terça-feira, 18 de março de 2014

Coala Festival - 15/03/2014

O Coala Festival é um festival novo que surgiu em São Paulo este ano. Eu vi muita divulgação dele no Facebook e cheguei a dar uma olhada no lineup, mas confesso que não me animei muito, por não ser muito meu estilo musical.


Na semana do festival recebi um convite para ir e como o Criolo ia tocar e a Marina, a namorada, curte ele bastante, perguntei se ela estava interessada e aceitamos o convite. Fomos também acompanhados da pessoa mais "xovem" que conhecemos, nossa amiga Karinna.

Apesar de uma agenda extensa, inclusive tendo Tom Zé no meio da tarde, só fomos capazes de chegar por volta das 18 horas no festival, que foi realizado no Memorial da América Latina. E a primeira boa surpresa, a chegada estava tranquila, com um estacionamento bem em frente e por apenas R$ 10,00. Considero a boa notícia, além da chegada tranquila, o fato do estacionamento não ter inflacionado seu preço por causa do festival.

Pegamos nossos ingressos e entramos pela entrada principal do memorial, passando por uma exposição (confesso que não sei se é algo permanente ou não), o que já torna a coisa bem mais interessante do que simplesmente um festival de música (vale comentar que na saída, mesmo com muitos saindo ao mesmo tempo, respeito total pelas obras que ali estavam).

Apesar das atrações musicais não serem do meu maior interesse e de me sentir um pouco fora da faixa etária dominante, curti bastante o festival. O local é interessante, quando comparado a locais onde se realizam shows em São Paulo normalmente, pode-se ver uma vista diferente da cidade, com obras de Niemeyer. Estava bastante confortável, isto é, tinha bastante gente, mas ao mesmo tempo, bastante espaço para circular, para ficar a uma distância confortável do palco e fácil para comprar bebida e comida (apesar de alguma fila nos caixas, que eram apenas três, se eu contei certo).

Apesar de ver alguns atendimentos de bombeiros por consumo excessivo de álcool e/ou outras coisinhas, o público estava numa vibe bem legal. Fiquei bastante bem impressionado por ver o público utilizando as lixeiras e vendo bem pouco lixo no chão. E finalmente, o festival possuía uma feirinha mix com alguns produtos e uma área para as pessoas relaxarem com grama sintética, dando um certo espaço para quem quisesse se desligar do festival um pouco, uma vez que a programação era meio longa.

Enfim, uma boa e confortável experiência para quem gosta de música, a um preço bem mais razoável do que aqueles praticados por aí. Começando R$ 80,00 a inteira e finalizando com R$ 140,00, sendo que qualquer um poderia compra meia entrada levando um quilo de alimento não perecível ou um livro. Diante da nossa legislação e da falta de controle das pessoas que podem comprar meia, acho bem justo dar acesso a meia entrada para todo o público.

Mas vamos ao que interessa: a música. Quando chegamos no festival, havia um DJ tocando e estava bem divertido. Na sequência entrou a banda chamada O Terno. Nunca tinha ouvido falar da banda e eles começaram muito bem. Trio, rock and roll, bons vocais e bons arranjos. Os caras terminaram muito bem também. Mas a energia que começa e termina lá no alto, cai um pouco durante o meio do show, fazendo com que ele fique meio chato. Mas achei a banda uma grata surpresa e poderia vê-los de novo.

Deixo os comentários para a versão de Vinícius de Moraes feita por eles (vídeo abaixo), que poderia até ser um pouco mais pesada, na minha humilde opinião (para descaracterizar um pouco mais a música, mas o objetivo deles poderia ser outro, certo?), e para o fato deles terem feito o público todo deitar no final do show. Mostra que eles conectaram bem a galera.


No intervalo acredito que quem estava nas pickups era o Davida Buscavida, que já vi em outros momentos. Mais uma vez, mandou uma sequência boa de músicas nacionais e suas versões tradicionais, como Beasty Boys com sampler do Bob Marley. Sempre bom para dançar.

Sobre a Trupe Chá de Boldo, não tenho muito o que dizer. Não gostei do som, não prestei atenção e aproveitei para dar uma volta pelo festival e comer durante a apresentação deles.

No intervalo, não importa que DJ tocou (chamava-se Shaka, btw), mas sim a materalização do Coala, que dá nome ao festival, e que aparecia constantemente nos telões em vídeos e imagens hilárias. O Coala dançou (vídeo abaixo), animou a galera e num material muito bem feito, fez o festival ter uma identidade muito forte, pronto para voltar em 2015.


Criolo
E finalmente, o Criolo entrou para fechar a noite. Eu, que não sou fã, já vi três shows dele e este, seguramente foi o melhor.  Mais melodia e menos tons agressivos, o que me agrada mais. Apesar da bateria caindo as vezes (e deu para ver que a banda sentiu isso também), o som estava bom e a energia rolou bem legal com o público. Dançamos, cantamos e curtimos bastante. 

A Tulipa Ruiz, que estava no show, foi chamada para ficar no palco na última música. Apenas uma palhinha, bem inha, para botar aquela cereja no bolo. Mas tenho de bater palma, pois parece que o cara está melhorando, desde o setlist, passando pelo figurino e seguramente na forma de se comunicar e falar com o público (e o cara fala bem, viu? Sobre um monte de coisas durante a apresentação). Abaixo o vídeo de 'Samba Sambei' para mostrar que estava rolando legal.


Para completar, saída tranquila, num horário bem razoável e a sentimento de ter ficado feliz por não ter deixado de ir ao festival. O festival tem potencial para crescer, mas desejo não só longa vida a ele, mas que continue confortável e gostoso de aproveitar, como foi em 2014.