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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Lollapalooza - 25/08/2018

Domingo e último dia do Lollapalooza 2018 foi o pior dia dos três do festival, nesta edição, mas ainda assim guardou boas surpresas para quem foi.

The Neighborhood
The Neighborhood
Chegamos em tempo de ver o show dessa banda chamada Neighborhood, que só o André conhecia bem. Na boa? Não gostei. Som adolescente, como de várias bandas que vimos no Lollapalooza nos últimos dois anos, mas menos elaborado e muito, mas muito depressivo.

Além disso, a postura da banda no palco é uma coisa entre displicente e sedutora, o que ao meu ver, resulta numa péssima combinação.

Uma pena, pois o maior hit da banda, mesmo deprê, é bem legal, então imaginava que o resto do show pudesse ser bom também.

O setlist foi:
1. Prey
2. You Get Me So High
3. Afraid
4. Wires
5. 24/7 - tem vídeo
6. Wiped Out!
7. Daddy Issues
8. Scary Love
9. Stuck With Me
10. Flowers
11. Cry Baby
12. Void
13. Sweater Weather
14. R.I.P. 2 My Youth

Com essa calmaria toda, o público mesmo cantando não compra muito a apresentação. Fica um clima meio chato, meio passivo demais. O melhor momento do show ficou para 'Sweater Weather', o maior sucesso dos caras, mas que apesar de bem boa, também é para baixo. Fazer o que? Mas tinha coisa melhor vindo aí...


Khalid
A sensação de 20 anos de idade foi o segundo show que vimos. E apesar do cara ser muito bom, até porque além de cantar muito bem, é compositor de sucesso nesta idade, também o som muito infanto juvenil (o que faz todo sentido pela idade do cara).

A apresentação dele estava tão cheia que não conseguimos ficar perto do palco. Ficamos de longe, primeiro lateralmente e depois ao fundo do palco. Talvez isso também tenha ajudado a não entrarmos na vibe do show. O setlist foi:

Khalid
1. American Teen
2. Let's Go
3. Another Sad Love Song
4. 8TEEN
5. Saved
6. Hopeless
7. Therapy
8. Cold Blooded
9. Coaster
10. Shot Down
11. Angels
12. Silence (cover do Marshmello) - tem vídeo
13. Winter
14. Location
15. Young Dumb & Broke

O som do cara é um R&B bem misturado com essa nova onda eletrônica/pop, o que torna o som do cara bem fácil de digerir. A molecada pelo visto conhecia tudo e curtiu bastante a apresentação. E nós? Saímos mais cedo para ver a próxima apresentação (que era o nosso objetivo do dia).


Liam Gallagher
Liam Gallagher
Depois de ver o Noel Gallagher duas vezes e curtir bastante os shows, por tocar o melhor do Oasis, finalmente chegou a hora de ver o outro irmão Gallagher, o mais encrenqueiro deles. O que deixou o palco no meio do show no Chile semanas antes...

Antecipando a conclusão que tive ao ver o show, concluí duas coisas: 1) Oasis é uma banda muito boa e que marcou época (mesmo eu tendo relutado em gostar dos caras, é impressionante como eles tem hits e como conhecemos todos eles) e 2) Não importa que irmão Gallagher está cantando, mas é garantia de show bom (a não ser que ele abandone a apresentação no meio).

Liam Gallagher
O setlist foi:
1. Rock 'n' Roll Star (música do Oasis)
2. (What's the Story) Morning Glory (música do Oasis) - tem vídeo
3. Greedy Soul
4. Wall of Glass
5. Bold
6. For What It's Worth
7. Some Might Say (música do Oasis)
8. I Get By
9. Be Here Now ((música do Oasis)
10. Wonderwall (música do Oasis)
11. Supersonic (música do Oasis)
12. Cigarettes & Alcohol (música do Oasis)
13. Live Forever (música do Oasis)

O jeito marrento do indivíduo é parte do charme da apresentação. Então quando ele se incomoda em interagir com o público, normalmente com um palavrão no meio, a platéia vem toda abaixo.

Apesar de um bom trabalho solo, a verdade é que a grande parte do povo está ali para ouvir Oasis. E teve muito. Na boa? Foi demais!!! Daquele show que você canta tudo do início ao fim. E o mais legal ao meu ver, é que ao contrário do Noel, o Liam acaba tocando algumas coisas menos óbvias da sua ex-banda, fazendo a apresentação ainda mais interessante.

Em épocas de especulações de volta do Oasis, a gente vai curtindo os irmãos em carreira solo enquanto isso. A parte boa é que você tem o dobro de chances de ver um show da banda. :)


The Killers
Killers é uma banda que já tinha visto duas vezes e vi uma terceira neste dia, mesmo sem gostar tanto do som dos caras. Claro, conheço os sucessos, canto e me divirto. Mas não é o tipo de som que eu curto muito. Mas como já disse antes neste blog, o show dos caras é muito bom. Eu sentei em algumas músicas, mas devo ter sido o único. André, Marina e Sylvia pularam o show todo.

O setlist foi:
The Killers no palco
1. The Man
2. Somebody Told Me
3. Spaceman
4. The Way It Was
5. Shot at the Night
6. Run for Cover - tem vídeo
7. Jenny Was a Friend of Mine
8. Smile Like You Mean It
9. For Reasons Unknown
10. Human
11. This River Is Wild
12. A Dustland Fairytale
13. Runaways
14. Read My Mind
15. All These Things That I've Done - tem vídeo
16. When You Were Young (bis)
17. Mr. Brightside (bis)

Brandon Flowers comandando a festa
Os caras começam com 'The Man' que é o sucesso mais recente, emendaram um 'Somebody Told Me' e em 6 minutos a platéia está na mão do senhor Brandon Flowers. E aí começa um mix de músicas dos álbuns da banda com as grandes pancadas, terminando num bis forte de 'When You Were Young' e 'Mr. Brightside'.

Eu acho que pulei pouco porque estava cansado depois de três dias de festival, mas o resto do povo pilhado, gastou aquele restinho da reserva energética nesse show. E foi um ótimo final para um ótimo festival.

Mesmo muito cheio, a estrutura foi boa. E tirando as filas para a cerveja no último show de cada noite, a coisa deu muito certo. Que venha o Lollapalooza 2019, que já tem datas: 05, 06 e 07 de abril. Aí vamos nós!

Run For Cover

All These Things That I've Done

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Lollapalooza - 24/03/2018

Apenas uns 5 meses atrasado, sigo colocando o blog em dia e bora de 2o dia do Lollapalooza 2018, que foi um dos melhores dias desse festival que eu já vi. Chegamos cedo, mas não tão cedo, e acabamos não vendo o primeiro show do dia que o André queria ver, mas conseguimos ver Anderson Paak.

Anderson Paak
Anderson Paak na bateria
Sabe aquele cara que você tem vontade de ser amigo, mesmo sem conhecer? Ele é o Anderson Paak. Você chega, o palco vazio, você fica quase na frente. Sonzinho swingado ou seria um hip hop swingado? R&B da melhor qualidade, um hip hop cheio de malemolência.

Ele começa cantando, você vai curtindo. E de repente o cara entra na bateria e segue cantando. Mas ele toca muito. Ele canta muito. Ele sorri o tempo todo. Sabe quando um profissional te passa a impressão de que ele está se divertindo enquanto trabalha? É isso que se vê no palco. Uma pessoa feliz e transbordando essa felicidade do palco para a platéia.

Ninguém o conhecia. Eu só tinha ouvido falar graças ao meu amigo Rafael. E todo mundo curtiu, muito! Eleito por todos como um dos melhores shows do festival e seguramente a revelação.

Que volte mais e com mais trabalhos, pois com certeza ainda tem muita lenha para queimar.


David Byrne
David Byrne começando o show
No meu ponto de vista, este foi o melhor show do festival em 2018. David Byrne é o cara que comandou o Talking Heads. Mas ele é muito mais que isso. Ele é o cara que faz um show que merecia ser performado em Inhotim, porque é uma peça de arte contemporânea.

Um cenário totalmente limpo, acinzentado. O chão e as paredes. Ele começa sozinho no palco, com uma mesa, uma cadeira e um cérebro na mão. Ao começar a cantar, você imagina que aquilo será uma merda. Que viagem é essa? Mas aquilo é só o início da coisa toda...

Apesar de querer vê-lo muito, estava receoso, pois haviam me dito que em ocasiões anteriores ele havia se recusado a tocar músicas do Talking Heads e havia sido até rude com a platéia que pedia músicas da banda. Não foi o que aconteceu dessa vez. O setlist foi:

1. Here
2. I Zimbra (música do Talking Heads)
3. Slippery People (música do Talking Heads)
4. Everybody's Coming to My House - tem vídeo
5. This Must Be the Place (Naive Melody) (música do Talking Heads)
6. Once in a Lifetime (música do Talking Heads)
7. Toe Jam (música do Brighton Port Authority)
8. I Dance Like This
9. Every Day Is a Miracle
10. Blind (música do Talking Heads)
11. Dancing Together
12. The Great Curve (música do Talking Heads)
13. Burning Down the House (música do Talking Heads)

David Byrne e toda a banda no palco
Com o repertório recheado de Talking Heads, com um cenário sem amplificadores, cabos ou instrumentos e uma banda enorme que tocava tudo sem cabos (inclusive uma bateria completa que se dividia entre 3 e 5 pessoas), mais do que um show, a apresentação era uma performance.

Todas as músicas tinham coreografia. Todos os componentes da banda tinham seu papel. Um mix de música e teatro. E recomendo a todos. Uma surpresa e tanto tudo que ele levou ao público.

E finalizar com 'Burning Down the House' foi ápice de uma experiência perfeita. Quem não conhecia, vibrou. Quem conhecia, berrava. Não importa a idade, David Byrne quebrou a banca nesse Lollapalooza.


Mano Brown
O antigo/atual líder dos Racionais foi o principal nome nacional do festival de 2018, ao meu ver. Tocou em horário nobre, antes de um dos shows mais bombados, no palco ao lado.

Uma pena que o preconceito de muitos não permitiram que uma galera fosse ver o show: seja porque não gosta de Racionais ou porque gosta de Racionais e som da carreira solo dele é muito diferente. Vou te falar: QUE PUTA SHOW!

Mano Brown
O setlist foi:
1. Nave mãe
2. Mal de amor
3. Gangsta boogie
4. Boa noite são Paulo - tem vídeo
5. Louis Lane
6. Dance, dance, dance
7. Eu te proponho
8. Cassiano
9. Flor do gheto (com Max de Castro)
10. Amor distante
11. Adicto/ de frente pro mar
12. Hear to heart
13. Você e eu só
14. Felizes

Há muito tempo o Brasil não produzia um som tão black, tipo Tony Tornado, que fosse consumido em larga escala. Tem gente fazendo, mas ninguém consegue chegar ao grande público. Mano Brown quebrou essa resistência.

Levou o funk, o charme, o swing e o romantismo para o palco. E por mais que seja estranho ver o cara de palavras tão diretas e pesadas do Racionais ali, naquele papel, o show é fantástico. Abaixo ao preconceito! Mano Brown trouxe mais uma faceta da música nacional ao grande público e a galera gostou.

Todo ano levanto essa bandeira. Queria ver mais bandas e artistas nacionais nos horários e palcos principais do Lollapalooza. Para isso, nossa produção precisa melhorar. E acho que estamos percorrendo este caminho. Foi legal demais!


Imagine Dragons
Imagine Dragons começando
De longe, mas de loooooonge o show mais bombado do Lollapalooza. Assim como havia sido a primeira aparição dos caras por aqui.

Honestamente, eu não sou muito fã. Mas todo mundo queria ver, então fiquei para ver também. A maioria do pessoal não animou a ver o Mano Brown e ainda bem, pois guardaram lugar no palco. Muita gente ficou do David Byrne esperando o Imagine Dragons, para guardar lugar. Muita gente chegou no intervalo para guardar lugar. E quando começou o show, mal tinha espaço para respirar.

O setlist foi:
1. I Don't Know Why
2. Believer
Imagine Dragons no palco
3. It's Time
4. Gold
5. Downfall
6. Whatever It Takes
7. I'll Make It Up to You
8. Intermission
9. Mouth of the River
10. Yesterday
11. Next to Me - tem vídeo
12. Start Over - tem vídeo
13. Demons
14. Intermission
15. Rise Up
16. On Top of the World
17. Thunder
18. Walking the Wire
19. Radioactive

Marcelo e Lucas curtindo o Imagine Dragons
Os caras são bons. Não dá para negar. E entre a performance de todas as músicas com perfeição, a interação com o público é matadora. Incluindo um depoimento sobre depressão, pedindo apoio a causa (que foi bem legal).

Apesar de nova, a banda tem diversos hits já, o que transforma o show numa catarse coletiva. Também é legal ver toda uma nova geração curtindo festival por causa de caras como eles. Inclusive o Lucas, filho do meu amigo Marcelo, que pela segunda vez estava vendo os caras, mas a primeira num festival. E como sempre é, foi legal para caramba poder vê-lo, ainda criança, curtir o show e o festival todo. É muito legal poder ver o interesse da molecada por rock ao vivo.

Eu posso não gostar o quanto eu quiser, mas é fato que o Imagine Dragons sempre leva multidões para os seus shows no Brasil e neste não foi diferente. Palmas para os caras pelo trabalho deles. Foi uma bela apresentação.


Pearl Jam
Pensa numa banda que eu gosto. Agora numa banda que nunca vi um show que eu gostasse. É o Pearl Jam. Ou o som estava baixo, ou o som estava ruim, ou o local era uma merda, ou estava cheio demais. Mas nunca consegui curtir um show deles como gostaria, até este dia. FOI FODA!!!

O setlist foi:
1. Wash
2. Corduroy
3. Do the Evolution
4. Why Go
5. Mind Your Manners
Pearl Jam no palco com uma multidão na platéia
6. Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town - tem vídeo
7. Can't Deny Me
8. Even Flow
9. Happy Birthday to You (cover do Mildred J. Hill & Patty Hill)
10. Mountain Song (cover do Jane’s Addiction com Perry Farrell)
11. Breath
12. Pulled Up (cover do Talking Heads)
13. Unthought Known
14. Jeremy - tem vídeo
15. Sirens
16. Down
17. Better Man
18. Hold On
19. Black
20. Once
21. Lukin
22. Porch
23. Smile (bis)
24. Comfortably Numb (cover do Pink Floyd - bis)
25. Alive (bis)
26. Baba O'Riley (cover do The Who - bis)
27. Yellow Ledbetter (bis)

Era a quarta vez que estava vendo os caras. O show lotado, pela nova estratégia do festival de ter apenas uma banda grande no fechamento. O som bom até lá atrás, onde gosto de ficar. Espaço para curtir, sem ficar se batendo nas pessoas. Bares pertos, apesar de muita gente na fila. Eu estava genuinamente feliz.

E um mix incrível no repertório, cheio de hits da banda, de covers de músicas de outras bandas fodas, além de uma participação especial do Perry Farrel, amigo dos caras e dono do festival.

Que maneira de encerrar o melhor dia de Lollapalooza que já vi. Primeiro porque tinha pouca expectativa. Segundo porque todos os artistas nos surpreenderam com grandes apresentações. E porque finalmente eu consegui ver um show do Pearl Jam que eu de fato aproveitasse. Como eu gosto disso. Foi mais um dia que fui embora para casa muito feliz! E ainda tinha mais um dia.

- Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town


- Jeremy

terça-feira, 15 de maio de 2018

Lollapalooza - 23/03/2018

Seguindo na hercúlea tarefa de colocar o blog em dia para ninguém ler (porque ler sobre show que já rolou há mais de um mês é foda), finalmente chegamos ao Lollapalooza 2018. Este ano mais uma vez o festival voltou a ter 3 dias, o que só havia acontecido uma vez quando o evento ainda acontecia no Jockey Clube de São Paulo. A diferença é que em 2013 a sexta-feira era um feriado (sexta-feira santa) e em 2018 foi uma sexta-feira comum. Resumindo, um dia para quem consegue matar o trabalho, sair mais cedo ou apenas para os jovens estudantes. Eu me encaixei na segunda categoria.

Já vale adiantar que este ano a entrada funcionou muito bem (não peguei fila nenhum dia). O sistema de pulseira seguiu e não sei se pelo aumento de estrutura ou melhoria no sistema, foi possível beber e comer com mais facilidade que em 2017 e sem as filas quilométricas (apesar de reclamações de valores depositados na pulseira que sumiam). Também havia vendedores de cerveja ambulantes, o que ajudou bastante (ano passado era só Skol Beats).

A saída também ocorreu de maneira super tranquila sem maiores problemas. Junto com a possibilidade de comer e beber sem maiores filas e de mais um dia de festival, a maior mudança deste ano foi a mudança do local do terceiro palco, que antes ficava na entrada. Os palcos secundários passaram a ser lado a lado. E no local do palco da entrada, a tenda eletrônica virou um novo palco. Isso aumentou o espaço para o Chefs Stage e da lojinha de lembranças do festival.

Uma última mudança foi não ter dois shows grandes encerrando a noite. Até ano passado eram sempre três atrações, sendo duas atrações de peso e uma atração eletrônica. Em 2018 seguiram as três atrações, mas sendo uma grande, uma eletrônica e uma atração de menor porte. Por isso, os shows principais da noite tiveram um público enorme nos três dias (bem diferente de anos anteriores). Pelo que entendi, a organização manteve o público de 100 mil pessoas por noite, o que começou ano passado. Se foi isso mesmo, não foi só um aumento de público, mas também uma concentração dele que explica a quantidade de gente nos shows principais em cada noite. De qualquer forma, muitos parabéns para a organização pela qualidade do som. Fantástico!

Mas vamos falar de música, pois de fato tem muito pouco para reclamar da edição deste ano. Dos três dias, só não gostei de algo que vi no domingo. Na sexta e no sábado, gostei muito de tudo que vi. Na sexta, chegando atrasados, afinal temos de trabalhar, chegamos para ver o Royal Blood.

Royal Blood
Royal Blood
Fomos em dois casais, sendo que dos quatro, três de nós estávamos no Austin City Limits e já tínhamos visto este show. Por isso vimos ele acontecer, mas sem prestar muita atenção. Não fomos nem muito perto do palco. Ficamos ouvindo, tomando a primeira cerveja e entrando no clima do Lollapalooza.

O setlist foi:
1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. You Can Be So Cruel
5. I Only Lie When I Love You
6. Little Monster
7. Hook, Line & Sinker
8. Hole in Your Heart
9. Ten Tonne Skeleton
10. Figure It Out
11. Out of the Black

Deixamos rolar tão tranquilo que não tenho muitos comentários e nem vídeo sobre os caras. Se quiser saber o que achei deste show, leia aqui!

Chance the Rapper
Ao contrário do show anterior, este foi uma apresentação que acabamos não conseguindo ver no Austin City Limits. Não sou um grande fã de hip-hop, mas curti muito o cara. O que me parece é que existe uma corrente nova de artistas deste gênero que já não estão na pegada tão gângster que era a moda e apresentam uma pegada mais musical, mais melódica.

Chance the Rapper
O setlist foi:
1. Mixtape
2. Blessings
3. Angels
4. Sunday Candy (música de Donnie Trumpet & The Social Experiment - tem vídeo)
5. Favorite Song
6. Cocoa Butter Kisses
7. Ultralight Beam (música de Kanye West)
8. I'm the One (música de DJ Khaled)
9. All We Got
10. No Problem
11. All Night
12. Same Drugs
13. Blessings (de novo)

A pegada mais tranquila, aliada ao talento do cara, mostra uma música bem diferente, mas sem deixar de ser o hip-hop norte-americano, tão conhecido. Artistas deste gênero normalmente tem pouca entrada no Lollapalooza do Brasil, mas a edição de 2018 foi bastante diferente e o Chance the Rapper abriu a porteira para outras apresentações muito boas que vieram depois.


LCD Soundsystem
Eu havia visto esta banda num Skol Beats em 2006, quando esta banda era agrupada junto com o DJ's de sons eletrônicos. Hoje representante do estilo indie, o show do LCD Soundsystem tinha mais fã saudosista do som dos caras do que a galera mais jovem que curte a pegada eletrônica. Tinha tão pouca gente em relação a outros shows, que conseguimos andar e ficar na frente do palco sem o menor esforço.
LCD Soundsystem

O setlist foi:
1. Daft Punk Is Playing at My House
2. I Can Change
3. Call the Police
4. Get Innocuous!
5. You Wanted a Hit
6. Tribulations
7. Movement
8. Someone Great (tem vídeo)
9. Yr City's a Sucker
10. Tonite
11. Home
12. Dance Yrself Clean
13. All My Friends

Foi um show bacana demais, mas confesso que não entrei muito na energia dos caras, pois estava cansado (era sexta-feira e tínhamos trabalhado o dia todo) e porque o som dos caras é um som diferente. Quem é fã entende, mas para quem não é fã, é um som que demora para você entender e curtir.

Dançamos um pouco, mas sem nos desgastarmos muito, pois ainda tinha show pela frente. A verdade é que acho que o LCD Soundsystem não é uma banda para o Lollapalooza. É um show para lugar menor ou para um festival que tenha mais o seu perfil.


Red Hot Chili Peppers
Eu havia prometido a mim mesmo que não veria mais o RHCP desde o show do Rock in Rio de 2001, que foi uma verdadeira merda. Som baixo, vocalista desafinado e festival lotado demais por uma invasão do público não controlada pela organização. Mas já que estava no Lollapalooza e eles estavam lá, tivemos uma segunda chance. O comentário principal é: os caras tem muitos hits. E assim sendo, foi um bom show. Mas nem tanto...

O setlist foi:
1. Intro Jam
Red Hot Chili Pepper ao fundo,
em um show LOTADO
2. Can't Stop
3. Snow ((Hey Oh))
4. Otherside
5. Dark Necessities (tem vídeo)
6. Menina mulher da pele preta (música de Jorge Ben tocada e canta solo pelo guitarrista Josh)
7. Sick Love
8. Nevermind
9. Californication
10. Aeroplane
11. Blood Sugar Sex Magik
12. Hump De Bump
13. The Adventures of Rain Dance Maggie
14. Pea
15. Higher Ground (música do Stevie Wonder)
16. Under the Bridge
17. By the Way
18. Encore Jam (bis)
19. Goodbye Angels (bis)
20. Give It Away (bis)

Sério, era uma pedrada após a outra. Não dá para dizer que não é legal ir a um show onde você basicamente canta tudo junto e ainda curte umas músicas de um dos primeiros CD's que você comprou na vida (Blood Sugar Sex Magik).

Mas... apesar de cantar melhor, Anthony Kiedis segue desafinando. Anos de carreira e o cara ainda deixa muito a desejar ao vivo. Além disso, pausas longuíssimas entre uma música e outra. E para finalizar sessões repetidas de improviso entre o guitarrista Josh e o baixista Flea enchiam uma linguiça quase sem fim.

Para mim uma banda que sempre foi conhecida pela sua energia, e eu entendo que o tempo passou e a idade chegou, me parece que tem uma dinâmica de show muito chata. Mas valeu!

Ver 'Menina Mulher da Pele Preta' do Jorge Ben sendo tocada pelo guitarrista, além de curtir 'Aeroplane', 'Blood Sugar Sex Magik', 'Higher Ground' (que agora já posso dizer que ouvi o original e a versão do RHCP), 'Under the Bridge' e 'Give It Away' em uma mesma apresentação, por mais chata que seja a dinâmica, não pode ser um show ruim. E não foi! Mas assim terminamos o primeiro dia e partimos para casa, pois ainda tinham mais dois...

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Austin City Limits - 06/10/2017

Austin City Limits ou ACL e o lineup completo de bandas
A última parada das férias foi planejada para Austin, pois assim teríamos a possibilidade de conhecer um dos dois grandes festivais da cidade, o Austin City Limits. São 6 dias, divididos em duas semanas, sempre sexta, sábado e domingo. A curiosidade é que a programação de ambos os finais de semana é exatamente a mesma. Então você só precisa ir em um final de semana e viu tudo. Nós escolhemos o primeiro, pois as meninas (Marina, a esposa, e Camila, a cunhada) já voltariam para o Brasil no início da semana seguinte.

Austin, capital do estado do Texas, parece não ser no Texas. Gente de vários lugares, uma cabeça mais aberta e ausência daquele sotaque do sul dos EUA são as provas disso. E além de capital do Texas, é considerada também a capital da música ao vivo nos EUA. Eu não sei dizer o porquê, mas é fato que existem vários eventos com shows na cidade todo dia, considerando bandas menos e mais famosas.

Fora os festivais, a famosa 6th Avenue tem vários bares com bandas ao vivo, sendo que aos sábados a avenida é fechada para os carros e o povo circula livremente de bar em bar ou de banda em banda, ouvindo desde country music, passando pelo folk, chegando ao rock and roll. Nós acabamos não indo ao segundo dia do Austin City Limits, justamente para poder passear e conhecer a 6th Avenue e é bem legal.

Partimos para o festival já um pouco atrasados, afinal de contas a babá tinha de chegar para ficar com os sobrinhos. Depois pedimos um Ride Austin (o Uber local e muito mais legal) e partimos (não conseguimos neste dia, mas em parceria com a Honda o Ride Austin estava oferecendo transporte grátis ao festival). Vale umas linhas para dizer que o Ride Austin é uma instituição sem fins lucrativos, então tudo que é gerado de dinheiro faz vai para os motoristas e parte é reinvestida no sistema. Com isso os preços são mais baixos para o usuário e os motoristas ganham mais. Situação ganha-ganha para todos.

Chegamos por volta das 17 horas e o sol ainda estava forte. O local do festival, o Zilker Park, é fechado para o evento, que tem nada menos que 8 palcos. É importante ressaltar que é um festival para não mais de 50 mil pessoas por dia (ou até menos), por isso são muitos palcos, mas o espaço não é gigante. Você consegue com muita facilidade andar de um ponto a outro.


Chegamos lá, pegamos a primeira cerveja do dia usando as pulseiras que são ingresso e meio de compra (diferente do Lollapalooza, onde você carrega dinheiro e depois o festival te devolve o que sobrou, no ACL a pulseira tem um cartão de crédito cadastrado e cada compra, é uma operação do cartão) e fomos ver o Royal Blood.

Royal Blood
Chegamos eu, Marina, Camila, Daniela (minha irmã) e Zeca (meu cunhado) e lá encontramos o André, amigo que foi para Austin para se juntar a nós no festival.

O show do Royal Blood estava lotado, mas o palco era pequeno. Então mesmo longe, tínhamos uma ótima visão do palco. O setlist foi:

1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. I Only Lie When I Love You
5. Little Monster
6. Hook, Line & Sinker
7. Loose Change
8. Figure It Out
9. Out of the Black (tem vídeo)

O show é bem pesado e alinhado com essa nova onda de bandas de dois membros, no caso bateria e baixo. Para duas pessoas, os caras são bem barulhentos. Pegamos a metade final do show, ainda curtindo o sol, entendendo a estrutura do local. Então vimos o show meio que não vendo, meio que batendo papo, meio que curtindo aquela primeira cerveja. Para ser honesto, não consigo emitir uma opinião sobre a apresentação dos caras. Vamos ver se rola vê-los no Lollapalooza de 2018.


Saímos de lá para o show do Foster the People no palco principal. Esta parte do festival já é maior e por isso estava muito mais cheia. Não conseguimos achar um lugar incrível para ver o show, mas ficamos ali curtindo o que deu.
Foster the People (ou o que conseguimos ver deles)

O setlist foi:
1. Houdini
2. Call It What You Want
3. Pay the Man
4. Doing It for the Money
5. Helena Beat
6. Don't Stop (Color on the Walls)
7. Lotus Eater
8. Blitzkrieg Bop (cover do Ramones)
9. Life on the Nickel
10. Coming of Age
11. Sit Next To Me
12. Loyal Like Sid & Nancy
13. Love (cover do John Lennon)

Confesso que esta banda já não me anima tanto. Juntando ao fato de estarmos atrás da cabine de som, com péssima visão do show, ficamos ali meio que curtindo, ouvindo e batendo papo antes de seguirmos para o próximo show. Confesso que a surpresa mesmo ficou pelo cover de 'Blitzkrieg Bop' do Ramones. Nunca imaginei eles tocando isso e ficou bonitinho (sim, quando o Foster the People faz algo muito legal, o adjetivo certo a ser usado é bonitinho).

Seguimos para o show da Solange. Artista performática, mas mais conhecida como irmã da Beyoncé ou cunhada que enfiou a porrada no Jay-Z. Não consigo nem achar o setlist do show, mas porque não é apenas um show e sim toda uma performance que leva em consideração a música, a dança e o cenário.

Tem um pouco de R&B, tem uma voz linda (que em algumas notas lembra a irmã mais famosa, não tem jeito), tem um cenário lindo e umas performances muito bem ensaiadas e delicadas, digamos (não consigo achar outra expressão para caracterizar).

Confesso que para mim ela criou um clima muito estranho no palco. Eu não conseguia ficar entretido, mas ao mesmo tempo não conseguia tirar o olho do que estava acontecendo. Ao mesmo tempo que estava hipnotizando, queria sair dali. Que foi o que fiz no final. Não consegui ver a apresentação até o fim. Mas fiquei curioso... Queria poder vê-la em um teatro ou em uma apresentação sentado. Sei lá... Me parecia muito mais algo mais cênico do que musical.


Neste resto de show fomos aproveitar a tenda de cerveja artesanal. Vários rótulos de cervejas locais que eram vendidas ao mesmo preço e na mesma quantidade das cervejas tradicionais. Depois disso, não bebi mais nada enlatado no ACL.

E seguimos para o fechamento da noite, com Jay-Z. É tipo assim... o cara entra sozinho com um DJ no palco e fica ali mais de uma hora rimando, sem ajuda de ninguém e entretendo o maior palco do festival sem o menor medo. Achei o cara foda! Mas... ao mesmo tempo, hip hop não é um estilo que me pega, ainda mais quando você não sabe as letras para entender a mensagem e mais uma vez ficou num lugar horrível para ver.

O setlist (longo) foi:
1. Run This Town
2. No Church in the Wild
3. Lucifer
Vista péssima do show do Jay-Z e do cachorro gigante
feito de balão
4. Bam
5. Where I'm From
6. Marcy Me
7. Empire State of Mind
8. Fuckwithmeyouknowigotit
9. Family Feud
10. Beach Is Better
11. The Story of O.J.
12. Public Service Announcement
13. Heart of the City (Ain't No Love) (tem vídeo)
14. Niggas in Paris
15. Izzo (H.O.V.A.)
16. Dirt Off Your Shoulder
17. On to the Next One
18. I Just Wanna Love U (Give It 2 Me)
19. Big Pimpin'
20. Hard Knock Life (Ghetto Anthem)
21. Numb / Encore (música do Jay-Z com o Linkin Park) (bis)
22. Young Forever (bis)
23. 99 Problems (bis)

Mais uma vez saí no meio do show para aproveitar outras coisas do festival. Saí antes das músicas que eu conhecia que ficaram para o final e imaginei que ele tocaria algo do Linkin Park em homenagem ao Chester Bennington, que havia morrido pouco tempo antes. Mas é isso, festival não é feito só dos shows e sim de todas as atrações e atmosfera do evento. Neste dia em particular, não vi nenhum show completo.


Saímos para ir ao banheiro e pegar uma última cerveja. Rolou o banheiro e ao lado dele estava a tenda eletrônica. Ficamos ali esperando uns aos outros quando vimos essa galera dançando, mas não tinha música. E a galera parecia bem empolgada. E de repente, ah tá: eles estão dançando com fones. E aí, vamos entrar e ver o que rola?

Silent Disco
Tinha uma fila. Esperamos pouco tempo, pegamos cada um o seu fone e entramos. FOI A COISA MAIS DIVERTIDA DO FESTIVAL. A Silent Disco tem um fone com três canais: um vermelho, um azul e um verde. E existiam também três DJ's no palco, cada um com a sua cor. Você escolhia o canal do DJ e curtia. Encheu o saco? Muda de canal. E assim fomos até a balada acabar. Vez ou outra tirávamos o fone para ouvir o pessoal cantando alguma música e entender o quão diferente e engraçado aquilo tudo era.

Curtimos muito esse negócio. De verdade. Se alguém sabe se tem isso no Brasil, me fala! É demais!



Voltamos para casa seguindo a multidão, passando por diversos bares lotados, até chegar na tenda do Ride Austin, que fornecia tomada para carregar seu celular e wifi para você chamar seu carro. Chamamos um de 7 lugares e voltamos felizes para casa.

Eu adoro festivais. Mas o ACL foi legal por ver um dentro de um parque, no meio da cidade. Coisa que o Lollapalooza tentou ser por aqui no Jockey, mas que a associação de moradores mandou para longe. Imagina o Ibirapuera, em São Paulo, com um festival dentro, que legal que seria?

A capital da música ao vivo nos recebeu muito bem! E ainda tinha o segundo dia...

terça-feira, 28 de março de 2017

Lollapalooza - 26/03/2017

O segundo dia do Lollapalooza, segundo a imprensa tinha menos gente que o primeiro, mas ainda assim, tinha mais gente que as edições anteriores. Cerca de 90 mil pessoas e apesar de terem melhorado um pouco o esquema dos bares, as filas continuaram para comer e beber. Volto a dizer que este é o único ponto de melhora que vejo do festival. O segundo dia foi ainda melhor que o primeiro. E começou mais cedo também, pelo menos para mim...

- Vance Joy
O Vance Joy é a confirmação de que estou ficando velho e as novas ondas da música mundial tem pessoas muito jovens. Até aí, problema algum. Diferente de várias outras bandas atuais com som indie/adolescente, ele tem uma coisa um pouco mais sóbria, mas sem perder a pegada jovem. Com influências mais antigas, ele mistura muitas coisas novas e velhas no seu som.
Vance Joy

O setlist foi:
1. Mess Is Mine
2. Red Eye
3. The Chain (cover do Fleetwood Mac)
4. Winds of Change (tem vídeo)
5. All I Ever Wanted
6. Fire and the Flood
7. Call If You Need Me
8. From Afar / Wasted Time
9. Georgia
10. Best That I Can
11. Riptide
12. You Can Call Me Al / Cheerleader (cover do Omi)

O setlist mostra bem essa mistura de influências do Vance Joy, com cover do Fleetwood Mac, com seu próprio som, incluindo o grande hit 'Riptide' que é bem legal e uma versão de 'Cheerleader', hit da temporada passada, para fechar o show. Mas tudo tem o estilo dele.

Vi bastante potencial no som dele. Se jovem já está nessa pegada, o som tem tudo para se desenvolver em algo ainda melhor.


Catfish and the Bottlemen
PS: tentei correr para ver o fim do show do Catfish and the Bottlemen, que estava marcado para terminar em um determinado horário e terminou 10 minutos antes. Fiquei sem ver quase nada, mas foi legal ter um cheio do finalzinho que vi. Fiquei curioso para ver mais.

- Jimmy Eat World
Eu tenho um carinho especial por esta banda, pois a conheci quando fui estudar nos EUA. Marcou uma época para mim. Era aquela bandinha animada da universidade. Mas... o tempo passou.

O setlist do show dos caras foi:
1. Bleed American
Jimmy Eat World
2. Big Casino
3. My Best Theory
4. Get Right
5. I Will Steal You Back
6. You Are Free
7. Hear You Me
8. Futures
9. Work (tem vídeo)
10. Pain
11. 23
12. Sure and Certain
13. The Authority Song
14. A Praise Chorus
15. Sweetness
16. The Middle

O tempo passou e o som dos caras não evoluiu. É aquela mesma coisa há mais de 15 anos. Além disso, a diferença do rock inglês para o norte-americano é o que segundo vira um negócio meio, desculpem-me pela expressão, mela cueca com o tempo, invariavelmente. Tipo Capital Inicial, sabe? Rs Músicas sem força, sem pegada, que chamam zero a atenção de quem não é fã da banda.

Foi legal vê-los, uma vez que foi a primeira apresentação dos caras no Brasil. Mas nada mais que isso... Como sempre no Lollapalooza, o maior, e talvez único, hit da banda, 'The Middle' ficou para o fim. O vídeo abaixo é de outra música e peço desculpas pela qualidade do som que ficou péssima.


- Duran Duran
O Duran Duran seguramente era a banda mais antiga do festival e não fizeram feio. Muito pelo contrário. Na minha opinião fizeram um dos melhores shows do Lollapalooza de 2017. Desfilaram hits, sobrou simpatia, transbordou talento.

Duran Duran e Céu
O setlist dos caras foi:
1. The Wild Boys
2. Hungry Like the Wolf
3. A View to a Kill
4. Last Night in the City
5. Come Undone (tem vídeo)
6. Notorious (tem vídeo)
7. Pressure Off
8. Ordinary World (com a participação especial da Céu)
9. (Reach Up for the) Sunrise / New Moon on Monday
10. White Lines (Don't Don't Do It) (cover do Grandmaster Melle Mel)
11. Girls on Film (tem vídeo)
12. Rio

Começando pelo visual que apesar de mais moderno, isto é, sem os blazers com ombrera, ainda tem as cores dos anos 80, vibrantes, o show começou numa sequência matadora de hits que já valeria o ingresso. Quando parecia que não podia melhorar, a Céu fez uma participação muito legal em 'Ordinary World' (veja aqui!).

Galera dançando no show do Duran Duran
A sequência final também foi arrebatadora e mesmo entendendo a filosofia do festival, ainda me questiono porque estes caras com a história e qualidade que tem e seguem apresentando, só tem uma hora de apresentação e em um horário não considerado imporante. Quem foi ver os caras não se arrependeu. Volto a dizer, foi um dos melhores shows do festival.

Na sequência uma série de vídeos da apresentação, sendo que um vale a pena menção, pois um figura estava liderando uma pequena galera em coreografias durante o show. Consegui filmar uma palhinha em 'Girls on Film', afinal estamos todos ali para nos divertir, certo?

Come Undone

Notorious

Girls on Film - com direito a coreografia

- Two Door Cinema Club
Para mim, o melhor show do festival pelo simples motivo de que a banda mescla bem o que o festival busca: um mix de medalhões (os caras já tem alguma história, não muita, mas tem), som novo (o indie rock deles continua afiado e bem diferente das bandas contemporâneas) e que trazem público.

O show no palco principal do festival não encheu como o de outras bandas, mas ainda assim trouxe uma galera. A curtição foi bem confortável e com bastante espaço para dançar. Para quem já conhecia o som, foi a confirmação de que os caras fazem bem o que fazem e para quem não conhecia direito, me incluindo nessa e muitos dos que estavam ao meu lado, foi uma grata surpresa.

O setlist foi:
Two Door Cinema Club
1. Cigarettes in the Theatre
2. Undercover Martyn
3. Do You Want It All?
4. This Is the Life
5. Changing of the Seasons
6. Bad Decisions
7. Lavender
8. Next Year (tem vídeo)
9. Come Back Home
10. Something Good Can Work
11. Are We Ready? (Wreck)
12. Gameshow
13. Sleep Alone
14. I Can Talk
15. Sun
16. Someday
17. What You Know

O resumo do show é: dançar! Muito! Apesar de uma postura e figura meio apática, o vocalista e líder da banda Alex Trimble faz seu trabalho muito bem. O resto da banda também entrega um som diferente, sem aquela perfeição do Metallica que não erra uma nota, mas que vejo com bons olhos, pois deixa o som mais orgânico (ok, tentei achar uma palavra melhor e não consegui).

Para mim, o grupo mandando 'What You Know' foi o momento auge do festival. Energia explodindo para tudo que era lado. Veja aqui!

Recomendo super. Mesmo eu que já tinha visto os caras no segundo Lollapalooza Brasil me impressionei com a apresentação deste ano.


- The Weeknd
Ok, eu confesso, eu curto 'Can't Feel My Face' e por isso queria ver o show do cara. Entre um milhão de referências que você acha no som do cara, que também é produtor de R&B, não gostei muito do que ouvi, apesar do show LOTADO me dizer que o errado devo ser eu.

O setlist do show foi:
The Weeknd
1. Starboy
2. False Alarm
3. Glass Table Girls
4. Party Monster
5. Reminder
6. Often
7. Acquainted
8. Rockin'
9. In the Night
10. Earned It
11. Wicked Games
12. Ordinary Life / Stargirl Interlude
13. Six Feet Under
14. Low Life / Might Not
15. The Morning
16. Sidewalks
17. Secrets / Can't Feel My Face (tem vídeo)
18. I Feel It Coming
19. The Hills

Junto com o 1975, foram os dois sons mais adolescentes daquilo que vi no festival. E o cara tem tanta referência no som dele, que fica difícil de saber quem ele é. Você nota Bruno Mars e consequentemente Michael Jackson. Eu ouvi algo de Boyz II Men em algumas músicas e dá pra ouvir muita boy band em outras também. E claro, você nota Daft Punk no som, até pela colaboração que os caras fizeram.

Foi legal ver o show lotado, galera toda mexendo a mãozinha e pulando junto, mas o som do cara não me agradou no geral. Tem coisa muito legal, mas o resto é pop/adolescente demais para mim.


- Strokes
O principal show da segunda noite tinha alta expectativa do público, com a volta do Strokes ao Brasil. E os caras conseguiram fazer a apresentação mais nonsense que eu já vi (sabe aquela coisa meio Nirvana no Hollywood Rock?). Dava raiva e você pulava quase ao mesmo tempo.

O setlist do show foi:
The Strokes
1. The Modern Age
2. Soma
3. Drag Queen
4. Someday
5. 12:51
6. Reptilia
7. Is This It
8. Threat of Joy
9. Automatic Stop
10. Trying Your Luck
11. New York City Cops
12. Electricityscape (tem vídeo)
13. Alone, Together
14. Last Nite
15. Heart in a Cage (bis)
16. 80s Comedown Machine (bis)
17. Hard to Explain (bis)

Enquanto uns defendem Julian Casablanca dizendo que ele é meio blasé e é normal o jeito dele e isso caracteriza a banda, o fato é que as pausas enormes entre uma música e outra, suas piadas totalmente sem graça e intervenções sem nenhum tipo de explicação, brocharam bastante o público em uma apresentação que poderia ser histórica.

Lollapalooza LOTADO!
Apresentando uma seleção musical muito focada no disco Is This It de 2001, foi uma chuva de clássicos, somados a outros hits de outros discos. Seguramente foi um dos setlists mais fodas do final de semana.

Era isso, você se acabava durante a música e depois ficava 5 minutos do Julian falando besteira até saber o que mais viria por aí, para aí cantar junto de novo.

Ah, mas a banda é assim! Que bosta, diria eu. Um saco ver um show onde o vocalista, líder da banda e quem faz a interface com o público parece estar tão louco, que não se conecta com a platéia. Sorte a dele que a música dele e da banda fazem melhor isso que ele.

Mas valeu por ouvir as grandes pancadas e dançar algumas músicas que ainda não existiam na última vez que os vi.


E assim terminou mais um Lollapalooza. Que em 2018 a organização repense a quantidade de público ou resolva os problemas de estrutura de bebida e comida. A gente não quer só show bom, a gente quer isso, cerveja gelada e cada vez mais aproveitar esse clima festival. :)