segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Monsters of Rock - 20/10/2013

Semana corrida e mais uma vez não consigo escrever sobre o show logo após o mesmo, mas como o importante é registrar, aqui vão as impressões sobre o Monsters of Rock 2013, que rolou em São Paulo, no Anhembi (lugar que sempre odiei ver show!).

Monsters of Rock
Minha vontade era ir nos dois dias, 19 e 20 de outubro (ou não ir em dia nenhum, pois sempre odiei ver show no Anhembi!). Mas como estava voltando de férias e chegava de viagem dia 19, acabei optando por passar este dia (a falta de companhia também pesou). Acabei vendo os 3 shows do 1o dia que gostaria pela TV.

Limp Bizkit fez um show chato, com um guitarrista usando uma fantasia ridícula (o visual do guitarrista original era interessante, mas o do novo faz ele parecer só um palhaço querendo copiar o original) e com Fred Durst já sem qualquer tipo de voz e querendo bancar um adolescente (o Dinho Ouro Preto deles). O Korn fez um show muito melhor do que eu estava esperando, dando aquilo que o público queria: todos os clássicos, nada de versão e com o Jonathan Davis e sua mente perturbada pulando e entregando uma baita energia ao público. Derek e Andreas do Sepultura tocaram uma música juntos com a banda, confirmando o Andreas Kisser como o maior arroz de festa de festivais de rock do Brasil.

Pôr do sol no Anhembi
O Slipknot, show que eu de fato gostaria de ver, desde que vi pela TV a apresentação deles no Rock in Rio, fez um show menos performático e menos emocionante do que aquele do festival carioca, mas ainda assim entregou uma apresentação incrível, cheia de energia e mais uma vez fazendo o festival todo gritar (isso mesmo, não cantar) 'Duality' a plenos pulmões. O teatro todo deles vale a pena pra quem gosta de rock pesado.

No dia 20 acabei vendo 3 shows, graças a namorada, Marina, que me deu o ingresso de presente diante de tamanha vacilação minha na decisão de ir ou não ao festival. O cansaço era grande, mas lá fomos nós. Eu com minha nova aquisição, isto é, um tênis que comprei só pra ir a shows (reforçado, a prova d'água). Frescura, mas tem dias que faz diferença.

Comentários sobre o festival antes de comentar os shows. Parabéns para a XYZ Live, pois pela primeira vez na vida fui a um show no Anhembi confortável e com o som bom. Quando eu digo som bom, eu digo muito bom, mesmo! Pode até ser por não estar abarrotado de gente, mas reforço que estava espetacular. O palco foi mudado de lado e a entrada se deu pelo sambódromo, dando mais espaço para organizar a entrada e as filas. Lojinhas, palcos pequenos com várias bandas no intervalo. Bares e caixas com fácil acesso, comida no bar e nos ambulantes, bem embalada e com alguma qualidade. Até fondue de chocolate tinha (ok, um pouco demais!). Banheiros colocados mais perto do público, mas como único ponto negativo, tão perto, que a péssima limpeza fez com que em determinado momento o cheiro terrível chegasse ao público. Apenas um ponto para melhorar num festival, faz com que ele tenha sido aprovado com louvor.

Ratt
Primeiro show visto da noite foi do Ratt. Banda de rock dos anos 80, continua na ativa até hoje e apesar de deixarem a velhice a mostra (o que é louvável e vocês entenderão o porquê disso isso logo adiante neste texto), parece que continuam jovens vestindo as mesmas roupas apertas e cabelos espalhafatosos dos anos 80. Fato é, o som da banda não mudou nada e para quem gosta, maravilha de show. Alguma simpatia com o público, som tocado com qualidade e os caras ainda tão animados. Não são só uns caras velhos que continuam com carreira, mas que ainda curtem bastante o rock and roll! FUCK YES! O setlist foi:

1) Wanted Man
2) I'm Insane
3) In Your Direction
4) You Think You're Tough
5) Way Cool Jr.
6) Nobody Rides for Free
7) Lack of Communication
8) Lay It Down
9) You're in Love
10) Body Talk
11) Back for More
12) Round and Round

Com uma introdução divertida sempre antes de cada música, aqui vai 'Lack of Communication':



O segundo show visto da noite foi o do Whitesnake e aqui eu digo: o som é foda! Muitos clássicos! Os músicos ainda afinadíssimos e David Coverdale com sua voz é inconfundível. O que mais marcou o show foi o repertório, cheio de clássicos, mas com ainda com algumas músicas fora, como 'Guilty of Love'. A segunda coisa que mais marcou o show é a figura deformada que o David Coverdale se transformou (um mix de João Cleber, Eva Vilma e Elba Ramalho) e assustou a maioria de nós nos telões. Mas o importante é que a voz não mudou e continua sendo uma das melhores do rock and roll. O setlist foi:


1) Give Me All Your Love
2) Ready an' Willing
Whitesnake com David Coverdale
3) Love Ain't No Stranger
4) Is This Love
5) Slide It In / Slow an' Easy
6) Love Will Set You Free
7) Pistols at Dawn (Guitar Solos by Doug Aldrich and Reb Beach)
8) Steal Your Heart Away (with Drum Solo by Tommy … more)
9) Fool for Your Loving
10) Bad Boys (incl. snippet of Children of the Night)
11) Here I Go Again
12) Still of the Night
13) Soldier of Fortune (cover do Deep Purple com David Coverdale solo nos vocais)
14) Burn

Sério, devo ter arrepiado algumas vezes durante todo o show. 'Love Ain't No Stranger', 'Is This Love' (mesmo sendo meio brega, mas toda grande banda de rock, tem uma grande balada), 'Fool For Your Loving' e 'Here I Go Again', a melhor pra mim. Um clássico em vídeo, 'Fool For Your Loving'.


Para fechar a noite, meu primeiro show do Aerosmith. Aí sim, velhos, assumidos, carregando a breguice na mistura dos estilos dos anos 70 e 80. Mas com uma tonelada de clássicos e uma atitude inconfundível. Steven Tyler corre, pula, dança e usa o puxadinho do palco que vai até o meio do público desde a primeira música. Simplesmente muito divertido. Joe Perry o acompanha, toca, canta, assume a banda em determinado momento e funciona bem como o wingman do pai da Liv Tyler. Por incrível que pareça o baixo fez falta, pois o Tom Hamilton não veio devido a problemas de saúde e em alguns momentos simplesmente tinham partes das músicas que não eram tocadas. Sim, havia um baixista substituto, David Hull, mas que claramente não conseguiu suprir a ausência do dono original da posição. O setlist foi:

1) Love in an Elevator
2) Toys in the Attic
3) Oh Yeah
Aerosmith (Steven Tyler e Joe Perry)
4) Pink
5) Dude (Looks Like a Lady)
6) Rag Doll
7) Cryin'
8) Last Child
9) Jaded
10) Boogie Man
11) Combination
12) Eat the Rich (com um pedaço de 'Whole Lotta Love')
13) What It Takes
14) Livin' on the Edge
15) I Don't Want to Miss a Thing
16) No More No More
17) Come Together (cover dos Beatles)
18) Walk This Way
19) Dream On (bis)
20) Sweet Emotion (bis)

Bela apresentação começando com 'Love in an Elevator', que deve ter sido a primeira música que ouvi do Aerosmith sabendo quem eles eram (obrigado MTV Brasil). Depois um mix de hits antigos e mais recentes (ou nem tanto assim), passando por 'Pink', 'Dude (Looks Like a Lady)', uma das melhores músicas dos caras e em vídeo logo abaixo, 'Rag Doll', 'Jaded'. Em 'Eat the Rich', um pouco de Led Zepellin que mostrou que o que importa é o bom rock and roll. 'Living on the Edge' espetacular e depois, bem brega, 'I Don't Want to Miss a Thing', que cantei pra namorada, mas acho que ela não curtiu muito! Rs


Como ganhei os ingressos da Marina e era domingo, precisávamos de um meio termo. 'Come Together' ouvi saindo. 'Walk This Way' cantei já do lado de fora. Perdi 'Dream On' e 'Sweet Emotion', mas é isso, não se pode ter tudo na vida. E já fiquei feliz da vida de ver a parte que vi.

Em resumo, foi mais um dia de lição de um bando de coroas, cheios de energia e mostrando que quando se faz o que se gosta, o tempo pode não passar. Um dia de bandas antigas e muitos clássicos, que nos trazem ótimas memórias e tempos que não voltam mais. E viva o rock and roll que continua fazendo isso por nós! :D