quarta-feira, 22 de novembro de 2017

São Paulo Trip - 21/09/2017

Palco do São Paulo Trip
O São Paulo Trip foi a versão brasileira do festival Desert Trip que ocorreu na Califórnia e que também funcionou como prêmio de consolação para quem não foi ao Rock in Rio, pois basicamente consistiu nas principais atrações do festival carioca, fazendo um pequeno desvio por São Paulo. Pouquíssimas atrações só tocaram no festival paulista e claro, tinham menor expressão.

Optei por ir no dia em que o The Who fechava a noite, não tanto por gostar da banda. Mas mais por vê-los como uma banda clássica e que precisa ser prestigiada pelo menos uma vez na vida. Além disso, a abertura da noite seria feita pelo The Cult, banda que eu gosto e queria muito ver, e pelo Alter Bridge, que não conhecia e muita gente falava bem.

Quinta-feira em São Paulo no fim de tarde, mesmo com todo planejamento, o trânsito é caótico e também pelo fato de viajar de férias no dia seguinte, me atrasei. E claro, perdi o Alter Bridge e cheguei no início do show do The Cult, que era o que eu queria mais ver.

Show cheio de clássicos e energia, mas com uma postura engraçada/babaca do vocalista, Ian Astbury, "exigindo" que o público fosse ao delírio com a banda. E isso é muito questionável, pois em primeiro lugar, respeito se conquista, não se exige; e em segundo lugar, o The Cult não era a banda principal da noite, para desespero dele. Get over it Ian!
The Cult no São Paulo Trip

O setlist foi:
1. Wild Flower
2. Rain
3. Dark Energy
4. Peace Dog
5. Lil' Devil
6. Deeply Ordered Chaos
7. The Phoenix
8. Rise
9. Sweet Soul Sister
10. She Sells Sanctuary (tem vídeo)
11. Fire Woman
12. Love Removal Machine

De fato o público não pirou, mas curtiu bastante o show, principalmente a metade final. Para mim o ápice ficou com 'Fire Woman', música que me lembra meus primeiros dias de vida em São Paulo (não me perguntem o porquê. Rs).

A pegada da banda continua forte e com o Mr. Ian reclamando o tempo todo e pedindo o calor do público brasileiro, os holofotes ficaram mesmo para o guitarrista, Billy Duff, que além do visual e das guitarras clássicas, segue tocando os riffs distorcidos da banda de maneira perfeita e energética. Muito legal cada riff, ele se aproximar da frente do palco, e entoar aquilo. Demais!

Confesso que era uma das bandas que me faltava ver ao vivo e depois de visto, fiquei sem muita vontade de ver de novo. Check!

Na sequência veio o The Who com um Roger Daltrey ainda afinado depois de tanto tempo e um Peter Townshend esbanjando energia, cantando e tocando, acredito eu, que surpreendendo muita gente. Fiquei viajando durante o show imaginando o neto dele falando para os amiguinhos "aquele é o meu avô!". Que figura!!! Já Zak Starkey, baterista atual da banda, filho do Ringo Starr, ganhou seu espaço também ao esbanjar energia na bateria.

O setlist foi:
1. I Can't Explain
2. The Seeker
The Who no palco do São Paulo Trip,
com destaque para Roger Daltery
3. Who Are You
4. The Kids Are Alright
5. I Can See for Miles
6. My Generation
7. Bargain
8. Behind Blue Eyes
9. Join Together
10. You Better You Bet
11. I'm One
12. The Rock
13. Love, Reign O'er Me
14. Eminence Front (tem vídeo)
15. Amazing Journey
16. Sparks
17. Pinball Wizard
18. See Me, Feel Me
19. Baba O'Riley
20. Won't Get Fooled Again
21. 5:15 (bis)
22. Substitute (bis)

Eu confesso que tinha baixa expectativa sobre o show. Era uma coisa de ver uma banda clássica e ponto. Mas a energia do Peter Townshend, misturada ao setlist fantástico do show, lotado de clássicos, foi foda!!! DEMAIS!!! Cada música uma realização de que eu estava vendo aquela banda ao vivo!!!

The Who no palco do São Paulo Trip,
com destaque para Peter Townshend
Em 'Baba O'Riley' confesso que caiu um cisco no meu olho. O quão bacana é poder ouvir aquilo com algumas das peças originais daquela banda? Não tem preço! Não tem explicação! É uma coisa apenas de sentir, aproveitar, receber energia e mandar energia.

Um daqueles shows que você sai esgotado, mas feliz. Parece que uma aura especial é construída em torno daquele momento. Local a céu aberto, temperatura ideal, clássicos, energia vindo do palco e você absorvendo tudo aquilo e pensando no quão sortudo você é de estar ali.

Sim, para mim o show do The Who foi tudo isso. Não foi o primeiro show que me senti assim. Não será o último. Que bom! Quero ser sortudo de envelhecer fazendo o que gosto, como estes caras e cheio de energia assim.

The Cult - She Sells Sanctuary


The Who - Eminence Front


PS: o hambúrguer pós show foi um Cheeseburger Egg Champignon no Oregon Burger. Veja o review AQUI!

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