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terça-feira, 20 de março de 2018

U2 - 21/10/2017

Eu já havia visto dois shows do U2 e honestamente não via necessidade de estar em um terceiro, mas esta turnê era especial por ser focada no disco The Joshua Tree, comemorando 30 anos do quinto e um dos mais emblemáticos, discos da banda.

The Joshua Tree

Ingressos comprados na pré-venda. Um par extra comprado e irmão e cunhada vindo de Brasília. Tudo certo, partiu show.

Já citei várias vezes aqui, mas eu gosto de show no Morumbi. Consigo ir de carro, chegar fácil e sair rápido. Além disso, a pista é espaçosa e consigo ficar no fundo, perto do bar e ver o palco, o que é algo fantástico para um baixinho como eu.

O show de abertura foi do Noel Gallagher's High Flying Birds e foi um show bem legal. Ainda mais porque amigos que haviam ido no primeiro dia de apresentações haviam falado que o show era dispensável e a minha expectativa estava baixa. Confesso que tive a impressão oposta.

O setlist foi:
1. Everybody's on the Run
2. Lock All the Doors
3. In the Heat of the Moment
4. Riverman
5. Champagne Supernova (música do Oasis)
6. Holy Mountain
7. Half the World Away (música do Oasis)
8. Little by Little (música do Oasis)
9. Wonderwall (música do Oasis)
10. Don't Look Back in Anger (música do Oasis - tem vídeo)
11. AKA... What a Life!

Um show de abertura, logo curto, bem tocado e com praticamente metade do repertório de hits do Oasis. Como pode ser ruim? E é fato que as composições próprias do Noel também tem coisas bem interessantes. Logo, belíssimo show para esquentar e esperar o U2.

Os destaques ficam para 'Champagne Supernova' e 'Wonderwall', clássicos mais fortes do Oasis e 'Don't Look Back in Anger', que já era uma música forte e ficou mais ainda, quando tornou-se isso contra o terrorismo na Inglaterra, sendo cantada até em estádios de futebol. Palmas para o Noel.


Mas na sequência vinha o U2 que começou com uma pedrada daquelas. Vamos direto para o setlist:

1. Sunday Bloody Sunday (tem vídeo)
2. New Year's Day
3. Bad (tem vídeo)
4. Pride (In the Name of Love - tem vídeo)
5. Where the Streets Have No Name
6. I Still Haven't Found What I'm Looking For
7. With or Without You
8. Bullet the Blue Sky
9. Running to Stand Still
10. Red Hill Mining Town
11. In God's Country
12. Trip Through Your Wires
13. One Tree Hill
14. Exit
15. Mothers of the Disappeared
16. Beautiful Day (bis)
17. Elevation (bis - tem vídeo)
18. Vertigo (bis)
19. Mysterious Ways (bis)
20. You're the Best Thing About Me (bis)
21. Ultraviolet (Light My Way) (bis)
22. One (bis)

Da primeira até a oitava música praticamente não deu para respirar. Uma pedrada atrás da outra e eu gosto mesmo é de hit e de cantar junto. E não dá para negar que o U2 é (ou foi) uma fábrica de hits. Foi fantástico. Mas melhor foi o timing do vídeo abaixo que a minha cunhada fez do início do show.


O meio do show foi meio morno. Ficou bonito porque aí o quem dá o show mesmo é o palco do U2. Com todas as variações de artes que eles sempre apresentam. Mas musicalmente, você consegue dar uma respirada.


E aí no bis começa tudo de novo, com clássico atrás de clássico. Alguns de álbuns mais recentes, mas para mim o que marcou mesmo foi 'One'. É uma música que eu adoro e aprendi a gostar ainda mais ouvindo uma versão do REM. Não tenho certeza, mas acredito que eu nunca tivesse ouvido ela ao vivo. Foi bem marcante.


E assim foi. Mais um show do U2. Cheio de clássico. Um palco foda. Uma banda quase infalível. Nenhuma surpresa que chamasse a atenção. Mas ao mesmo tempo um show com qualidade inquestionável. Eu diria que três shows do U2 é uma quantidade suficiente para vê-los. Mas provavelmente eu estarei lá no próximo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Sobre Covers&Originais: Johnny Cash Series: Hurt (NIN, 1994 / Johnny Cash, 2002) e Personal Jesus (Depeche Mode, 1990) / Johnny Cash, 2002) por Zeca Dom

Johnny Cash é o cara. Ele teve (falecido em 2003) uma carreira extensa e criativa de quase 50 anos e literalmente, centenas de álbuns. A biografia do sujeito é digna de uma estrela pop de grande magnitude, com altos e baixos.


A despeito do fato de ele ser um grande nome (pelo menos no Brasil) associado a Country music (Thessaurus) suas músicas não se restringiram àquele estilo e influenciaram muito das bandas de rock que nós ouvimos – dos mais variados estilos aliás - tais como U2, Nine Inch Nails, Depeche Mode, Reverend Horton Heat, Everlast, Social Distortion e mesmo o nosso Matanza.

Por outro lado, em seu álbum de 2002, American IV: The Man Comes Around, o grande astro vira a mesa, apresentando versões de artistas que ele influenciou. E nestas horas fica claro como muita gente ouvia Cash, e nem todo mundo tinha notado.

Algumas  bandas  parecem pouco prováveis de serem influenciadas por Cash. Digo isto pois, se fosse fazer um texto só sobre as versões de músicas daquele grande artista daria – sem exagero – um pequeno livro. Neste artigo vou me dedicar as que são, para mim, destas não tão óbvias de terem influencias do Cash: NIN e o Depeche Mode. Vamos começar pelos ingleses.


Este grupo de rock, que inicialmente consistia em 3 tecladistas e um vocal, tem diversos elementos de alta tecnologia, tais como por óbvio, o uso de sintetizadores; emplacou diversos sucessos nos anos 80, mas alcançou o grande momento de suas carreiras – que já era notável – na década de 90. Naquele mesmo ano eles lançaram a obra prima 'Personal Jesus':


O que nem todo mundo percebe é que, uma música cheia de sintetizadores pode ser facilmente transposta para uma estrutura simples de violão e voz. Quando isto ocorre ficam óbvias as influências.

A despeito do fato do próprio DM ter feito um outake com a sua versão acústica, ainda em 89, Cash fez a dele e simplesmente tornou-se o outro grande interprete desta composição. O óbvio desta letra: Cash tinha uma relação turbulenta com a cristandade, de idas e vindas a Deus e as anfetaminas e barbitúricos. E, de certo modo, é isto que a 'Personal Jesus' versa:

 You own / 
personal Jesus /
someone to hear your prayers / 
someone who cares…


Já o Nine Inch Nails – NIN tem sua trajetória única.


Pra entender o que o NIN faz é interessante ver e ouvir ao vivo e ter em mente que TODO o som que você ouve é produzido, composto, gravado por um cara só, Trent Reznor. O Nine Inch Nails é rotulada com uma grupo de rock industrial (ver Thessaurus). Apesar do óbvio peso e agressividade, alguns artistas de industrial possuem canções extremamente inspiradas de grande sensibilidade. Que é o caso de 'Hurt' (do disco Downward Spiral de 1994):


Ocorre o seguinte: diz a lenda que, quando Reznor soube que Cash iria gravar 'Hurt', o primeiro ficou meio bolado: não sabia o que esperar da versão do rei do Country. Mas a versão ficou matadora a ponto de muitos acreditarem piamente que 'Hurt' era de autoria do Men in Black (uma das alcunhas de JC). E Trent Reznor descreveu a sensação de ‘perder a namorada’; ou seja, uma vez que ouviu a versão de sua própria composição entendeu que 'Hurt' NÃO MAIS LHE PERTENCIA.

Pra piorar as coisas: a companheira de mais de 35 anos de Cash,  June, que participa do clipe promocional, veio a falecer 3 meses depois da gravação. E o ídolo Cash, falece sete meses depois. (Brrrrrrrrr....!!!!!!!!!!! SINISTRO!)

Por este motivo, não é a toa que muitos dizem que este clipe e esta música foram o epitáfio de Johnny Cash: as imagens linkam o começo e o fim da carreira do grande compositor e cantor. O resultado? Bem dá uma olhada no clipe aí e segure as lágrimas.


Thesaurus

Country Music

Neste artigo, quando falamos de Country, estamos nos referindo a um gênero de musica popular Norte-Americana - especialmente sulista - com elementos de Blues. Para o leigo, associa-se o Country a ‘música de cowboy’ norte americano. Muitos pensam que a música sertaneja brasileira é country cantado em português, mas isto é um ledo engano: o Sertanejo brasileiro tem origens distintas e melodias distintas – apesar de ter alguns elementos em comum tais como duelos de violas e vozes.

Eu gosto muito de pensar o Country como uma música que, ritmicamente parece que você está andando  à cavalo. Sério. Ouça por exemplo este clássico do Cash, 'Folson Prision Blues' e observe o ritmo que a viola imprime:


Industrial

O Industrial enquanto gênero musical pode ser entendido, a grosso modo, como um tipo de som pesado com uma seção de instrumentos de rock (baixo, guitarras) e uma pesada base de equipamentos eletrônicos, produzindo assim, sonoridades super processadas eletronicamente. Ao vivo, bandas de rock industrial podem, eventualmente usar baterias "de verdade", mas elas ainda assim podem ser procesadas com o uso de triggers (ahá! Este estava em outro thesaurus! Dá uma olhada lá!).

Diversos grupos são considerados Industriais (é o caso do próprio NIN, Marylin Mason ou do Filter) ou simplesmente tem fases em suas carreiras como Industrial. Este é o caso por exemplo do Killing Joke em seu álbum Pandemonium (1994). O exemplo de hoje é de um som que eu gosto muito: um projeto paralelo do guitarrista do Limp Bizkit, Wes Borland, chamado Black Light Burns:


Em breve tem mais galera!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sobre Covers&Originais: Bullet in the Blue Sky - U2 (1987) e Sepultura (2003) por Zeca Dom


Bate e assopra: o nêgo manda ripa na semana anterior e alivia - meio que alivia na verdade - nesta semana. 

A boa de hoje é um som do U2, hoje conhecida como uma megabanda de rock, uma referência aliás, no que no que se refere a este termo: U2 é A grande banda dos grandes espetáculos, megapalcos e o escambau.

                    
Óbvio, nem sempre foi assim. Como eu já tinha dito em nossa matéria sobre Pós-punk, o U2 era uma banda - promissora sem dúvida - dentro de um cenário bem específico. Tem um show deles que eu acho bastante significativo que é o Live at Red Rocks: Under Blood Red Skies de 1983, nos Estados Unidos e eles não eram tão conhecidos, e no fim do show o Bono chama a galera no grito, sem microfone pra continuarem a cantar o o refrão de 40: ‘how long, to sing this song?’ lindo. O Bono é um puta frontman Pós-Punk. ou pelo menos já foi. Não precisava de todo o aparato que o U2 tem para tocar hoje em dia...

 Em 4:29, Olha só:


A música tema desta matéria de hoje é do emblemático Joshua Tree no ano de 1987. Este álbum abre de vez o mercado americano para o grupo irlandês. Sem intenções puristas, o U2 adequa seu estilo de composição extrapolando o Pós-Punk católico de protesto e mantendo ao mesmo tempo suas características. 

Algumas composições do disco tornaram-se grandes clássicos contemporâneos, talvez graças a ousada investida posterior do grupo o filme/álbum Rattle and Hum de 1988. Onde a perfomance arrasadora do grupo, aliada a perfeita edição de imagens coloca o U2  no rol das grandes bandas de nossa época.


A composição é muito boa mesmo. Mas eu não conseguia saber exatamente por que...

Continuando, nós falamos um pouco sobre o Sepultura na semana passada, mas podemos acrescentar mais algumas coisas. Uma delas, é que o ponto alto da criatividade daquela banda em Roots (1996) tomou um baque com a saída de um  de seus dínamos, Max Cavalera ainda naquele ano.

Aqui não é uma coluna de fofocas: o motivo foram desavenças internas envolvendo a esposa do Max - ou pelo menos é o que dizem. O fato é que muitos se perguntaram o que seria do grupo brasileiro mais bem sucedido da história sem seu vocalista, que continuou seu serviço com o pesadíssimo Soufly.


Uma grande surpresa foi a escolha de Derrick Green - um grande negão, fã de Bad Brains (isto sim é curriculo!!!!!!! Ouve aí quando der: hardcore de DC com negros adoradores de Jah! Imagina!) com uma belíssima voz de metal, para substituir o Max Cavalera. Não ficou nada devendo em simpatia e atitude. Depois de alguns álbuns lançados, ainda no susto da saída de Max, o grande grupo brasileiro gravou um EP só de versões chamado Revolusongs em 2003.


O legal deste EP é que tem muitas versões não muito usuais: tipo esta aí de cima do Massive Attack e mesmo Public Enemy!
Mas a bola da vez e o clipe ficaram ao cargo de 'Bullet in a Blue Sky'. E aí o Sepultura matou a charada de por que a música ser tão boa: ela é uma música de Heavy Metal.


Tamo Junto! Té semana!!!!!!

Thesaurus: 

EP - Abreviação de Extended Play de maneira simplificada é um álbum com duração menor e de rotação maior 45 rpm. Não era muito comum no Brasil nos últimos 30 anos, mas utilizado em alguns países como forma de divulgação anterior ao álbum maior - o Long Play ou LP.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Thesaurus: Pop (Epílogo) - por Zeca Dom

Vamos então para a última parte de nossa definição: O Pop desenvolve-se não só pela criação de expressões, mas também por mantê-las no mesmo universo.

Sem dúvida esta é a parte mais divertida desta sisuda definição. Para ilustrá-la vamos dar uma olhada neste clipe da Lady Gaga - sim senhores, Lady Gaga. Se Iron Maiden é pop, o que dirá a pretensa sucessora de Madona:


Observe a quantidade de referências a cultura pop no clipe: onomatopéias (aquelas palavras que representam sons) apresentadas com se fossem retiradas de histórias em quadrinhos; inúmeros lugares-comuns de roteiros de filmes de ação; a participação de outra estrela pop, a Beyoncé, aliás com um visual de pin ups dos anos 40.

Vamos agora dar uma olhada nesta música (a qual considero uma das músicas pop mais perfeitas de todos os tempos) da big boss Madonna:


Considero esta música quase perfeita justamente pelo conjunto da obra. Madonna, um grande produto bem acabado: ela passa pelos últimos 30 anos surfando pelas tendências, gerenciando parte de seu marketing e investindo em modas - lembre-se por exemplo de Vogue (dança especifica de um grupo novaiorquino) e Jump (na qual a coreografia é totalmente baseada no esporte Le Parkour). Nesta música especialmente ela nada de braçada nas novas técnicas de música eletrônica e de pistas de dança. E, principalmente, lida com o universo pop auto referendado: limousines, mulheres bonitas, jóias, ostentação - clara referência aos clipes de Hip Hop masculinos - histórias em quadrinhos, onomatopéias, dialogando diretamente com a música - perceba, a parte que a música parece diminuir de volume quando a animação da Madonna cai dentro de um aquário!

Como eu disse, esta é parte mais divertida da definição de música pop: ela CRIA expressões e as MANTÉM no mesmo universo. Em outras palavras, a música pop é auto-referendada. Seu sentido repousa nela mesma, e ainda assim ela cria novas referências.

Aí você vê, como é complicado afirmar que algo é ou não é pop. Este diálogo com as referências em comum determinam, e muito, o que vai ser bem assimilado pelo grande público. A receita é relativamente simples, mas o mais complicado é identificar os ingredientes: como definir que um conjunto de referencias será bem recebida pelo público? A resposta a esta pergunta explica por exemplo, porque grandes fenômenos pop simplesmente deixam de vender. Pegue aí o fracasso do novo cd do U2 que veio junto com o novo IPhone. Não seria perfeito? A maior banda do mundo de graça no aparelho mais cobiçado? Simplesmente não pegou. Os exemplos são inúmeros. Encerro lembrando de um som que bombou com um clipe vagabundo e pelo jeito pegou simplesmente por conta disto. Depois se pergunte se é simples definir o que é pop. Abração!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Thesaurus: Post Punk (Pós Punk) por Zeca Dom

Existe algo em comum com estas bandas, além delas serem da mesma época?

Killing Joke - 'Love Like Blood':


New Model Army - 'White Coats':


Echo and the Bunnymen - 'Rescue':


Todas são Pós-Punk. São?

Post Punk (Pós-Punk): Grande termo aglutinador que na prática envolveu quase tudo que foi feito, particularmente na Inglaterra, após a eclosão do Punk no Ocidente. Este grande termo inlcuiu sub rótulos igualmente aglutinadores como a New Wave, Gothic – Dark Wave, Industrial, Psychoabilly, dentre tantos outros. Nos anos oitenta, costumava-se chamar o pós punk de New Rock, New Wave ou Rock Alternativo - especialmente no Brasil.

Como esta definição já deixa perceber, é meio difícil dizer o que era, exatamente, Pós-Punk; e, cá entre nós, eu não vou resolver a questão: rótulos, quase sempre, são criados pela imprensa musical em determinado momento para, digamos, resolver um problema. O problema no caso, é classificar o que aparentemente não tem classificação, colocando todo mundo num mesmo saco de gatos.

Mas eu acho que posso ajudar você, leitor nesta briga. Vou contar um segredo pra vocês: pra resolver os problemas de rótulos, eu pego uma banda e tomo ela como parâmetro e passo a comparar todas a partir dela. Sacaram? Vamos aos exemplos.

O meu parâmetro é uma das bandas prediletas do Renato Russo do Legião Urbana (aliás, descaradamente pós punk): Comsat Angels.


O Pós-Punk Clássico tem sempre alguns elementos do Comsat Angels: guitarras com Delay e Chorus; andamento mais lento que o Punk; uma linha de baixo bem colada na bateria ‘tribal' - com muitos Tons graves -, ou baixo  também com Chorus. E particularmente o viés político-messiânco dos vocalistas e das composições.

Mas, EU SEI, que muitos de vocês nunca ouviram Comsat. Não é à toa: esta banda foi pouquíssimo divulgada no Brasil. Mas tem uma banda que todo mundo conhece e era (pelo menos nos primeiros discos) um parâmetro de Pós Punk. Qual? Ora, o U2.


Os quatro  primeiros discos de estúdio (Boy, October, War e Unforgetable Fire entre 1980 a 1984) do U2 eram pós punk ao extremo: todos os elementos que eu comentei estão ali. O messianismo era ajudado pelo fato do U2 ser uma banda Irlandesa católica e pacifista: tipo ser católico - e pacifista na Irlanda, dependendo do contexto, é mais político do que propriamente religioso. Ora, o próprio nome da banda tem um viés polítco (vai pesquisar!!!!!!! não conto, não!!!). Vide por exemplo a belíssima composição 'Pride - In the Name of Love' - que faz referência a Martin Luther King, grande líder pacifista.


Agora, como o U2 tornou-se o que se tornou, isto é uma outra estória. Aliás, grupos Pós-punks podem ter tido fases pós-punks, e depois partido para outras.

Hoje em dia, existe um certo revival do pós-punk. Não só deste estilo aliás, mas de todos os anos 80. Bons exemplos desta retomada de elementos daquela época estão em grupos como She Wants Revenge e o meu amado Savages.


O pós-punk pegou o restante do mundo, e o ocorreu no Brasil. Chegou diferente, pois ele coexistiu com diversos tipos de música. Como bom brasiliense, o Segundo do Legião Urbana é bastante inspirado em elementos do Pós-Punk, como no caso da composição 'Tempo Perdido'. Mas não único, sem dúvida.


Senhores, estamos aí na semana que vem!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sobre Covers&Originais: Helter Skelter (Beatles, 1968; U2, 1987)


Esta semana falaremos brevemente sobre dois monstros. Ou melhor, sobre alguns.

'Helter Skelter', composição do álbum Branco dos Beatles, é bastante conhecida por seus fãs. Estes aliás, reivindicam como o primeira composição de Hard Rock / Heavy Metal da história. Sem querer entrar em polêmica, ainda mais com beatlemaníacos, penso que tem que se ouvir mais o que estava sendo feito na época, antes de fazer uma afirmação tão contundente: 'In-a-gadda-da-vida' do Iron Butterfly; 'The Book of Taliesyn' do Deep Purple; 'Wheels of Fire' do Cream; 'Eletric Ladyland' do Jimi Hendrix, só pra citar alguns. Como se vê, muito do que definiria o Heavy Metal e Hard Rock foi lançado naquele ano e durante toda a década de 60.


Mas sem dúvida, 'Helter Skelter' teve seu impacto realmente significativo na discografia dos Beatles, naquela década e claro, no bombástico ano de 1968. A bruxa estava à solta em vários lugares do mundo: ocupações de universidades, o clímax da Guerra do Vietnã, ácido lisérgico, novas teorias sobre tudo, Cultos e Seitas secretas e por aí vai. Tudo isto estava dando sustentação a composição dos Beatles, apresentando-a como a cara daquele momento louco.

Helter Skelter

When I get to the bottom I go back to the top of the slide
Where I stop and I turn and I can go for a ride
Till I get to the bottom and I see you again

Do you, don't you want me to love you
I'm coming down fast but I'm miles above you
Tell me tell me tell me come on tell me the answer
You may be a lover but you ain't no dancer

Helter skelter helter skelter
Helter skelter

A confusão da letra, relaciona-se com a confusão da época. E neste sentido, 'Helter Skelter' ('confusão' em último sentido ) marcou o seu momento e as próximas décadas.

Desnecessário lembrar o link com o evento do assassínio de Sharon Tate, de autoria de Charles Mason, inspirado na composição dos Beatles.  Esta referência é interessante para entender a ligação com a versão do U2. Segundo Bono Vox, Mason 'roubou' a música dos Beatles e eles a trariam de volta.

Como bom fã de pós punk, eu já conhecia 'Helter Skelter' via Siuxie and the Banshees (no link que dá início a este post). Mas eu fui prestar MESMO atenção naquela música  quando vi Rattlle and Hum em 89. O U2 fez uma grande versão e bastante pretensiosa: eles iriam tomar ela de volta, de fato, de Charles Mason:


Eu entendo que a versão do U2 cumpre a sua missão: fazer os Beatles serem conhecidos em sua magnitude para nossa geração.

A Trilha deste post? Qualquer um dos álbuns postados na íntegra no primeiro parágrafo!

Semana que vem tem mais!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

2006

Estou de folga dos shows... Ou eles de mim... E como o bichinho que me faz querer escrever continua me rondando, voltamos a retrospectiva de shows da vida (e confesso que também não vejo a hora de terminar essa para falar de outros temas mais sérios voltados ao mundo música e shows... Mas eu começo por objetivos e depois vamos brincando)

2006 foi um ano de shows importantes! Não muitos, mas expressivos...

O ano começou em fevereiro com o show do U2! O meu primeiro deles! Mas o show em si não começou antes de uma senhora bagunça e confusão para compra dos ingressos. Filas gigas e um dia inteiro de espera! Eu passei na hora do almoço pela fila para apoiar os amigos que lá estavam e sem sucesso! Acabei comprando o meu depois por um preço muito mais caro (sim, sou da filosofia do mínimo esforço e dinheiro foi feito para gastar). Assim, comprei o meu e do meu primo Victor que veio de Fortaleza especialmente para ver o show, de cadeira coberta vermelha, no Morumbi. E assim pude ver o show ao lado de Malu Mader, Gisiele Itie e Juliana Paes! Que beleza!

Além do Victor (o primo), foram também Ana e Emily, que foram de pista, mas seguramente doidas pela banda (pensando bem, a Ana com certeza, mas a Emily não tenho certeza se era doida por U2). Abertura do Franz Ferdinand que fez um show animal! Tinha acabado de copiar o CD e adorava. Foram prejudicados por tocar no palco do U2, logo com um show bem baixo (volume... pecado mortal em shows, na minha opinião). O U2 entra no palco ao som de Wake Up do Arcade Fire...bom (ótimo) sinal! E o que eu lembro é que foi um baita show! A assinatura básica do palco que faz a diferença, repertório cheio de hits e a simpatia do Bono com a platéia (inclusive chamando uma mulher ao palco e cantando uma música para ela). Valeu o preço mais caro!

Em março um dos melhores shows da minha vida. Na época, o Terra que fazia eventos chamados Planeta Terra em vez do festival de um dia, trouxe o Jamiroquai! O melhor que já vi deles seguramente. O show, no Credicard Hall, com todos os hits e dançante até! MEGA BALADA! E balada com os amigos é sempre melhor (vieram 6 de Brasília - Lemos, Luis, Sergio e mais um que esqueci o nome, Guilherme e Ed - que ficaram hospedados no meu apartamento na Vila Mariana, dormindo no chão mesmo, porque não cabia todo mundo... E ainda foi a amiga de SP Amanda e Keka e Zeca, os primos...). Resumindo, FOI FODA! Me acabei de dançar numa das melhores baladas da minha vida com grandes amigos... FODA!

Em maio continuou a brincadeira com o Skol Beats (festival de música eletrônica) num frio do caralho! De novo amigos de São Paulo na área (se não me engano Guilherme, Matheus, Fabio e Ana). De tanto andar de uma tenda para outra, não vi quase nada. Mas foi nesta edição que vi o LCD Soundsystem e o Prodidy! O LCD conhecia pouco e gostei muito do show! O show Prodigy foi animal, apesar do aperto que estava no Anhembi (já disse que odeio show nesse lugar?). O som deles é muito pesado e os vocalistas deixam a galera com medo até... Veria de novo fácil!
Depois de uma pausa, os trabalhos voltaram em outubro com Daft Punk no Tom Brasil. O Matheus veio de Brasília para ver o show. Ingresso sobrando, bora Doca? Bora... Outro show muito divertido! Pela música (que conhecia uma) e pela figura dos DJ's vestidos de robô tocando para a galera... Baixei um bocado de música deles depois do show e isso normalmente é sinal de que curti! Iluminação também deixa o show incrível...

2006 fecharia em grande estilo e de novo num golpe de sorte! Em novembro o New Order veio tocar em São Paulo (dia 03 de dezembro de 2011 tocam de novo, para quem quiser ver!) e eu dei mole e não comprei o ingresso! Mas um dia antes, Keka (a prima) desistiu de ir porque estava com uma das doenças dela que só ela tem e ninguém sabe o que é. Resumo, o ingresso sobrou na minha mão! E fomos lá com Daguito e Zeca, o primo! Achei o show morno, mas mais pela platéia que pela banda. Tava lotado e tudo bem mais ou menos... Vou ver se vou este ano de novo para apagar (ou piorar) a má impressão...

Apesar de shows bons, o único que tenho tentado repetir insistentemente, mas até agora sem sucesso é o Jamiroquai. Mas vou continuar indo até ver outro show daqueles! FOI FODA!