sexta-feira, 11 de abril de 2014

Lollapalooza - Shows do 2o dia - 05 e 06/04/2014


No 2o dia de shows do Lollapalooza chegamos mais cedo para não perder nada. E como acabamos chegando cedo demais, deu tempo de começar o dia com o Raimundos.

Raimundos
Esta banda tinha tudo para ter sumido do mapa depois da saída do Rodolfo (vocalista da banda) e graças a persistência do Digão (guitarrista e agora, também, vocalista da banda), eles não só não acabaram, como tem tido cada vez mais força na cena rock and roll nacional. Brasília se sente bem representada por eles.
Raimundos

O setlist foi:

1. Gato da Rosinha 
2. Baculejo 
3. Mulher De Fases 
4. O Pão da Minha Prima 
5. Palhas do Coqueiro 
6. BOP 
7. Deixa Eu Falar 
8. Puteiro em João Pessoa (tem vídeo)
9. I Saw You Saying 
10. Me Lambe 
11. Esporrei na Manivela 
12. Eu Quero Ver o Oco

Som porrada, sem firula, firme e com uma formação que agora está azeitada. Como bem vi num programa o Digão dizendo, o Raimundos é hoje uma banda média, com estrutura de banda pequena, mas com repertório de banda grande, e às 13 horas, no maior palco do festival (Skol), com sol rachando, botaram todo mundo pra pular com seus clássicos. Valeu e muito ver.

Nas duas últimas músicas começamos a nos direcionar para o que foi, na minha opinião, o melhor show do festival.

Fica o vídeo do maior clássico da banda para dar um gostinho.


Johnny Marr
Johnny Marr
Dá vontade de não escrever nada sobre este show, pois eu acho que palavras não farão justiça ao que foi visto! Mas para começar, vou colocar o setlist e aí você sente a tensão.

1. The Right Thing Right 
2. Stop Me If You Think You've Heard This One Before (The Smiths)
3. Upstarts 
4. Sun & Moon 
5. New Town Velocity (tem vídeo)
6. Generate! Generate! 
7. Bigmouth Strikes Again (The Smiths)
8. Word Starts Attack 
9. Getting Away with It (cover do Electronic)
10. I Fought the Law (cover do The Crickets)
11. How Soon Is Now? (The Smiths com Andy Rourke)
12. There Is a Light That Never Goes Out (The Smiths)

Johnny Marr
Johnny Marr, mais conhecido como o guitarrista do Smiths, a banda do Morrissey, mostrou que não é preciso do "tal Morrissey" para fazer o povo se arrepiar e chorar. Foi complicado este show!

O cara começou com uma música da carreira solo e mandou um Smiths na sequência, com 'Stop Me If You Think You've Heard This Ojne Before'. Legalzinho, todo mundo animado e feliz com uma do Smiths e acredito que a maioria estava pronta pra ficar por aí.

Segue-se uma leva de músicas do repertório próprio e muito boas por sinal. Prova de que não é preciso telão, iluminação, efeito ou qualquer coisa que o valha para fazer música boa. Duas guitarras, baixo, bateria e voz bastam.

Mas aí veio 'Bigmouth Strikes Again' e a galera pirou. Um dos maiores clássicos da banda e você achando que nunca iria ouvir aquilo ao vivo, muito menos com 25% da formação original dos Smiths no palco. Mais uma própria para baixar a tensão.

Vista do Palco Para o Show do Johnny Marr
Um cover do Electronic com 'Getting Away With It', com menção ao New Order e todos esperando a entrada de alguém da banda no palco, mas não rolou. Dancemos! Na sequência um cover do The Crickets (sim, só descobri pesquisando para escrever este post, pois a maioria, como eu, pensava que o original era do The Clash) com 'I Fought the Law' e aí o público pirou!

Mas o pior (ou melhor) viria na sequência, com Andy Rourke, baixista dos Smiths, formando 50% da formação original na banda, subindo no palco e rolando 'How Soon is Now?'. Achei que nunca fosse ouvir essa música ao vivo tocada por quem tem este direito. Arrepiei, olho encheu de água... Enfim, emoção total.

Para finalizar 'There Is a Light That Never Goes Out', que já tinha visto com o Morrissey cantando, agora tocada e cantada por Johnny Marr. Foi para finalizar com chave de ouro um dos shows mais emocionantes da vida. Muito bem ver toda a platéia (que nem chegou a lotar direito o palco Onix) na mesma energia. Música boa não envelhece!

Um pouco de Johnny Marr e Smiths para dar o tom do que foi isso tudo (e pode rir: quase uma semana depois, eu postando o segundo vídeo abaixo, arrepiei e o olho encheu de água de novo! FOI DEMAIS!).



Savages
Savages
Foi possível transitar com calma até o show do Savages, no palco Interlagos do outro lado, uma vez que tínhamos uns bons 40 minutos sem interesse nenhum em aquilo que tocaria até lá.

Deu tempo de ir com calma, caminhar, sentar, descansar um pouco até o show começar. Aí o grupo de amigos se dispersou, pois cada um foi pra um lado. Uns desistiram, outros viram da grade, outros só foram ver mais perto.

Banda só de mulher, que eu adoro, com atitude e no caso da vocalista e da baterista, gatas e cheias de estilo.
Savages

O setlist foi:

1. I Am Here 
2. Flying to Berlin 
3. Shut Up 
4. City's Full 
5. I Need Something New 
6. Strife 
7. She Will (tem vídeo)
8. No Face 
9. Husbands 
10. Hit Me 
11. Fuckers

É um som bem diferente, pesado, com letras densas e que você não acredita que está saindo daquelas mulheres tão estilosas. Pouca comunicação com o público, muita música e muitas opiniões divergentes sobre o som.

Eu curti, mas seguramente não é algo que ouviria todos os dias. Mas sou suspeito, pois adoro banda de rock só de mulheres ou pelo menos com vocal feminino. Meus acompanhantes, na sua maioria, não curtiu tanto.

Tire suas próprias conclusões!


Pixies
Mais um intervalo, onde aproveitamos para conhecer o local a Chef's Stage (local de comida um pouco elaborada) e comermos algo (valeu a pena) e partimos pro show do Pixies.

Já tinha visto eles uma vez em Portugal e curti ver que a baixista nova dá conta do recado, tocando e cantando. Mas o fato é que o público ali conhecia os clássicos e olhe lá e show sem público empolgado é no máximo um bom show, mas não um show animal.

O setlist foi:

1. Bone Machine 
Pixies
2. Cactus 
3. Something Against You 
4. Broken Face 
5. Brick Is Red 
6. Gouge Away 
7. Bagboy 
8. Monkey Gone to Heaven 
9. Blue Eyed Hexe 
10. I've Been Tired (tem vídeo)
11. Magdalena 
12. Caribou 
13. Nimrod's Son 
14. Indie Cindy 
15. Ed Is Dead 
16. Where Is My Mind? 
17. Here Comes Your Man 
18. La La Love You 
19. The Holiday Song 
20. Greens and Blues 
21. Hey 
22. U-Mass 
23. Planet of Sound

Palco Skol e partiu para uma visão lateral. Ficamos relativamente perto, com um som bem ruim. 'Bone Machine' abriu bem o show, mas a pegada não se manteve com o público, pois o repertório da banda é mesmo meio bipolar, entre animado e gritos histéricos. 'Gouge Away' e 'Monkey Gone to Heaven' esboçaram uma reação, mas a galera só veio junto mesmo com a sequência 'Where is My Mind?' e 'Here Comes Your Man'.

E para mim bastou. Fiquei com pena em perder 'Planet of Sound' fechando o show, mas em outro palco tocaria uma banda que nunca tinha visto ao vivo e de fato o Pixies não conseguiu trazer a galera junto e eu já tinha ouvido minhas músicas favoritas.

Prova de que o som tava meia boca de onde eu estava.


Soundgarden
Chris Cornell
Já tinha visto duas vezes o Chris Cornell sozinho e em ambas vezes pude constatar que ele canta pacas, mas é ainda mais chato. A terceira vez deveria ser a sorte e de fato foi, pois rolou de vê-lo com sua banda original, o Soundgarden.

O setlist foi:

1. Searching With My Good Eye Closed 
2. Spoonman 
3. Flower 
3. Outshined 
4. Black Hole Sun 
5. Jesus Christ Pose (tem vídeo)
6. Like Suicide 
7. Been Away Too Long 
8. The Day I Tried to Live 
Soundgarden
9. My Wave 
10. Superunknown 
11. Blow Up the Outside World 
12. Fell on Black Days 
13. Burden in My Hand 
14. Rusty Cage 
16. Beyond the Wheel

Os caras não tem muita presença de palco, mas quebram tudo. Um dos grandes representantes de Seattle, com Pearl Jam e Nirvana, o Soundgarden acabou e voltou e esta volta já tem disco novo e tudo.

'Black Hole Sun' seguramente fez a galera pirar! 'Jesus Christ Pose' foi tocada somente no show do Brasil. 'Been Away for Too Long' do disco mais novo agitou o público, pois tem tocado (ou tocou) nas rádios.

Curti, mas não o suficiente para ficar até o fim, afinal, New Order viria na sequência e no palco do outro lado do autódromo. Por isso, iniciamos a caminhada logo depois da metade do show, o que me fez perder 'Fell on Black Days', mas este é o novo Lollapalooza. @!$@$%#$%$#%

Tá aí a música tocada só no show do Brasil.


New Order
A escolha enyre New Order e Arcade Fire para mim não foi fácil, mas também não foi tão difícil. Vi Arcade Fire duas vezes e New Order uma, logo escolhi New Order.

O show foi marcado por muitos clássicos e foi lindo e arrepiante. Lotado! Mas de fato, os caras tão velhos e por mais que dancem no palco (com exceção da tiazinha do teclado que não dança, nem ri!), a banda não chega a empolgar a galera! Que bom que a música sim. (Nota para Bernard Sumner, que esperamos que estivera bêbado aquela noite, se provou um péssimo front man com piadas ruins, falando espanhol e que cativou zero o público. Mas é o Bernard Sumner. Ok, relevemos!).

O setlist foi:
New Order

1. Crystal 
2. Transmission (cover do Joy Division)
3. Singularity 
4. Ceremony 
5. Age of Consent 
6. Your Silent Face 
7. World (tem vídeo)
8. Bizarre Love Triangle 
9. True Faith 
10. 5 8 6 
11. The Perfect Kiss 
12. Blue Monday 
13. Temptation 
14. Atmosphere (cover do Joy Division) (bis)
15. Love Will Tear Us Apart (cover do Joy Division) (bis)

'Crystal' para começar foi perfeito, mas já mostrou que faltava energia naquela voz já. 'Transmission' aqueceu o show e daí não parou mais. As sequências de 'World' / 'Bizarre Love Triangle' e 'Perfect Kiss' / 'Blue Monday' transformaram o show numa pista de dança. E como é bom dançar estas músicas...

Na ânsia de evitar o caos que foi a circulação de gente no autódromo, começamos a nos afastar no bis e só de longe ouvimos 'Atmosphere' e 'Love Will Tear Us Apart'. Apesar de já ter ouvido estas músicas na outra apresentação do New Order que vi, isso consolidou meu ódio pelo local onde foi feito o festival (e ódio pela minha estupidez também!). Fui embora com inveja de quem viu tudo até o fim...

Arcade Fire
Passamos, já de saída, pelo show do Arcade Fire e vimos/ouvimos a última música, 'Wake Up' e depois ouvimos os relatos de que foi o melhor show de todos os tempos, das galáxias, etc. Não duvido, até porque eu já vi duas vezes e gostei muito quando eu vi. Muito mesmo! Mas fiquei feliz com a minha escolha pelo New Order. Música boa não envelhece!

O setlist, a saber, foi:

Arcade Fire
1. Reflektor 
2. Flashbulb Eyes 
3. Neighborhood #3 (Power Out) 
4. Rebellion (Lies) 
5. The Suburbs 
6. The Suburbs (Continued) 
7. Ready to Start 
8. Neighborhood #1 (Tunnels) 
9. No Cars Go 
10. Haïti 
11. Neighborhood #2 (Laika) 
12. Afterlife 
13. It's Never Over (Oh Orpheus) 
14. Sprawl II (Mountains Beyond Mountains) 
15. Normal Person 
16. Here Comes the Night Time 
17. Wake Up 

Assim acabou o Lollapalooza! Aí sim, num dia em que valeu ver todos os shows! E que 2015, caso não achem um local melhor para a realização do evento, que pelo menos reduzam o público e criem um fluxo de pessoas mais inteligente, que arrumem o som dos palcos e que nos deem um pouco mais de tempo para migrar entre shows, afinal, A GENTE QUER VER TUDO!!!!!

Lollapalooza - Shows do 1o dia - 05 e 06/04/2014

Sábado e primeiro dia do Lollapalooza 2014 não foi de grandes shows. Tudo bem mais ou menos mesmo. Devido ao desconhecimento do local onde foi feito o festival e por causa do trânsito insuportável do sábado a tarde, perdi os primeiros shows que queria ver, do Cage the Elephant e do Julian Casablancas. Então começamos com o Imagine Dragons.

Imagine Dragons
Imagine Dragons
Chegamos, entendemos mais ou menos como funcionava o local e fomos para o palco Onix ver o Imagine Dragons. Um dos shows mais cheios do festival e acho que o mais cheio deste palco. Muita gente sentada esperando o show e fizemos o mesmo: arrumamos um espaço e sentamos.

Quando o show começou, claro que todos levantaram e mesmo num anfiteatro natural, era difícil ver o palco. O som não chegava onde estávamos e foi horrível. Descobrimos que aquele palco que tinha tudo para ser o melhor, tinha um grave problema com o som. Ele não subia o morro.

Então saí com a Marina, a namorada e única companhia neste momento, de onde estávamos (lado direito do palco e onde chegam todas as pessoas que acabaram de vir do festival e onde chegam as pessoas que vem de outros palcos) e fomos para o lado esquerdo do palco, que já no primeiro show, se provou o melhor local de ver shows neste palco. Como todo mundo chega e fica no lado direito, o lado esquerdo permitia sempre chegar mais perto do palco e ter boa visão e escutar bem.

Imagine Dragons
O show teve o seguinte setlist:

1. Fallen 
2. Tiptoe 
3. Hear Me (tem vídeo)
4. It's Time 
5. Amsterdam 
6. Rocks 
7. Song 2 (cover do Blur)
8. Cha-Ching (Till We Grow Older) 
9. Demons 
10. Bleeding Out 
11. On Top of the World 
12. The River 
13. Radioactive

O show, pra mim, foi bem chatinho. Mais uma cópia dessas bandas indie alegres, mas sem muita novidade. Ainda ouvi alguns dos hits que tocam na rádio e de fato o público cantava em peso e parecia curtir bastante o show. O mais divertido pra mim, foi ouvir a versão de 'Song 2' do Blur e todo mundo pulando.

Saímos quando eles ainda tocavam 'Demons' e saindo lá por cima passávamos por gente que quase não ouvia nada, mas cantava tudo. Queria ter visto 'Radioactive', maior hit da banda, mas aí já estávamos rumando em direção ao próximo show. Este não devo ver de novo...

Fica um vídeo da banda para mostrar mais ou menos como foi.


Lorde
Lorde
Conseguimos achar o palco Interlagos na tentativa de ver o início do show da Lorde (o plano era na sequência ir ver parte do show do Phoenix) e conseguimos chegar lá antes dela subir ao palco.
O show teve o seguinte setlist:

1. Glory and Gore 
2. Biting Down 
3. Tennis Court 
4. White Teeth Teens 
5. Buzzcut Season (tem vídeo)
6. 400 Lux 
7. Easy (cover do Son Lux)
8. Ribs 
9. Hold My Liquor (cover do Kanye West)
10. Royals 
11. Team 
12. A World Alone

Lorde

Fiquei surpreso com o som dela. Apesar de não ter ficado encantado, deve ter sido a coisa mais original que vi e ouvi no Lollapalooza (junto com o Savages, no segundo dia). Batidas eletrônicas, apenas dois músicos de apoio, uma voz poderosa aos 17 anos e uma presença no palco meio assustadora, aliada a passos de dança meio descoordenados (e por vezes divertidos). Som bom para ouvir naqueles dias que você precisa de uma música calma.

Vimos e dançamos o show até 'Ribs', quando decidimos nos locomover até o Phoenix e foi uma péssima decisão. Muita gente chegando para ver o final do show da Lorde, misturando com o pessoal que veio e ficou vendo pelo caminho de acesso ao palco, com as filas dos foodtrucks que ali estavam, fez com que o processo de saída fosse chato, difícil e por vezes, um pouco assustador pelas pequenas confusões que vão rolando.

Ouvimos 'Royals', o maior hit da cantora, na muvuca e cantando. Saímos de lá odiando o autódromo e chegamos para as duas últimas músicas do Phoenix.

Um pouco de como foi a Lorde...


Phoenix
Posso dizer que o setlist foi o abaixo:
Pheonix

1. Entertainment 
2. Lasso 
3. Lisztomania 
4. Too Young / Girlfriend 
5. Trying to Be Cool / Drakkar Noir / Chloroform 
6. If I Ever Feel Better / Funky Squaredance 
7. Sunskrupt! (combinação de "Love Like a Sunset" e "Bankrupt!")
8. Consolation Prizes 
9. S.O.S. in Bel Air 
10. Armistice 
11. 1901
12. Rome 
13. Entertainment

Vimos, muito de longe, eles tocarem 'Rome' e 'Entertainment' e rumamos ao show mais esperado da noite pra mim, o Nine Inch Nails.

O show me pareceu bastante animado e dançante. Queria ter visto mais.

Nine Inch Nails
NIN
Voltamos ao palco Onix (que não tinha metade do público do Imagine Dragons e estava super tranquilo) e fomos ao local onde aprendemos ser o melhor local daquele palco e de cara encontramos com parte do grupo que tinha ido conosco na van.

Eu já havia visto o NIN em 2005 e esperava um grande show, principalmente pela iluminação, que dá todo o tom da apresentação.

O setlist foi:

1. Wish 
2. Letting You 
3. Me, I'm Not 
4. Survivalism 
5. March of the Pigs 
6. Piggy 
7. Find My Way 
8. Sanctified (com o riff de Sunspots)
9. Disappointed 
10. All Time Low (tem vídeo)
11. Burn 
12. The Great Destroyer 
13. The Big Come Down 
14. Gave Up 
15. Hand Covers Bruise 
16. Beside You in Time 
17. The Hand That Feeds 
18. Head Like a Hole 
19. Hurt

NIN
Este foi o primeiro show que vi inteiro e curti muito. Marina, apesar de gostar de algumas músicas, ficou meio assustada com a porradaria. Zeca, meu cunhado, segundo palavras dele, ficou catatônico. É uma banda bem diferente mesmo.

Trent Reznor, o "dono da banda", é um baita artista. NIN era um som super original quando surgiu e a verdade é que continua sendo. Não existem muitas bandas que tocam o som que estes caras fazem. E todos os detalhes pensados, seja do gelo seco, da iluminação, da banda que toca seus instrumentos e depois ataca nos sintetizadores (ou o batera, que também toca guitarra e não erra nada em nenhum dos dois instrumentos), tudo parece muito bem pensado e executado. Para quem curte um som mais pesado, as vezes, ou mais elaborado, as vezes, é um baita show.

O início com 'Wish' foi eletrizante (sim, eletrizante mesmo!). A sequência 'Survivalism' e 'March of the Pigs' deixou o povo louco. Depois o show dá uma flutuada entre a porradaria, as músicas mais calmas e os sintetizadores. E por mim poderia ter acabado com 'The Hands that Feed', que é minha música favorita.

Um show estranho como a banda, mas bom pacas, pois ninguém mais faz igual.

Um pouco de sintetizadores misturados com o som da banda para verem como foi.


Muse
Muse
E fomos ver o show de encerramento da noite e claro que perdemos o começo, pois em 5 minutos, nem que eu quisesse muito estaria no palco Skol.

O setlist foi:

1. New Born 
2. Agitated 
3. Lithium (cover do Nirvana)
4. Bliss 
5. Plug In Baby 
6. The 2nd Law: Unsustainable 
7. Butterflies & Hurricanes 
8. Liquid State 
9. Madness (tem vídeo)
10. Interlude 
11. Hysteria (com parte de "Back in Black")
12. Starlight 
13. Time Is Running Out 
14. Stockholm Syndrome 
15. Yes Please 
16. The 2nd Law: Isolated System (bis)
17. Uprising (bis)
18. Knights of Cydonia (bis)

Como chegamos com o show já em andamento, o espaço do palco já estava bem cheio. Ficamos de frente pro palco, mas bem ao fundo, mas deu pra ouvir bem (mas de novo o som estava bem baixo em alguns pontos). A banda priorizou umas coisas mais velhas e fugiu de vários hits. O melhor do show, foi, bem, vejam só, o Muse tocando Nirvana, no caso 'Lithium'. Por estarem se completando exatos 20 anos da morte de Kurt Cobain e também do último cancelamento de show da banda, no próprio Lollapalooza, a homenagem caiu bem. E foi o único momento em que todos pularam.

O resto do show foi meio caído. 'Uprising' já no bis, deu uma animada, mas aí o show já estava terminando e a jornada para casa já tinha acontecido para a maioria do público, pois o local já estava bem mais vazio a esta hora.

Abaixo o vídeo de 'Madness' que mostra o som mais ou menos e um show meia boca também.


Em resumo, o primeiro dia valeu pelo NIN. O resto foi para cumprir tabela e o Muse, depois do show feito no Rock in Rio, deixou muita gente esperando mais.

Lollapalooza - A Estrutura - 05 e 06/04/2014

Um festival gigante! Foi isso que o Lollapalooza se tornou e provavelmente assim estará este post quando eu acabar de escrevê-lo! Estrutura gigante, shows impressionantes e problemas do mesmo nível. Então façamos assim: este post será dividido em estrutura e dias 01 e 02 do festival. E assim, quem sabe, eu consiga escrever tudo que tenho para falar deste mega evento.

Entrada do Lollapalooza

Lollapalooza: A Estrutura
Na sua 3a edição, o Lollapalooza mudou de data (saiu da páscoa e ganhou ponto positivo por isso), mudou de 3 para 2 dias me relação a 2a edição (não sei dizer se isso é bom ou ruim), voltou a crescer a lotação máxima do festival para 70 mil pessoas em relação a 2a edição (ponto negativo), foi para o Autódromo de Interlagos (ponto negativo, na minha opinião) e mudou a forma de organizar o lineup (ponto super negativo!).

Fato é, o Lollapalooza com a Time For Fun é outro festival daquele organizado pela Geo. O festival da Geo era menor, mais confortável e te dava a chance de ver a grande maioria dos shows sem perder muita coisa. O da Time For Fun é um mega evento, onde você precisa escolher o quer ver e para isso, precisa andar muito. Mas vamos ponto a ponto...

Longas Distâncias a Serem Percorridas no Autódromo
A escolha do Autódromo de Interlagos para a realização do Lollapalooza para mim foi ruim, mas pode ter sido boa para outras pessoas. Longe... Acesso por transporte público possui, assim como possuía o Jockey. O acesso de carro ficou mais fácil, por ter mais espaço para estacionamento, inclusive com a venda de um voucher antecipado (ponto positivo). Minha escolha foi ir de van, alugada e dividida com um grupo de amigos, para fugir do se beber não dirija e da muvuca que poderia ser o transporte público (que me foi dito por alguns, que apesar da muvuca, funcionou muito bem). Apesar da espera de um grupo para que a van possa sair e ao final de um show, o ritmo de cada um é diferente, para mim provou ser a escolha certa.

Intenso Fluxo de Pessoas
O lineup bem interessante foi o melhor para o meu gosto musical do que as edições anteriores, mas infelizmente não trouxe nenhuma surpresa, como trouxeram as edições anteriores (tipo aquele show de uma banda que você conhece mais ou menos e passa a ser fã por causa da performance dos caras). Mas infelizmente, por ter mudado de dois palcos principais e um alternativo para três palcos principais, grandes atrações tocaram ao mesmo tempo. Sim, você precisa escolher o que quer ver! E em alguns momento isto foi difícil: Lorde x Phoenix / Soundgarden x Jake Bugg / Arcada Fire x New Order, por exemplo. Provavelmente existiram outros embates para outros fãs, mas pra mim as escolhas foram óbvias. E por mais óbvias que elas tenham sido, eu também gostaria de ter visto os outros shows e quem sabe conhecer algo que eu nunca tinha visto ou conhecia pouco, melhor. Enfim, eu queria VER TUDO PORRA! Mas ok, novo conceito, mudemos a mentalidade... Aqui nem critico ou aplaudo, mas preciso compreender que nem tudo é mais como era antigamente.

Filas. Muitas Filas
Sobre o espaço, no primeiro dia eu sofri. É tudo muito longe! E os caminhos que levam um palco a outro, nem sempre os mais curtos, afinal estávamos em um autódromo. Os "atalhos" ficavam tão insuportavelmente cheios, que o jeito era dar a volta mais longa e isso significava sempre (além das escolhas), ou perder o final do show de alguém ou perder o início do show de alguém. E aqui eu critico! Ter de escolher é uma coisa, mas se os shows são alternados para que você possa passar de um palco a outro, o intervalo deveria ser maior. Em condições normais já seria complicado sair de um pouco e ir para outro em 5 minutos. Com toda aquela boiada então, impossível. Cada movimentação exigia pelo menos uns 20 minutos, o que é FODA!

O espaço grande foi para acomodar um público de até 70 mil pessoas e para esta quantidade de gente, é preciso ter mais estrutura. Filas grandes para comprar fichas em alguns caixas (outros vazios) e fila para pegar bebida. Dois erros inaceitáveis em um festival para mim. Os banheiros, apesar de distantes em alguns casos, fluíam bem e tinham até uma água para jogar na mão. E para finalizar, o erro mais grave, acabou comida e acabou bebida em alguns horários em alguns bares em ambos os dias. INACEITÁVEL!

Palco Onix. Visão Ótima e Péssimo Som
Para piorar ainda tivemos palcos em locais interessantes, mas com qualidade do som nem tão interessante assim. O palco ONIX foi colocado em um anfiteatro natural, o que seria incrível para quem quer ter uma boa posição para ver o show. Mas não, pois o som não subia a montanha onde a galera ficava. Então ou você estava no mesmo nível do placo ou não iria ouvir nada. O palco Skol ficava num grande espaço, o maior deles, que era naturalmente limitado por dois pequenos morros em cada uma das laterais e os guard rails do autódromo. Deveria ter sido ótimo, se o terreno não fosse largo e caso você se localizasse em uma lateral, ouviria bem mal o show. O palco mais remoto e quase sempre o mais vazio, chamado de Interlagos, era o mais plano e por isso com o melhor som. Mas a simples tarefa de entrar ou sair do espaço poderia ser bem complicada, com gente chegando e indo embora pelo mesmo corredor, onde ainda tinha gente vendo os shows e foodtrucks com filas. Em resumo, tinha tudo para ter sido bom, mas não foi.

Chef's Stage
Por fim, as atrações extras como pista de patinação, roda gigante e bar suspenso, atraíram gente, mas não como em outros anos. As filas eram sempre razoáveis (apesar de eu não ter entrada em nenhuma). E a feira de comidas feitas por chefs (Chef's Stage) foi uma grande adição ao festival, fazendo com que fosse possível comer de forma rápida e razoavelmente bem em um festival tão longo. Ponto pra Time for Fun.

Aos patrocinadores só posso dizer o seguinte: cerveja a R$ 9,00 e maquina de cartão de crédito que não funciona por falta de "rede", não dá né?

Ao final, eu (e lembre-se, é uma opinião pessoal) preferia o Jockey. Mais próximo, menores distâncias entre os palcos, sem choques de grandes shows e maior/melhor organizada estrutura de bar e comida. Talvez esteja na hora de me adaptar a este tipo de festival. E parabéns pela inclusão do Chef's Stage. De resto, vamos aos shows...

Lollapalooza Brasil

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Metallica - 22/03/2014

Depois de duas edições do Rock in Rio vendo o Metallica pela TV, era chegada a hora de vê-los ao vivo em São Paulo, em apresentação única, em uma turnê pequena programada pela América do Sul durante a gravação do novo disco da banda, com o objetivo de arejar a cabeça dos 4 doidos. E uma turnê diferente, focada naquilo que os fãs querem ouvir: Metallica by Request!

Metallica by Request e votação durante o show

Todo o setlist do show já era conhecido antes da apresentação, com a exceção de duas músicas: uma escolhida pela banda e outra também escolhida pelo público, por mensagem de texto, em votação que rolou durante o show também. As opções eram 'Ride the Lightning', 'The Day that Never Comes' ou 'Memory Remains'.

O setlist foi:

1. Battery 
2. Master of Puppets 
James no telão
3. Welcome Home (Sanitarium) 
4. Fuel
5. The Unforgiven
6. Lords of Summer 
7. Wherever I May Roam 
8. Sad but True 
9. Fade to Black 
10. ...And Justice for All 
11. One 
12. For Whom the Bell Tolls 
13. Creeping Death 
14. Nothing Else Matters 
15. Enter Sandman 
16. Whiskey in the Jar (bis) 
17. The Day that Never Comes (bis) 
18. Seek & Destroy (bis)

Metallica todo no palco
18 músicas que mostram o porquê é uma das maiores (ou a maior, para muitos) bandas de porrada do mundo. Ao mesmo tempo que clássicos são uma maravilha, confesso que os últimos 4 shows do Metallica que vi (2 ao vivo e os 2 do meio pela TV no Rock in Rio) me soaram meio iguais. Os clássicos já não podem ficar de fora e o show acaba soando meio igual.

A ideia de atender os fãs, tendo eles entrando no palco, conversando um pouco com James e anunciando a próxima música, assim como o fã clube nas coxias laterais do palco, mostram que o Metallica é uma banda muito preocupada com seus fãs e que pensa sempre em coisas diferentes agradá-los

O início de 3 músicas do Master of Puppets te deixa zonzo. É muito rápido. 'Fuel', apesar de de ser de um dos discos menos idolatrados, ReFuel, para mim, é de uma energia doida e muito boa. Primeira vez que ouvi esta música ao vivo e tome bater cabeça.

'The Unforgiven' dá uma quebrada, mas eu quero ouvir porrada. Chega 'Lords of Summer', música escolhida pela banda para a noite, porrada pura e mais parecida com o estilo apresentado pela banda em seu último álbum.


James tocando violão e guitarra
O show segue passando por músicas do Black Album, Ride the Lightning e And Justice for All. Na hora do cover, o público escolheu 'Whiskey in the Jar', a pior escolha possível na minha opinião. Apesar de tocar bastante em rádios rock, é uma das piores coisas que o Metallica já fez, acho eu. Na última música escolhida pelo público, fomos de 'The Day that Never Comes', do último disco da banda. Diga-se de passagem, escolha vaiada pelo público, mas ao final, algo novo no repertório clássico e única música do último disco da banda.

Como sempre, 'Seek and Destroy' fecha o show, num mix de euforia e devoção, mas mais uma vez, seguindo a tradição.

Baita show, porrada pura, banda super afiada. Trujillo de fato trouxe uma energia nova pra banda (já há algum tempo, fato, mas é bom vê-lo ali), mas o disco novo e uma renovada no repertório farão bem a banda. Que venha o próximo show... Mais do mesmo (pelo menos nos últimos 4 shows), mas sempre bom pra caralho!

Para quem não conhece 'Lords of Summer' ainda, segue o vídeo.