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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Radiohead - 22/04/2018

Radiohead
Quem nunca cantou 'Creep'? Ok, então já vale saber que no show do Radiohead essa música não toca, tá?

Na primeira vez que pensei em vez os caras, confesso que deixei passar. Fiquei me imaginando cortando os pulsos durante a apresentação. Uma coisa chata e melancólica. Mas... todo mundo falou que foi fantástico e bateu aquela ponta de arrependimento.

Dessa vez comprei ingressos para Soundhearts Festival, que é o festival dos caras, onde claro, eles fecham a noite. Mas o meu gerente do Banco do Brasil me ligou depois e me presenteou com dois ingressos de pista premium. Vendi os meus originais e fui com o André curtir o show dos caras. Ambos meio reticentes, sem sermos fãs, naquela de curtir... Mas de graça, pista VIP e garantia de boa qualidade no som, claro que sim.

Chegamos ao Allianz Parque já tarde, pois nosso único interesse era a banda principal. Perdemos todos os outros shows. A primeira coisa que fizemos foi: entrar no celular e comprar dois ingressos para o show do Me First and the Gimme Gimmes que rolaria em breve. Depois, duas cervejas. E o show começou, com o seguinte setlist:

1. Daydreaming
2. Ful Stop
3. 15 Step
4. Myxomatosis - tem vídeo
5. You and Whose Army?
6. All I Need
7. Pyramid Song
8. Everything in Its Right Place
9. Let Down
10. Bloom
11. The Numbers
12. My Iron Lung
13. The Gloaming
14. No Surprises
15. Weird Fishes/Arpeggi
16. 2 + 2 = 5
17. Idioteque
18. Exit Music (for a Film - bis)
19. Nude (bis)
20. Identikit (bis)
21. There There - tem vídeo (bis)
22. Lotus Flower (bis)
23. Bodysnatchers (bis)
24. Present Tense (bis)
25. Paranoid Android (bis)
26. Fake Plastic Trees (bis)

Sim, foi um show longo. Mas foi mais que isso. Foi um momento de transe. As pessoas passam a dançar de maneira tão estranha quanto o Thom Yorke. Elas viram uma extensão da banda. E eu que não conhecia quase nada do que estava tocando, fiquei ali, observando: o palco e o público. Estava redondamente enganado sobre pessoas cortando os pulsos, pois na verdade elas estão dançando, balançando o corpo, deixando a mente viajar. É muito doido o bagulho.

E transe maior que do Thom Yorke só a do Jonny Greenwood que toca guitarra, teclado, umas coisas analógicas, percussão e algo mais na banda. O cara toca tudo, mas ele faz um show que é só dele naquele canto do palco. Ele não interage e entra na piração dele sozinho em todas as músicas.

Ah, mas o hits fazem a galera pirar, né? NÃO! Todas as músicas fazem a galera pirar. Mas vamos combinar que o final de 'Paranoid Android' e 'Fake Plastic Trees' deixa o gostinho perfeito de quero mais.

Resumo de um cara que era cheio de pré conceitos em relação ao Radiohead: é um puta show! Os caras arrebentam no palco musicalmente e em presença também, pois apesar de ser uma banda discreta, os espaços são ocupados cada um por sua personalidade diferente (são personagens diferentes por ali).

O melhor para mim? Passei a conhecer de uma sentada só uma série de músicas que nunca tinha ouvido da banda e que achei muito boas. O pré conceito? Foi embora... Ver outro show deles? Só se for bem mais ambientado sobre o repertório do que esta última vez, afinal eu também quero curtir aquele transe lá... Maior barato!

- Myxomatosis

- There There

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Thesaurus: Pop (Parte 2) - Por Zeca Dom

“O Pop é um processo de constante roubo e imitação. Os músicos, compositores e produtores roubam suas idéias e frases misturando convenções e correndo para utilizar o último brinquedo de tecnologia. O Pop desenvolve-se não só pela criação de expressões, mas também por mantê-las no mesmo universo” (FRITH apud MARTIN: 2002, 05).

Vamos, inicialmente na primeira frase da definição: O Pop é um processo de constante roubo e imitação.

A música Pop é um produto como disse na semana passada. Todo produto tem seus consumidores. Mas o que nem todo mundo percebe, é que um produto tem rótulos, padrões diferentes, para diferentes gostos. A melhor comparação é a de um Supermercado:


Claro, que eu coloquei este vídeo do Radiohead pra provocar. As imagens de supermercado são assim: produtos iguais para consumidores iguais. O mais interessante é que muita gente se acha ‘única’ em seus gostos: tipo, alguns fãs do Radiohead. Mas esta grande banda acaba sendo mais um produto a ser copiado e imitado. Vide por exemplo, Coldplay:


Ou Keane:


Ora, em um supermercado, os produtos são organizados por seção e cada seção tem diversas marcas diferentes identificadas. Mas as  maioneses não são todas iguais? Fora o preço, porque escolhê-las? Este mistério ocorre com a música pop também. Pegue, por exemplo, o punk rock. Observe. O que difere: Offspring de Greenday? Estas duas bandas aliás, depois que acharam a receita de hits, se repetem. É o caso de 'Pretty Fly/Original Prankster'. As músicas são diferentes, mas os elementos são os mesmos, tanto da música como no clipe:



Quando se fala de roubo e imitação, ninguém disse que se rouba somente de outros grupos. Os artistas – não raro aliás – copiam a si mesmos. É o caso do Iron Maiden e de outros grupos ‘pegam a mão’ e se copiam por anos. Mas esta é a deixa pra semana que vem.