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sexta-feira, 7 de abril de 2017

James Taylor e Elton John - 06/04/2017

Dois shows históricos em um. Mulher e cunhadas* animadas (*uma abortou..) e sonho da sogra em ver James Taylor desde o Rock in Rio de 1985. Ok, fórmula garantida de sucesso para mais uma noite. Sim musicalmente, mas não tanto em tantas outras, que não consigo não escrever sobre. Começo pelas coisas nem tão agradáveis, para passar rápido.

Noite de Elton John e James Taylor no Allianz Parque
em São Paulo
Que os ingressos de shows no Brasil são caros a gente sabe e paga porque quer. Mas ao ver ingressos tão caros e optar por um produto mais barato, espera-se que seja entregue uma experiência não tão boa quanto o produto mais caro, mas ainda assim boa. Depois de muito tempo sem ver show em cadeira, optamos pelas cadeiras superiores do Allianz Parque, local do show (pela chuva que caiu, neste quesito, sorte nossa). Infelizmente o ingresso vendido com lugar marcado, não vale nada. As cadeiras são de quem chegar e pegar, informação em nenhum momento dada pela organização. Além disso, a qualidade do áudio na parte superior do estádio é sofrível, tendo feito com que mudássemos de lugar três vezes, além de um rolê forte meu tentando achar bons lugares pelo estádio. Uma pena... Mas ainda assim valeu a pena.

Só mais um comentário, mas por curiosidade, pois quando vejo show de pista sempre fico no fundo mesmo. 40% do espaço da pista, se não mais, era de pista VIP. E dentro da pista VIP havia o quadradinho dos muito VIP's, tipo famosos, com garçon e tudo (dá para ver este espaço no vídeo do Elton John cantando 'Levon'). Na minha humilde opinião, mais um desrespeito ao público em geral que paga para ver estes shows. Com este tipo de ação, não tem como as produtoras justificarem os altos preços apenas com as falsificações de carteirinha de estudante... Para se pensar!

De resto, o Allianz Parque é um ótimo lugar para se chegar e sair, com entrada organizada, banheiros limpos, estrutura de bar muito boa. Muito conforto para um show desta magnitude em estádio. Palmas para o local. Pena foi o dilúvio que caiu antes e durante o show, dificultando a vida de quem estava na pista (não era nosso caso, amém!) e na saída de todos.

Mas vamos de música que importa mais.

- James Taylor
James Taylor
Eu nunca saberei explicar o porquê, mas o fato é que sou um fã de carteirinha do Rock in Rio I, de 1985, e de todos os artistas que tocaram neste festival. Eu tinha meus 4 ou 5 anos e só vi tudo anos depois em fitas VHS em casa. Adoro as músicas, o clima e até as propagandas que passam nas fitas VHS que temos destes shows. E como a vida sorri para mim, tive a chance de ver vários dos artistas que aí tocaram, como Iron Maiden, AC/DC, Whitesnake, George Benson, Al Jarreau, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Lulu Santos, Os Paralamas do Sucesso, Alceu Valença, Barão Vermelho, Ozzy Osbourne, entre outros. Também me faltaram vários shows de bandas que já não existem e outras que por um motivo ou outro ainda não tive a oportunidade de ver. James Taylor era um destes artistas da segunda leva...

Mas por sorte ele voltou. E pelo fato da minha sogra não tê-lo visto em 1985, com tudo pronto para ir, por causa de uma febre da minha mulher, na época ainda uma criança, e somando a isso ainda o aniversário da cunhada, juntamos três ótimos motivos para vê-lo.

Tirando as coisas que citei no início do texto, foi um daqueles shows que você tem vontade de ver numa casa menor, mais intimista, bater um papo com o cara, ficar amigo e dar umas risadas. James Taylor é uma simpatia só, muito carismático. Uma calma que te envolve. E uma voz que é igual desde que ele cantou começou, calma, afinada, tranquila.

O setlist foi:
1. Up on the Roof (versão da música de Carole King)
James Taylor
2. Everyday (versão da música de Buddy Holly)
3. Walking Man
4. Today Today Today
5. Country Road
6. Don't Let Me Be Lonely Tonight
7. Only a Dream in Rio (tem vídeo)
8. Carolina in My Mind
9. First of May
10. C'mon C'Mon C'Mon C'Mon
11. Your Smiling Face
12. You've Got a Friend (versão da música de Carole King - tem vídeo)
13. Shower the People
14. Steamroller Blues
15. Mexico
16. How Sweet It Is (To Be Loved by You - versão da música de Marvin Gaye)
17. Shed a Little Light (bis)

Foi um show meio conturbado para nós, pois chegamos um pouco atrasados e depois ralamos para um conseguir um lugar legal, que foi meio em pé, meio a gente separado. Mas a emoção de ouví-lo cantando 'Only a Dream in Rio' (composta exatamente depois do Rock in Rio de 1985 diante da emoção dele em suas apresentações, voltando a trabalhar depois do seu divórcio com a Carly Simon), 'You've Got a Friend' e 'How Sweet It Is (to Be Loved by You)' valeu tudo. Mesmo!

Que artista! Que carisma! Que voz! Volta James, mas para um show só para nós, os amigos! :)

Only a Dream in Rio

You've Got a Friend

- Elton John
Confesso, nosso foco não era o Elton John. Mas que bônus! Ele é um ser peculiar: anda engraçado, sua roupa é super brilhante, fala pouco com o público, mas vibra como poucos ao final de cada música.

De onde estávamos só conseguíamos vê-lo e apesar de ter todo respeito aos músicos que o acompanham, quem precisa ver algo mais que ele? Elton John é a estrela do show, cantando e tocando piano com a delicadeza e o swing que o momento pede.

O setlist foi:
1. The Bitch Is Back
2. Bennie and the Jets
3. I Guess That's Why They Call It the Blues
4. Daniel
Elton John
5. Someone Saved My Life Tonight
6. Philadelphia Freedom 
7. Rocket Man (I Think It's Going to Be a Long, Long Time)
8. Tiny Dancer
9. Levon (tem vídeo)
10. Goodbye Yellow Brick Road
11. Your Song (tem vídeo)
12. Burn Down the Mission
13. Sad Songs (Say So Much)
14. Skyline Pigeon
15. Don't Let the Sun Go Down on Me
16. Looking Up
17. I'm Still Standing
18. Your Sister Can't Twist (But She Can Rock 'n Roll)
19. Saturday Night's Alright for Fighting
20. Candle in the Wind (bis)
21. Crocodile Rock (bis)

Um show lindo, animado, que te faz ficar olhando pro telão só para ver a mão dele trabalhando no piano. Lindo! E os momentos de emoção mais uma vez ficam guardados para os grandes clássicos. 'Rocket Man' foi fantástico, pois nunca imaginei que ouviria esta música ao vivo. 'Tiny Dancer' trouxe tantas memórias de filmes e outras situações em que essa música aparece, que maravilha.  Deu vontade de ficar repetindo só o refrão, cantando a plenos pulmões. 'Your Song' que me faz lembrar de tantos amigos de São Paulo que amam essa música, me arrepiou literalmente. Com 'Don't Let the Sun Go Down on Me' já nos preparávamos para ir embora, pois diante de tanta chuva, era melhor prevenir do que remediar, o que se mostrou uma sábia decisão.

Infelizmente perdemos o fim do show, mas valeu a pena. Se valeu! Mesmo não tendo lugares ótimos e ouvindo um som maravilhoso (como vocês podem perceber pelos vídeos), a emoção foi grande em vários momentos. E todos nós amamos estarmos juntos em dois shows tão marcantes. A vida nos sorriu uma vez mais...

Levon

Your Song

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rock In Rio - Impressões do 1o Final de Semana

Escrevo este post ansioso, pois amanhã será meu dia de ir ao Rock in Rio (bem chamado pela minha amiga Flavia de Funk in Rio, pois amanhã é dia do swing!).

Mas depois de ver algumas coisas pela TV, não poderia deixar de fazer alguns comentários baseado nas impressões que tive (mais no último domingo, dia do metal, em que vi mais coisas).

Começo pelo dia 23/09, sexta-feira. Curti os primeiros shows do Palco Sunset. Achei uma pena ter perdido o show inicial do Móveis Coloniais de Acaju de Brasília, pois a transmissão do Multishow começou depois. Mas os shows seguintes tiveram um mix legal, principalmente Ed Motta e Andreas Kisser. Divertido demais!

A abertura no palco principal, na minha opinião, foi muito brega. Não curti. Fora isso, o Milton Nascimento cantando Queen ficou meio forçado, apesar de achar o cara um ícone. Outra coisa que achei uma pena foi a regravação que fizeram do tema do Rock in Rio. Essa música me fazia arrepiar quando era mais novo, sinônimo de um grande festival. Ver os artistas de música pop do Brasil (porque já não temos mais grandes nomes de rock) cantando a música, destruiu isso pra mim.

Abertura com Titãs e Paralamas achei bem legal! Aquele show que todo mundo gosta de ver e se diverte. Claudia Leitte não vi e honestamente, eu não quis ver. Acho ela chata e forçada e mesmo sabendo que muita gente vai me chamar de radical, não vejo sentido numa artista como ela no Rock in Rio. Também perdi a Katy Perry, sabendo que ela tem um show divertido (comentários que ouvi é que ficou entre o infantil e a malícia. Bom para todas as idades). Elton John vi um pouco e com tantos clássicos, impossível não curtir. Rihanna, de quem eu tinha alguma expectativa, achei o repertório bom, o figurino dela espetacular, a banda incrível, mas ela muito fraca (deixou as backing vocals cantando e complementava o show).

Saldo do primeiro dia foram shows ok (para mim o Elton John deveria ter fechado) e muita reclamação do caos na cidade do rock (assaltos, filas, confusão).

No sábado, 24/09, do palco Sunset só vi a Esperanza Spalding com Milton Nascimento e foi MUITO bom! Depois vi a abertura do NX Zero, que tinha potencial para ser uma banda legal (eu de verdade acho), mas prefere fazer letras melosas e focar nas melodias mais lentas. Depois vi o Stone Sour que tem um som bem legal, além de mostrar parte do Slipknot sem máscaras (quero ouvir mais dessa banda). Perdi o show do Capital Inicial, que apesar de achar que deveria ter parado nos anos 80, teve o show bastante elogiado pelo que li nas redes sociais e internet. Perdi o Snow Patrol, mas ainda bem (vi um show deles e achei para lá de sonolento). Por último perdi o Red Hot, mas mais pela vontade de não ver, uma vez que o show da edição de 2001 tinha sido bem fraco (há quem diga que foi melhor este ano).

Saldo do segundo dia: mais rock rolando e parece que o caos continuou!

Finalmente o dia 25/09 trouxe o rock e o metal para a cidade do rock! Vi o Matanza no palco Sunset e achei divertido como sempre é. Perdi o Korzus que foi bem elogiado por quem viu. Angra com a ex-mina do Nightwish foi divertido, porque ela é uma pessoa estranha, mas valeu o mix. Sepultura e Tambours Du Bronx foi pra mim o melhor show (acho que batucada bem feita sempre combina bem com a maior parte dos tipos de música).

Palco principal perdi os dois primeiros shows. O Gloria passo, mas por tocar uma porradaria e ser uma das poucas bandas fazendo isso com alguma escala no Brasil (porque tem uma molecada que gosta), deveria ter mais espaço (não que eu goste!) e o Coheed and Cambria é muito diferente pra mim, apesar de ser um som interessante.

Depois tivemos três shows dos melhores! Motorhead e o Deus Lemmy! Rock and roll old school e finalmente vi o batera tocando, que por sinal é um monstro! Depois Slipknot com um show teatral, onde muitos tiveram medo, mas com direito a uma participação incrível da galera e mosh de 4 metros de altura! INESQUECÍVEL! E por último, mas não menos importante, Metallica! Já vi e a banda é tudo aquilo mesmo, mas o setlist foi um dos melhores que já vi. Só clássicos, uns que nunca imaginei ver ao vivo! E esse dia sim, me arrependi de não ter ido.

Saldo do terceiro dia: uma enorme dor de cotovelo por não ter ido!

Fora isso o que se ouve falar é: caos no transporte especial, filas pra comer e beber, assaltos e problemas técnicos nos palcos. O Brasil está finalmente em condições financeiras de trazer estas bandas e criando uma cultura de festival no 2o semestre (Rock in Rio, Planeta Terra, About US, SWU, entre outros). Tá na hora da gente aprender a fazer festival, para poder prover um espetáculo de qualidade e confortável a todos nós que pagamos fortunas pelos ingressos aqui. De qualquer forma, muito bom ter a oportunidade de ver grandes shows para quem gosta (tipo eu!).

De qualquer forma, amanhã é minha vez! UHUUUUUUUUUUUUUUUU!

(Fica o vídeo do momento mais inesquecível do Rock in Rio até aqui com o Slipknot)