quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Norah Jones - Cancelado

Por causa da morte do seu pai, Ravi Shankar, os shows da Norah Jones que aconteceriam em dezembro, no Brasil foram cancelados.

Em virtude disso e na falta de novos shows no horizonte, acredito que a Joss Stone tenha encerrado o ano de 2012 do blog. Veremos se vem alguma surpresa por aí e 2013 já está garantido com os shows do Lollapalooza. Se tudo der certo, Sónar e Rock in Rio aparecerão por aqui também. E quem mais vier se apresentar por aqui com boa música.

Até 2013... (no fundo, no fundo, estou esperando cair um show surpresa na minha frente daqui pro fim do ano... Tem muita água para rolar ainda...)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Joss Stone - 11/11/2012


Joss Stone. Só isso já bastaria para este post... Pelo menos para os leitores masculinos! Rs

Delícia!
Depois de não conseguir vê-la por estar viajando e por chegar tarde no Rock in Rio, finalmente consegui ver a princesinha loira do soul. Ingresso comprado com desconto, graças aos amigos Rafa e Laura e seu poderoso cartão do Citibank (ou qualquer coisa do gênero). Obrigado! As finanças agradecem.

Em pleno domingo, calor de bode, partimos para um show cedo (20 horas) no Credicard Hall, com um trânsito meio feio para chegar ao show (vai entender, ainda tinha ingresso para vender na bilheteria) e com estacionamento a preço de ouro (R$ 33,00 com direito a fila enorme para pagar - ok, o Robert Plant ainda tá no topo com seus R$ 50,00 por carro). Por que não usam o sem parar nestes estacionamentos? Ajudaria um bocado...

Show começou um pouco atrasado por conta da transmissão ao vivo pelo Multishow (ainda bem, pois se não metade do público teria perdido a apresentação enquanto estava no trânsito). E quando entrou, a loira chegou chegando! 'Give More Power to the People' abre o show com todo peso que a música black merece (apesar de ter branco pacas na banda e eu volto a dizer, quanto mais negão, melhor o som).

A banda toda muito boa! Backing vocals detonando nos agudos e dançando muito. Naipe de metais e baixista brancos, mas com a pegada soul brother. Confesso que só não senti muita fé no batera e no guitarrista (apesar de negões, parecia que faltava swing ali), pois poderia ser melhor, mas todos juntos fizeram um puta som.

O setlist foi:
O show segue dançante, mas não sem antes passar pelas duas músicas mais conhecidas da musa, 'You Had Me' e 'Super Duper Love' (devidamente filmadas).

Todos juntos!
O que eu vi daí em diante foi uma loira que é mais negona do que eu achava. Voz, som, composições, etc. Passei grande parte do show acreditando piamente que eu estava num culto gospel de Nova Iorque, com aqueles coros do Brooklin ou algo do gênero. Todos louvando ao senhor, cantando, dançando, batendo palma! OH HAPPY DAY! PRAISE THE LORD!

Além da música, sensacional de ouvir, sentir e dançar, dedicaremos aqui um capítulo específico a ela: Joss Stone! Assim, de verdade, vamos enumerar:




  1. Gata - OK
  2. Canta para cacete - OK
  3. Gostosa - OK
  4. Sexy - OK
  5. Simpática - OK
  6. Usa vestidinho esvoaçante - OK
  7. Ri tímida e mata os homens - OK
  8. Se abana como ninguém - OK
  9. Joga os cabelos de um lado para o outro - OK
  10. Olhou para mim na platéia e se derreteu - OK TAMBÉM
ELA É UM ESPETÁCULO!!!

Mas na verdade, a grande qualidade dela em cima do palco, é a simpatia. Ela cativa homens e mulheres da mesma forma e ganha o público. Há quem diga que ela estava de fato impressionada com o público. Ela disse que o Brasil é o lugar que ela mais gosta de cantar. Eu duvido e acho que os artistas falam isso para todos. Mas o que importa? O fato é que o show dela é bom e a galera estava na vibe do show do começo ao fim. Então, vou acreditar que ela se curtiu tanto quanto eu estar ali.

E no vídeo do show, a dobradinha 'You Had Me' e 'Super Duper Love', com direito a tremidinha, imagem ruim e a Joss Stone dançando e dando uma piradinhas!


Silvia Machete - 08/11/2012

Silvia Machete tocando contrabaixo, antes de se deitar
e cantar sobre ele
O show da Silvia Machete não foi um daqueles que planejei ver. Honestamente, eu não tinha ouvido falar dela até então. Mas uma coisa leva a outra... O meu mestre, João Di Sabbato (Gracie), do Bangalafumenga (sim, o Banga de novo) baterista da banda em questão fez o primeiro convite. E como eu gosto pouco de shows, topei.

Mas depois de comentar com umas duas pessoas sobre o show, elas já tinham ouvido falar da cantora, pois ela havia ganho um prêmio de show do ano. Além disso, um dia antes do show rolou aparição no Programa do Jô e no próprio dia da apresentação ouvi alguma divulgação na rádio. Então deixou de ser apenas um show para prestigiar o mestre e passou a ser de fato um programa. E foi divertido...

Minhas mulheres foram comigo... Marina e Camila, as irmãs Rondon, foram as companheiras desta noite, além do meu outro mestre, Andrezinho Kurchal, e mais uma pequena renca de batuqueiros, que também apareceram por lá.

As informações que eu tinha do show eram: ela é uma figura, vale a pena e é divertido. As informações que tenho agora são: ela é uma figura, vale a pena, é divertido, ela canta pra cacete e a banda é bem azeitada. De verdade, não é o estilo de música que eu ouço durante o meu dia, mas confesso que dá gosto de ouvir algo bem tocado e de ouvir uma voz feminina cantando MPB que não seja igual as outras 347 das novas divas da nossa música.

Joãozinho Di Sabbato (Gracie) no seu momento bichinho
fazendo coral em 'Underneath the Mango Tree"
Tem samba, tem versão de Édith Piaf, tem letras de chorar de rir. Tem piada, tiradas na hora com a platéia, tem air guitar no fim do show e tem uma performance com bambolê (enquanto um cigarro é enrolado e aceso... Sim, cigarro...). Eu ria e chorava de rir da Camila (uma das companheiras da noite, também cantora), que ria mais ainda.

Ah, tem a banda. Sim, já escrevi que é boa. Mas não disse que tem guitarra, baixo, bateria e sopro. Que  a cozinha está azeitada eu também já disse. Mas que eles tocam de pijama, que ganham chapéu de bichinho, que fazem performance e que fazem um coral e beat box, eu não falei. Inclusive Joãozinho Di Sabbato (Gracie), meu mestre. E cadê a moral agora? Rs


Infelizmente o público não fez justiça ao show. Éramos umas 50 pessoas, se tudo isso. Mas quem estava lá participou (claro, depois de tomar uma intimada da anfitriã da noite para ficarmos todos em frente ao palco).

Silvia Machete, guitarrista, baterista e baixista num
"grande" coral
Por último, mas não menos importante, vale ressaltar a cantora, afinal o show era dela. Uma personalidade incrível e uma rapidez para tiradas com o público para poucos. A performance em todo show é muito divertida. Mas honestamente, o que me chamou mais a atenção foi a voz, que é lindíssima e muito agradável.

Espero, por ela e pelo mestre, que os próximos shows em São Paulo sejam mais prestigiados. Não sei se de repente uma versão sentada deste show não seja melhor apreciada. Nem se de repente um teatro não seja um melhor local para esta apresentação. Mas o show vale por toda a performance de qualquer maneira. Diversão garantida, música boa e com uma mulher bonita do lado, dá até para dar aquela dançadinha...

Para terminar aquele vídeo maneiro (dessa vez mais tremido que nunca) do samba 'Volta por Cima'.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Robert Plant - 22/10/2012

Robert Plant é mais um daqueles shows que não se pode perder! JAMAIS! 25% do Led Zepellin ao vivo! Bola dentro da série de shows Live Music Rocks. Ok, comentários dizem que sua voz não é mais a mesma! E de fato não é! Mas continua uma voz espetacular!


O clima do show é outro, totalmente diferente. As músicas do Led Zepellin estão lá, mas a roupagem é outra. A forma de apresentar aquilo é diferente. Fruto de alguma experiência que só uma pessoa da idade e com as experiências do Robert Plant pode ter. Diferente, transcendental, encantadora... Parece que aquele som vai te envolvendo e quando você percebe, não consegue mais escapar.

Não foi só um show! Não foi apenas uma apresentação repleta de clássicos do Led. Foi uma performance cheia de mistura de ritmos, sem esquecer o passado, apresentando sons novos e músicas de alguns outros artistas que cabiam perfeitamente naquele ambiente. Algo mágico! (parece que fumei alguma coisa, certo, mas vejam os vídeos para entender a atmosfesra desta noite mágica!)

Acompanhado da companheira de show Marina e da grande amiga, me acompanhando num primeiro show fora de festival, Aline, partimos numa segunda-feira rumo ao Espaço das Américas para o show. Local que não odeio, mas que está longe de ser um dos melhores para se ver show de SP (palco e telões muito baixos para um lugar tão fundo, mas já não bato mais nesta tecla, pois me parece que lá nada vai mudar).

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego ou seria de outra coisa, certo Aline?) conseguiu complicar algo que já é ruim, que é o trânsito na região em dia de evento. Fechou os principais acessos, direcionando todo o fluxo para algumas ruas pequenas, fazendo com todos ficassem parados horas. Resultado, muita gente chegando atrasada. Sem contar os estacionamentos absurdamente caros (que poderiam ser evitados utilizando as estações de ônibus ou metrô que existem na frente do local... Mas o metrô fecha cedo e os ônibus ficam escassos... São Paulo, uma cidade do seu tamanho deveria ter sido melhor ensinada a fazer eventos massivos utilizando transporte púlbico), R$ 50,00 por carro, no final deu tudo certo.

Entramos tão em cima da hora que não deu tempo nem de cerveja, nem de água. A busca por um lugar naquele mar de gente para pelo menos o telão ver direito. E assim o show começou... E eu longe de estar na vibe que aquilo tudo merecia.

O setlist foi:
  1. Spoonful (cover do Howlin' Wolf)
Com o tempo fui entrando na onda... Olhinho fechado, deixa a música te levar. A primeira do Led com 'Friends'. Depois 'Black Dog' e aí já tinha virado show do Led. Algumas interferências com outras músicas, mas era curtir aquelas releituras.

A lenda Robert Plant e sua banda. FODA!
Guitarras distorcidas, mas num tom mais tranquilo. Sem deixar a música correr e escapar. Mantendo ela ali por perto. Instrumentos e cantos africanos floreiam os temas tocados. Pandeiros invadem o palco. Uma mística meio primitiva pairava pelo palco, hipnotizando o público. Demais!

Vontade de chorar em algumas músicas! Vontade de bater em algumas pessoas em outras (descobri que odeio um novo tipo de pessoa que descobri em shows - os falantes. Algo do tipo: conversa a porra da música toda e quando ela acaba, começa a bater palma e grita: DO CARALHO ESSA MÚSICA! - Pelo amor de DEUS! Para de falar e presta atenção no show FDP! Está me atrapalhando)!

'Bron-Y-Aur Stomp', 'Ramble On', 'Whole Lotta Love', 'Going to California' e 'Rock and Roll' foram covardia, sendo que em Rock and Roll quase chorei. Quase... Mas cantar essa música num show ao vivo com Robert Plant foi uma daquelas experiências que nunca mais se esquece.

Sem mais adjetivos para tal show, só me resta deixar os vídeos de dois clássicos e revê-los até cansar... Longa vida ao rock and roll e o Robert Plant é a personificação disso.

- Bron-Y-Aur Stomp


- Going to California

Kings of Leon - 20/10/2012


Kings of Leon foi o único show do Planeta Terra que eu já tinha visto (anos atrás num TIM Festival no Anhembi, quando só existia o primeiro disco e eu mal conhecia a banda). Honestamente, eu não sou o maior fã de tudo que veio depois do primeiro disco (que é o material mais conhecido do grande público) e só reforcei isso depois deste show.

Enquanto no primeiro show que vi, a energia no palco era rock and roll, com um bando de cara sujo, uma voz rouca, muita distorção nas cordas e um público doidão, o que eu vi neste segundo show foi bem diferente.

Um público jovem, formado na sua maioria por menininhas que acham os caras lindos e uma banda toda produzida na imagem (exceção do batera que resiste! VIVA OS BATERAS!) e no som. Música do primeiro disco, só a primeira do show. Depois só os novos sucessos e uma sequência de baladas, com a voz rouca sofrendo e zero interação com o público.

O setlist foi:
Muita produção e pouco rock and roll
Enquanto a maioria das pessoas aclamava o show, eu praticamente só bocechava. Entendo que não sou a opinião unânime, inclusive porque das pessoas que me acompanhavam, duas preferiram ir ver Gossip (que se apresentava no mesmo horário). E porque eu e minha amiga Marina, que ficamos para ver a família que um dia foi Amish, tivemos opinião opostas sobre o que lá tocou (ela curtiu, eu não!).

Aquela voz rouca e suja que era legal, parece que passa o show todo sofrendo, numas baladinhas meio chatas. Berra, faz cara de sofrimento, não interage com o público e o show não decola! Falta energia! Falta animação! Nessa linha, já já eles gravam um disco country.

Enfim, de qualquer maneira valeu pela 1a música e por 'Sex on Fire'. O resto, boas músicas, mas sem a vitalidade que um dia eles tiveram. Para quem gosta, seguramente foi um bom show, pois os caras (apesar de não interagirem) são bons no palco tecnicamente. Pra mim, falta energia e mais rock and roll.

Para quem gosta ou para demonstrar meu ponto, três vídeos abaixo.

- Crawl


- Notion


- Pyro

Garbage - 20/10/2012


O segundo show da noite que vi no Planeta Terra e aquele para o qual eu de fato fui ao festival, foi o Garbage.

Banda que comecei a ouvir desde o primeiro álbum da banda, durante meu 2o grau, ano de 1996 ou 97 se não me engano. Gostei desde a primeira vez que ouvi.

Rock, com alguns toques pop, músicas pesadas e algum tom mais sombrio em algumas faixas. Além da banda, foda por si só, por contar com Butch Vig (produtor dos bons, que mais recentemente fez o incrível último disco do Foo Fighters) na bateria, tem também os outros três membros envolvidos em produção. A composição da formação original com a Shirley Manson nos vocais, deu o toque especial à banda, pois ela é a cara da banda toda.

Quatro produtores escrevendo músicas, só poderia dar em discos de sucesso. Se algumas músicas e um álbum falharam, o estilo da banda é o suficiente para fazer com que ela tenha seguidores fiéis, mesmo sem ter lançado discos durante algum tempo.

O show no Planeta Terra foi o 1o no Brasil e juntou um bando de gente ansiosa por ver a banda, inclusive eu. E que visão do paraíso ver dona Shirley Manson ali na frente por pouco mais de uma hora.

O setlist foi:
Algumas músicas mais recentes até causaram alguma animação no público, principalmente o mais jovem. Mas foram as músicas dos primeiros discos que mataram a apresentação e deram o tom da brincadeira toda e não por acaso a apresentação foi finalizada com 'Push It' e 'Only Happy When It Rains'.

Eu sou fã 'Queer', pois além de ter sido a primeira música do Garbage que conheci, acho que é a música que a Shirley Manson melhor incorpora a imagem que deu a ela o status que tem (meio sexy, meio alternativa, meio má, meio dura/ríspida e ainda assim cantando meio melosa). ESPETÁCULO!

E simpatia não faltou no show, com a anfitriã falando com o público, se desculpando pela primeira apresentação no país ter demorado tanto e com Butch Vig descendo da bateria para agradecer pela energia do show, antes de tocarem as últimas músicas.

Apesar de não ter curtido muito das coisas novas, é possível notar claramente o dedo dos produtores no novo material, puxando algumas músicas pro pop, com refrões grudentos e letras com levada hip hop. De qualquer forma a execução de todo setlist rola com perfeição, apesar de ter acontecido uma errada de letra em 'Only Happy When It Rains' e só por isso eu não digo que foi uma apresentação perfeita. Rs

Valeu como primeiro encontro e espero que eles voltem, pois a energia do show é demais! E que bom que a apresentação tenha acontecido no Planeta Terra, que pôde nos brindar com uma ótima apresentação, em uma ótima estrutura. E viva a Shirley Manson!!!!

Abaixo os vídeos, assim como o do Suede, com som estourado pela proximidade que estávamos do palco e a câmera não aguentou.

- Why Do You Love Me?



- I Will Die For You


Suede - 20/10/2012

2012 é o ano do meu primeiro Planeta Terra, que este ano foi feito no mesmo local do Lollapalooza: O Jockey Clube de São Paulo.


Com uma lotação bem menor (75 mil do Lollapalooza x 30 mil do Planeta Terra), o espaço disponível para circulação foi reduzido, mas ainda assim o festival estava extremamente confortável. Não tive nenhum problema na chegada ou na saída, na circulação, compra de bebida ou comida. Um pouco de fila nos banheiros, mas foi só. Palcos grandes, telões funcionando bem e qualidade do som muito boa. Enfim, de verdade, nenhuma vírgula negativa para falar sobre o festival.

O lineup não era dos meus preferidos, uma vez que não sou o maior fã de indie rock, mas como o Garbage ia tocar, lá fui eu. E consegui ver 3 shows: Suede, Garbage e Kings of Leon (com direito a uma música Azealia Banks, que apesar da aparência bizarra e algumas coisas ruins, me lembrou um pouco Dee-Lite que eu adoro, e Gossip, que quem viu disse que foi o melhor show do festival).

Eu quis chegar cedo para ver o show do Suede e já tinha me programado para tal. Mas coincidentemente, um amigo das antigas de Brasília, hoje residente do Rio de Janeiro, o famoso Eduardo, Gigante, me ligou no dia anterior ao festival dizendo que ia sozinho. Não só queria ir ao show do Suede, como acabou ficando hospedado lá em casa. Nos juntamos à companheira de shows Marina e sua amiga Magui (que eu também só vejo em shows! Esses jovens - nem mais tão jovens assim - viciados em shows!) e partimos.

Chegada de taxi sem maiores problemas, entrada sossegada e nos dirigimos ao palco onde o Suede se apresentaria. Confortável como o festival estava, ficamos bastante perto do palco (o suficiente para estourar o som da câmera na captação do áudio) e com espaço suficiente para aproveitar a apresentação.

Eu que não conhecia nada, fiquei só prestando atenção (afinal eu conhecia umas 3 músicas, mas não muito mais. Segundo o Eduardo, ele sempre tocava nas festinhas de Brasília. Talvez venha daí o meu parco conhecimento).

O setlist foi:
  1. She
Show firme, banda impecável, com alguns poucos fãs acompanhando e cantando tudo. Gostei do som (apesar de não ser o estilo que mais me cativa), da apresentação e apesar de ter sido um daqueles shows burocráticos, com quase zero interação com o público, foi o suficiente para prender a atenção de quem estava vendo.

Uma boa apresentação para compor um festival, mas para os poucos que estavam ali de fato curtindo, um Cine Jóia ou uma Clash seriam lugares melhores para ouvir o som, mas a boa qualidade do áudio do festival e o fato de se ter bastante espaço para ver o show de perto, ajudaram quem queria ver a banda.

Para deixar um gostinho, segue o vídeo de 'We are the Pigs', que segundo meu amigo Eduardo me confidenciou, é uma das grandes músicas da banda (e a preferida dele).


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bangalafumenga - 15/09/2012

Em maio, logo no início dos trabalhos da Oficina do Banga de São Paulo em 2012 eu escrevi neste mesmo blog como as minhas terças-feiras não seriam mais as mesmas. Mal sabia eu...

Eu sou um músico frustrado! Viciado por música, baterista amador (nível medíocre para baixo) e sem contar a Janaina (amiga já citada no outro post) que me encheu para entrar no Banga, entrar na oficina seria mais uma forma de alimentar esta minha veia musical. E lá fui, junto com outros amigos queridos, sabendo que seria no mínimo divertido.


E a oficina começou e subi para a turma dos intermediários/avançados! Muitos ritmos novos! Muito estudo em casa e foi ficando cada vez mais divertido! Mais ainda! Mas mal sabia eu que o Banga não é só música.

Na dificuldade de baixar os vídeos, veio a sugestão de usar o DropBox para facilitar o acesso aos vídeos para todos os alunos. E aí comecei a conhecer uma legião de pessoas novas.

Começam as noitadas no Seu Domingos, bar de residência do Banga toda terça-feira de noite. E vieram novos amigos! Veio o convívio com os mestres! E a sensação de uma família começou a se formar! Festa na casa de um! Aniversário de outro! Viagem de galera pro Rio! E em tão pouco tempo, eu tinha uma turma ENORME de novos melhores amigos (confesso que se eu fosse meu amigo, eu já teria me batido, pois eu ando monotemático há meses)!

Essa sensação boa me fazendo convidar todos os amigos de longa data aos ensaios para que eles pudessem entender aquele estado de euforia que eu estava vivendo.

E aí veio a notícia do primeiro show do Banga em SP no dia 15 de setembro no Clube Pinheiros (fica sendo este então, o primeiro post deste blog de um show em que não fui apenas espectador). E começa a venda de ingressos e de cara meus amigos de longa data já demonstraram interesse em ir conferir, me surpreendendo (afinal, não é qualquer um que decide ir a um evento com mais de um mês de antecedência) e ao mesmo tempo me deixando muito feliz. A vontade de ser um daqueles que lá estaria para tocar aumentou, e muito! TOME VENDER INGRESSO! Foram mais de 120 pelas minhas contas para amigos e amigos de amigos e combinações de pessoas que tinham ingresso sobrando e outras que precisavam.

Excitação aumentando! Grupo no Facebook frenético com posts a cada segundo! Batuqueiros comprando seus instrumentos Izzo para participar dos ensaios extras! Convocados e não convocados e uma polêmica totalmente justificável pela vontade que todos tem de estar ali naquele momento e ao mesmo tempo nossa compreensão de que em apresentações públicas, de fato não há como todos tocarem! E estuda para tentar estar na lista dos que iriam tocar!

E num sábado leio no whatsapp aquilo que não queria! "Jana: Doca, caí da varanda! To no hospital! To com medo! Já chorei horrores!" Além do susto que a pessoa que me levou pro Banga estava me dando (ela que pra mim era o símbolo maior de tudo aquilo que o Banga representa - amizade, dedicação e doação), tinha certeza que naquele choro tinha uma certa ponta de decepção por perceber que o dia 15 poderia não ser mais uma realidade pra ela! (me corrija se eu estiver errado Janaina, pois nunca falamos disso). E com isso, minha vontade de ajudar o Banga só aumentou! Por mim, pelo Banga e pela Jana!

E TOME VENDER INGRESSO!

Véspera de feriado, show do Casuarina com alguns batuqueiros e sai a notícia dos convocados! E estar na lista foi uma sensação especial! Não sei como descrever! Mas isso fez o show do Casuarina (post anterior a este) ter sido especialmente bom!

Veio o último ensaio antes do show e com todos os convocados juntos, deu para sentir o peso do som que faríamos no Clube Pinheiros (muito devido aos surdos bombando! Lia, Rodrigo e Ale pulando feito pogobol)! E de repente todo mundo querendo ingresso de última hora! E os posts no Facebook não param e de repente tudo mais que aconteceu nesta semana perdeu a importância!

Chegou o dia 15 de setembro! Muita gente acordando cedo já com a montagem dos posts do Facebook feita pelo mestre Thiago! E se meu olho já encheu de água, imaginei que outras pessoas iriam chorar pesado (né Jana, Adriana, Flavia - não precisava ser no meio do Le Pain - e muitas outras?)! Recepciona a bateria carioca! Pega camiseta na Le Pain (o que por si só já virou evento com muita gente reunida).

E partiu Clube Pinheiros! Todo mundo junto! Figurino devidamente vestido! Amigos chegando! Festa aquecendo! Somos chamados para o andar de cima! Foto com a bateria toda junta! E começa o esquenta do espírito batuqueiro:

"Abre a porta, gente
Abre a porta, gente
Que lá vem nêgo arretado
...
Ele vem de longe
Ele vem trazer AXÉ e MUITO AMOR
Abre a porta gente e deixa passar
Dá licença, por favor
E firma o Ponto
Porque o Banga já chegou!""

Foi sair dali pilhado em direção ao palco! E me chamem de piegas, mas dava para ver o brilho nos olhos de cada um da bateria paulista que estava ali do meu lado! Todo mundo querendo sentir aquela energia!

E o show começou! E como em todo show que eu vou, minha câmera vai comigo (desta vez operada pelo meu primo Marcelo, que filmou outros amigos bêbados, tapou o microfone da câmera, tremeu pacas, errou o foco, mas a quem serei eternamente grato por registrar alguns dos momentos desta noite e que estão abaixo)! "No balanço dessa batucada eu vou, vou pro Banga ia ia, aaaaaah eu vou!" Enquanto a bateria carioca, mandando muito, fazia aquela energia especial de todo mundo que estava ali fluir, nós, a bateria de paulista, pulávamos e ficávamos ainda mais pilhados para tocar logo! Comentando um pouco do show (já que o blog é para isso), o momento top sempre que eu vejo o Banga é 'Frevo Mulher'. A energia do público pulando nessa música com a bateria tocando é INDESCRITÍVEL!



Até que chegou a hora de entrarmos e assim foi! Não sem antes o mestre e nosso mestre de cerimônia, Rodrigo Maranhão, dedicar tudo que aconteceria dali pra frente, encontro da bateria carioca e paulista, para a Janaina, que firme e forte, se recuperando da queda, vibrou muito numa cadeira de rodas num canto (certeza que fazendo mais esforço do que devia, mas quem consegue ficar parado, né?). Chora mais um pouco aí, Jana!



Tocamos algumas músicas! Uma que pelo menos eu nunca tinha tocado, mas samba, então ok! E apesar de curtir muito tocar 'Taxi Lunar', 'Ah Se Eu Vou' e todas outras, eu confesso que mal vi tudo passar! O êxtase de estar ali, com tanta gente querida tocando, com minha companheira dançarina da caixa, Carolzinha, ao meu lado (BORA ESPOLETA!), com tanta gente querida vendo, fazendo a estréia como batuqueiro do Banga e a preocupação em fazer bem feito, fizeram com que tudo durasse 15 segundos! Por mim podia não terminar nunca mais! Só o samba especial é que foi forte e deu uma canseira nos braços, mas foi uma delícia (o desafio de tocar, dançar e gritar ao mesmo tempo continua). E aos mestres e batuqueiros veteranos, fica a pergunta: esse sentimento passa?

(O samba tá tremido, longo, com áudio baixo, mas pegou o samba especial 1, a brincadeira dos instrumentos e foi até o final! Latta, tá registrado você finalizando tudo por aqui! E desculpa os bêbados no vídeo, mas não deu para cortá-los! Rs)



Depois de tudo acabado muitos abraços, beijos e comemoração! Sensação de desafio superado! E desejo de quero mais! Depois reencontrar todos os amigos que lá estavam e ouvir coisas como:
- "Foi a melhor balada que fui nos últimos 10 anos aqui em São Paulo. Super organizado, cheio, confortável e o som foi incrível!"
- "Curti muito mais que o Monobloco! Lá são músicos profissionais tocando para um público e no Banga rola um envolvimento maior por saber que ali estão pessoas como a gente."
- "Foi muito bom! Muito melhor do que eu esperava."
- "Quando os gringos que estavam comigo viram a bateria, ficaram malucos. Queriam ficar perto o tempo todo!"
- "Foi animal! Muito orgulho!"
- "Me surpreendeu bastante!"
- "Quero ir no próximo! Quando é?"
- "Quando tiver ingresso pro próximo, me avisa. Eu compro!"

A noite ainda seguiu com uma roda de samba sensacional! E aí cada um curtiu como pôde! E eu curti muito! O pós show foi ESPETACULAR! Rs

De lá ainda uma tentativa de Seu Domingos, que acabou numa padaria! Bem estilo São Paulo mesmo! E como diz Edu Mega: "tem coisas que só rolam em São Paulo!" E depois de comer e ver o sol nascer, não existia nenhuma vontade de dormir! Mas era hora de voltar pra casa... Mas não sem antes um registro ainda com sorriso de orelha a orelha dos highlander daquela noite!


Ok! Histórico todo contado! Mas ainda fica a pergunta: por que o Banga reúne as pessoas dessa maneira? E eu vou tentar dar aqui a minha explicação: primeiramente, a música une as pessoas e cria um ambiente de fácil interação. Em segundo lugar, acredito que a energia que as pessoas que fazem aquilo colocam ali e aqui cito Cesinha, Alan, Flavinha e Rogerinho (seguramente novos amigos), reflete fortemente em todo mundo que está ali dentro. Além deles, a energia e o carinho (e também a cobrança) dos grandes mestres Maranhão, Dudu (todos eles), Negão, Thiaguinho, Don Raton, Latta e Pedro, Samba, Fofão e Pirituba, Paulinha, Joãozinho e Andrezinho (estes dois últimos, meus mestres, e pessoas que aprendi a gostar imensamente nos últimos meses!) são essenciais para que nos sintamos em casa ali.

Por último, mas não menos importantíssimos, todos os batuqueiros! A seleção natural que o clima do lugar faz nas pessoas, faz com que não exista iniciante e intermediário, homem ou mulher, jovem ou mais velho, solteiro ou casado ou qualquer outro tipo de generalização que possa ser feita! Somos todos batuqueiros! Somos todos Banga! Pelo menos todas as terças-feiras de noite somos ou estamos felizes para caralho! E no Banga, a alegria é que impera... Obrigado aos meus novos melhores amigos, e são muitos, por fazer com que eu espere ansiosamente por toda terça-feira!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Casuarina - 06/09/2012

Aproveitando esta onda Bangalafumenga (bloco de carnaval que abriu uma oficina em São Paulo, onde estou tocando e que me tornou uma pessoa quase monotemática de um tempo para cá - semana que vem post sobre este tema) que me atinge e que ensinou a gostar mais de música nacional, semana passada fui ver o Casuarina (grupo de samba do Rio de Janeiro).

Eu já havia visto o Casuarina uma vez num lugar chamado Comite, na Rua Augusta e apesar de ter sido uma noite divertida, não atingiu minhas expectativas. Descobri o grupo no MTV Ao Vivo deles e apesar de na época ainda não ser um grande apreciador de samba, a qualidade musical dos caras me chamou muito atenção (caso que vi se repetir com várias outras pessoas depois). Gostei tanto que a banda foi trilha sonora quase exclusiva de uma viagem que fiz a Los Roques, na Venezuela, sozinho. Eu, o Caribe e o samba brasileiro.

Dessa vez o show foi no Studio SP da Rua Augusta (colado ao antigo Comite, hoje Beco) e fui acompanhado do povo mais animado que conheci nos últimos anos: os batuqueiros do Bangalafumenga SP.

Como sempre, casa cheia, show começando tarde, véspera de feriado e o show começou pontualmente a 1:30 da manhã. Tocaram mais de 2 horas. Dessa vez com a platéia toda cantando junto, inclusive eu (que já tinha conseguido decorar algumas letras depois de ouvir insistentemente em alguns períodos dos último ano).

Deu pra beber, dançar, cantar junto, levar na palma da mão. Músicas próprias e composições clássicas, como dá pra ver nos vídeos (claro, sempre tem vídeo!). Teve participação especial de uma cantora paulista que até há pouco tempo nunca tinha ouvido falar, chamada Veronica Ferriani (que inclusive estará no Baile do Banga em breve... Já perdi a conta de quantas vezes citei o Banga neste post... Nem eu me aguento mais), que cantou uma música da Alcione e que voz!

Recomendo a todos que gostam de samba! Banda boa! Músicas ótimas e normalmente show bem animado (até aqui 50% para cada experiência que tive). E com boa companhia, é diversão garantida.

Abaixo os vídeos da noite e que mostram a animação que tanto falo!

- Não Deixe o Samba Morrer


- Jornal da Morte

domingo, 2 de setembro de 2012

Maroon 5 - 26/08/2012

A continuação de uma noite improvável, foi o show do Maroon 5. Eu normalmente não pagaria para ver Keane (que abriu a noite) e tão pouco para ver Maroon 5. Mas como escrevi no post anterior, graças a uma amiga, lá estava eu. Certo, Carla?

Alguns dos mesmos problemas do show do Keane se repetiram no Marron 5, como som baixíssimo e multidão. A multidão resolvemos indo lá para atrás, o que piorou o problema do som baixo. Em compensação ficamos em paz. Já a falta de empolgação não se repetiu, pois a GRANDE maioria estava lá para ver e cantar o Maroon 5. E desde a primeira música, a qual eu não conhecia, a empolgação era grande.

O setlist:
1) Payphone
2) Makes Me Wonder (Introdução com Don't Stop Until You Get Enough)
3) Lucky Strike
4) Sunday Morning
5) If I Never See Your Face Again
6) Wipe Your Eyes
7) Won't Go Home Without You
8) Harder to Breathe (Introdução de Scary Monsters and Nice Sprites)
9) Wake Up Call
10) One More Night
11) Hands All Over
12) Misery
13) This Love
14) Seven Nation Army (cover do The White Stripes) (bis 1)
15) She Will Be Loved (versão acústica) (bis 1)
16) Stereo Hearts (cover do Gym Class Heroes) (bis 1)
17) Daylight (bis 1)
18) Don't You Want Me (cover do Human League)/SexyBack (cover do Justin Timberlake/Moves Like Jagger)(bis 1)

Show bem mais longo e talvez o show mais adolescente que eu tenha ido na vida. Nunca vi tantas menininhas gritando histéricas com o vocalista da banda (o famoso Adam Levine, o qual acabei de descobrir o nome no Google agora). Menininhas mesmo, sendo que algumas poderiam ser minhas filhas até. Inclusive vi uns pais lá no maior bom humor acompanhando suas filhas ao evento (me fez pensar sobre o tipo de pai que quero ser e gostei desse estilo aí, apesar de claramente parecer cansativo).

O ponto alto do show, além dos hits da banda, cantados em coro, foram os covers (pra mim, claro!). 'Seven Nation Army' (com o nosso amigo Adam na bateria e o guitarrista cantando - qualquer semelhança com a amizade de Dave Grohl e Taylor Hawkins do Foo Fighters é mera coincidência) e 'Don't You Want Me' as minhas preferidas. De resto as músicas são bem tocadas e nosso amigo Adam usa e abusa do fato da mulherada gostar dele. Senta, agacha, deita e a mulherada GRITA! De doer os ouvidos.

E apesar do som ruim, o fato de todo mundo cantar junto, dá outra pegada ao show. O final com partes de 'Don't You Want Me' do Human League e 'Sexyback' do Justin Timberlake introduzindo o mais novo (ou já nem tão mais novo assim) hit e sucesso das boates por aí, 'Moves Like Jagger', garantiu um final mega animado (ótimo, pois era domingo de noite) e com todo mundo dançando. Um show desse em menor escala deve ser uma balada forte.

Desculpando-me mais uma vez pela tremedeira e pelo som ruim, seguem os vídeos da noite. O primeiro da música que mais gosto deles (um Q de Jamiroquai) e a segunda desse momento "Priscila, a Rainha do Deserto" no fim do show.

- Sunday Morning



- Don't You Want Me/Sexyback/Moves Like Jagger

Keane - 26/08/2012

Um show que nunca achei que fosse pagar pra ver? Keane. Mas eu paguei, graças a uma certa amiga que me encheu o saco para ir com ela. Paguei, fui e acho que curti mais que ela. Certo, Carla?

Mais uma edição do Live Music Rocks. Essa contava com Keane e Maroon 5 (no próximo post), mas seguramente foi a pior de todas até aqui. E não foi por causa das bandas, mas do local. O ANHEMBI DEVERIA SER ABOLIDO COMO OPÇÃO DE LOCAL PARA GRANDES SHOWS! Confesso que não sei o que me leva ainda a ir a eventos lá? Chegada e saída são um lixo (perdi o início do show do Keane por causa do trânsito, tendo saído de casa uma hora e meia antes de casa); o local é grande, mas estreito, então você vê o show de muito longe. Não sei se por isso ou se também por isso, o som fica lá na casa do caralho e bater papo fica uma tarefa simples diante de tanta caixa de som (e esse pra mim é o pior pecado de shows lá: eu consigo me ouvir com facilidade! E eu quero que a música me deixe quase surdo).

Mas desconsiderando todas as coisas negativas dos shows neste lugar, eu até curti o Keane. Primeiro porque até tem mais música que eu gosto do que eu imaginava. Segundo, porque o que não conheço dá um clima bacana na apresentação. Engraçado que as músicas parecem aquelas de filme adolescente, que começam devagar e vão crescendo até o final feliz e com todos superando seus limites. Lógico que também tem muita baladinha chata. E o fato da GRANDE maioria das pessoas que lá estavam terem ido para ver o Maroon 5, não ajudou na empolgação do show.

O setlist (surpreendente, diga-se de passagem):
1) You Are Young
2) Everybody's Changing
3) Bend and Break
4) Nothing in My Way
5) Spiralling
6) Silenced by the Night
7) Is It Any Wonder?
8) The Starting Line
9) Sovereign Light Café
10) This Is the Last Time
11) Somewhere Only We Know
12) Crystal Ball
13) Bedshaped

Por ser um show de abertura, foi mais curto do que eu esperava que fosse. Mas a banda anunciou que em 2013 volta ao Brasil com o show completo.

Mas por mais surpreendente que tenha sido, não tem como curtir algo com o som tão ruim. Para tentar ouvir melhor, tentamos ir para frente. Aí estava muito cheio e me senti numa micareta com várias mãos entrando no meu bolso e meu celular e câmera quase rodam. Na sequência a polícia passa voando atrás de gente que teria acabado de roubar o celular de um outro figura.

Enfim, algo difícil de curtir. Valeu para conhecer a banda ao vivo e de repente pagar de novo para ver num lugar melhor a apresentação dos caras. Mas fora isso, grande decepção comigo por ter pago sabendo que a probabilidade do show ser pouco empolgante era de 99%.

Para provar como o som tava ruim, seguem dois vídeos (mas ainda assim dá pra curtir. Lembrem-se que pelo fato da câmera estar alta, ela captou o som melhor do que aquilo que eu estava ouvindo).

- Sovereign Light Café



- Crystal Ball

Tony Hall & The Heroes - 11/08/2012

Este post demorou para sair... Mas é que já não vejo graça em ter post sem vídeo atualmente. Sim, essa produção tosca que eu faço é meu diferencial! Rs (ou não!) Mas como o YouTube resolveu me sacanear e bloquear por alguns dias meus uploads, o vídeo demorou a subir. Juntando isso com o fato de ter um emprego novamente e 234 projetos paralelos, demorou! Mas antes tarde que nunca, então vamos a isso...

Tony Hall é um negão cheio de swing de New Orleans e que para nossa sorte, o Bourbon Street volta e meia convida para fazer shows por aqui. Eu já tinha visto uns 2 shows anteriormente, mas que por serem de uma escala menor, não lembro quando e nem onde e por isso nunca tinham entrado na minha lista de shows. Pois agora ele entra em grande estilo, fazendo o encerramento da abertura (ficou confuso isso, não?) do 10o Bourbon Street Fest, que rola sempre no Parque do Ibirapuera.

O cara é foda, a banda do cara é foda e o festival é sensacional. Começando pelo festival, o fato de ser a décima edição mostra que são 10 anos (brilhante dedução, não?), mas o que quero mesmo dizer, é que é um daqueles eventos que já não vai mais embora. Com o primeiro e o último dia gratuitos, o festival ajuda a trazer um pouco do jazz de New Orleans para o público em geral, que dificilmente vai ver algo no Bourbon Street mesmo (as vezes caro, as vezes visto como balada de velho, etc.). Sem contar que é um evento no parque, o que é sempre ótimo. O que nunca vou entender, é o porquê de fazer isso num estacionamento de asfalto no meio de um parque cheio de grama e árvores. Poderia ser ainda melhor, mas ok. Não vamos reclamar...

Já fui em alguns anos na abertura, no encerramento e em alguns shows pagos dentro do Bourbon Street. O melhor sem dúvida é a abertura, por ser no parque, fica sempre mais agradável. Por ser no meio do ano, é sempre uma friaca do inferno, mas este ano foi num calor bem bacana. Enfim, combinação perfeita.

O Tony Hall em si, baixista e vocal, ambos com muita competência. Qualquer semelhança com o Eddie Murphy é mera coincidência. Com uma banda cheia de negão também (e eu sempre digo que para tocar funk, swing, R&B, branco não presta), os caras arrebentam. James Brown, O'Jays, Santana, Terence Trent Darby e Lionel Richie são algumas das quebradeiras que aparecem na hora e meia de apresentação. Claro que tudo isso com uma pitada a mais de funk (não o das popozudas).

Se eu puder indicar, digo: quando souber de algum show dele no Bourbon Street e quiser dar aquela dançada, aparece lá que vale a pena.

E o motivo do atraso, cover do O' Jays com 'Give the People What They Want'. Esse foi feito do Iphone. Treme menos, mas ficou de longe. (depois desse show não teve sanduíche, mas teve caipirinha numa jarra que deixa qualquer um totalmente embriagado com uma só no Gil Bistrô)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Atrasei...

Posts dos shows do Tony Hall no Bourbon Street Fest e Keane e Maroon 5 no Live Music Rocks atrasados devido a problemas de upload no Youtube, mas saem essa semana ainda sem falta. E se tudo der certo, sai também um post especial do Bangalafumenga!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu, Minha Consciência Moral e a Lei Seca

Ontem, terça-feira, tomei 4 latas de cerveja. No meu entender, nada demais: nem naquilo que eu entendo que seja ficar embriagado e nem naquilo que é a cultura do Brasil, onde beber e dirigir pode ser um crime perante a lei. Mas não em nossas consciências e costumes.


Desde que a fiscalização da Lei Seca aumentou, venho tomando cuidado por onde dirijo: Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e São Paulo. Mas em Brasília normalmente estou de carona e muitas vezes com um grande amigo que não bebe e saio tão pouco por lá, que usar taxi não é algo que doa. No Rio de Janeiro quando sei que vou beber, saio logo de taxi, pois lá dificilmente uma corrida sai por mais de R$ 20,00 e normalmente tenho companhia para dividir o mesmo.

Em Fortaleza saio pouco dirijindo para beber, logo nunca chegou a ser uma preocupação real. Mas na cidade onde eu moro, São Paulo, sair para beber é muito comum. E ir de carro também. Tenho voltado sempre pelas ruas menores ou pelas grandes avenidas, imaginando com uma certeza quase absoluta que ali não verei nenhuma blitz.

Dentro da minha moral, me recuso a seguir a conta do Twitter daqueles que delatam os locais de blitz na cidade. Também não compartilho em nada da opinião dos amigos advogados e aqueles conhecedores da lei, que dizem que não se deve soprar o bafômetro, pois não somos obrigados a produzir provas contra nós mesmos. Meu argumento é de que sempre ficamos (nós brasileiros) felizes quando a lei é para ferrar aquele político corrupto. Mas quando ela nos tira algum tipo de privilégio ou nos tira da zona de conforto, nós arrumamos alguma forma de burlar. Não é lei? Todos nós não sabemos que não pode? Então por que diabos a gente insiste em dirigir depois de beber? Não importa se a lei foi mal escrita e dá tal brecha. Mais uma vez, minha opinião.

Mas ok! Eu nunca havia passado pelo dilema de estar na blitz e ter de escolher entre: salvar minha pele, minha carteira e o meu bolso versus ser correto (dentro daquilo que eu acredito), soprar o bafômetro e sofrer as consequências. E na verdade ainda não passei. Mas ontem, depois das minhas 4 cervejas, passei por uma blitz na esquina da minha rua que eu sei que costuma existir. E na autoconfiança de que não aconteceria nada, simplesmente entrei na rua e dei de cara com a blitz.

Quando eu vi a blitz, eu pensei: FODEU!!! Vacilei! Tentei desviar a rota, mas já não havia para onde ir. Pensei: eles me viram vacilar. Já era! Perdi minha carteira e vai começar aqui minha dor de cabeça. Estava disposto a soprar o bafômetro, por mais que isso fosse me custar. E nessa vacilada, um carro me passou.

Havia um policial prestando atenção na blitz e ele parou o carro da minha frente. Nos segundos seguintes não acreditei na minha sorte (ajuda espiritual, divina, anjo da guarda ou qualquer outra entidade maior que exista e que eu acredito), pois fui passando pela blitz e nenhum policial nem olhou pra minha cara e eu simplesmente passei, entrei na minha rua e minutos depois estava em casa, ainda tentando entender o tamanho da sorte.

Ainda antes de dormir, mas principalmente depois que acordei, me vi numa ressaca moral daquelas sem fim! Eu estive a triz de me causar um problema enorme. Por não obedecer a uma lei que eu sei que existe! Talvez para outra pessoa, apenas mais uma situação de sorte. Não para a minha pessoa...

Eu há algum tempo, principalmente motivado por conversas com meu pai sobre a correção do brasileiro e com meus amigos, sobre como o Brasil é uma merda e nada funciona, decidi ser um cidadão melhor. Parei de comprar produtos piratas e sem nota fiscal, parei de trazer produtos de outros países sem declarar imposto, reforcei minha crença em não ter carteirinha de estudante falsa para pagar menos e uma série de outras coisas práticas. Acredito mesmo que para termos o direito de reclamar, temos de ser os primeiros a sermos corretos.

E ontem, na situação de quase ser pego burlando a lei e sabendo que sofreria consequências fortes (deixaria de poder dirigir, seria processado, pagaria uma multa grande), essa consciência moral de tentar ser um melhor cidadão pesou!

Queria deixar claro que não concordo com uma lei tão severa. Acredito piamente que a fiscalização só aumentou pelo fato da multa aplicada ter subido de valor. Com a lei anterior, apenas precisávamos de mais fiscalização, como a que há hoje. Mas talvez não fosse interessante. Também acredito que deva haver um limite mínimo do que se pode beber e depois graduações (aquela quantidade em que você leva advertência, depois multa, depois tem a carteira suspensa, cassada, até o nível em que você de fato é preso). Não poder tomar uma ou duas cerveja depois do trabalho para relaxar, pois estou de carro também é demais, eu acho. Mas lei é lei!

Também acredito que o estado que exige isso, deveria oferecer um transporte público eficiente e com preço justo. Não acontece nem um, nem outro. Eu acho as linhas ônibus de São Paulo, extremamente confusos, o metrô serve parte da cidade apenas e o taxi é caro.

Não prometo que deixarei de beber quando estiver de carro! Nem que isso acontecerá a partir de já. Mas pretendo, de verdade, evitar ao máximo bebida enquanto estiver com meu carro durante a semana. E aos finais de semana, tentar organizar um motorista da vez, carona ou até mesmo ir de taxi. Minha vontade de ser um cidadão melhor pede por isso.

E não quero aqui convencer ninguém e sei que muita gente discorda em gênero, número e grau comigo. Mas se os poucos que lerem este texto refletirem e causarem algum debate, está bom. Não deve ser nada agradável descobrir que beber e dirigir não vale a pena por causa de uma multa altíssima, pelo envolvimento em um acidente grave (envolvendo ou não outras pessoas) ou por ver alguém que se gosta machucado por causa da imprudência alheia. Aproveitemos para aprender pelo susto...