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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sobre Covers&Originais: Higher Ground, Stevie Wonder, 1973. Red Hot and Chilli Peppers, 1989.




Para nós, brasileiros, as vezes é complicado entender a noção norte-americana de música ‘negra' e de seus outros estilos musicais. E, em minha opinião, esta distinção é fundamental para entender as implicações envolvidas na composição Higher Ground, em suas duas encarnações: o original de Stevie Wonder - 1973 - e a versão do Red Hot and Chilli Peppers de 1989.

Na época em que foi produzida, a Higher Ground original estava em um conjunto de álbuns de Stevie Wonder considerados como clássicos; a influência da obra daquele compositor multinstrumentista tornou-se tão intensa na música negra norte americana que, ao receber um prêmio, neste início de século, o compositor Kanye West disse com todas as letras que ele buscava superar o Stevie Wonder na década de 70.*
* Havia uma forte conotação política em algumas músicas. A composição em questão tem algo a ver com o crítica social, mas daquele jeito super pra cima de ritmo pulsante. Mas, além da inovação nas composições, das diversas implicações de cunho social, Mr. Wonder ainda inova no uso de sintetizadores, grande novidade dos anos 70 e linha principal da melodia de Higher Ground.

Já o RHCP, tem um histórico ‘um pouco’ diferente…
Os californianos hoje bem-sucedidos do rock alternativo norte americano, estavam em uma situação complicada em 89: até então não haviam emplacado um grande álbum e nem um grande hit (tipo, já tinham conseguido algo com Fight Like a Brave, mas nada que se comparasse com o que viria depois). E, a despeito do alto consumo de drogas, entraram no mainstream de fato com o Mothers Milk (1989). E dois foram os carros chefes daquele álbum: Knock me down  e Higher Ground.

Knock Me Down:

A versão de Higher Ground dos Peppers, enfureceu os puristas fãs de Wonder: em comparação a riqueza dos arranjos do cantor cego, o som da banda californiana parece minimalista. E, de fato, pensando em música negra, faz sentido. Só que o RHCP não é, nunca foi e nunca pretendeu ser uma banda de R&B. E aí que está o grande 'tchã‘ da versão: no lugar dos sintetizadores, uma linha de baixo em slap furioso; nas linhas harmônicas, a guitarra de Frusciante, com um insistente WhaWha   funkeado a la Chilli Peppers. E para encerrar e dessacralizar de vez a obra de SW, a versão dos californianos libera o cacête nos últimos 15 segundos - afinal de contas, é uma banda de rock e não de R&B. 

Em uma só versão, todas as principais características do RHCP: releituras de funk, peso de metal, velocidade do HardCore: trilha sonora ideal na hora em que uma festa perde o controle!


PS.: Apesar de muita gente falar de SW, nem todo mundo o ouve de fato; por este motivo nem todo fã de música consegue entender o tamanho de sua influência na música pop e negra norte americana. 

Fica aí uma dica para ouvir enquanto você lê o site Shows Músicas e Afins: Stevie Wonder - Innervisions - Full Album.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rock In Rio - Impressões do 1o Final de Semana

Escrevo este post ansioso, pois amanhã será meu dia de ir ao Rock in Rio (bem chamado pela minha amiga Flavia de Funk in Rio, pois amanhã é dia do swing!).

Mas depois de ver algumas coisas pela TV, não poderia deixar de fazer alguns comentários baseado nas impressões que tive (mais no último domingo, dia do metal, em que vi mais coisas).

Começo pelo dia 23/09, sexta-feira. Curti os primeiros shows do Palco Sunset. Achei uma pena ter perdido o show inicial do Móveis Coloniais de Acaju de Brasília, pois a transmissão do Multishow começou depois. Mas os shows seguintes tiveram um mix legal, principalmente Ed Motta e Andreas Kisser. Divertido demais!

A abertura no palco principal, na minha opinião, foi muito brega. Não curti. Fora isso, o Milton Nascimento cantando Queen ficou meio forçado, apesar de achar o cara um ícone. Outra coisa que achei uma pena foi a regravação que fizeram do tema do Rock in Rio. Essa música me fazia arrepiar quando era mais novo, sinônimo de um grande festival. Ver os artistas de música pop do Brasil (porque já não temos mais grandes nomes de rock) cantando a música, destruiu isso pra mim.

Abertura com Titãs e Paralamas achei bem legal! Aquele show que todo mundo gosta de ver e se diverte. Claudia Leitte não vi e honestamente, eu não quis ver. Acho ela chata e forçada e mesmo sabendo que muita gente vai me chamar de radical, não vejo sentido numa artista como ela no Rock in Rio. Também perdi a Katy Perry, sabendo que ela tem um show divertido (comentários que ouvi é que ficou entre o infantil e a malícia. Bom para todas as idades). Elton John vi um pouco e com tantos clássicos, impossível não curtir. Rihanna, de quem eu tinha alguma expectativa, achei o repertório bom, o figurino dela espetacular, a banda incrível, mas ela muito fraca (deixou as backing vocals cantando e complementava o show).

Saldo do primeiro dia foram shows ok (para mim o Elton John deveria ter fechado) e muita reclamação do caos na cidade do rock (assaltos, filas, confusão).

No sábado, 24/09, do palco Sunset só vi a Esperanza Spalding com Milton Nascimento e foi MUITO bom! Depois vi a abertura do NX Zero, que tinha potencial para ser uma banda legal (eu de verdade acho), mas prefere fazer letras melosas e focar nas melodias mais lentas. Depois vi o Stone Sour que tem um som bem legal, além de mostrar parte do Slipknot sem máscaras (quero ouvir mais dessa banda). Perdi o show do Capital Inicial, que apesar de achar que deveria ter parado nos anos 80, teve o show bastante elogiado pelo que li nas redes sociais e internet. Perdi o Snow Patrol, mas ainda bem (vi um show deles e achei para lá de sonolento). Por último perdi o Red Hot, mas mais pela vontade de não ver, uma vez que o show da edição de 2001 tinha sido bem fraco (há quem diga que foi melhor este ano).

Saldo do segundo dia: mais rock rolando e parece que o caos continuou!

Finalmente o dia 25/09 trouxe o rock e o metal para a cidade do rock! Vi o Matanza no palco Sunset e achei divertido como sempre é. Perdi o Korzus que foi bem elogiado por quem viu. Angra com a ex-mina do Nightwish foi divertido, porque ela é uma pessoa estranha, mas valeu o mix. Sepultura e Tambours Du Bronx foi pra mim o melhor show (acho que batucada bem feita sempre combina bem com a maior parte dos tipos de música).

Palco principal perdi os dois primeiros shows. O Gloria passo, mas por tocar uma porradaria e ser uma das poucas bandas fazendo isso com alguma escala no Brasil (porque tem uma molecada que gosta), deveria ter mais espaço (não que eu goste!) e o Coheed and Cambria é muito diferente pra mim, apesar de ser um som interessante.

Depois tivemos três shows dos melhores! Motorhead e o Deus Lemmy! Rock and roll old school e finalmente vi o batera tocando, que por sinal é um monstro! Depois Slipknot com um show teatral, onde muitos tiveram medo, mas com direito a uma participação incrível da galera e mosh de 4 metros de altura! INESQUECÍVEL! E por último, mas não menos importante, Metallica! Já vi e a banda é tudo aquilo mesmo, mas o setlist foi um dos melhores que já vi. Só clássicos, uns que nunca imaginei ver ao vivo! E esse dia sim, me arrependi de não ter ido.

Saldo do terceiro dia: uma enorme dor de cotovelo por não ter ido!

Fora isso o que se ouve falar é: caos no transporte especial, filas pra comer e beber, assaltos e problemas técnicos nos palcos. O Brasil está finalmente em condições financeiras de trazer estas bandas e criando uma cultura de festival no 2o semestre (Rock in Rio, Planeta Terra, About US, SWU, entre outros). Tá na hora da gente aprender a fazer festival, para poder prover um espetáculo de qualidade e confortável a todos nós que pagamos fortunas pelos ingressos aqui. De qualquer forma, muito bom ter a oportunidade de ver grandes shows para quem gosta (tipo eu!).

De qualquer forma, amanhã é minha vez! UHUUUUUUUUUUUUUUUU!

(Fica o vídeo do momento mais inesquecível do Rock in Rio até aqui com o Slipknot)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

2001 - Capítulo II: A Recompensa e o Resto de 2001

Capítulo II - A Recompensa e o Resto de 2001 (até o título foi sugestão de Camila Rondon)
Mas o ano de 2001 não acabou (fudeu, ninguém vai ler este post! Vai ficar gigante! Mas é a minha história e tenho de contá-la). Então de fudido, universitário e sem dinheiro, eu de repente tinha a grana ganha com a excursão. Cheguei em Brasília no domingo e não tive dúvida: quinta-feira peguei outro ônibus, desta vez comercial da Penha, e fui pro Rio de novo para ver mais shows. E com meu rico dinheirinho, além da passagem comprei ingressos para ver mais três dias do Festival:
- 19/01/2001: Pavilhão 9, Sepultura, Rob Halford, Queens of the Stone Age e Iron Maiden! Meu primeiro show do Iron e nunca irei esquecer! Grata surpresa o show do Queens of Stone Age, com direito a baixista pelado no palco e sendo censurado pelo nosso querido Ciro Darlan! Porradaria boa! Uma poeira animal na cidade do rock!

- 20/01/2001: fui com a família toda ver Kid Abelha (acho que fomos ver mais a Paula Toller), Sheryl Crow (hmmmmmmm...), Dave Matthews Band e Neil Young. As meninas fizeram a parte delas: deixaram os homens babando! Dave Matthews eu adoro e estava eufórico por vê-los pela primeira vez, mas um show com apenas sete músicas deixou muito a desejar! Neil Young mostrou que meio palco e uma cozinha bem arrumada, fazem o rock and roll ficar até melhor!

- 21/01/2001: dia Capital Inicial, Deftones, Silverchair e Red Hot Chilli Peppers. Um dos maiores erros da minha vida. Um daqueles dias que você deveria ter optado por ficar em casa. Capital Inicial em sua nova fase é triste. Deftones achei dispensável! Silverchair foi um graaaaaaaaaande show! Pesado como deve ser e empolgante! Red Hot me mostrou um Anthony Kids desafinado e um show chato! Sem contar a super lotação do local, preferia mesmo ter ficado em casa!

E assim acabou a saga do Rock in Rio III - Por um Mundo Melhor. A minha vida de fato ficou melhor depois destes dias! Mas vale lembrar que voltei para casa de avião, comprando uma passagem dessas pela primeira vez na minha vida! A GOL tinha acabado de começar a operar e que saudades da época em que se comprava uma passagem Rio-Brasília por apenas R$ 84,00!

Mas ainda teve mais um show este ano! Para quem não sabe, existiu um dia em Brasília um grupo de amigos que se denominava Biritinha (na foto Zeca, Ed, Amílcar, Guilherme, Marcio, JC e eu! Mas existiam outros)! E depois de ir a mais uma feira da cachaça devidamente uniformizados e de ganhar mais alguns litros para degustar, afinal praticávamos a arte de beber, resolvemos prestigiar o aniversário do Lago Sul (um bairro ou seria região administrativa de Brasília). Show de graça, na Ermida Dom Bosco, com um dos ícones do rock nacional dos anos 80: Plebe Rude! E quem não gosta de show de graça, com os amigos, só ouvindo clássicos do rock e com a cabeça cheia de cachaça (lembro de uma que vinha dentro de um coco e era boa demais)! A gente claramente curte e aproveitamos muito este show! Pena que nunca mais vi a Plebe Rude depois disso.

E assim o vício por shows estava crescendo...