menos 1 ano e meio que meu sobrenome em São Paulo era trabalho! Fiquei 7 meses trabalhando de casa, onde não havia hora para começar e nem para terminar. Depois começamos no escritório, mas com uma equipe ainda reduzida. Meu primo, amigo, irmão, Marcelo chegou no início de 2005 para dar uma mão e recebi a notícia que era chegada a hora de ir para Portugal conhecer os chefes todos! E olha que convite simpático: vem uma semana antes, tira uma semana de férias, a gente paga o hotel e banca as despesas como se você estivesse aqui a trabalho como recompensa pelo seu esforço no último ano!

PQP, primeira viagem para a Europa, bancada? Partiu Lisboa! Menino deslumbrado com a vida de empresa multinacional tava engraçado! Mas empacotei minhas coisas e parti de VARIG para o velho continente.

Cheguei lá no sábado cedo e parti com todo o guia da cidade de Lisboa preparado para mim pelo ex-morador temporário da cidade, Rafael Ramos. No mesmo sábado de noite saí para jantar com o primeiro chefe que conheci: Ivo Conde (excelente gosto musical e também viciado por shows). Saímos, jantamos, tomamos uma, vimos um jogo de futebol e tudo certo! Deixamos já marcado um almoço na segunda com todos os chefes juntos.

Passei meu domingo passeando também e segunda lá fui eu almoçar com os chefes na Expo (bairro com arquitetura moderna de Lisboa). Estavam lá Ricardo Carvalho, Antonio Santos Silva, Paulo Salgado e novamente Ivo Conde. (Soube semana passada que o que veio a seguir foi planejado por eles pela falta de tempo para me dedicar alguma atenção).

Durante o almoço surge uma conversa sobre o meu gosto por concertos (ou shows no português brasileiro). Comentei sobre um festival que aconteceria enquanto estivesse por lá e que o Jamiroquai tocaria, mas que cairia nos dias em que deveria estar trabalhando. Alguém solta na mesa: e o festival de Paredes de Coura, conheces? Respondi que não e decidimos ver o line up do negócio. Então começam a brotar os nomes: Foo Fighters, Bravery, Kaiser Chiefs, Pixies, Queens of the Stone Age, The Roots, Arcade Fire, Hot Hot Heat, Futurehead, Nick Cave, Juliette Lewis, The National e mais alguns outros... PIREI!!! E olha que maravilha: o festival rolava de 3a a 5a da semana que eu estava de folga! Ok, PARTIU PAREDES DE COURA! Mas, como se chega lá mesmo?

Meus chefes, na adrenalina de se livrar do brasileiro para o qual não tinham tempo resolvem o seguinte: almoço no dia seguinte, Paulo Salgado te empresta uma tenda (ou barraca no português brasileiro) e um saco de dormir (esqueci como eles chamam isso, mas acho que usam outra expressão) e (atenção a este E) vamos alugar um carro para você ir dirigindo e mais confortável até lá. PAUSA: menino deslumbrado com a vida trabalhando numa multinacional, primeira viagem para a Europa, festival cheio de nomes internacionais e mais uma vez vou pagando de gatinho com carro alugado! BRING IT ON!

E na terça-feira, depois do almoço, 16 de agosto de 2005, verão português, saí eu dirigindo pelas estradas muito bem pavimentadas em direção norte para Paredes de Coura! Comecei tranquilo, pois tinha uma tarde toda e estava aproveitando para observar tudo, mas de repente me lembrei que os shows começavam cedo e eu tinha um objetivo! Comecei a acelerar mais e no final da tarde, depois de alguns vacilos ao sair da estrada principal, estava em Paredes de Coura. O lugar é uma vila (será que tudo isso?) no meio do nada e a sensação é que sempre estava na estrada errada, pois não parecia estar indo a um local onde aconteceria um festival daquele porte.

Bom, ali estava eu e a Espanha a menos de 50km de mim! UAU! E aqui começamos uma série de coisas no mínimo engraçadas!

1) Buscar estacionamento para o carro: fiquei passeando e achando que as coisas tinham negociação! Negão, paga, larga o carro e fica feliz! Então achei um que fui com a cara mais ou menos e o Peugeot 206 estava seguro.

2) Comprar ingresso: cheguei na hora e comprei logo um passaporte para os 3 dias por 80 euros! DE GRAÇA se comparado aos preços de shows no Brasil. Fiquei todo feliz e coloquei minha pulseirinha (que tirei somente semanas depois que voltei de viagem achando mesmo que tava abafando com aquilo) que garantia meu livre acesso aos shows e ao camping.

3) Montar a barraca: então é isso, eu nunca tinha acampado na vida! Cheguei tarde e já quase não havia espaço. Um português que chegou sozinho junto comigo achou um espaço para a sua barraca gigante e eu descolei um espaço ali perto também e comecei os trabalhos. Mas tipo, como monta esta merda? Pagando de quem manjava muito, comecei a observar o português ao meu lado e a medida que ele ia montando seu castelo em forma de tenda, eu ia copiando e entendendo como cada peça daquela se encaixava. Depois de alguns minutos, meu quarto estava pronto! Tudo bem que algumas peças da montagem sobraram, mas o importante foi que a barraca ficou em pé e funcionando perfeitamente dali em diante.

4) Cerveja e show: fui ao espaço reservado aos shows e era um anfiteatro natural com o palco lá embaixo. SENSACIONAL! Os baixinhos como eu agradecem!

Para mim o festival começou com Kaiser Chiefs! No primeiro pulo o vocalista torce o pé! Passa o resto do show mancando e eu só conhecia uma música. Saí dali conhecendo várias que baixei depois. Bom show! Era só o começo! (só escrevendo me toco de como uso tão repetidamente o ponto de exclamação e as reticências)

Segundo show da noite: The Bravery. The Strokes "wanna be"! Tem um meio brasileiro na banda e uma música meio conhecida. Show ok, mas mais pra chato! Vamos ao que interessa: Foo Fighters! Já tinha visto eles no Rock in Rio e mais uma apresentação de gala! Coisa boa que é ver o show deles!

Ao final da noite uma surpresa: o MxPx que não conseguiu tocar por problemas no equipamento de som, fez um show num palco menor já de madrugada! A galera gastou as últimas energias e depois bora botar caldo verde pra dentro porque tá frio! (você em Lisboa, 40 graus, passando mal de calor e chega em Paredes de Coura e tá frio...minha sorte é que tinha levado um casaco) Fui pra minha barraca e tudo estava lá (calma lá, nego aqui não sai roubando tudo, é Europa! To nem aí, sou brasileiro, e o que é meu ninguém toca). Deitei e chapei!

Dia seguinte acordei com o tradicional forno dentro da barraca! Esse dia vai ser incrível! Ah se eu soubesse... Acordei, peguei minhas coisas e fui tomar banho GELAAAAAAAAAAAAAADO! Então bora se arrumar e dar um rolé! Aí você volta de banho tomado no meio do mato e chega na barraca todo cagado de novo! Muito mirim...

Saí para comer algo e mandei um pão qualquer lá e pedi um suco (na verdade um sumo) de laranja e ganhei algo que tava mais pra Fanta! Fui dar um rolé pela cidade e em 15 minutos já conhecia tudo! E agora, o que eu vou fazer no resto do dia? Deitei na praça e lá fiquei uns minutos! Uma caminhada até o carro pra ver se está tudo bem e volto para a praça! Um hamburguer pra almoçar... Opa, a programação diz que tem jazz na relva (ou na grama, para os brasileiros). Voltei pro camping, comprei uma garrafa de água, deitei na beira do rio e fiquei ouvindo o jazz. Depois de duas horas estava com vontade de dar um tiro na minha cabeça! Eu não aguentava mais estar comigo mesmo! Volta pra barraca, dorme um pouco! Ouço o primeiro barulho de bumbo no palco e saio correndo! Chega de tédio!!!!

Futurehead abre. Hot Hot Heat vem na sequência! To animado! Depois Arcade Fire (já falei no blog sobre o show deles que vi no TIM Festival, mas o primeiro foi aqui e achei MUITO BOM mesmo sem conhecer muita coisa). Entra The Roots e aí o bicho pega! SOM DE NEGÃO!!!! Aí tava na pilha, fazendo amigos portugueses e espanhóis!

Queens of the Stone Age entra e quebra tudo, mesmo com o vocalista sem praticamente poder mexer uma perna! Já tinha visto no Rock in Rio e valeu de novo! Aí entra Pixies, o show que me levou até aquele lugar! Algo clássico, parecendo meio jurássico, que não se tem a chance de ouvir todo dia! Todo mundo na banda bem tiozinho, mas o som bom demais e pesado! QUE SHOW! Sinto uma pena enorme por nunca ter tido a oportunidade de vê-los novamente em um ambiente em que eu estivesse um pouco mais tranquilo, num lugar não tão estranho pra mim.
Acabou, bora pra barraca de novo, pois amanhã tem mais e eu já pensando que diabos eu faria no dia seguinte! Aí vem o fato que tornou o FODA-SE português o palavrão mais divertido de todos os tempos pra mim! (Explicação rápida: a primeira vez que ouvi um português dizendo foda-se, fiquei meio sem graça, pois a impressão que tive é que tinham ensinado o cara a usar o palavrão de forma errada. Depois descobri que era daquela forma mesmo, mas neste festival ainda era tudo recente e eu achava graça de tudo. Exemplo de aplicação do foda-se português: Hoje tá muito quente! Foda-se! / Exemplo de aplicação do foda-se brasileiro: Ele não vem? Foda-se!) Estou deitado e ouço alguém gritar FODA-SE! E começo a ouvir repetições daquilo vindo de vários pontos do camping. Até que aquilo culima num FODA-SE coletivo com todos berrando ao mesmo tempo! Sim, eu ri muito antes de dormir (um dia peça para eu reproduzir isso ao vivo, pois lendo aqui de fato não parece ser tão engraçado).

No dia seguinte acordo, olho pra um lado, pro outro e penso: Nick Cave e Juliette Lewis que me perdoem, mas vou tocar o foda-se (brasileiro) e vou partir! To imundo, não vou tomar outro banho gelado e não tem nada para fazer aqui e não conheço ninguém! Decisão tomada, levantei barraca e mesmo sem comer nada, joguei tudo no carro e parti para o Porto.

(Me desculpem, mas preciso terminar a história toda, mesmo já não existindo shows) Já de volta para a estrada principal vejo placas indicando o Porto. Me meti numa delas, andei por algumas ruas, vi um estacionamento público e joguei o carro. Saí, comprei um mapa e surpresa: estava no centro da cidade! RÁ! Tinha idéia do que gostaria de fazer e então fui direto na catedral. Lindíssima, gostei de conhecer o local! Na saída vejo um trenzinho destes de turistas e quando fui ver o roteiro ia para exatamente todos os lugares que eu queria! RÁ! Comprei o ticket e fui!

A única parada relevante e viva na minha memória foi nas cavas de vinho do porto. Mandei uma degustação sem ter comido nada ainda e saí de lá trilili, depois de ter comprado algumas garrafas. Agarrei um McDonald's porque o homem não tinha comido e estava bêbado. Cidade conhecida mesmo que de maneira express, peguei o carro e parti para Lisboa.

Deixei o carro na locadora e apesar dele estar pago até o dia seguinte, quis logo deixá-lo de volta. Peguei o metrô de volta pro hotel com barraca, saco de dormir, mochila, sujo! Mendigo total! Olhares tortos vinham de todos os lados pra mim! Cheguei no hotel sonhando com um banho de banheira, mas ainda não. Eu larguei tudo no hotel e eles acharam que eu tinha abandonado o barco! Tive de resolver tudo, pegar as minhas coisas de volta e pagar todas as diárias até ali para evitar maiores suspeitas! Aí sim, subi pro quarto e tomei um baita banho.

Lições finais desta aventura:
- Eu não gosto de acampar;
- Eu não suporto ficar sozinho;
- Meus chefes são gente boa demais;
- Faria tudo de novo para ver shows que quero muito ver!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Hora dos Afins... Parabéns Brasil!

O 'Afins' que vai no nome deste blog foi lá colocado porque eu sabia que uma vez ou outra, eu acabaria querendo escrever sobre outros temas que não shows e música. Minha criação em Brasília me fez ser uma pessoa que se interessa e se preocupa com o tema política. Então, se vocês me dão licença, eu queria escrever sobre alguns afins...

Em 2010 achei que o dia de 07 de setembro ficaria marcado para sempre como o dia em que minha avó foi enterrada. De fato essa memória nunca sairá da minha cabeça, mas ontem, 07 de setembro de 2011, tive o sentimento de que terei novos motivos para lembrar desta data: a Marcha Contra a Corrupção!

Minha avó, dona Sylvia Perdigão, sempre torceu pelo meu sucesso e sempre me perguntava se eu já era dono da empresa em que eu trabalho. Sem saber, ela sempre me fez pensar no meu futuro e por vezes eu pensava nisso com um certo desânimo lendo tantas notícias desagradáveis sobre corrupção, violência, tráfico de drogas e outros temas tão desagradáveis quanto.

Ontem eu vi um sopro de esperança. Discordo com muitos que acreditam que uma marcha não é o que vai mudar nada. Acho que de fato isso por si só não mudará, mas ver o povo brasileiro tirar a bunda do sofá e ir para a rua reclamar é algo de extrema importância no meu ponto de vista.

A lei da 'Ficha Limpa' foi um caso de sucesso de uma mobilização feita pela internet (também), mas acho que o brasileiro classe média está ficando acostumado demais a ir pela via mais fácil e que dá menos trabalho. Sair de casa, dar a cara a tapa, ficar desconfortável, tomar sol, chuva, gritar e mostrar que você, assim como muitas outras pessoas, acredita em algo, deveria ser algo mais constante em nossas vidas.

Meu pai sempre me disse que o brasileiro quer um político com caráter irretocável, mas nem sempre ele mesmo mostra ter este tipo de caráter. Sempre concordei com isso e ontem apoiei o post feito pela Elisa Marconi no Facebook que dizia "Pessoal, o combate à corrupção não começa numa marcha na rua e nem achando que os outros é que são ladrões. Começa com eu e você parando de dar dinheiro ao guarda, com eu e você parando de fazer carteirinha de estudante falsa, com eu e você parando de achar que é normal comprar a carta de motorista, ou um lugar na fila." Eu adicionei além disso, casos que eu já presenciei como 'comprar eletrônicos no na feira de artigos contrabandeados da sua cidade porque é mais barato (e não se paga imposto), ou comprando uma nota fiscal pro seu trabalho free lancer, ou achando divertido passar na alfândega sem ter sido pego e ter pago imposto pela muamba toda que você trouxe de fora'. Nós precisamos parar de achar que 'se dar bem' é algo bom! Não é bom pra mim, nem pra você, nem pro político ou policial corrupto!

O voto é sim nossa chance de melhorar tudo! Mas a 'Marcha Contra a Corrupção' é algo novo (pelo menos pra nós, pois as últimas manifestações do tipo que vimos foram no início dos anos 90), mas não pode ser algo isolado. Espero que seja o início de uma tomada de consciência daquilo que devemos fazer se quisermos um país melhor. E aí somamos um voto consciente, melhores ações da nossa parte e estaremos no caminho que sempre quisemos.

Pelo fim da corrupção sem punição no Brasil! Parabéns pelo dia 07 de setembro de 2011 Brasil!

sábado, 3 de setembro de 2011

Sade Adu

Depois de tantos cancelamentos, uma confirmação histórica na agenda de shows do Brasil. Pela primeira vez na carreira a cantora Sade Adu confirma que se apresentará no pais!

A cantora nigeriana, que tem uma voz sensacional, além de ser, na minha opinião, uma das cantoras mais sexys que existe, se apresentará em São Paulo dia 20 de outubro, no parque do Ibirapuera. Dia 22 no Rio de Janeiro no HSBC Arena e dia 25 no Ginásio Nilson Nelson em Brasília.

A pré-venda para o show do Rio começa neste final de semana, ocorrendo dias 3 e 4. Dia 5 abrem as vendas ao público em geral. Não há informações sobre a venda para os outros shows ainda.

Minha pergunta é: em São Paulo no parque do Ibirapuera. Será no auditório ou será um show gratuito aberto ao público? De qualquer forma este eu não falto, pois quem já viu DVD dela, sabe como o show é bom. E se possível vá bem acompanhado, pois o show é bastante propicio para isso...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

XLive Music - Cancelamento

E na onda dos cancelamentos atuais, depois de Cee-Lo, Prince e Jay-Z, chegou a vez da banda americana Sum 41 cancelar os seus shows e consequentemente todo o festival XLive Music (que traria além do Sum 41, várias outras bandas de rock adolescente americanas).

O cancelamento teve explicação e se deve a um problema de saúde do vocalista. Por isso, não só os shows do Brasil foram cancelados, mas todos até o fim do ano.

Esperemos que a produtora não dificulte a devolução do dinheiro (que ainda não teve informações relacionadas divulgadas). Eu, como não iria mesmo, to tranquilo!

Enquanto isso aguardemos mais confirmações e menos cancelamentos!