terça-feira, 11 de setembro de 2018

Me First and the Gimme Gimmes - 29/04/2018

Fui apresentado ao Me First and the Gimme Gimmes durante a universidade pegando algumas caronas com amigos que curtiam o som dos caras. O que há para não se gostar? Punk rock e versões de clássicos dos mais diversos: rock, country, divas pop... você pede! O que você achar que eles tocam, eles tocam. E aqui teve até clássicos brasileiros. O setlist foi:

1. Summertime (cover do George Gershwin)
2. Sloop John B (cover do Bahamas/The Beach Boys)
3. Believe (dover da Cher) - tem vídeo
4. Uptown Girl (cover do Billy Joel)
5. Me and Julio Down by the Schoolyard (cover do Paul Simon)
Me First and The Gimme Gimmes no palco
6. Straight Up (cover da Paula Abdul)
7. Jolene (cover da Dolly Parton)
8. Isn't She Lovely (cover do Stevie Wonder) - tem vídeo
9. Science Fiction/Double Feature (cover do Richard O’Brien)
10. (Ghost) Riders in the Sky (cover de Stan Jones and his Death Valley Rangers)
11. Crazy for You (cover da Madonna) - tem vídeo
12. I Believe I Can Fly (cover do R. Kelly) - tem vídeo
13. Take Me Home, Country Roads (cover John Denver)
14. Mandy (cover do Scott English)
15. Who Put the Bomp (in the Bomp, Bomp, Bomp) (cover de Barry Mann)
16. Over the Rainbow (cover de Harold Arlen)
17. Rocket Man (I Think It's Going to Be a Long, Long Time) (cover do Elton John)
18. Different Drum (cover de Michael Nesmith)
19. Baby (cover de Os Mutantes - bis) - tem vídeo
20. All My Loving (cover dos Beatles - bis)
21. I Will Survive (cover da Gloria Gaynor - bis) - tem vídeo
22. Sweet Caroline (cover do Neil Diamond - bis)
23. End of the Road (cover do Boyz II Men - bis)

Você leu a lista acima? Então seguramente você curtiria este show, porque só tem pedrada! Ok, você não gosta de punk rock, mas você é capaz de se divertir numa apresentação dos caras, pois cantaria a maioria das músicas junto!

Me First and The Gimme Gimmes
A banda veio na sua formação mais recente (lembrando que eles são músicos de outras bandas, que tem este projeto como sua "diversão" paralela), mas ainda trocando o Fat Mike do NOFX pelo Jay Bentley do Bad Religion (que vale a observação, estava para lá de louco durante o show).

Eu quase não fui neste show. Comprei no susto, no meio do show do Radiohead junto com o André. Paguei inteira, quando você poderia comprar meia levando um quilo de alimento. O André furou. Consegui vender o ingresso dele como meia. Tudo errado... Domingo de noite, em cima da hora o Edu e a Vanessa, confirmaram que estariam lá e só por isso não vi o show sozinho. Depois descobri que o Fabox (técnico de som do Chega Mais estava lá), além de amigos da universidade que vieram morar em São Paulo e assim como eu, mataram a saudade dos velhos tempos.

O Espaço 555, no centro de São Paulo, onde foi o show, é um espaço legal. Pena que não fazem mais coisas lá. O centro da cidade precisa ser mais valorizado e ter mais eventos, para ser mais frequentado e acabar com o medo que as pessoas tem de ir até lá, principalmente de noite.

Rocca no palco
O show teve abertura da banda cearense Rocca. Um rock novo e cheio de energia, que eu desconhecia. É uma pena que o cenário rock do Brasil esteja totalmente no underground atualmente. Os caras fizeram um show divertido, com um cover do Bad Religion ainda. Entrei do meio para o fim e foi uma ótima maneira de aquecer para a atração principal da noite.

O Me First entrou já com um puta clássico, 'Summertime' e daí em diante foi pedrada atrás de pedrada. Fiz vários vídeos (abaixo), pois a cada música que tocava eu ficava mais feliz. Aquela banda que eu ouvia para caramba e finalmente estava ouvindo ao vivo. Só clássicos!

E foi euforia até o fim. Bateção de cabeça, gritos, cantar junto, air guitar, air drums, air baixo... No final, já no bis, por insistência da Vanessa, ainda rolou uma rodinha. Mas eu de fato estou velho para isso. Jovens pulando, suados e tal já não consigo acompanhar. Sigo curtindo meus shows, mas cada vez mais na minha, no fundo, perto do bar. :)

Vejam os vídeos! Sintam a atmosfera. Feliz de vez gente bem sucedida musicalmente sendo feliz tocando o que gostam no seu projeto paralelo. Toda vez que vejo artistas assim, me inspiro para buscar ser feliz em tudo aquilo que faço ou busco fazer.

E viva a energia daquela música que eu ouvia na universidade. E que quando ouvi neste show (e ouço volta e meia por aí), me trouxe aquela mesma sensação, me fazendo sentir-me jovem! E que esse jovem siga tendo gás para ter estas experiências na vida.

- Believe

- Isn't She Lovely

- Crazy For You / I Believe I Can Fly

- Baby

- I Will Survive

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Radiohead - 22/04/2018

Radiohead
Quem nunca cantou 'Creep'? Ok, então já vale saber que no show do Radiohead essa música não toca, tá?

Na primeira vez que pensei em vez os caras, confesso que deixei passar. Fiquei me imaginando cortando os pulsos durante a apresentação. Uma coisa chata e melancólica. Mas... todo mundo falou que foi fantástico e bateu aquela ponta de arrependimento.

Dessa vez comprei ingressos para Soundhearts Festival, que é o festival dos caras, onde claro, eles fecham a noite. Mas o meu gerente do Banco do Brasil me ligou depois e me presenteou com dois ingressos de pista premium. Vendi os meus originais e fui com o André curtir o show dos caras. Ambos meio reticentes, sem sermos fãs, naquela de curtir... Mas de graça, pista VIP e garantia de boa qualidade no som, claro que sim.

Chegamos ao Allianz Parque já tarde, pois nosso único interesse era a banda principal. Perdemos todos os outros shows. A primeira coisa que fizemos foi: entrar no celular e comprar dois ingressos para o show do Me First and the Gimme Gimmes que rolaria em breve. Depois, duas cervejas. E o show começou, com o seguinte setlist:

1. Daydreaming
2. Ful Stop
3. 15 Step
4. Myxomatosis - tem vídeo
5. You and Whose Army?
6. All I Need
7. Pyramid Song
8. Everything in Its Right Place
9. Let Down
10. Bloom
11. The Numbers
12. My Iron Lung
13. The Gloaming
14. No Surprises
15. Weird Fishes/Arpeggi
16. 2 + 2 = 5
17. Idioteque
18. Exit Music (for a Film - bis)
19. Nude (bis)
20. Identikit (bis)
21. There There - tem vídeo (bis)
22. Lotus Flower (bis)
23. Bodysnatchers (bis)
24. Present Tense (bis)
25. Paranoid Android (bis)
26. Fake Plastic Trees (bis)

Sim, foi um show longo. Mas foi mais que isso. Foi um momento de transe. As pessoas passam a dançar de maneira tão estranha quanto o Thom Yorke. Elas viram uma extensão da banda. E eu que não conhecia quase nada do que estava tocando, fiquei ali, observando: o palco e o público. Estava redondamente enganado sobre pessoas cortando os pulsos, pois na verdade elas estão dançando, balançando o corpo, deixando a mente viajar. É muito doido o bagulho.

E transe maior que do Thom Yorke só a do Jonny Greenwood que toca guitarra, teclado, umas coisas analógicas, percussão e algo mais na banda. O cara toca tudo, mas ele faz um show que é só dele naquele canto do palco. Ele não interage e entra na piração dele sozinho em todas as músicas.

Ah, mas o hits fazem a galera pirar, né? NÃO! Todas as músicas fazem a galera pirar. Mas vamos combinar que o final de 'Paranoid Android' e 'Fake Plastic Trees' deixa o gostinho perfeito de quero mais.

Resumo de um cara que era cheio de pré conceitos em relação ao Radiohead: é um puta show! Os caras arrebentam no palco musicalmente e em presença também, pois apesar de ser uma banda discreta, os espaços são ocupados cada um por sua personalidade diferente (são personagens diferentes por ali).

O melhor para mim? Passei a conhecer de uma sentada só uma série de músicas que nunca tinha ouvido da banda e que achei muito boas. O pré conceito? Foi embora... Ver outro show deles? Só se for bem mais ambientado sobre o repertório do que esta última vez, afinal eu também quero curtir aquele transe lá... Maior barato!

- Myxomatosis

- There There