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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Planeta Terra - 09/11/2013

O Planeta Terra é há algum tempo o festival mais confortável do Brasil e com as atrações que vem trazendo, passou a ser um dos principais eventos musicais do ano. Em 2013, em novo local (Campo de Marte, em SP), nova produtora (T4F) e um lineup muito bom (atrações estreando e outras voltando ao Brasil depois de muito tempo), o conforto para ver os shows não mudou na última edição.

Palco Terra
O Campo de Marte, ao lado do Anhembi (que já recebeu e continua recebendo muitos shows) tem fácil acesso (durante o final de semana, pois o trânsito durante a semana faz tudo ficar mais difícil). Por mais um ano, o festival não ofereceu estacionamento. Por um lado ótimo, incentivando as pessoas a usarem transporte público. Por outro lado, deixando os donos de estacionamento e flanelinhas cobrarem até R$ 50,00 por vaga (até mesmo no meio da rua).

Na entrada, apenas uma fila para aqueles que compraram o MASTERCARD SHOWPASS (modo de ingresso, onde a entrada é o próprio cartão de crédito) e uma pequena demora para aqueles que optaram por facilidade (o contrário do que era visto para os outros meios de entrada).

Uma estrutura de bar muito aquém da necessidade do evento. Filas grandes desde o início do evento para comprar fichas, cardápio só na lateral do caixa e na hora que você chegava para pagar, não sabia exatamente o valor que queria comprar de ficha. Sistema de cartão de crédito fora do ar e muita gente foi pega de calça curta. Filas enormes para pegar cervejas e em algumas barracas de comida.

O som, principalmente no palco Terra, poderia estar melhor. Principalmente no fato de que o som rebatia no camarote VIP (que era lateral ao palco em outras edições e este ano estava de frente).

Ok, parece que foi horrível, né? Mas não! Os shows foram muito bons, o espaço era ótimo, os banheiros muito confortáveis e limpos e a circulação ótima. A entrada e a saída foram muito tranquilas. Existem pontos para melhorar, mas ainda continua sendo, na minha opinião o melhor festival do país (pau a pau com o Lollapalooza), mas que ganha de longe em conforto para ver as atrações.

Travis
Travis no Palco Terra
Falando dos shows, ao chegar quem estava tocando era o Travis, primeiro show que eu queria ver e que tinha acabado de começar. Vi um pouco e pelo pouco que conhecia, achei que fosse gostar mais. O som dos caras é muito lento, sonolento pra mim, mas bem melódico. Dia lindo, calor de bode, estava com o espírito para algo mais animado e não tão devagar. O setlist foi:

1. Mother 
2. Selfish Jean 
3. Pipe Dreams 
4. Moving 
5. Love Will Come Through 
6. Driftwood 
7. Re-Offender (com vídeo)
8. Where You Stand 
9. My Eyes 
10. Reminder 
11. Writing to Reach You 
12. Side 
13. Closer 
14. Sing 
15. Slide Show 
16. Blue Flashing Light 
17. Turn 
18. Flowers in the Window 
19. Why Does It Always Rain On Me? 
20. Happy

Confesso que vi umas 5 músicas apenas (o resto apenas escutei antes de pular para a próxima atração) e aproveitei que não estava curtindo para enfrentar uma das filas por fichas e cerveja. Na busca pelo néctar de cevada, vi que o show do The Roots já havia começado (tinha guardado o horário errada do show na cabeça). Então de fato curti pouco e não conheci muito.



The Roots
The Roots no palco Smirnoff
Tinha visto os caras em 2005 em Portugal. Depois disso, vi o baterista aparecer em alguns vídeos de uma dupla americana chamada Karmin e mais recentemente a banda toda em vídeos do programa do Jimmy Fallon, onde são residentes. Os caras fizeram um baita show no Planeta Terra.

Os músicos são muito bons e isso permite com que eles façam praticamente tudo que queiram no palco. Tocam suas músicas, fazem versões de outros artistas ('Sweet Child of Mine' do Gund N' Roses, 'Immigrant Song' do Led Zeppelin, 'Welcome to Jamrock' do Damian Marley, entre outras), tocam blues, jazz, hip hop, funk, rock, misturam tudo, improvisam e se divertem.

Solos de teclado (são 2), tuba, percussão e tudo sem parar. Não existe acabar uma música e dar um tempo. Existe acabar uma música e algum músico já estar tocando a base da próxima. Estilo, animação e uma aula de boa música. Parte do setlist foi (faltam as várias pequenas versões que eles tocaram):
"Tuba Gooding Jr"

1. Table of Contents 
2. The Next Movement 
3. Proceed 
4. What They Do 
5. Get Busy / Jungle Boogie 
6. Mellow My Man / Break You Off 
7. You Got Me 
8. Thought at Work 
9. How I Got Over 
10. Here I Come 
11. The Seed / Men at Work 

Questlove e Black Thought
Seguramente o show que eu mais dancei da noite. Mas difícil dizer que foi o melhor, pois o que estava por vir foi de fato surpreendente. E fechar o 'The Seed' foi demais!

E confesso, ver o Questlove, baterista da banda, ao vivo é um espetáculo a parte. Ele é um dos "donos" da banda, um baita músico, jornalista e produtor (só produziu nomes como Elvis Costello, D'Angelo, Erykah Badu, Jay-Z, Nikka Costa, Al Green, Amy Winehouse e John Legend. Tipo, pouca coisa...). Foi uma pena que o seu famoso e tradicional black power com o pente no meio do cabelo estivesse em formato dread, mas foi como ver uma lenda viva tocando.



Lana Del Rey
Lana Del Rey
Ouço falar dela há tempos, mas confesso que nunca tinha ouvido nada até então. Várias menininhas com flores na cabeça no meio do público demonstravam que existia uma certa adoração de muita gente ali pela cantora.

O show começou e eu consegui reparar nas plantas no palco, nas flores na cabeça dela (ah tá!) e no mini vestido que deixava muita perna de fora (o que me fez chamá-la de Lana Cassoooorra Del Rey). De resto a única coisa que eu tive vontade foi de cortar meus pulsos.

Gosto cada um tem o seu, né? Mas achei o som chaaaaaaaato! Muita performance e pouca música boa pro meu gosto.

A saber, o setlist foi:

1. Cola 
2. Body Electric 
3. Blue Jeans 
4. Born to Die 
5. Dark Paradise 
6. Young and Beautiful 
7. American 
8. Without You 
9. Knockin' on Heaven's Door (cover do Bob Dylan)
10. Ride 
11. Summertime Sadness 
12. Video Games 
13. National Anthem

Para a minha sorte o próximo show começou 30 minutos após o início do dela e foram apenas estes 30 minutos que vi.

Beck
Beck tocando gaita no palco Smirnoff
Vi um show do Beck em 2001, no Rock in Rio, na mesma noite de Foo Fighters e REM. Não sei se porque o que viria depois prometia muito (e entregaram) ou se só porque foi fraco mesmo, mas foi um show muito parado e burocrático. Por isso, minha expectativa em vê-lo não era das maiores.

Grande erro! Foi um baita show! As coisas velhas, as coisas novas com muita mistura de eletrônico e alguma influência country. Interagindo mais com a platéia, com aquela dança estranha dele, tocando guitarra e gaita, me pareceu um músico mais completo. O setlist foi:


1. Devil's Haircut 
2. Novacane 
3. One Foot in the Grave 
4. Loser 
5. Black Tambourine 
Beck
6. Soul of a Man 
7. Tainted Love (cover da Gloria Jones)
8. Modern Guilt 
9. Get Real Paid 

10. Hotwax (com vídeo)
11. Tropicalia 
12. Qué Onda Güero 
13. Debra 
14. Gamma Ray 
15. Girl 
16. Soldier Jane 
17. The Golden Age 
18. Lost Cause 
19. Sissyneck / Billie Jean (cover do Michael Jackson)
20. E-Pro 
21. Where It's At 

Mesmo conhecendo somente os grandes e antigos hits, foi show para dançar e pular muito, mostrando que mesmo depois de anos, o cara não perdeu a mão. As versões de 'Tainted Love' e 'Billy Jean' foram espetaculares, sendo que a da primeira ficou de fato muito, muito, muito, muito, muito boa!

Cara de nerd, geniozinho, criativo e com músicas muito boas. Uma combinação estranha, para um show estranho, mas bem divertido.


Blur
Blur
O último show da noite e com certeza o mais esperado mostrou porque o Planeta Terra é o melhor festival para se ver um show. Quase na frente do palco, com espaço de sobra para dançar e pular. Normalmente, em nenhum show você tem este tipo de conforto. E pelo que lembro em todas as edições (que eu fui) foi assim.

Deu pra pular do início ao fim, afinal, primeiro show dos caras no Brasil e muita música pra cantar junto.

Os caras abriram com duas pedradas, 'Girls & Boys' e 'There's No Other Way' e depois foi destilar clássicos. O setlist foi:

1. Girls & Boys 
2. There's No Other Way 
3. Beetlebum 
4. Out of Time (com vídeo)
5. Trimm Trabb 
6. Caramel 
7. Coffee & TV 
8. Tender 
9. To the End 
10. Country House 
11. Parklife (com Phil Daniels) (com vídeo)
12. End of a Century 
13. This Is a Low 
14. Under the Westway (bis)
15. For Tomorrow (bis)
16. The Universal (bis)
17. Song 2 (com Phil Daniels) (bis)

A sequência 'Coffee & TV' e 'Tender' virou uma celebração. Com todo mundo dançando lentinho na primeira música e com uma um coro enorme na segunda. Emocionou!

Damon Albarn na galera
Em 'Parklife', com participação especial de Phil Daniels (que voltou para cantar 'Song 2' também), o cara que tem uma grande parceria com a banda e gravou a versão original dessa música, um clima meio punk rock com todo mundo pulando. Baita energia! Damon Albarn cantou na grade com a galera e deixou uma multidão enlouquecida.

Veio o bis, mostrando que inclusive o show de encerramento teria no máximo uma hora e meia. E aí foi curtir, mas esperando por 'Song 2', que rapidinha, encerrou o festival com a energia lá em cima. Show muito bom, para encerrar um festival com shows bem divertidos mesmo.

Que venha 2014...

- Out of Time

- Parklife

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Kings of Leon - 20/10/2012


Kings of Leon foi o único show do Planeta Terra que eu já tinha visto (anos atrás num TIM Festival no Anhembi, quando só existia o primeiro disco e eu mal conhecia a banda). Honestamente, eu não sou o maior fã de tudo que veio depois do primeiro disco (que é o material mais conhecido do grande público) e só reforcei isso depois deste show.

Enquanto no primeiro show que vi, a energia no palco era rock and roll, com um bando de cara sujo, uma voz rouca, muita distorção nas cordas e um público doidão, o que eu vi neste segundo show foi bem diferente.

Um público jovem, formado na sua maioria por menininhas que acham os caras lindos e uma banda toda produzida na imagem (exceção do batera que resiste! VIVA OS BATERAS!) e no som. Música do primeiro disco, só a primeira do show. Depois só os novos sucessos e uma sequência de baladas, com a voz rouca sofrendo e zero interação com o público.

O setlist foi:
Muita produção e pouco rock and roll
Enquanto a maioria das pessoas aclamava o show, eu praticamente só bocechava. Entendo que não sou a opinião unânime, inclusive porque das pessoas que me acompanhavam, duas preferiram ir ver Gossip (que se apresentava no mesmo horário). E porque eu e minha amiga Marina, que ficamos para ver a família que um dia foi Amish, tivemos opinião opostas sobre o que lá tocou (ela curtiu, eu não!).

Aquela voz rouca e suja que era legal, parece que passa o show todo sofrendo, numas baladinhas meio chatas. Berra, faz cara de sofrimento, não interage com o público e o show não decola! Falta energia! Falta animação! Nessa linha, já já eles gravam um disco country.

Enfim, de qualquer maneira valeu pela 1a música e por 'Sex on Fire'. O resto, boas músicas, mas sem a vitalidade que um dia eles tiveram. Para quem gosta, seguramente foi um bom show, pois os caras (apesar de não interagirem) são bons no palco tecnicamente. Pra mim, falta energia e mais rock and roll.

Para quem gosta ou para demonstrar meu ponto, três vídeos abaixo.

- Crawl


- Notion


- Pyro

Garbage - 20/10/2012


O segundo show da noite que vi no Planeta Terra e aquele para o qual eu de fato fui ao festival, foi o Garbage.

Banda que comecei a ouvir desde o primeiro álbum da banda, durante meu 2o grau, ano de 1996 ou 97 se não me engano. Gostei desde a primeira vez que ouvi.

Rock, com alguns toques pop, músicas pesadas e algum tom mais sombrio em algumas faixas. Além da banda, foda por si só, por contar com Butch Vig (produtor dos bons, que mais recentemente fez o incrível último disco do Foo Fighters) na bateria, tem também os outros três membros envolvidos em produção. A composição da formação original com a Shirley Manson nos vocais, deu o toque especial à banda, pois ela é a cara da banda toda.

Quatro produtores escrevendo músicas, só poderia dar em discos de sucesso. Se algumas músicas e um álbum falharam, o estilo da banda é o suficiente para fazer com que ela tenha seguidores fiéis, mesmo sem ter lançado discos durante algum tempo.

O show no Planeta Terra foi o 1o no Brasil e juntou um bando de gente ansiosa por ver a banda, inclusive eu. E que visão do paraíso ver dona Shirley Manson ali na frente por pouco mais de uma hora.

O setlist foi:
Algumas músicas mais recentes até causaram alguma animação no público, principalmente o mais jovem. Mas foram as músicas dos primeiros discos que mataram a apresentação e deram o tom da brincadeira toda e não por acaso a apresentação foi finalizada com 'Push It' e 'Only Happy When It Rains'.

Eu sou fã 'Queer', pois além de ter sido a primeira música do Garbage que conheci, acho que é a música que a Shirley Manson melhor incorpora a imagem que deu a ela o status que tem (meio sexy, meio alternativa, meio má, meio dura/ríspida e ainda assim cantando meio melosa). ESPETÁCULO!

E simpatia não faltou no show, com a anfitriã falando com o público, se desculpando pela primeira apresentação no país ter demorado tanto e com Butch Vig descendo da bateria para agradecer pela energia do show, antes de tocarem as últimas músicas.

Apesar de não ter curtido muito das coisas novas, é possível notar claramente o dedo dos produtores no novo material, puxando algumas músicas pro pop, com refrões grudentos e letras com levada hip hop. De qualquer forma a execução de todo setlist rola com perfeição, apesar de ter acontecido uma errada de letra em 'Only Happy When It Rains' e só por isso eu não digo que foi uma apresentação perfeita. Rs

Valeu como primeiro encontro e espero que eles voltem, pois a energia do show é demais! E que bom que a apresentação tenha acontecido no Planeta Terra, que pôde nos brindar com uma ótima apresentação, em uma ótima estrutura. E viva a Shirley Manson!!!!

Abaixo os vídeos, assim como o do Suede, com som estourado pela proximidade que estávamos do palco e a câmera não aguentou.

- Why Do You Love Me?



- I Will Die For You


Suede - 20/10/2012

2012 é o ano do meu primeiro Planeta Terra, que este ano foi feito no mesmo local do Lollapalooza: O Jockey Clube de São Paulo.


Com uma lotação bem menor (75 mil do Lollapalooza x 30 mil do Planeta Terra), o espaço disponível para circulação foi reduzido, mas ainda assim o festival estava extremamente confortável. Não tive nenhum problema na chegada ou na saída, na circulação, compra de bebida ou comida. Um pouco de fila nos banheiros, mas foi só. Palcos grandes, telões funcionando bem e qualidade do som muito boa. Enfim, de verdade, nenhuma vírgula negativa para falar sobre o festival.

O lineup não era dos meus preferidos, uma vez que não sou o maior fã de indie rock, mas como o Garbage ia tocar, lá fui eu. E consegui ver 3 shows: Suede, Garbage e Kings of Leon (com direito a uma música Azealia Banks, que apesar da aparência bizarra e algumas coisas ruins, me lembrou um pouco Dee-Lite que eu adoro, e Gossip, que quem viu disse que foi o melhor show do festival).

Eu quis chegar cedo para ver o show do Suede e já tinha me programado para tal. Mas coincidentemente, um amigo das antigas de Brasília, hoje residente do Rio de Janeiro, o famoso Eduardo, Gigante, me ligou no dia anterior ao festival dizendo que ia sozinho. Não só queria ir ao show do Suede, como acabou ficando hospedado lá em casa. Nos juntamos à companheira de shows Marina e sua amiga Magui (que eu também só vejo em shows! Esses jovens - nem mais tão jovens assim - viciados em shows!) e partimos.

Chegada de taxi sem maiores problemas, entrada sossegada e nos dirigimos ao palco onde o Suede se apresentaria. Confortável como o festival estava, ficamos bastante perto do palco (o suficiente para estourar o som da câmera na captação do áudio) e com espaço suficiente para aproveitar a apresentação.

Eu que não conhecia nada, fiquei só prestando atenção (afinal eu conhecia umas 3 músicas, mas não muito mais. Segundo o Eduardo, ele sempre tocava nas festinhas de Brasília. Talvez venha daí o meu parco conhecimento).

O setlist foi:
  1. She
Show firme, banda impecável, com alguns poucos fãs acompanhando e cantando tudo. Gostei do som (apesar de não ser o estilo que mais me cativa), da apresentação e apesar de ter sido um daqueles shows burocráticos, com quase zero interação com o público, foi o suficiente para prender a atenção de quem estava vendo.

Uma boa apresentação para compor um festival, mas para os poucos que estavam ali de fato curtindo, um Cine Jóia ou uma Clash seriam lugares melhores para ouvir o som, mas a boa qualidade do áudio do festival e o fato de se ter bastante espaço para ver o show de perto, ajudaram quem queria ver a banda.

Para deixar um gostinho, segue o vídeo de 'We are the Pigs', que segundo meu amigo Eduardo me confidenciou, é uma das grandes músicas da banda (e a preferida dele).