segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bangalafumenga - 15/09/2012

Em maio, logo no início dos trabalhos da Oficina do Banga de São Paulo em 2012 eu escrevi neste mesmo blog como as minhas terças-feiras não seriam mais as mesmas. Mal sabia eu...

Eu sou um músico frustrado! Viciado por música, baterista amador (nível medíocre para baixo) e sem contar a Janaina (amiga já citada no outro post) que me encheu para entrar no Banga, entrar na oficina seria mais uma forma de alimentar esta minha veia musical. E lá fui, junto com outros amigos queridos, sabendo que seria no mínimo divertido.


E a oficina começou e subi para a turma dos intermediários/avançados! Muitos ritmos novos! Muito estudo em casa e foi ficando cada vez mais divertido! Mais ainda! Mas mal sabia eu que o Banga não é só música.

Na dificuldade de baixar os vídeos, veio a sugestão de usar o DropBox para facilitar o acesso aos vídeos para todos os alunos. E aí comecei a conhecer uma legião de pessoas novas.

Começam as noitadas no Seu Domingos, bar de residência do Banga toda terça-feira de noite. E vieram novos amigos! Veio o convívio com os mestres! E a sensação de uma família começou a se formar! Festa na casa de um! Aniversário de outro! Viagem de galera pro Rio! E em tão pouco tempo, eu tinha uma turma ENORME de novos melhores amigos (confesso que se eu fosse meu amigo, eu já teria me batido, pois eu ando monotemático há meses)!

Essa sensação boa me fazendo convidar todos os amigos de longa data aos ensaios para que eles pudessem entender aquele estado de euforia que eu estava vivendo.

E aí veio a notícia do primeiro show do Banga em SP no dia 15 de setembro no Clube Pinheiros (fica sendo este então, o primeiro post deste blog de um show em que não fui apenas espectador). E começa a venda de ingressos e de cara meus amigos de longa data já demonstraram interesse em ir conferir, me surpreendendo (afinal, não é qualquer um que decide ir a um evento com mais de um mês de antecedência) e ao mesmo tempo me deixando muito feliz. A vontade de ser um daqueles que lá estaria para tocar aumentou, e muito! TOME VENDER INGRESSO! Foram mais de 120 pelas minhas contas para amigos e amigos de amigos e combinações de pessoas que tinham ingresso sobrando e outras que precisavam.

Excitação aumentando! Grupo no Facebook frenético com posts a cada segundo! Batuqueiros comprando seus instrumentos Izzo para participar dos ensaios extras! Convocados e não convocados e uma polêmica totalmente justificável pela vontade que todos tem de estar ali naquele momento e ao mesmo tempo nossa compreensão de que em apresentações públicas, de fato não há como todos tocarem! E estuda para tentar estar na lista dos que iriam tocar!

E num sábado leio no whatsapp aquilo que não queria! "Jana: Doca, caí da varanda! To no hospital! To com medo! Já chorei horrores!" Além do susto que a pessoa que me levou pro Banga estava me dando (ela que pra mim era o símbolo maior de tudo aquilo que o Banga representa - amizade, dedicação e doação), tinha certeza que naquele choro tinha uma certa ponta de decepção por perceber que o dia 15 poderia não ser mais uma realidade pra ela! (me corrija se eu estiver errado Janaina, pois nunca falamos disso). E com isso, minha vontade de ajudar o Banga só aumentou! Por mim, pelo Banga e pela Jana!

E TOME VENDER INGRESSO!

Véspera de feriado, show do Casuarina com alguns batuqueiros e sai a notícia dos convocados! E estar na lista foi uma sensação especial! Não sei como descrever! Mas isso fez o show do Casuarina (post anterior a este) ter sido especialmente bom!

Veio o último ensaio antes do show e com todos os convocados juntos, deu para sentir o peso do som que faríamos no Clube Pinheiros (muito devido aos surdos bombando! Lia, Rodrigo e Ale pulando feito pogobol)! E de repente todo mundo querendo ingresso de última hora! E os posts no Facebook não param e de repente tudo mais que aconteceu nesta semana perdeu a importância!

Chegou o dia 15 de setembro! Muita gente acordando cedo já com a montagem dos posts do Facebook feita pelo mestre Thiago! E se meu olho já encheu de água, imaginei que outras pessoas iriam chorar pesado (né Jana, Adriana, Flavia - não precisava ser no meio do Le Pain - e muitas outras?)! Recepciona a bateria carioca! Pega camiseta na Le Pain (o que por si só já virou evento com muita gente reunida).

E partiu Clube Pinheiros! Todo mundo junto! Figurino devidamente vestido! Amigos chegando! Festa aquecendo! Somos chamados para o andar de cima! Foto com a bateria toda junta! E começa o esquenta do espírito batuqueiro:

"Abre a porta, gente
Abre a porta, gente
Que lá vem nêgo arretado
...
Ele vem de longe
Ele vem trazer AXÉ e MUITO AMOR
Abre a porta gente e deixa passar
Dá licença, por favor
E firma o Ponto
Porque o Banga já chegou!""

Foi sair dali pilhado em direção ao palco! E me chamem de piegas, mas dava para ver o brilho nos olhos de cada um da bateria paulista que estava ali do meu lado! Todo mundo querendo sentir aquela energia!

E o show começou! E como em todo show que eu vou, minha câmera vai comigo (desta vez operada pelo meu primo Marcelo, que filmou outros amigos bêbados, tapou o microfone da câmera, tremeu pacas, errou o foco, mas a quem serei eternamente grato por registrar alguns dos momentos desta noite e que estão abaixo)! "No balanço dessa batucada eu vou, vou pro Banga ia ia, aaaaaah eu vou!" Enquanto a bateria carioca, mandando muito, fazia aquela energia especial de todo mundo que estava ali fluir, nós, a bateria de paulista, pulávamos e ficávamos ainda mais pilhados para tocar logo! Comentando um pouco do show (já que o blog é para isso), o momento top sempre que eu vejo o Banga é 'Frevo Mulher'. A energia do público pulando nessa música com a bateria tocando é INDESCRITÍVEL!



Até que chegou a hora de entrarmos e assim foi! Não sem antes o mestre e nosso mestre de cerimônia, Rodrigo Maranhão, dedicar tudo que aconteceria dali pra frente, encontro da bateria carioca e paulista, para a Janaina, que firme e forte, se recuperando da queda, vibrou muito numa cadeira de rodas num canto (certeza que fazendo mais esforço do que devia, mas quem consegue ficar parado, né?). Chora mais um pouco aí, Jana!



Tocamos algumas músicas! Uma que pelo menos eu nunca tinha tocado, mas samba, então ok! E apesar de curtir muito tocar 'Taxi Lunar', 'Ah Se Eu Vou' e todas outras, eu confesso que mal vi tudo passar! O êxtase de estar ali, com tanta gente querida tocando, com minha companheira dançarina da caixa, Carolzinha, ao meu lado (BORA ESPOLETA!), com tanta gente querida vendo, fazendo a estréia como batuqueiro do Banga e a preocupação em fazer bem feito, fizeram com que tudo durasse 15 segundos! Por mim podia não terminar nunca mais! Só o samba especial é que foi forte e deu uma canseira nos braços, mas foi uma delícia (o desafio de tocar, dançar e gritar ao mesmo tempo continua). E aos mestres e batuqueiros veteranos, fica a pergunta: esse sentimento passa?

(O samba tá tremido, longo, com áudio baixo, mas pegou o samba especial 1, a brincadeira dos instrumentos e foi até o final! Latta, tá registrado você finalizando tudo por aqui! E desculpa os bêbados no vídeo, mas não deu para cortá-los! Rs)



Depois de tudo acabado muitos abraços, beijos e comemoração! Sensação de desafio superado! E desejo de quero mais! Depois reencontrar todos os amigos que lá estavam e ouvir coisas como:
- "Foi a melhor balada que fui nos últimos 10 anos aqui em São Paulo. Super organizado, cheio, confortável e o som foi incrível!"
- "Curti muito mais que o Monobloco! Lá são músicos profissionais tocando para um público e no Banga rola um envolvimento maior por saber que ali estão pessoas como a gente."
- "Foi muito bom! Muito melhor do que eu esperava."
- "Quando os gringos que estavam comigo viram a bateria, ficaram malucos. Queriam ficar perto o tempo todo!"
- "Foi animal! Muito orgulho!"
- "Me surpreendeu bastante!"
- "Quero ir no próximo! Quando é?"
- "Quando tiver ingresso pro próximo, me avisa. Eu compro!"

A noite ainda seguiu com uma roda de samba sensacional! E aí cada um curtiu como pôde! E eu curti muito! O pós show foi ESPETACULAR! Rs

De lá ainda uma tentativa de Seu Domingos, que acabou numa padaria! Bem estilo São Paulo mesmo! E como diz Edu Mega: "tem coisas que só rolam em São Paulo!" E depois de comer e ver o sol nascer, não existia nenhuma vontade de dormir! Mas era hora de voltar pra casa... Mas não sem antes um registro ainda com sorriso de orelha a orelha dos highlander daquela noite!


Ok! Histórico todo contado! Mas ainda fica a pergunta: por que o Banga reúne as pessoas dessa maneira? E eu vou tentar dar aqui a minha explicação: primeiramente, a música une as pessoas e cria um ambiente de fácil interação. Em segundo lugar, acredito que a energia que as pessoas que fazem aquilo colocam ali e aqui cito Cesinha, Alan, Flavinha e Rogerinho (seguramente novos amigos), reflete fortemente em todo mundo que está ali dentro. Além deles, a energia e o carinho (e também a cobrança) dos grandes mestres Maranhão, Dudu (todos eles), Negão, Thiaguinho, Don Raton, Latta e Pedro, Samba, Fofão e Pirituba, Paulinha, Joãozinho e Andrezinho (estes dois últimos, meus mestres, e pessoas que aprendi a gostar imensamente nos últimos meses!) são essenciais para que nos sintamos em casa ali.

Por último, mas não menos importantíssimos, todos os batuqueiros! A seleção natural que o clima do lugar faz nas pessoas, faz com que não exista iniciante e intermediário, homem ou mulher, jovem ou mais velho, solteiro ou casado ou qualquer outro tipo de generalização que possa ser feita! Somos todos batuqueiros! Somos todos Banga! Pelo menos todas as terças-feiras de noite somos ou estamos felizes para caralho! E no Banga, a alegria é que impera... Obrigado aos meus novos melhores amigos, e são muitos, por fazer com que eu espere ansiosamente por toda terça-feira!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Casuarina - 06/09/2012

Aproveitando esta onda Bangalafumenga (bloco de carnaval que abriu uma oficina em São Paulo, onde estou tocando e que me tornou uma pessoa quase monotemática de um tempo para cá - semana que vem post sobre este tema) que me atinge e que ensinou a gostar mais de música nacional, semana passada fui ver o Casuarina (grupo de samba do Rio de Janeiro).

Eu já havia visto o Casuarina uma vez num lugar chamado Comite, na Rua Augusta e apesar de ter sido uma noite divertida, não atingiu minhas expectativas. Descobri o grupo no MTV Ao Vivo deles e apesar de na época ainda não ser um grande apreciador de samba, a qualidade musical dos caras me chamou muito atenção (caso que vi se repetir com várias outras pessoas depois). Gostei tanto que a banda foi trilha sonora quase exclusiva de uma viagem que fiz a Los Roques, na Venezuela, sozinho. Eu, o Caribe e o samba brasileiro.

Dessa vez o show foi no Studio SP da Rua Augusta (colado ao antigo Comite, hoje Beco) e fui acompanhado do povo mais animado que conheci nos últimos anos: os batuqueiros do Bangalafumenga SP.

Como sempre, casa cheia, show começando tarde, véspera de feriado e o show começou pontualmente a 1:30 da manhã. Tocaram mais de 2 horas. Dessa vez com a platéia toda cantando junto, inclusive eu (que já tinha conseguido decorar algumas letras depois de ouvir insistentemente em alguns períodos dos último ano).

Deu pra beber, dançar, cantar junto, levar na palma da mão. Músicas próprias e composições clássicas, como dá pra ver nos vídeos (claro, sempre tem vídeo!). Teve participação especial de uma cantora paulista que até há pouco tempo nunca tinha ouvido falar, chamada Veronica Ferriani (que inclusive estará no Baile do Banga em breve... Já perdi a conta de quantas vezes citei o Banga neste post... Nem eu me aguento mais), que cantou uma música da Alcione e que voz!

Recomendo a todos que gostam de samba! Banda boa! Músicas ótimas e normalmente show bem animado (até aqui 50% para cada experiência que tive). E com boa companhia, é diversão garantida.

Abaixo os vídeos da noite e que mostram a animação que tanto falo!

- Não Deixe o Samba Morrer


- Jornal da Morte

domingo, 2 de setembro de 2012

Maroon 5 - 26/08/2012

A continuação de uma noite improvável, foi o show do Maroon 5. Eu normalmente não pagaria para ver Keane (que abriu a noite) e tão pouco para ver Maroon 5. Mas como escrevi no post anterior, graças a uma amiga, lá estava eu. Certo, Carla?

Alguns dos mesmos problemas do show do Keane se repetiram no Marron 5, como som baixíssimo e multidão. A multidão resolvemos indo lá para atrás, o que piorou o problema do som baixo. Em compensação ficamos em paz. Já a falta de empolgação não se repetiu, pois a GRANDE maioria estava lá para ver e cantar o Maroon 5. E desde a primeira música, a qual eu não conhecia, a empolgação era grande.

O setlist:
1) Payphone
2) Makes Me Wonder (Introdução com Don't Stop Until You Get Enough)
3) Lucky Strike
4) Sunday Morning
5) If I Never See Your Face Again
6) Wipe Your Eyes
7) Won't Go Home Without You
8) Harder to Breathe (Introdução de Scary Monsters and Nice Sprites)
9) Wake Up Call
10) One More Night
11) Hands All Over
12) Misery
13) This Love
14) Seven Nation Army (cover do The White Stripes) (bis 1)
15) She Will Be Loved (versão acústica) (bis 1)
16) Stereo Hearts (cover do Gym Class Heroes) (bis 1)
17) Daylight (bis 1)
18) Don't You Want Me (cover do Human League)/SexyBack (cover do Justin Timberlake/Moves Like Jagger)(bis 1)

Show bem mais longo e talvez o show mais adolescente que eu tenha ido na vida. Nunca vi tantas menininhas gritando histéricas com o vocalista da banda (o famoso Adam Levine, o qual acabei de descobrir o nome no Google agora). Menininhas mesmo, sendo que algumas poderiam ser minhas filhas até. Inclusive vi uns pais lá no maior bom humor acompanhando suas filhas ao evento (me fez pensar sobre o tipo de pai que quero ser e gostei desse estilo aí, apesar de claramente parecer cansativo).

O ponto alto do show, além dos hits da banda, cantados em coro, foram os covers (pra mim, claro!). 'Seven Nation Army' (com o nosso amigo Adam na bateria e o guitarrista cantando - qualquer semelhança com a amizade de Dave Grohl e Taylor Hawkins do Foo Fighters é mera coincidência) e 'Don't You Want Me' as minhas preferidas. De resto as músicas são bem tocadas e nosso amigo Adam usa e abusa do fato da mulherada gostar dele. Senta, agacha, deita e a mulherada GRITA! De doer os ouvidos.

E apesar do som ruim, o fato de todo mundo cantar junto, dá outra pegada ao show. O final com partes de 'Don't You Want Me' do Human League e 'Sexyback' do Justin Timberlake introduzindo o mais novo (ou já nem tão mais novo assim) hit e sucesso das boates por aí, 'Moves Like Jagger', garantiu um final mega animado (ótimo, pois era domingo de noite) e com todo mundo dançando. Um show desse em menor escala deve ser uma balada forte.

Desculpando-me mais uma vez pela tremedeira e pelo som ruim, seguem os vídeos da noite. O primeiro da música que mais gosto deles (um Q de Jamiroquai) e a segunda desse momento "Priscila, a Rainha do Deserto" no fim do show.

- Sunday Morning



- Don't You Want Me/Sexyback/Moves Like Jagger

Keane - 26/08/2012

Um show que nunca achei que fosse pagar pra ver? Keane. Mas eu paguei, graças a uma certa amiga que me encheu o saco para ir com ela. Paguei, fui e acho que curti mais que ela. Certo, Carla?

Mais uma edição do Live Music Rocks. Essa contava com Keane e Maroon 5 (no próximo post), mas seguramente foi a pior de todas até aqui. E não foi por causa das bandas, mas do local. O ANHEMBI DEVERIA SER ABOLIDO COMO OPÇÃO DE LOCAL PARA GRANDES SHOWS! Confesso que não sei o que me leva ainda a ir a eventos lá? Chegada e saída são um lixo (perdi o início do show do Keane por causa do trânsito, tendo saído de casa uma hora e meia antes de casa); o local é grande, mas estreito, então você vê o show de muito longe. Não sei se por isso ou se também por isso, o som fica lá na casa do caralho e bater papo fica uma tarefa simples diante de tanta caixa de som (e esse pra mim é o pior pecado de shows lá: eu consigo me ouvir com facilidade! E eu quero que a música me deixe quase surdo).

Mas desconsiderando todas as coisas negativas dos shows neste lugar, eu até curti o Keane. Primeiro porque até tem mais música que eu gosto do que eu imaginava. Segundo, porque o que não conheço dá um clima bacana na apresentação. Engraçado que as músicas parecem aquelas de filme adolescente, que começam devagar e vão crescendo até o final feliz e com todos superando seus limites. Lógico que também tem muita baladinha chata. E o fato da GRANDE maioria das pessoas que lá estavam terem ido para ver o Maroon 5, não ajudou na empolgação do show.

O setlist (surpreendente, diga-se de passagem):
1) You Are Young
2) Everybody's Changing
3) Bend and Break
4) Nothing in My Way
5) Spiralling
6) Silenced by the Night
7) Is It Any Wonder?
8) The Starting Line
9) Sovereign Light Café
10) This Is the Last Time
11) Somewhere Only We Know
12) Crystal Ball
13) Bedshaped

Por ser um show de abertura, foi mais curto do que eu esperava que fosse. Mas a banda anunciou que em 2013 volta ao Brasil com o show completo.

Mas por mais surpreendente que tenha sido, não tem como curtir algo com o som tão ruim. Para tentar ouvir melhor, tentamos ir para frente. Aí estava muito cheio e me senti numa micareta com várias mãos entrando no meu bolso e meu celular e câmera quase rodam. Na sequência a polícia passa voando atrás de gente que teria acabado de roubar o celular de um outro figura.

Enfim, algo difícil de curtir. Valeu para conhecer a banda ao vivo e de repente pagar de novo para ver num lugar melhor a apresentação dos caras. Mas fora isso, grande decepção comigo por ter pago sabendo que a probabilidade do show ser pouco empolgante era de 99%.

Para provar como o som tava ruim, seguem dois vídeos (mas ainda assim dá pra curtir. Lembrem-se que pelo fato da câmera estar alta, ela captou o som melhor do que aquilo que eu estava ouvindo).

- Sovereign Light Café



- Crystal Ball

Tony Hall & The Heroes - 11/08/2012

Este post demorou para sair... Mas é que já não vejo graça em ter post sem vídeo atualmente. Sim, essa produção tosca que eu faço é meu diferencial! Rs (ou não!) Mas como o YouTube resolveu me sacanear e bloquear por alguns dias meus uploads, o vídeo demorou a subir. Juntando isso com o fato de ter um emprego novamente e 234 projetos paralelos, demorou! Mas antes tarde que nunca, então vamos a isso...

Tony Hall é um negão cheio de swing de New Orleans e que para nossa sorte, o Bourbon Street volta e meia convida para fazer shows por aqui. Eu já tinha visto uns 2 shows anteriormente, mas que por serem de uma escala menor, não lembro quando e nem onde e por isso nunca tinham entrado na minha lista de shows. Pois agora ele entra em grande estilo, fazendo o encerramento da abertura (ficou confuso isso, não?) do 10o Bourbon Street Fest, que rola sempre no Parque do Ibirapuera.

O cara é foda, a banda do cara é foda e o festival é sensacional. Começando pelo festival, o fato de ser a décima edição mostra que são 10 anos (brilhante dedução, não?), mas o que quero mesmo dizer, é que é um daqueles eventos que já não vai mais embora. Com o primeiro e o último dia gratuitos, o festival ajuda a trazer um pouco do jazz de New Orleans para o público em geral, que dificilmente vai ver algo no Bourbon Street mesmo (as vezes caro, as vezes visto como balada de velho, etc.). Sem contar que é um evento no parque, o que é sempre ótimo. O que nunca vou entender, é o porquê de fazer isso num estacionamento de asfalto no meio de um parque cheio de grama e árvores. Poderia ser ainda melhor, mas ok. Não vamos reclamar...

Já fui em alguns anos na abertura, no encerramento e em alguns shows pagos dentro do Bourbon Street. O melhor sem dúvida é a abertura, por ser no parque, fica sempre mais agradável. Por ser no meio do ano, é sempre uma friaca do inferno, mas este ano foi num calor bem bacana. Enfim, combinação perfeita.

O Tony Hall em si, baixista e vocal, ambos com muita competência. Qualquer semelhança com o Eddie Murphy é mera coincidência. Com uma banda cheia de negão também (e eu sempre digo que para tocar funk, swing, R&B, branco não presta), os caras arrebentam. James Brown, O'Jays, Santana, Terence Trent Darby e Lionel Richie são algumas das quebradeiras que aparecem na hora e meia de apresentação. Claro que tudo isso com uma pitada a mais de funk (não o das popozudas).

Se eu puder indicar, digo: quando souber de algum show dele no Bourbon Street e quiser dar aquela dançada, aparece lá que vale a pena.

E o motivo do atraso, cover do O' Jays com 'Give the People What They Want'. Esse foi feito do Iphone. Treme menos, mas ficou de longe. (depois desse show não teve sanduíche, mas teve caipirinha numa jarra que deixa qualquer um totalmente embriagado com uma só no Gil Bistrô)