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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Lollapalooza - 25/08/2018

Domingo e último dia do Lollapalooza 2018 foi o pior dia dos três do festival, nesta edição, mas ainda assim guardou boas surpresas para quem foi.

The Neighborhood
The Neighborhood
Chegamos em tempo de ver o show dessa banda chamada Neighborhood, que só o André conhecia bem. Na boa? Não gostei. Som adolescente, como de várias bandas que vimos no Lollapalooza nos últimos dois anos, mas menos elaborado e muito, mas muito depressivo.

Além disso, a postura da banda no palco é uma coisa entre displicente e sedutora, o que ao meu ver, resulta numa péssima combinação.

Uma pena, pois o maior hit da banda, mesmo deprê, é bem legal, então imaginava que o resto do show pudesse ser bom também.

O setlist foi:
1. Prey
2. You Get Me So High
3. Afraid
4. Wires
5. 24/7 - tem vídeo
6. Wiped Out!
7. Daddy Issues
8. Scary Love
9. Stuck With Me
10. Flowers
11. Cry Baby
12. Void
13. Sweater Weather
14. R.I.P. 2 My Youth

Com essa calmaria toda, o público mesmo cantando não compra muito a apresentação. Fica um clima meio chato, meio passivo demais. O melhor momento do show ficou para 'Sweater Weather', o maior sucesso dos caras, mas que apesar de bem boa, também é para baixo. Fazer o que? Mas tinha coisa melhor vindo aí...


Khalid
A sensação de 20 anos de idade foi o segundo show que vimos. E apesar do cara ser muito bom, até porque além de cantar muito bem, é compositor de sucesso nesta idade, também o som muito infanto juvenil (o que faz todo sentido pela idade do cara).

A apresentação dele estava tão cheia que não conseguimos ficar perto do palco. Ficamos de longe, primeiro lateralmente e depois ao fundo do palco. Talvez isso também tenha ajudado a não entrarmos na vibe do show. O setlist foi:

Khalid
1. American Teen
2. Let's Go
3. Another Sad Love Song
4. 8TEEN
5. Saved
6. Hopeless
7. Therapy
8. Cold Blooded
9. Coaster
10. Shot Down
11. Angels
12. Silence (cover do Marshmello) - tem vídeo
13. Winter
14. Location
15. Young Dumb & Broke

O som do cara é um R&B bem misturado com essa nova onda eletrônica/pop, o que torna o som do cara bem fácil de digerir. A molecada pelo visto conhecia tudo e curtiu bastante a apresentação. E nós? Saímos mais cedo para ver a próxima apresentação (que era o nosso objetivo do dia).


Liam Gallagher
Liam Gallagher
Depois de ver o Noel Gallagher duas vezes e curtir bastante os shows, por tocar o melhor do Oasis, finalmente chegou a hora de ver o outro irmão Gallagher, o mais encrenqueiro deles. O que deixou o palco no meio do show no Chile semanas antes...

Antecipando a conclusão que tive ao ver o show, concluí duas coisas: 1) Oasis é uma banda muito boa e que marcou época (mesmo eu tendo relutado em gostar dos caras, é impressionante como eles tem hits e como conhecemos todos eles) e 2) Não importa que irmão Gallagher está cantando, mas é garantia de show bom (a não ser que ele abandone a apresentação no meio).

Liam Gallagher
O setlist foi:
1. Rock 'n' Roll Star (música do Oasis)
2. (What's the Story) Morning Glory (música do Oasis) - tem vídeo
3. Greedy Soul
4. Wall of Glass
5. Bold
6. For What It's Worth
7. Some Might Say (música do Oasis)
8. I Get By
9. Be Here Now ((música do Oasis)
10. Wonderwall (música do Oasis)
11. Supersonic (música do Oasis)
12. Cigarettes & Alcohol (música do Oasis)
13. Live Forever (música do Oasis)

O jeito marrento do indivíduo é parte do charme da apresentação. Então quando ele se incomoda em interagir com o público, normalmente com um palavrão no meio, a platéia vem toda abaixo.

Apesar de um bom trabalho solo, a verdade é que a grande parte do povo está ali para ouvir Oasis. E teve muito. Na boa? Foi demais!!! Daquele show que você canta tudo do início ao fim. E o mais legal ao meu ver, é que ao contrário do Noel, o Liam acaba tocando algumas coisas menos óbvias da sua ex-banda, fazendo a apresentação ainda mais interessante.

Em épocas de especulações de volta do Oasis, a gente vai curtindo os irmãos em carreira solo enquanto isso. A parte boa é que você tem o dobro de chances de ver um show da banda. :)


The Killers
Killers é uma banda que já tinha visto duas vezes e vi uma terceira neste dia, mesmo sem gostar tanto do som dos caras. Claro, conheço os sucessos, canto e me divirto. Mas não é o tipo de som que eu curto muito. Mas como já disse antes neste blog, o show dos caras é muito bom. Eu sentei em algumas músicas, mas devo ter sido o único. André, Marina e Sylvia pularam o show todo.

O setlist foi:
The Killers no palco
1. The Man
2. Somebody Told Me
3. Spaceman
4. The Way It Was
5. Shot at the Night
6. Run for Cover - tem vídeo
7. Jenny Was a Friend of Mine
8. Smile Like You Mean It
9. For Reasons Unknown
10. Human
11. This River Is Wild
12. A Dustland Fairytale
13. Runaways
14. Read My Mind
15. All These Things That I've Done - tem vídeo
16. When You Were Young (bis)
17. Mr. Brightside (bis)

Brandon Flowers comandando a festa
Os caras começam com 'The Man' que é o sucesso mais recente, emendaram um 'Somebody Told Me' e em 6 minutos a platéia está na mão do senhor Brandon Flowers. E aí começa um mix de músicas dos álbuns da banda com as grandes pancadas, terminando num bis forte de 'When You Were Young' e 'Mr. Brightside'.

Eu acho que pulei pouco porque estava cansado depois de três dias de festival, mas o resto do povo pilhado, gastou aquele restinho da reserva energética nesse show. E foi um ótimo final para um ótimo festival.

Mesmo muito cheio, a estrutura foi boa. E tirando as filas para a cerveja no último show de cada noite, a coisa deu muito certo. Que venha o Lollapalooza 2019, que já tem datas: 05, 06 e 07 de abril. Aí vamos nós!

Run For Cover

All These Things That I've Done

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Lollapalooza - 24/03/2018

Apenas uns 5 meses atrasado, sigo colocando o blog em dia e bora de 2o dia do Lollapalooza 2018, que foi um dos melhores dias desse festival que eu já vi. Chegamos cedo, mas não tão cedo, e acabamos não vendo o primeiro show do dia que o André queria ver, mas conseguimos ver Anderson Paak.

Anderson Paak
Anderson Paak na bateria
Sabe aquele cara que você tem vontade de ser amigo, mesmo sem conhecer? Ele é o Anderson Paak. Você chega, o palco vazio, você fica quase na frente. Sonzinho swingado ou seria um hip hop swingado? R&B da melhor qualidade, um hip hop cheio de malemolência.

Ele começa cantando, você vai curtindo. E de repente o cara entra na bateria e segue cantando. Mas ele toca muito. Ele canta muito. Ele sorri o tempo todo. Sabe quando um profissional te passa a impressão de que ele está se divertindo enquanto trabalha? É isso que se vê no palco. Uma pessoa feliz e transbordando essa felicidade do palco para a platéia.

Ninguém o conhecia. Eu só tinha ouvido falar graças ao meu amigo Rafael. E todo mundo curtiu, muito! Eleito por todos como um dos melhores shows do festival e seguramente a revelação.

Que volte mais e com mais trabalhos, pois com certeza ainda tem muita lenha para queimar.


David Byrne
David Byrne começando o show
No meu ponto de vista, este foi o melhor show do festival em 2018. David Byrne é o cara que comandou o Talking Heads. Mas ele é muito mais que isso. Ele é o cara que faz um show que merecia ser performado em Inhotim, porque é uma peça de arte contemporânea.

Um cenário totalmente limpo, acinzentado. O chão e as paredes. Ele começa sozinho no palco, com uma mesa, uma cadeira e um cérebro na mão. Ao começar a cantar, você imagina que aquilo será uma merda. Que viagem é essa? Mas aquilo é só o início da coisa toda...

Apesar de querer vê-lo muito, estava receoso, pois haviam me dito que em ocasiões anteriores ele havia se recusado a tocar músicas do Talking Heads e havia sido até rude com a platéia que pedia músicas da banda. Não foi o que aconteceu dessa vez. O setlist foi:

1. Here
2. I Zimbra (música do Talking Heads)
3. Slippery People (música do Talking Heads)
4. Everybody's Coming to My House - tem vídeo
5. This Must Be the Place (Naive Melody) (música do Talking Heads)
6. Once in a Lifetime (música do Talking Heads)
7. Toe Jam (música do Brighton Port Authority)
8. I Dance Like This
9. Every Day Is a Miracle
10. Blind (música do Talking Heads)
11. Dancing Together
12. The Great Curve (música do Talking Heads)
13. Burning Down the House (música do Talking Heads)

David Byrne e toda a banda no palco
Com o repertório recheado de Talking Heads, com um cenário sem amplificadores, cabos ou instrumentos e uma banda enorme que tocava tudo sem cabos (inclusive uma bateria completa que se dividia entre 3 e 5 pessoas), mais do que um show, a apresentação era uma performance.

Todas as músicas tinham coreografia. Todos os componentes da banda tinham seu papel. Um mix de música e teatro. E recomendo a todos. Uma surpresa e tanto tudo que ele levou ao público.

E finalizar com 'Burning Down the House' foi ápice de uma experiência perfeita. Quem não conhecia, vibrou. Quem conhecia, berrava. Não importa a idade, David Byrne quebrou a banca nesse Lollapalooza.


Mano Brown
O antigo/atual líder dos Racionais foi o principal nome nacional do festival de 2018, ao meu ver. Tocou em horário nobre, antes de um dos shows mais bombados, no palco ao lado.

Uma pena que o preconceito de muitos não permitiram que uma galera fosse ver o show: seja porque não gosta de Racionais ou porque gosta de Racionais e som da carreira solo dele é muito diferente. Vou te falar: QUE PUTA SHOW!

Mano Brown
O setlist foi:
1. Nave mãe
2. Mal de amor
3. Gangsta boogie
4. Boa noite são Paulo - tem vídeo
5. Louis Lane
6. Dance, dance, dance
7. Eu te proponho
8. Cassiano
9. Flor do gheto (com Max de Castro)
10. Amor distante
11. Adicto/ de frente pro mar
12. Hear to heart
13. Você e eu só
14. Felizes

Há muito tempo o Brasil não produzia um som tão black, tipo Tony Tornado, que fosse consumido em larga escala. Tem gente fazendo, mas ninguém consegue chegar ao grande público. Mano Brown quebrou essa resistência.

Levou o funk, o charme, o swing e o romantismo para o palco. E por mais que seja estranho ver o cara de palavras tão diretas e pesadas do Racionais ali, naquele papel, o show é fantástico. Abaixo ao preconceito! Mano Brown trouxe mais uma faceta da música nacional ao grande público e a galera gostou.

Todo ano levanto essa bandeira. Queria ver mais bandas e artistas nacionais nos horários e palcos principais do Lollapalooza. Para isso, nossa produção precisa melhorar. E acho que estamos percorrendo este caminho. Foi legal demais!


Imagine Dragons
Imagine Dragons começando
De longe, mas de loooooonge o show mais bombado do Lollapalooza. Assim como havia sido a primeira aparição dos caras por aqui.

Honestamente, eu não sou muito fã. Mas todo mundo queria ver, então fiquei para ver também. A maioria do pessoal não animou a ver o Mano Brown e ainda bem, pois guardaram lugar no palco. Muita gente ficou do David Byrne esperando o Imagine Dragons, para guardar lugar. Muita gente chegou no intervalo para guardar lugar. E quando começou o show, mal tinha espaço para respirar.

O setlist foi:
1. I Don't Know Why
2. Believer
Imagine Dragons no palco
3. It's Time
4. Gold
5. Downfall
6. Whatever It Takes
7. I'll Make It Up to You
8. Intermission
9. Mouth of the River
10. Yesterday
11. Next to Me - tem vídeo
12. Start Over - tem vídeo
13. Demons
14. Intermission
15. Rise Up
16. On Top of the World
17. Thunder
18. Walking the Wire
19. Radioactive

Marcelo e Lucas curtindo o Imagine Dragons
Os caras são bons. Não dá para negar. E entre a performance de todas as músicas com perfeição, a interação com o público é matadora. Incluindo um depoimento sobre depressão, pedindo apoio a causa (que foi bem legal).

Apesar de nova, a banda tem diversos hits já, o que transforma o show numa catarse coletiva. Também é legal ver toda uma nova geração curtindo festival por causa de caras como eles. Inclusive o Lucas, filho do meu amigo Marcelo, que pela segunda vez estava vendo os caras, mas a primeira num festival. E como sempre é, foi legal para caramba poder vê-lo, ainda criança, curtir o show e o festival todo. É muito legal poder ver o interesse da molecada por rock ao vivo.

Eu posso não gostar o quanto eu quiser, mas é fato que o Imagine Dragons sempre leva multidões para os seus shows no Brasil e neste não foi diferente. Palmas para os caras pelo trabalho deles. Foi uma bela apresentação.


Pearl Jam
Pensa numa banda que eu gosto. Agora numa banda que nunca vi um show que eu gostasse. É o Pearl Jam. Ou o som estava baixo, ou o som estava ruim, ou o local era uma merda, ou estava cheio demais. Mas nunca consegui curtir um show deles como gostaria, até este dia. FOI FODA!!!

O setlist foi:
1. Wash
2. Corduroy
3. Do the Evolution
4. Why Go
5. Mind Your Manners
Pearl Jam no palco com uma multidão na platéia
6. Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town - tem vídeo
7. Can't Deny Me
8. Even Flow
9. Happy Birthday to You (cover do Mildred J. Hill & Patty Hill)
10. Mountain Song (cover do Jane’s Addiction com Perry Farrell)
11. Breath
12. Pulled Up (cover do Talking Heads)
13. Unthought Known
14. Jeremy - tem vídeo
15. Sirens
16. Down
17. Better Man
18. Hold On
19. Black
20. Once
21. Lukin
22. Porch
23. Smile (bis)
24. Comfortably Numb (cover do Pink Floyd - bis)
25. Alive (bis)
26. Baba O'Riley (cover do The Who - bis)
27. Yellow Ledbetter (bis)

Era a quarta vez que estava vendo os caras. O show lotado, pela nova estratégia do festival de ter apenas uma banda grande no fechamento. O som bom até lá atrás, onde gosto de ficar. Espaço para curtir, sem ficar se batendo nas pessoas. Bares pertos, apesar de muita gente na fila. Eu estava genuinamente feliz.

E um mix incrível no repertório, cheio de hits da banda, de covers de músicas de outras bandas fodas, além de uma participação especial do Perry Farrel, amigo dos caras e dono do festival.

Que maneira de encerrar o melhor dia de Lollapalooza que já vi. Primeiro porque tinha pouca expectativa. Segundo porque todos os artistas nos surpreenderam com grandes apresentações. E porque finalmente eu consegui ver um show do Pearl Jam que eu de fato aproveitasse. Como eu gosto disso. Foi mais um dia que fui embora para casa muito feliz! E ainda tinha mais um dia.

- Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town


- Jeremy

terça-feira, 15 de maio de 2018

Lollapalooza - 23/03/2018

Seguindo na hercúlea tarefa de colocar o blog em dia para ninguém ler (porque ler sobre show que já rolou há mais de um mês é foda), finalmente chegamos ao Lollapalooza 2018. Este ano mais uma vez o festival voltou a ter 3 dias, o que só havia acontecido uma vez quando o evento ainda acontecia no Jockey Clube de São Paulo. A diferença é que em 2013 a sexta-feira era um feriado (sexta-feira santa) e em 2018 foi uma sexta-feira comum. Resumindo, um dia para quem consegue matar o trabalho, sair mais cedo ou apenas para os jovens estudantes. Eu me encaixei na segunda categoria.

Já vale adiantar que este ano a entrada funcionou muito bem (não peguei fila nenhum dia). O sistema de pulseira seguiu e não sei se pelo aumento de estrutura ou melhoria no sistema, foi possível beber e comer com mais facilidade que em 2017 e sem as filas quilométricas (apesar de reclamações de valores depositados na pulseira que sumiam). Também havia vendedores de cerveja ambulantes, o que ajudou bastante (ano passado era só Skol Beats).

A saída também ocorreu de maneira super tranquila sem maiores problemas. Junto com a possibilidade de comer e beber sem maiores filas e de mais um dia de festival, a maior mudança deste ano foi a mudança do local do terceiro palco, que antes ficava na entrada. Os palcos secundários passaram a ser lado a lado. E no local do palco da entrada, a tenda eletrônica virou um novo palco. Isso aumentou o espaço para o Chefs Stage e da lojinha de lembranças do festival.

Uma última mudança foi não ter dois shows grandes encerrando a noite. Até ano passado eram sempre três atrações, sendo duas atrações de peso e uma atração eletrônica. Em 2018 seguiram as três atrações, mas sendo uma grande, uma eletrônica e uma atração de menor porte. Por isso, os shows principais da noite tiveram um público enorme nos três dias (bem diferente de anos anteriores). Pelo que entendi, a organização manteve o público de 100 mil pessoas por noite, o que começou ano passado. Se foi isso mesmo, não foi só um aumento de público, mas também uma concentração dele que explica a quantidade de gente nos shows principais em cada noite. De qualquer forma, muitos parabéns para a organização pela qualidade do som. Fantástico!

Mas vamos falar de música, pois de fato tem muito pouco para reclamar da edição deste ano. Dos três dias, só não gostei de algo que vi no domingo. Na sexta e no sábado, gostei muito de tudo que vi. Na sexta, chegando atrasados, afinal temos de trabalhar, chegamos para ver o Royal Blood.

Royal Blood
Royal Blood
Fomos em dois casais, sendo que dos quatro, três de nós estávamos no Austin City Limits e já tínhamos visto este show. Por isso vimos ele acontecer, mas sem prestar muita atenção. Não fomos nem muito perto do palco. Ficamos ouvindo, tomando a primeira cerveja e entrando no clima do Lollapalooza.

O setlist foi:
1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. You Can Be So Cruel
5. I Only Lie When I Love You
6. Little Monster
7. Hook, Line & Sinker
8. Hole in Your Heart
9. Ten Tonne Skeleton
10. Figure It Out
11. Out of the Black

Deixamos rolar tão tranquilo que não tenho muitos comentários e nem vídeo sobre os caras. Se quiser saber o que achei deste show, leia aqui!

Chance the Rapper
Ao contrário do show anterior, este foi uma apresentação que acabamos não conseguindo ver no Austin City Limits. Não sou um grande fã de hip-hop, mas curti muito o cara. O que me parece é que existe uma corrente nova de artistas deste gênero que já não estão na pegada tão gângster que era a moda e apresentam uma pegada mais musical, mais melódica.

Chance the Rapper
O setlist foi:
1. Mixtape
2. Blessings
3. Angels
4. Sunday Candy (música de Donnie Trumpet & The Social Experiment - tem vídeo)
5. Favorite Song
6. Cocoa Butter Kisses
7. Ultralight Beam (música de Kanye West)
8. I'm the One (música de DJ Khaled)
9. All We Got
10. No Problem
11. All Night
12. Same Drugs
13. Blessings (de novo)

A pegada mais tranquila, aliada ao talento do cara, mostra uma música bem diferente, mas sem deixar de ser o hip-hop norte-americano, tão conhecido. Artistas deste gênero normalmente tem pouca entrada no Lollapalooza do Brasil, mas a edição de 2018 foi bastante diferente e o Chance the Rapper abriu a porteira para outras apresentações muito boas que vieram depois.


LCD Soundsystem
Eu havia visto esta banda num Skol Beats em 2006, quando esta banda era agrupada junto com o DJ's de sons eletrônicos. Hoje representante do estilo indie, o show do LCD Soundsystem tinha mais fã saudosista do som dos caras do que a galera mais jovem que curte a pegada eletrônica. Tinha tão pouca gente em relação a outros shows, que conseguimos andar e ficar na frente do palco sem o menor esforço.
LCD Soundsystem

O setlist foi:
1. Daft Punk Is Playing at My House
2. I Can Change
3. Call the Police
4. Get Innocuous!
5. You Wanted a Hit
6. Tribulations
7. Movement
8. Someone Great (tem vídeo)
9. Yr City's a Sucker
10. Tonite
11. Home
12. Dance Yrself Clean
13. All My Friends

Foi um show bacana demais, mas confesso que não entrei muito na energia dos caras, pois estava cansado (era sexta-feira e tínhamos trabalhado o dia todo) e porque o som dos caras é um som diferente. Quem é fã entende, mas para quem não é fã, é um som que demora para você entender e curtir.

Dançamos um pouco, mas sem nos desgastarmos muito, pois ainda tinha show pela frente. A verdade é que acho que o LCD Soundsystem não é uma banda para o Lollapalooza. É um show para lugar menor ou para um festival que tenha mais o seu perfil.


Red Hot Chili Peppers
Eu havia prometido a mim mesmo que não veria mais o RHCP desde o show do Rock in Rio de 2001, que foi uma verdadeira merda. Som baixo, vocalista desafinado e festival lotado demais por uma invasão do público não controlada pela organização. Mas já que estava no Lollapalooza e eles estavam lá, tivemos uma segunda chance. O comentário principal é: os caras tem muitos hits. E assim sendo, foi um bom show. Mas nem tanto...

O setlist foi:
1. Intro Jam
Red Hot Chili Pepper ao fundo,
em um show LOTADO
2. Can't Stop
3. Snow ((Hey Oh))
4. Otherside
5. Dark Necessities (tem vídeo)
6. Menina mulher da pele preta (música de Jorge Ben tocada e canta solo pelo guitarrista Josh)
7. Sick Love
8. Nevermind
9. Californication
10. Aeroplane
11. Blood Sugar Sex Magik
12. Hump De Bump
13. The Adventures of Rain Dance Maggie
14. Pea
15. Higher Ground (música do Stevie Wonder)
16. Under the Bridge
17. By the Way
18. Encore Jam (bis)
19. Goodbye Angels (bis)
20. Give It Away (bis)

Sério, era uma pedrada após a outra. Não dá para dizer que não é legal ir a um show onde você basicamente canta tudo junto e ainda curte umas músicas de um dos primeiros CD's que você comprou na vida (Blood Sugar Sex Magik).

Mas... apesar de cantar melhor, Anthony Kiedis segue desafinando. Anos de carreira e o cara ainda deixa muito a desejar ao vivo. Além disso, pausas longuíssimas entre uma música e outra. E para finalizar sessões repetidas de improviso entre o guitarrista Josh e o baixista Flea enchiam uma linguiça quase sem fim.

Para mim uma banda que sempre foi conhecida pela sua energia, e eu entendo que o tempo passou e a idade chegou, me parece que tem uma dinâmica de show muito chata. Mas valeu!

Ver 'Menina Mulher da Pele Preta' do Jorge Ben sendo tocada pelo guitarrista, além de curtir 'Aeroplane', 'Blood Sugar Sex Magik', 'Higher Ground' (que agora já posso dizer que ouvi o original e a versão do RHCP), 'Under the Bridge' e 'Give It Away' em uma mesma apresentação, por mais chata que seja a dinâmica, não pode ser um show ruim. E não foi! Mas assim terminamos o primeiro dia e partimos para casa, pois ainda tinham mais dois...