segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Thesaurus: Rock Industrial - por Zeca Dom


Rock Industrial: termo supostamente cunhado pela imprensa norte americana - acusação esta atribuída ao alemão Einstuarzende Neubaten - para designar um tipo especifico de som que preza pela alta tecnologia aliada a instrumentos inusitados; tem vários expoentes de peso, como o próprio Neubauten, Nine Inch Nails, e no caso brasileiro, Vzyadoq Moe.

Em minha opinião, os grupos de referência são:

Einstuerzende Neubauten:


E, necessáriamente, o seu antípoda, Nine Inch Nails:


O Industrial, apesar de ser algo alternativo em termos de sonoridade, fora do mainstream musical, agrega diversos tipos de grupos.

Em casos extremos, o Industrial usa guitarras e peso, como no caso do Filter e o Ministry.

Filter:


Ministry:



Ou de maneira mais espetacular: Ramstein, que deu início a esta matéria.

Alguns grupos tem possuem elementos do som Industrial - samplers, sintetizadores, triggers de bateria e guitarras sintetizadas. Vide Fear Factory:


Ou mesmo o White Zombie:


É nóis! Semana que vem tem mais!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sobre Covers&Originais: Mule Skinner Blues (Jimmie Rodgers and George Vaughan, 1930; The Cramps, 1989) + um Bônus?????


O blues, o country e o Bluegrass fazem parte da receita de um bom Rock. O grande lance desta é a sua longevidade: existem dezenas de versões de 'Muler Skiner Blues' há mais de oitenta anos!

Cada versão destaca mais um dos elementos. A Versão da Dolly Parton por exemplo é um country básico com longas frases agudas.


Eis que então, entra em cena os Câimbras como uma boa banda de psycho, sua versão é mais enlouquecida e bastante divertida. Ao invés dos’ ôôlêiiiriiii!!!!’ clássico do country/bluegrass, Lux Interior escolhe gargalhar à rôdo o destino do trabalhador... Tornando o resultado divertissimo: uma divertida música de bar regada a bourbon...


hahahahahahahahaah!!!!!!!!!!!!!!

Senhores, segue um bônus: 10 Cover Songs Better Than the Originals, um link com um artigo interessante sobre covers que, supostamente, são melhores que os originais.

Fora duas músicas que já foram comentadas nesta nossa coluna, uma menção vergonhosa: 'Bizzarre Love Triangle', versão do Frente! estar como melhor que o original do New Order é um insulto. É uma ótima versão, sem dúvida, mas desconheço versões do New Order melhores do que aquela banda de Manchester. 

Tô doido? Ouve aí então e me conta:


A lista tem outros pontos que eu não gosto, mas este é o grande lance das listas: criar polêmica. Eu também tenho a minha lista dos covers melhores (ou tão bons quanto) os originais. Vou prepara algo para vocês futuramente. 

Abraço!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Thesaurus: Hardcore – por Zeca Dom


Hardcore: variante californiana do punk rock, dos fins dos anos 70 mas de sonoridade mais agressiva e com o andamento rítmico muito mais acelerado: vide grupos como Dead Kennedys, Bad Brains, Circle Jerks, entre outras. Olha aí o Bad Brains. Vale a pena ver todo o início do show, a galera frequentadora e os incomparáveis negões adoradores de Jah:

O verbete é curto e grosso como o estilo musical: o HC – como é chamado pelos aficcionados, consiste na transmissão da mensagem imediata, urgente. É claro que o estilo adaptou-se aos novos tempos: ouça por exemplo All For Nothing ou IWrestaBearonce. Vamos ver?

Olha aí a holandesa All for Nothing:


E o clipe 'fofo'  do americano IWrestABearonce:


O fato de ser rápido, sujo, agressivo, não significa que eles não tenham senso de humor...

Semana que vem tem mais!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Foo Fighters e Sonic Highways

Dave Grohl poderia ser apenas ex-baterista do Nirvana e já seria o cara. Ele poderia ser também apenas o guitarrista ou vocalista do Foo Fighters, que já seria foda. Ele poderia ser também apenas um multi-instrumentista que gravou o primeiro álbum do Foo Fighters todo sozinho (vocal e instrumentos). Ele poderia também ser apenas o bateria do Them Crooked Vultures, tocando com Josh Homme and John Paul Jones. Ele poderia ser apenas o baterista eventual do Queens of the Stone Age. Ele poderia ser também apenas a cabeça por trás de tudo que acontece com o Foo Fighters. Mas ele é tudo isso e um pouco mais.

E o lançamento do próximo álbum do Foo Fighters prova isso. Sonic Highways vai sair dia 10 de novembro em vários formatos, mas todo mundo já vem falando dele há algum tempo.

Vamos aos fatos sobre Sonic Highways:
  • É o novo e oitavo disco do Foo Fighters
  • Será lançado dia 10 de novembro
  • Terá 8 faixas
  • Cada faixa foi gravada em uma cidade diferente: Austin, Chicago, Los Angeles, Nashville, Nova Orleans, Nova Iorque, Seattle e Washington D.C.
  • Será lançado em CD, LP e em formato digital
  • A prensagem do LP terá oito capas diferentes, uma para cada cidade onde foi gravado
  • O primeiro single será liberado ainda em outubro de 2014 [ATUALIZADO EM 16/10/14] Saiu o single, chamado 'Something From Nothing' e você pode ouví-lo AQUI! Vale o comentário de que a música mostra bastante o amadurecimento da banda e um mix de diversas influências. Me agradou muitíssimo! [ATUALIZADO EM 20/10/14] E agora saiu o clipe oficial de "Something From Nothing", que tem participação na guitarra de Rick Nielsen da banda Cheap Trick. [ATUALIZADO EM 24/10/14] E saiu o segundo single chamado 'The Feast and the Famine' e você pode ouvir AQUI!
  • Tem várias participações pra lá de especiais, com gente muito importante

E poderia ser só isso. Mas não, Sonic Highways é também um documentário, confirmado para estrear na HBO dia 17 de novembro de 2014. Com 8 episódios, um em cada cidade onde o disco foi gravado, é descrito por Dave Grohl como uma carta de amor à música dos EUA, que conta até com uma entrevista com Obama sobre música. Por sinal, Dave é também o diretor do documentário (já havia dirigido Sound City em 2013).


E não para por aí! O Foo Fighters ainda virou a banda residente do Late Show com David Letterman, programa super tradicional nos EUA. Nesta semana em que escrevo isso, eles estarão no programa todos os dias com convidados. E dessa preciosidade, já saiu o primeiro vídeo. Que tal 'War Pigs' do Black Sabbath com participação de Zac Brown (do Zac Brown Band, banda de country americana)?


[ATUALIZADO EM 15/10/14] Saiu mais um vídeo do Foo Fighters no Late Show com Dave Letterman, tocando 'Kick It Out' com Ann e Nancy Wilson do Heart. De fato é difícil ver as bandas atuais trazendo as bandas clássicas para o holofote assim. E pelo visto, teremos outras atualizações neste post ao longo desta semana.


[ATUALIZADO EM 16/10/14] Saíram mais dois vídeos do Foo Fighters no Late Show com Dave Letterman. O primeiro da banda tocando com Tony Joe White a música 'Polk Salad Annie' e o segundo deles tocando 'Miracle' a pedido do Dave Letterman, depois de um discurso todo emotivo sobre uma viagem com seu filho.



[ATUALIZADO EM 20/10/14] Mais dois vídeos do Foo Fighters tocando no Late Show com Dave Letterman. Primeiro mandando 'Stiff Competition' da banda Cheap Trick, com Rick Nielsen fazendo uma participação especial na guitarra, com Dave Grohl na bateria e o baterista Taylor Hawkings nos vocais.


O segundo vídeo mandando o novo single, 'Something from Nothing', que justamente por contar com a participação de Rick Nielsen na guitarra, foi executado com ele no palco.




E como este post está parecendo aqueles produtos vendidos na televisão, eu diria: mas isso não é tudo! O Foo Fighters já tem a turnê de estreia do álbum confirmada para a América Latina, com shows no Brasil e a maioria dos ingressos esgotados (e eu claro, já comprei o meu!). Teve até vídeo pra nós!!! (VEJA AQUI!).

Além de tudo que o Dave Grohl foi e é, este cara também pode ser considerado um gênio do marketing. Há muito tempo eu não via um disco tão esperado, pois afinal, tem sido bastante promovido. E em tempos de crise do mercado fonográfico, a questão não é mais sobre vender discos ou músicas. Mas sim de vender um material multimídia, uma experiência. E nisso, este tal de Dave, está ensinando muita gente como fazer.

Que venha Sonic Highways!


[ATUALIZADO EM 20/10/14] E quando você acha que acabou, não! Soma-se a tudo promovido e devidamente descrito acima, para o lançamento de Sonic Highways, uma série de shows em locais pequenos promovendo a banda, o novo álbum e cada uma das faixas. Como não poderia deixar de ser, são 8 shows, cada um em uma das cidades em que cada faixa foi gravada e com as participações especiais do álbum.

O primeiro foi em Chicago, na sexta-feira passada, 17/10/2014 e foi realizado no bar Cubby Bear, onde o Dave Grohl viu seu primeiro show punk, em 1983. O setlist foi marcado por clássicos da banda e covers e o primeiro single do novo álbum, tocando com Rick Nielsen do Cheap Trick. E por sorte, o show está na íntegra disponível, como você pode ver abaixo. Aproveite!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Thesaurus: Post Punk (Pós Punk) por Zeca Dom

Existe algo em comum com estas bandas, além delas serem da mesma época?

Killing Joke - 'Love Like Blood':


New Model Army - 'White Coats':


Echo and the Bunnymen - 'Rescue':


Todas são Pós-Punk. São?

Post Punk (Pós-Punk): Grande termo aglutinador que na prática envolveu quase tudo que foi feito, particularmente na Inglaterra, após a eclosão do Punk no Ocidente. Este grande termo inlcuiu sub rótulos igualmente aglutinadores como a New Wave, Gothic – Dark Wave, Industrial, Psychoabilly, dentre tantos outros. Nos anos oitenta, costumava-se chamar o pós punk de New Rock, New Wave ou Rock Alternativo - especialmente no Brasil.

Como esta definição já deixa perceber, é meio difícil dizer o que era, exatamente, Pós-Punk; e, cá entre nós, eu não vou resolver a questão: rótulos, quase sempre, são criados pela imprensa musical em determinado momento para, digamos, resolver um problema. O problema no caso, é classificar o que aparentemente não tem classificação, colocando todo mundo num mesmo saco de gatos.

Mas eu acho que posso ajudar você, leitor nesta briga. Vou contar um segredo pra vocês: pra resolver os problemas de rótulos, eu pego uma banda e tomo ela como parâmetro e passo a comparar todas a partir dela. Sacaram? Vamos aos exemplos.

O meu parâmetro é uma das bandas prediletas do Renato Russo do Legião Urbana (aliás, descaradamente pós punk): Comsat Angels.


O Pós-Punk Clássico tem sempre alguns elementos do Comsat Angels: guitarras com Delay e Chorus; andamento mais lento que o Punk; uma linha de baixo bem colada na bateria ‘tribal' - com muitos Tons graves -, ou baixo  também com Chorus. E particularmente o viés político-messiânco dos vocalistas e das composições.

Mas, EU SEI, que muitos de vocês nunca ouviram Comsat. Não é à toa: esta banda foi pouquíssimo divulgada no Brasil. Mas tem uma banda que todo mundo conhece e era (pelo menos nos primeiros discos) um parâmetro de Pós Punk. Qual? Ora, o U2.


Os quatro  primeiros discos de estúdio (Boy, October, War e Unforgetable Fire entre 1980 a 1984) do U2 eram pós punk ao extremo: todos os elementos que eu comentei estão ali. O messianismo era ajudado pelo fato do U2 ser uma banda Irlandesa católica e pacifista: tipo ser católico - e pacifista na Irlanda, dependendo do contexto, é mais político do que propriamente religioso. Ora, o próprio nome da banda tem um viés polítco (vai pesquisar!!!!!!! não conto, não!!!). Vide por exemplo a belíssima composição 'Pride - In the Name of Love' - que faz referência a Martin Luther King, grande líder pacifista.


Agora, como o U2 tornou-se o que se tornou, isto é uma outra estória. Aliás, grupos Pós-punks podem ter tido fases pós-punks, e depois partido para outras.

Hoje em dia, existe um certo revival do pós-punk. Não só deste estilo aliás, mas de todos os anos 80. Bons exemplos desta retomada de elementos daquela época estão em grupos como She Wants Revenge e o meu amado Savages.


O pós-punk pegou o restante do mundo, e o ocorreu no Brasil. Chegou diferente, pois ele coexistiu com diversos tipos de música. Como bom brasiliense, o Segundo do Legião Urbana é bastante inspirado em elementos do Pós-Punk, como no caso da composição 'Tempo Perdido'. Mas não único, sem dúvida.


Senhores, estamos aí na semana que vem!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sobre Covers&Originais: Brand New Cadillac (Vince Taylor and his Playboys – 1959; The Clash – 1979)


Um clássico, mas tão clássico, que muita gente não conhecia o original!

'Brand New Cadillac' foi lançada em 1959, por Vince Taylor and his Playboys. A versão de 59 é ótima, um rockabilly sem tirar nem pôr, exceto, talvez,  pelo fato do dito ser inglês – dado que a maioria dos ídolos daquela época eram norte-americanos. Mas e aí? Riff de blues básico, imitadíssimo até hoje – por exemplo, é a mesma sequência de notas de Peter Gunn.

O The Clash, bem... possivelmente um dos grupos Punks mais conhecidos do grande público. Quem nunca ouviu Clash, já ouviu por exemplo Sould i Stay or Should i go:


Aquele grupo também inglês, tinha um leque bastante diferenciado de influências: seu repertório era algo variado com combinações de Reggaes ('Guns of Brixton'), influências do então recente Hip Hop ('Radio Clash') e mesmo Disco Music ('Rock the Casbah'). E lógico, eram influenciados por rock básico. 

A versão punk mantém seus elementos de rockabilly - ritmo, sequência de notas – MAS, um grande mas, é mais agressiva, típica do punk e mais pesada. Tanto que muita gente, até ler esta matéria, jurava que 'Brand New Cadillac' era de autoria do Clash. 


A trilha sonora desta semana, é obrigatória: 'London Calling' do Clash. Tem que conhecer os clássicos, gente!!!!!!!! Abração!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Thesaurus: Pré-Punks por Zeca Dom


Pré Punk: são chamados de pré-punks os grupos dos fins dos anos 60 e do início dos 70 que viriam a influenciar diretamente a eclosão do punk nos fins daquela última década.

Como todo têrmo agregador, ele carrega, em si, algumas incongruências, sem dúvida. Mas isto é uma outra estória. O fato é que assusta você ouvir Iggy Pop - até hoje aliás - com os Stooges.


O legal do pré-punk é que ele ocorre em paralelo com a revolução musical dos Beatles; e, vendo, hoje em dia, tem-se a impressão de que eles - os pré-punks - estavam em segundo plano. Só que uma coisa muito estranha aconteceu na década de 70 e 80: uma galera ouvira e tinha como referência algumas das bandas menos conhecidas dos anos 60. Exemplo? Pega, por exemplo, Jesus and Mary Chain, em seu primeiro trabalho, Psychocandy (1985) claramente referendado em Velvet Underground.


A influência não se resumia aos óculos escuros e ao couro preto. Mas muito mesmo, na atitude das bandas sessentistas que era percebida no niílismo do punk e do Pós-punk. Este aliás, será o tema da semana que vem e o post vai ter que ser maior ... Até lá!!!!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sobre Covers&Originais: Helter Skelter (Beatles, 1968; U2, 1987)


Esta semana falaremos brevemente sobre dois monstros. Ou melhor, sobre alguns.

'Helter Skelter', composição do álbum Branco dos Beatles, é bastante conhecida por seus fãs. Estes aliás, reivindicam como o primeira composição de Hard Rock / Heavy Metal da história. Sem querer entrar em polêmica, ainda mais com beatlemaníacos, penso que tem que se ouvir mais o que estava sendo feito na época, antes de fazer uma afirmação tão contundente: 'In-a-gadda-da-vida' do Iron Butterfly; 'The Book of Taliesyn' do Deep Purple; 'Wheels of Fire' do Cream; 'Eletric Ladyland' do Jimi Hendrix, só pra citar alguns. Como se vê, muito do que definiria o Heavy Metal e Hard Rock foi lançado naquele ano e durante toda a década de 60.


Mas sem dúvida, 'Helter Skelter' teve seu impacto realmente significativo na discografia dos Beatles, naquela década e claro, no bombástico ano de 1968. A bruxa estava à solta em vários lugares do mundo: ocupações de universidades, o clímax da Guerra do Vietnã, ácido lisérgico, novas teorias sobre tudo, Cultos e Seitas secretas e por aí vai. Tudo isto estava dando sustentação a composição dos Beatles, apresentando-a como a cara daquele momento louco.

Helter Skelter

When I get to the bottom I go back to the top of the slide
Where I stop and I turn and I can go for a ride
Till I get to the bottom and I see you again

Do you, don't you want me to love you
I'm coming down fast but I'm miles above you
Tell me tell me tell me come on tell me the answer
You may be a lover but you ain't no dancer

Helter skelter helter skelter
Helter skelter

A confusão da letra, relaciona-se com a confusão da época. E neste sentido, 'Helter Skelter' ('confusão' em último sentido ) marcou o seu momento e as próximas décadas.

Desnecessário lembrar o link com o evento do assassínio de Sharon Tate, de autoria de Charles Mason, inspirado na composição dos Beatles.  Esta referência é interessante para entender a ligação com a versão do U2. Segundo Bono Vox, Mason 'roubou' a música dos Beatles e eles a trariam de volta.

Como bom fã de pós punk, eu já conhecia 'Helter Skelter' via Siuxie and the Banshees (no link que dá início a este post). Mas eu fui prestar MESMO atenção naquela música  quando vi Rattlle and Hum em 89. O U2 fez uma grande versão e bastante pretensiosa: eles iriam tomar ela de volta, de fato, de Charles Mason:


Eu entendo que a versão do U2 cumpre a sua missão: fazer os Beatles serem conhecidos em sua magnitude para nossa geração.

A Trilha deste post? Qualquer um dos álbuns postados na íntegra no primeiro parágrafo!

Semana que vem tem mais!