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terça-feira, 15 de maio de 2018

Lollapalooza - 23/03/2018

Seguindo na hercúlea tarefa de colocar o blog em dia para ninguém ler (porque ler sobre show que já rolou há mais de um mês é foda), finalmente chegamos ao Lollapalooza 2018. Este ano mais uma vez o festival voltou a ter 3 dias, o que só havia acontecido uma vez quando o evento ainda acontecia no Jockey Clube de São Paulo. A diferença é que em 2013 a sexta-feira era um feriado (sexta-feira santa) e em 2018 foi uma sexta-feira comum. Resumindo, um dia para quem consegue matar o trabalho, sair mais cedo ou apenas para os jovens estudantes. Eu me encaixei na segunda categoria.

Já vale adiantar que este ano a entrada funcionou muito bem (não peguei fila nenhum dia). O sistema de pulseira seguiu e não sei se pelo aumento de estrutura ou melhoria no sistema, foi possível beber e comer com mais facilidade que em 2017 e sem as filas quilométricas (apesar de reclamações de valores depositados na pulseira que sumiam). Também havia vendedores de cerveja ambulantes, o que ajudou bastante (ano passado era só Skol Beats).

A saída também ocorreu de maneira super tranquila sem maiores problemas. Junto com a possibilidade de comer e beber sem maiores filas e de mais um dia de festival, a maior mudança deste ano foi a mudança do local do terceiro palco, que antes ficava na entrada. Os palcos secundários passaram a ser lado a lado. E no local do palco da entrada, a tenda eletrônica virou um novo palco. Isso aumentou o espaço para o Chefs Stage e da lojinha de lembranças do festival.

Uma última mudança foi não ter dois shows grandes encerrando a noite. Até ano passado eram sempre três atrações, sendo duas atrações de peso e uma atração eletrônica. Em 2018 seguiram as três atrações, mas sendo uma grande, uma eletrônica e uma atração de menor porte. Por isso, os shows principais da noite tiveram um público enorme nos três dias (bem diferente de anos anteriores). Pelo que entendi, a organização manteve o público de 100 mil pessoas por noite, o que começou ano passado. Se foi isso mesmo, não foi só um aumento de público, mas também uma concentração dele que explica a quantidade de gente nos shows principais em cada noite. De qualquer forma, muitos parabéns para a organização pela qualidade do som. Fantástico!

Mas vamos falar de música, pois de fato tem muito pouco para reclamar da edição deste ano. Dos três dias, só não gostei de algo que vi no domingo. Na sexta e no sábado, gostei muito de tudo que vi. Na sexta, chegando atrasados, afinal temos de trabalhar, chegamos para ver o Royal Blood.

Royal Blood
Royal Blood
Fomos em dois casais, sendo que dos quatro, três de nós estávamos no Austin City Limits e já tínhamos visto este show. Por isso vimos ele acontecer, mas sem prestar muita atenção. Não fomos nem muito perto do palco. Ficamos ouvindo, tomando a primeira cerveja e entrando no clima do Lollapalooza.

O setlist foi:
1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. You Can Be So Cruel
5. I Only Lie When I Love You
6. Little Monster
7. Hook, Line & Sinker
8. Hole in Your Heart
9. Ten Tonne Skeleton
10. Figure It Out
11. Out of the Black

Deixamos rolar tão tranquilo que não tenho muitos comentários e nem vídeo sobre os caras. Se quiser saber o que achei deste show, leia aqui!

Chance the Rapper
Ao contrário do show anterior, este foi uma apresentação que acabamos não conseguindo ver no Austin City Limits. Não sou um grande fã de hip-hop, mas curti muito o cara. O que me parece é que existe uma corrente nova de artistas deste gênero que já não estão na pegada tão gângster que era a moda e apresentam uma pegada mais musical, mais melódica.

Chance the Rapper
O setlist foi:
1. Mixtape
2. Blessings
3. Angels
4. Sunday Candy (música de Donnie Trumpet & The Social Experiment - tem vídeo)
5. Favorite Song
6. Cocoa Butter Kisses
7. Ultralight Beam (música de Kanye West)
8. I'm the One (música de DJ Khaled)
9. All We Got
10. No Problem
11. All Night
12. Same Drugs
13. Blessings (de novo)

A pegada mais tranquila, aliada ao talento do cara, mostra uma música bem diferente, mas sem deixar de ser o hip-hop norte-americano, tão conhecido. Artistas deste gênero normalmente tem pouca entrada no Lollapalooza do Brasil, mas a edição de 2018 foi bastante diferente e o Chance the Rapper abriu a porteira para outras apresentações muito boas que vieram depois.


LCD Soundsystem
Eu havia visto esta banda num Skol Beats em 2006, quando esta banda era agrupada junto com o DJ's de sons eletrônicos. Hoje representante do estilo indie, o show do LCD Soundsystem tinha mais fã saudosista do som dos caras do que a galera mais jovem que curte a pegada eletrônica. Tinha tão pouca gente em relação a outros shows, que conseguimos andar e ficar na frente do palco sem o menor esforço.
LCD Soundsystem

O setlist foi:
1. Daft Punk Is Playing at My House
2. I Can Change
3. Call the Police
4. Get Innocuous!
5. You Wanted a Hit
6. Tribulations
7. Movement
8. Someone Great (tem vídeo)
9. Yr City's a Sucker
10. Tonite
11. Home
12. Dance Yrself Clean
13. All My Friends

Foi um show bacana demais, mas confesso que não entrei muito na energia dos caras, pois estava cansado (era sexta-feira e tínhamos trabalhado o dia todo) e porque o som dos caras é um som diferente. Quem é fã entende, mas para quem não é fã, é um som que demora para você entender e curtir.

Dançamos um pouco, mas sem nos desgastarmos muito, pois ainda tinha show pela frente. A verdade é que acho que o LCD Soundsystem não é uma banda para o Lollapalooza. É um show para lugar menor ou para um festival que tenha mais o seu perfil.


Red Hot Chili Peppers
Eu havia prometido a mim mesmo que não veria mais o RHCP desde o show do Rock in Rio de 2001, que foi uma verdadeira merda. Som baixo, vocalista desafinado e festival lotado demais por uma invasão do público não controlada pela organização. Mas já que estava no Lollapalooza e eles estavam lá, tivemos uma segunda chance. O comentário principal é: os caras tem muitos hits. E assim sendo, foi um bom show. Mas nem tanto...

O setlist foi:
1. Intro Jam
Red Hot Chili Pepper ao fundo,
em um show LOTADO
2. Can't Stop
3. Snow ((Hey Oh))
4. Otherside
5. Dark Necessities (tem vídeo)
6. Menina mulher da pele preta (música de Jorge Ben tocada e canta solo pelo guitarrista Josh)
7. Sick Love
8. Nevermind
9. Californication
10. Aeroplane
11. Blood Sugar Sex Magik
12. Hump De Bump
13. The Adventures of Rain Dance Maggie
14. Pea
15. Higher Ground (música do Stevie Wonder)
16. Under the Bridge
17. By the Way
18. Encore Jam (bis)
19. Goodbye Angels (bis)
20. Give It Away (bis)

Sério, era uma pedrada após a outra. Não dá para dizer que não é legal ir a um show onde você basicamente canta tudo junto e ainda curte umas músicas de um dos primeiros CD's que você comprou na vida (Blood Sugar Sex Magik).

Mas... apesar de cantar melhor, Anthony Kiedis segue desafinando. Anos de carreira e o cara ainda deixa muito a desejar ao vivo. Além disso, pausas longuíssimas entre uma música e outra. E para finalizar sessões repetidas de improviso entre o guitarrista Josh e o baixista Flea enchiam uma linguiça quase sem fim.

Para mim uma banda que sempre foi conhecida pela sua energia, e eu entendo que o tempo passou e a idade chegou, me parece que tem uma dinâmica de show muito chata. Mas valeu!

Ver 'Menina Mulher da Pele Preta' do Jorge Ben sendo tocada pelo guitarrista, além de curtir 'Aeroplane', 'Blood Sugar Sex Magik', 'Higher Ground' (que agora já posso dizer que ouvi o original e a versão do RHCP), 'Under the Bridge' e 'Give It Away' em uma mesma apresentação, por mais chata que seja a dinâmica, não pode ser um show ruim. E não foi! Mas assim terminamos o primeiro dia e partimos para casa, pois ainda tinham mais dois...

terça-feira, 28 de março de 2017

Lollapalooza - 26/03/2017

O segundo dia do Lollapalooza, segundo a imprensa tinha menos gente que o primeiro, mas ainda assim, tinha mais gente que as edições anteriores. Cerca de 90 mil pessoas e apesar de terem melhorado um pouco o esquema dos bares, as filas continuaram para comer e beber. Volto a dizer que este é o único ponto de melhora que vejo do festival. O segundo dia foi ainda melhor que o primeiro. E começou mais cedo também, pelo menos para mim...

- Vance Joy
O Vance Joy é a confirmação de que estou ficando velho e as novas ondas da música mundial tem pessoas muito jovens. Até aí, problema algum. Diferente de várias outras bandas atuais com som indie/adolescente, ele tem uma coisa um pouco mais sóbria, mas sem perder a pegada jovem. Com influências mais antigas, ele mistura muitas coisas novas e velhas no seu som.
Vance Joy

O setlist foi:
1. Mess Is Mine
2. Red Eye
3. The Chain (cover do Fleetwood Mac)
4. Winds of Change (tem vídeo)
5. All I Ever Wanted
6. Fire and the Flood
7. Call If You Need Me
8. From Afar / Wasted Time
9. Georgia
10. Best That I Can
11. Riptide
12. You Can Call Me Al / Cheerleader (cover do Omi)

O setlist mostra bem essa mistura de influências do Vance Joy, com cover do Fleetwood Mac, com seu próprio som, incluindo o grande hit 'Riptide' que é bem legal e uma versão de 'Cheerleader', hit da temporada passada, para fechar o show. Mas tudo tem o estilo dele.

Vi bastante potencial no som dele. Se jovem já está nessa pegada, o som tem tudo para se desenvolver em algo ainda melhor.


Catfish and the Bottlemen
PS: tentei correr para ver o fim do show do Catfish and the Bottlemen, que estava marcado para terminar em um determinado horário e terminou 10 minutos antes. Fiquei sem ver quase nada, mas foi legal ter um cheio do finalzinho que vi. Fiquei curioso para ver mais.

- Jimmy Eat World
Eu tenho um carinho especial por esta banda, pois a conheci quando fui estudar nos EUA. Marcou uma época para mim. Era aquela bandinha animada da universidade. Mas... o tempo passou.

O setlist do show dos caras foi:
1. Bleed American
Jimmy Eat World
2. Big Casino
3. My Best Theory
4. Get Right
5. I Will Steal You Back
6. You Are Free
7. Hear You Me
8. Futures
9. Work (tem vídeo)
10. Pain
11. 23
12. Sure and Certain
13. The Authority Song
14. A Praise Chorus
15. Sweetness
16. The Middle

O tempo passou e o som dos caras não evoluiu. É aquela mesma coisa há mais de 15 anos. Além disso, a diferença do rock inglês para o norte-americano é o que segundo vira um negócio meio, desculpem-me pela expressão, mela cueca com o tempo, invariavelmente. Tipo Capital Inicial, sabe? Rs Músicas sem força, sem pegada, que chamam zero a atenção de quem não é fã da banda.

Foi legal vê-los, uma vez que foi a primeira apresentação dos caras no Brasil. Mas nada mais que isso... Como sempre no Lollapalooza, o maior, e talvez único, hit da banda, 'The Middle' ficou para o fim. O vídeo abaixo é de outra música e peço desculpas pela qualidade do som que ficou péssima.


- Duran Duran
O Duran Duran seguramente era a banda mais antiga do festival e não fizeram feio. Muito pelo contrário. Na minha opinião fizeram um dos melhores shows do Lollapalooza de 2017. Desfilaram hits, sobrou simpatia, transbordou talento.

Duran Duran e Céu
O setlist dos caras foi:
1. The Wild Boys
2. Hungry Like the Wolf
3. A View to a Kill
4. Last Night in the City
5. Come Undone (tem vídeo)
6. Notorious (tem vídeo)
7. Pressure Off
8. Ordinary World (com a participação especial da Céu)
9. (Reach Up for the) Sunrise / New Moon on Monday
10. White Lines (Don't Don't Do It) (cover do Grandmaster Melle Mel)
11. Girls on Film (tem vídeo)
12. Rio

Começando pelo visual que apesar de mais moderno, isto é, sem os blazers com ombrera, ainda tem as cores dos anos 80, vibrantes, o show começou numa sequência matadora de hits que já valeria o ingresso. Quando parecia que não podia melhorar, a Céu fez uma participação muito legal em 'Ordinary World' (veja aqui!).

Galera dançando no show do Duran Duran
A sequência final também foi arrebatadora e mesmo entendendo a filosofia do festival, ainda me questiono porque estes caras com a história e qualidade que tem e seguem apresentando, só tem uma hora de apresentação e em um horário não considerado imporante. Quem foi ver os caras não se arrependeu. Volto a dizer, foi um dos melhores shows do festival.

Na sequência uma série de vídeos da apresentação, sendo que um vale a pena menção, pois um figura estava liderando uma pequena galera em coreografias durante o show. Consegui filmar uma palhinha em 'Girls on Film', afinal estamos todos ali para nos divertir, certo?

Come Undone

Notorious

Girls on Film - com direito a coreografia

- Two Door Cinema Club
Para mim, o melhor show do festival pelo simples motivo de que a banda mescla bem o que o festival busca: um mix de medalhões (os caras já tem alguma história, não muita, mas tem), som novo (o indie rock deles continua afiado e bem diferente das bandas contemporâneas) e que trazem público.

O show no palco principal do festival não encheu como o de outras bandas, mas ainda assim trouxe uma galera. A curtição foi bem confortável e com bastante espaço para dançar. Para quem já conhecia o som, foi a confirmação de que os caras fazem bem o que fazem e para quem não conhecia direito, me incluindo nessa e muitos dos que estavam ao meu lado, foi uma grata surpresa.

O setlist foi:
Two Door Cinema Club
1. Cigarettes in the Theatre
2. Undercover Martyn
3. Do You Want It All?
4. This Is the Life
5. Changing of the Seasons
6. Bad Decisions
7. Lavender
8. Next Year (tem vídeo)
9. Come Back Home
10. Something Good Can Work
11. Are We Ready? (Wreck)
12. Gameshow
13. Sleep Alone
14. I Can Talk
15. Sun
16. Someday
17. What You Know

O resumo do show é: dançar! Muito! Apesar de uma postura e figura meio apática, o vocalista e líder da banda Alex Trimble faz seu trabalho muito bem. O resto da banda também entrega um som diferente, sem aquela perfeição do Metallica que não erra uma nota, mas que vejo com bons olhos, pois deixa o som mais orgânico (ok, tentei achar uma palavra melhor e não consegui).

Para mim, o grupo mandando 'What You Know' foi o momento auge do festival. Energia explodindo para tudo que era lado. Veja aqui!

Recomendo super. Mesmo eu que já tinha visto os caras no segundo Lollapalooza Brasil me impressionei com a apresentação deste ano.


- The Weeknd
Ok, eu confesso, eu curto 'Can't Feel My Face' e por isso queria ver o show do cara. Entre um milhão de referências que você acha no som do cara, que também é produtor de R&B, não gostei muito do que ouvi, apesar do show LOTADO me dizer que o errado devo ser eu.

O setlist do show foi:
The Weeknd
1. Starboy
2. False Alarm
3. Glass Table Girls
4. Party Monster
5. Reminder
6. Often
7. Acquainted
8. Rockin'
9. In the Night
10. Earned It
11. Wicked Games
12. Ordinary Life / Stargirl Interlude
13. Six Feet Under
14. Low Life / Might Not
15. The Morning
16. Sidewalks
17. Secrets / Can't Feel My Face (tem vídeo)
18. I Feel It Coming
19. The Hills

Junto com o 1975, foram os dois sons mais adolescentes daquilo que vi no festival. E o cara tem tanta referência no som dele, que fica difícil de saber quem ele é. Você nota Bruno Mars e consequentemente Michael Jackson. Eu ouvi algo de Boyz II Men em algumas músicas e dá pra ouvir muita boy band em outras também. E claro, você nota Daft Punk no som, até pela colaboração que os caras fizeram.

Foi legal ver o show lotado, galera toda mexendo a mãozinha e pulando junto, mas o som do cara não me agradou no geral. Tem coisa muito legal, mas o resto é pop/adolescente demais para mim.


- Strokes
O principal show da segunda noite tinha alta expectativa do público, com a volta do Strokes ao Brasil. E os caras conseguiram fazer a apresentação mais nonsense que eu já vi (sabe aquela coisa meio Nirvana no Hollywood Rock?). Dava raiva e você pulava quase ao mesmo tempo.

O setlist do show foi:
The Strokes
1. The Modern Age
2. Soma
3. Drag Queen
4. Someday
5. 12:51
6. Reptilia
7. Is This It
8. Threat of Joy
9. Automatic Stop
10. Trying Your Luck
11. New York City Cops
12. Electricityscape (tem vídeo)
13. Alone, Together
14. Last Nite
15. Heart in a Cage (bis)
16. 80s Comedown Machine (bis)
17. Hard to Explain (bis)

Enquanto uns defendem Julian Casablanca dizendo que ele é meio blasé e é normal o jeito dele e isso caracteriza a banda, o fato é que as pausas enormes entre uma música e outra, suas piadas totalmente sem graça e intervenções sem nenhum tipo de explicação, brocharam bastante o público em uma apresentação que poderia ser histórica.

Lollapalooza LOTADO!
Apresentando uma seleção musical muito focada no disco Is This It de 2001, foi uma chuva de clássicos, somados a outros hits de outros discos. Seguramente foi um dos setlists mais fodas do final de semana.

Era isso, você se acabava durante a música e depois ficava 5 minutos do Julian falando besteira até saber o que mais viria por aí, para aí cantar junto de novo.

Ah, mas a banda é assim! Que bosta, diria eu. Um saco ver um show onde o vocalista, líder da banda e quem faz a interface com o público parece estar tão louco, que não se conecta com a platéia. Sorte a dele que a música dele e da banda fazem melhor isso que ele.

Mas valeu por ouvir as grandes pancadas e dançar algumas músicas que ainda não existiam na última vez que os vi.


E assim terminou mais um Lollapalooza. Que em 2018 a organização repense a quantidade de público ou resolva os problemas de estrutura de bebida e comida. A gente não quer só show bom, a gente quer isso, cerveja gelada e cada vez mais aproveitar esse clima festival. :)

segunda-feira, 27 de março de 2017

Lollapalooza - 25/03/2017

O Lollapalooza 2017 foi mais uma vez um ótimo festival. Como todo ano, há reclamações sobre o lineup não ser muito bom e de fato, desta vez eu conhecia bem pouca coisa. Mas acredito que seja eu que estou ficando velho e não o lineup que está ficando ruim. Rs

Lollapalooza: dias bonitos, muita música e diversão.
Os pontos que valem menção do festival este ano são a qualidade do som que melhorou muito. A impressão que tenho é que foram adicionadas novas torres de delay de som ou se elas já existiam, algo foi alterado, pois em todos os palcos e em quase todas as posições, longe ou perto, você ouvia muito bem e com quase nada de delay, os shows.

A qualidade do som pode ter sido reforçada, pois este ano o festival recebeu muito mais gente. Números falam em 100 mil pessoas por dia e mesmo sem falar em números exatos, estava claro no fluxo de gente se deslocando entre palcos a quantidade de gente a mais, se comparado a outros anos. Também foi o primeiro ano que o Lollapalooza teve o sistema cashless, onde o ingresso era uma pulseira, que também era uma carteira virtual, que dava mais segurança a todos nas compras. De fato não ter de se preocupar em esquecer o ingresso e em levar a quantidade certa de dinheiro e ter cartão, ajuda muito.

O ponto negativo ficou pelas longas filas nos bares em todo o festival. A impressão que deu foi que havia mais gente, mas que a estrutura de bares não foi incrementada. Parece que achavam que o sistema cashless ajudaria a agilizar as compras, mas o fato é que isso tornou o processo mais lento (o processo tinha duas etapas e muita gente não sabia usar o sistema). E além disso, os produtores de comida e os bares não estavam preparados. Para comer, você pagava e tinha de esperar a comida ficar pronta. Para beber, você pagava e ainda demorava um tempo até te entregar tudo, se você pedisse mais de um item.

Para manter a mesma quantidade de pessoas para 2018, é preciso multiplicar a estrutura de bebida e comida. Ou será preciso voltar a quantidade de público de 2016. Mas tirando esse problemas com os bares, todo o resto funcionou muito bem. E vamos de música...

- 1975
A banda inglesa fez um show animado, dançante. Eu conhecia zero da banda e achei, apesar de legal de dançar, o som meio adolescente.

O vocalista fazendo pose fumando sem parar, coisa que já não se vê com tanta frequência nos palcos, mas a banda parecia mais pose que qualidade.
1975

O setlist foi:
1. The 1975
2. Love Me
3. UGH!
4. Heart Out
5. A Change of Heart
6. Loving Someone
7. She's American
8. Somebody Else
9. Girls
10. Sex
11. If I Believe You (tem vídeo)
12. Chocolate
13. The Sound

Desde já peço desculpas pela qualidade dos vídeos, pois a minha câmera começa a apresentar sinais de cansaço. Mas deu para registrar tudo.

Infelizmente não tenho muito o que falar da banda. Dançamos, rimos e valeu ver os caras. Mas eu não sei se os veria de novo com este som que eles fazem hoje. Fica um vídeo do show, mas... da música mais lenta da apresentação. Rs Foi mal!


- Rancid
Primeiro show dos caras no Brasil, apresentação que eu tinha de ver, por ser uma banda que gosto desde adolescente. O tempo passou, o Tim Armstrong está absolutamente irreconhecível, mas o som continua aquilo que se espera dos caras.

O setlist foi:
1. Radio
Rancid
2. Roots Radicals
3. Journey to the End of the East Bay
4. Maxwell Murder
5. The 11th Hour
6. East Bay Night (tem vídeo)
7. Last One to Die
8. Dead Bodies
9. Salvation
10. Bloodclot
11. Old Friend
12. The Bottle
13. St. Mary
14. Tenderloin
15. Olympia WA.
16. Honor Is All We Know
17. It's Quite Alright
18. Fall Back Down
19. Time Bomb
20. Ruby Soho

O bom de show de punk rock é que é música atrás de música, pouca firula e no final, 20 músicas em uma hora. A banda toda continua em boa forma, mas é difícil entender com o Tim ainda tem voz. O cara estava muito rouco no fim do show.

Sem entrar em nenhuma rodinha, deu para pular bastante, o show passou que nem deu pra sentir. E claro, como todos no Lollapalooza, o final reservou as três músicas mais famosas dos caras, fazendo aquele final apoteótico. Demorou para os caras virem, mas deu para ver que tem público e podem voltar para fazer um showzinho mais longo. Estamos esperando.


PS: tentamos ver o The XX na sequência, mas a fila do bar para comer e beber era tão grande que perdemos o show todo para comprar espetinhos e cerveja. AÍ NÃO DÁ PRODUÇÃO? :/

- Metallica
Claro, a banda mais esperada da noite, quem sabe do festival, era o Metallica. Os caras fizeram um show de duas horas, como sempre técnicamente perfeito. A diferença foi a apresentação do novo disco, Hardwire... To Self-Destruct. E eu que ouvi e achei chato, achei que as músicas funcionaram muito bem ao vivo.

O setlist foi:
1. Hardwired
Metallica
2. Atlas, Rise!
3. For Whom the Bell Tolls
4. The Memory Remains
5. The Unforgiven
6. Now That We're Dead
7. Moth Into Flame
8. Harvester of Sorrow (tem vídeo)
9. Halo on Fire
10. Whiplash
11. Sad but True
12. One
13. Master of Puppets
14. Fade to Black
15. Seek & Destroy
16. Battery (bis)
17. Nothing Else Matters (bis)
18. Enter Sandman (bis)

Você só sente que os caras estão ficando velhos pela quantidade de solos que rolam para a banda descansar. Fora isso, a pegada segue a mesma. E foi essa pegada que levou a Marina, a esposa, a dizer que gostou do show. Meu coração se encheu de alegria! Rs

Por ter sido um show mais curto, ficou muita coisa de fora. Mas para um apanhado de festival, o setlist teve um pouco de tudo. Momentos altos para mim ficam sempre com 'Whiplash' e 'One'.

Foi um dia de poucos shows pelo atraso na minha chegada e filas, mas... com bandas e estilos tão diferentes, que é perfeito para lembrar a graça de um festival. Ver de tudo um pouco, se divertir com os amigos e aproveitar música ao vivo de qualidade. E ainda tinha o segundo dia...

quinta-feira, 17 de março de 2016

Lollapalooza - 13/03/2016

O segundo dia de Lollapalooza foi um dia mais tranquilo. Pelo menos para mim... Com menos bandas que me interessavam, confesso que aproveitei o dia para curtir mais o festival e pingar menos de palco em palco. E assim foi e foi muito bom, de novo!

- Albert Hammond Jr.
Como todo primeiro show do dia, cheguei atrasado e como não queria perder nem um segundo do Alabama Shakes, vi pouco do show do Albert Hammond Jr., (ex-)guitarrista do The Strokes.

Banda boa, ele tem uma voz interessante, mas apesar do Strokes ser mais "agressivo" (não achei outra palavra melhor) no seu som, o trabalho do Albert Hammond Jr. é bastante similar nos arranjos de guitarra e estilo da música. E eu confesso que esperava algo mais original.

O setlist foi:
Albert Hammond Jr.
1. Caught by My Shadow
2. Rude Customer
3. Back to the 101
4. Carnal Cruise
5. GfC
6. Touché
7. Everyone Gets a Star
8. Losing Touch - tem vídeo
9. Cooker Ship
10. In Transit
11. St. Justice
12. Born Slippy
13. Holiday
14. Drunched In Crumbs
15. Side Boob

Achei um som pouco original, apesar de bem tocado. Não trouxe nada de novo.


- Alabama Shakes
Concorre fortemente com o Mumford & Sons pelo melhor show do festival. Depois da sua primeira aparição no Brasil, no menor palco do Lollapalooza de 2013, este foi um show com gente a perder de vista. Engraçado pensar em tudo que eles conquistaram neste intervalo.

Alabama Shakes
O Alabama Shakes tem um som bem característico e é uma banda super azeitada, mas apesar da cozinha excelente, poderíamos dizer que eles são a banda de Brittany Howard. A vocalista é fantástica, para não ter de achar um adjetivo ainda muito melhor que este.

Para mim, Brittany começa a ser um ícone no momento em que é uma líder de banda de rock que foge de qualquer estereótipo estético que o mercado nos impõe. Quem não conhece, fica estupefato. E segue sendo um ícone ao abrir sua boca para soltar sua ora potente, ora gentil voz. E termina no seu carinho com o público.

Como me foi dito durante o show, ela é um sopro de ar fresco na música atual. Que prazer poder vê-la tocar. E eles tocaram o seguinte:

1. Future People
2. Dunes
3. Rise to the Sun
4. Hang Loose
5. Shoegaze
6. Miss You
7. Be Mine
8. The Greatest
9. Hold On - tem vídeo
10. You Ain't Alone
11. Over My Head
12. Don't Wanna Fight
13. Gimme All Your Love

Confesso que me emociona ver um show de uma banda de blues/rock autêntico sendo prestigiada por tanta gente e tanta gente jovem. Mostra que a música de qualidade tem espaço no ouvido de todos. Se você nunca viu, tem de ver este grupo ao vivo! Não deixe passar!


- Noel Gallagher's High Flying Birds
Um show inglês. Sóbrio, formal, mas muito bom! Não sei se todos gostam de Oasis, mas acho uma bela banda, apesar de sempre ter odiado a postura dos irmãos Gallagher. De qualquer forma, achava o som bom.

A apresentação solo de Noel Gallagher e sua banda, mostram que ele, o irmão que não cantava todas, tem talento para fazer música boa. Mas vamos combinar? O ápice foram as três músicas do álbum What's The Story Morning Glory do Oasis. O setlist foi:

Noel Gallagher's High Flying Birds
1. Everybody's on the Run
2. Lock All the Doors
3. In the Heat of the Moment
4. Riverman
5. The Death of You and Me
6. You Know We Can't Go Back
7. Champagne Supernova (música do Oasis)
8. Dream On
9. Listen Up (música do Oasis)
10. The Mexican
11. Digsy's Dinner (música do Oasis)
12. If I Had a Gun...
13. Wonderwall (música do Oasis)
14. AKA... What a Life!
15. Don't Look Back in Anger (música do Oasis)

'Champagne Supernova', 'Wonderall' e 'Don't Look Back in Anger' foram momentos apoteóticos e faz até você desejar que o Oasis volte. De resto é um show interessante, mas longe de ser vibrante, tirando estes momentos pontuais.

Ficamos sem vídeo, pois o cartão de memória da máquina deu pau neste show! Fazer o que...

- Emicida
Silvanny e Carlos Café na Percussão
Foi um show que me surpreendeu pela musicalidade. Costumo não ter muitas coisas boas a falar sobre o hip hop nacional, pelo fato de ter músicas boas, mas melodias pobres ou até mesmo repetitivas. Confesso que não sou um grande conhecedor do trabalho do Emicida, até porque não escuto muito hip hop, mas o que eu ouvi ali foi outra coisa.

Talvez esteja puxando o saco porque conheço uma das percussionistas, que é uma das pessoas mais fantásticas que conheci nos últimos anos. Mas que o balanço nas músicas do Emicida é interessante, ah é!

Cheguei quando o MC Guimê estava no palco. Mas logo na sequência acabou a participação especial e a coisa ficou bonita. Letras fortes (o protesto está ali!), mas com um swing legal para curtir, mesmo para quem não conhece o som do cara. No primeiro dia do Lollapalooza, o show do Eminem me causou o mesmo espanto, pois mesmo não tendo curtido tanto o show, foi legal ver a banda mandando as músicas do cara ao vivo.

Registro aqui meu protesto, pois o site que uso de fonte para os setlists tem as listas de todas as bandas internacionais do festival, mas não tem do show do Emicida. Uma pena e fico devendo essa.

Se você curte rap, tem de ver. Se não curte, se dê ao direito da dúvida e vá ver. Você pode se surpreender.


- Florence and The Machine
Que voz! Que potência! Que vestido... Quantas rodopiadas... Florence não é só uma cantora, há especulações de que ela seja uma elfa, uma deusa, um ser superior... Primeiro porque canta muito (e fácil)! Segundo porque corre de forma leve pelo palco, com seu vestido esvoaçante, dando algumas piruetas. E terceiro porque o conjunto destas coisas cria um personagem.

Eu já tinha perdido a chance de ver a Florence and The Machine em outro festival e desta vez que vi, gostei do que vi. Eu vi o público dançar e pular. Eu vi o público inteiro cantar. Eu vi um grande amigo tirar a camisa e rodar (e ele não é uma pessoa que faria isso em uma situação normal). Pois é, foi uma baita festa.

O setlist foi:

1. What the Water Gave Me
2. Ship to Wreck
3. Shake It Out - tem vídeo
4. Bird Song Intro
5. Rabbit Heart (Raise It Up)
6. Delilah
7. Sweet Nothing (cover do Calvin Harris)
8. How Big, How Blue, How Beautiful
9. Queen of Peace
10. No Light, No Light
11. Spectrum
12. You've Got the Love (cover do The Source) - tem vídeo
13. Dog Days Are Over
14. What Kind of Man (bis)
15. Drumming Song (bis)

Foi uma bela forma de terminar o melhor Lollapalooza. Um show animado. Uma ode a música! Viva a música! Viva os sentimentos que ela traz! Viva a energia que faz com que nos conectemos. Por mais anos com o Lollapalooza.


terça-feira, 7 de abril de 2015

Lollapalooza - 28/03/2015

Mais um ano e mais um Lollapalooza. Este ano fica a certeza de que o Autódromo de Interlagos não é o melhor lugar do mundo para o festival, mas está longe de ser o pior, ainda mais com as alterações feitas em relação a 2014, principalmente: a alteração da posição do 3o palco (o Axe), a melhora da sonorização do 1o palco (o Onix) e a remoção dos guard rails para melhor circulação do público. Isso com certeza impactou na aprovação do festival, que foi de 85,3%, de acordo com a Globo.com.

Lollapalooza Brasil
Fora isso, antes de começar a falar de música, algumas críticas ao festival. A primeira em relação ao palco principal, que precisa ter a sua sonorização melhorada ainda mais, uma vez que o som nas laterais e ao fundo são ruins e como são os shows que mais enchem, é preciso revisar este ponto. A segunda refere-se aos mangos (dinheiro fictício usado para adquirir tudo dentro do festival), uma vez que foi feita uma vasta divulgação para comprá-los pela internet e quem o fez e entrou pelo portão T/L teve de andar o autódromo inteiro para sacar as fichas, perdendo um tempo razoável de shows para isso. Os postos de coleta tem de estar em pelo menos 3 pontos do festival, perto de cada palco, se não em ainda mais locais. A terceira crítica refere-se ao staff de ambulantes contratado, que estava cobrando mangos a mais para vender na pista (eu me recusei a comprar, mas vi quem comprou). Deveria haver algum tipo de identificação para fazer algum tipo de reclamação formal e este tipo de comportamento ser evitado. E por último, no segundo dia, quem comprou o Lolla Pass com o MasterCard ShowPass, não conseguiu entrar e teve de entrar em uma fila gigante para conseguir validar o ingresso e como já disse no show do Foo Fighters, não faz sentido usar um método de compra para facilitar a vida e isso dificultar o acesso ao show. Fica a dica, mas vamos ao que interessa.

O Lollapalooza 2015, na minha opinião e deste blog, foi um ótimo festival, com shows bem diversificados em termos de estilos, mas sem nenhum headliner inesquecível ou banda que tenha feito um show inesquecível. Também foi interessante a observação feita pelo Zeca Dom, também colunista deste blog, sobre a falta de guitarras nas novas bandas indie. Uma guitarra distorcida faz falta e quando aparece, os shows tomam outra energia.

E por fim, o festival só foi tão bom, porque quando você curte um evento destes num grupo animado e na mesma pegada, fica muito mais divertido. E por isso, agradeço ao meu grupo, que estava animado e ainda me apresentou artistas novos que não tinha intenção de ver. Vamos aos shows!

Fitz and the Tantrums
Fiz and the Tanstrums
Este Lollapalooza teve um fator positivo, pelo menos para o público de São Paulo, que é o fato da rádio 89FM (a rádio rock) estar tocando pelo menos uma música de quase todas as bandas que tocariam no festival em sua programação. Foi assim que ouvi Fitz and the Tantrums pela primeira vez e curti, pois achei animado, com alguma coisa de B-52's e/ou talvez Erasure. Enfim, música para dançar...

E lá fomos nós, depois de pegar algum trânsito e chegar um pouco atrasados e perder metade do show, ver a primeira apresentação para nós do festival. E foi tiro certeiro: dançando do início (ou do meio) ao fim e eu que não conhecia muito da banda, gostei do que ouvi. O setlist foi:

1. Get Away 
2. Don't Gotta Work It Out 
3. Break the Walls 
4. Breakin' the Chains of Love 
5. Keepin Our Eyes Out 
6. Spark 
7. Sweet Dreams (Are Made Of This) (cover do Eurythmics)
8. Out of My League - tem vídeo
9. Fools Gold 
10. 6AM 
11. L.O.V.
12. The Walker

Os destaques ficaram para 'Spark', que foi bem a música que eles tocaram quando chegamos ao show e já descemos até o palco pulando; 'Sweet Dreams', numa ótima versão da música do Eurythmics; e claro, o maior hit deles, fechando tudo, 'The Walker', que botou TODO MUNDO para dançar.

Além dos dois vocalistas (principalmente a vocalista, super animados), chama atenção os tons do saxofone preenchendo a música dos caras. Show bom para rever em local menor (não fui aos Lolla Parties), pois seguramente vira uma balada completa.


Nem Liminha Ouviu
Já tinha visto a banda do Tatola da 89FM na abertura do show do Bad Religion e desta vez vi bem pouco, pois estava tendo de cruzar todo o autódromo para buscar meus mangos. Como os horários de todos os shows do palco Onix foram alterados no primeiro dia, calhou deles estarem tocando quando passei e com uma grata surpresa: o Clemente dos Inocentes.

Nem Liminha Ouviu
Eu acho bem divertido uma banda de covers do punk nacional e dancei nas poucas músicas que ouvi da Plebe Rude, Replicantes e Inocentes (talvez fosse interessante tocar mais coisas de outras bandas). O setlist foi:

1. A Face de Deus (Inocentes)
2. Luzes (Plebe Rude)
3. Outono 
4. Tão Perto 
5. Armadilha (Finis Africae com Luiza Possi)
6. Pátria Amada (Inocentes)
7. Este Ano (Plebe Rude)
8. Até Quando Esperar (Plebe Rude)
9. São Paulo (365)
10. Surfista Calhorda (Os Replicantes)
11. Nicotina (Os Replicantes)

Já o outro colunista do blog, acha que o espaço de um festival não deveria ser destinado a uma banda que toca versões e sim a alguma banda com trabalho autoral e que esteja precisando de espaço.

Não concordamos nesta, pois mesmo sendo de versões, acho o trabalho dos caras válido. Primeiro por ser divertido ouvir as músicas que você gosta, seja num show solo ou em um festival. Em segundo lugar, porque também resgata parte da memória do rock nacional. Mas numa coisa concordo com o Zeca Dom, precisamos de mais bandas nacionais em horários de maior expressão no Lollapalooza e uma triste constatação: temos hoje poucas bandas de expressão novas. Esperamos que a 89FM e as outras rádios rock do Brasil ajudem criando estes espaços também.

Alt-J
Esta é outra banda que conheci pela rádio 89FM e só conhecia uma música. Ao meu ver, o Alt-J tocou em um palco grande demais para eles, pois eles tem uma vibe muito particular e meio down, fazendo o show ser legal musicalmente, mas bem baixo em termos de energia.

Alt-J
O setlist foi:

1. Hunger of the Pine 
2. Fitzpleasure 
3. Something Good 
4. Left Hand Free 
5. Dissolve Me 
6. Matilda 
7. Bloodflood Pt. 2 
8. Tessellate 
9. Every Other Freckle 
10. Taro 
11. The Gospel of John Hurt 
12. Lovely Day (cover do Bill Withers) - tem vídeo
13. Nara 
14. Breezeblocks 

Perdi eles tocando a única música que conhecia deles, 'Left Hand Free', mas de fato esta música tem uma energia muito diferente do resto do repertório deles. Não foi um show chato, mas ficou meio deslocado no dia.


Kasabian
O Kasabian, para mim e para muitos, fez se não o melhor, um dos melhores shows do festival. Boas músicas, tecnicamente perfeitos, boa energia e mesmo mandando várias do último álbum, o público pulou e correspondeu o show todo.
Kasabian

O setlist foi:
1. Bumblebeee 
2. Shoot the Runner 
3. Underdog 
4. Days Are Forgotten 
5. I.D. 
6. Eez-eh 
7. Club Foot 
8. Treat - tem vídeo
9. Empire 
10. Fire 
11. Stevie 
12. Vlad the Impaler 
13. Praise You (cover do Fatboy Slim)
14. L.S.F. (Lost Souls Forever) 

O guitarrista é uma atração a parte, tocando além da guitarra, sintetizadores, cantando e/ou apenas dançando em cima do palco. Ele busca o público e coloca na mesma energia do show. É um som com mais pegada que as bandas indie, mas ainda com pouca guitarra em alguns momentos. E em outros momentos, fazendo um som mais pra New Order, como pode ser visto em 'Treat' no vídeo abaixo.

Aconselho que caso tenha a oportunidade, que vão ver este show. Vale muito a pena!


Robert Plant
Eu poderia dizer que o Robert Plant, assim como o Alt-J ficou deslocado, mas não é verdade. Apesar do som mais lento, se comparado a outras atrações, o ex-vocalista do Led Zeppelin e a banda que o acompanhava apresentaram um som altamente elaborado, refinado, de bom gosto e recheado de arranjos, riffs, trechos de músicas e músicas completas do próprio Led Zeppelin.

E alguém que cantava e nos apresenta com alguns dos maiores clássicos da história da música, pode tudo. O setlist foi:

Robert Plant
1. Babe, I'm Gonna Leave You (cover da Joan Baez)
2. Rainbow 
3. Black Dog / Arbaden (Maggie's Baby) (Led Zeppelin)
4. Turn It Up 
5. Going to California (Led Zeppelin)
6. Spoonful (cover do Willie Dixon)
7. The Lemon Song (Led Zeppelin)
8. Little Maggie 
9. What Is and What Should Never Be (Led Zeppelin)
10. Fixin' to Die (cover do Bukka White)
11. Whole Lotta Love (Led Zeppelin) - tem vídeo
12. Rock and Roll (Led Zeppelin - bis)

Muito do público que lá estava, foi para ver o artista mais velho do festival, em busca dos clássicos. E quem foi em busca disso, viu o que queria. A banda muito azeitada, deixou por seis vezes a platéia toda em êxtase. E se não se via grandes comoções, air guitar tinha para tudo que era lado.

Robert Plant é um artista que merece ser prestigiado enquanto estiver em atividade, pois sua voz continua inigualável. Uma tunrê com quem sobrou do Led, por favor Mr. Plant?


Skrillex
No Lollapalooza de 2012, indo ver o Jane's Addiction, passei ao lado da tenda eletrônica e vi pela primeira vez na vida o DJ Skrillex e achei de uma energia louca. Por isso, resolvi dar uma olhada na sua performance nesta edição do festival, que desta vez foi em um palco.

A verdade é que via uma multidão dançando efusivamente na frente do palco e não entendia, pois o som do cara ou é complexo demais ou é para outra geração ou é só ruim mesmo. A intensidade e a energia continuam a mesma, mas o som em si não dá para digerir. Se alguém entende o que ele faz nas pickups, por favor me explica.

Para ter uma ideia, olha a quantidade de coisa que ele tocou:

1. Take Ü There (Jack Ü)
2. Airborne (Zomboy)
3. Collard Greens (ScHoolboy Q)
4. Legends (Yellow Claw)
5. All Is Fair in Love and Brostep 
6. Club Action (Yö)
7. Burial (Yogi)
8. Work (A$AP Ferg)
Skrillex
9. Febreze (Jack Ü)
10. Wild (MUST DIE! Remix - Snails)
11. Ragga Bomb 
12. Badman Sound (Doctor P)
13. 7/11 (Beyoncé)
14. Prison Riot (Flosstradamus)
15. First of the Year (Equinox) 
16. Recess 
17. Black Horse 
18. Fat Lip (Sum 41)
19. Turn Down for What (DJ Snake & Lil Jon)
20. Get Low (Dillon Francis)
21. Animals (Martin Garrix)
22. The Crowd (GTA)
23. All I Ask of You 
24. Internet Friends (Knife Party)
25. Recess (Valentino Khan Remix)
26. Spooks 
27. Try It Out 
28. Wild For the Night 
29. Make It Bun Dem (Skrillex & Damian "Jr. Gong" Marley)
30. Blender (Bar 9)
31. On Your Mark (Wiwek)
32. The Devil's Den 
33. Push It (Salt‐N‐Pepa)
34. Harder, Better, Faster, Stronger (Daft Punk)
35. No Type (Rae Sremmurd)
36. CoCo (O.T. Genasis)
37. Circle Of Life (Carmen Twillie and Lebo M)
38. King Of Africa (Douster)
39. Chambacu (Schlachthofbronx)
40. Heads Will Roll (Yeah Yeah Yeahs)
41. We Are Your Friends (Justice)
42. Gonna Make You Sweat (C+C Music Factory)
43. Breakn' a Sweat 
44. Summer (Calvin Harris)
45. Scary Monsters and Nice Sprites 
46. Promises (NERO)
47. Scary Bolly Dub 
48. Ease My Mind 
49. All I Do Is Win (DJ Khaled)
50. Dirty Vibe 
51. Peanut Butter Jelly Time 
52. Guappa (Boaz van de Beatz)
53. Wild For the Night 
54. This Is Why I'm Hot (Mims)
55. Hot N*gga (Bobby Shmurda)
56. Boss Mode (Knife Party)
57. Kyoto 
58. Aerodynamic (Daft Punk)
59. Salt Shaker (Ultimate Saltshaker - Ying Yang Twins)
60. Express Yourself (Diplo)
61. Bangarang 
62. Cinema (Benny Benassi)
63. Clarity (Zedd)
64. Stay The Night (Zedd)
65. Gem Shards (MUST DIE!)
66. Levels (Avicii)

Kongos
Depois de não entender o que o Skrillex fazia, fui ver o Kongos, onde parte da turma estava. E confesso, que mais uma banda que conheci pela rádio 89FM e não tinha gostado muito, fez um show interessante, ainda mais depois de entender que eram todos britânicos criados na África do Sul, colocando um contexto na sanfona.

Um show simples, de uma banda que precisa melhorar ainda, pois o som tem alguns buracos. Mas que tem um repertório interessante, que é capaz de fazer um público razoável pular bastante. O setlist foi:
Kongos

1. Hey I Don't Know 
2. Sex on the Radio 
3. Kids These Days 
4. I Don't Mind 
5. It's a Good Life 
6. Come With Me Now 
7. Come Together (cover dos Beatles)
8. I Want to Know - tem vídeo
9. Take It from Me 
10. I'm Only Joking 
11. Blue Monday (cover do New Order)

Além das músicas já mais conhecidas, 'Come With Me Now' e 'I Want To Know', duas versões marcaram o show. 'Come Together' dos Beatles deixou o público lá em cima entre os dois hits. O show continuou bem, mas terminou em êxtase com 'Blue Monday' do New Order, arrebatando alguns novos (mas não tão jovens) fãs para a banda.

Estes caras ainda tem um bom caminho pela frente, mas o futuro parece ser interessante para eles. E digo, no palco, eles me lembram algo do Kings of Leon, quando os vi pela primeira vez.


Bastille
Outra banda conhecida pela rádio 89FM e com algumas músicas interessantes. O resultado do show já nem foi tão interessante assim.

O setlist foi:
Bastille

1. Bad Blood 
2. Weight of Living, Pt. II 
3. Laura Palmer - tem vídeo
4. Overjoyed 
5. Poet 
6. Things We Lost in the Fire 
7. The Driver 
8. No Angels 
9. These Streets 
10. The Silence 
11. Oblivion 
12. Laughter Lines 
13. Icarus 
14. The Draw 
15. Flaws 
16. Of the Night 
17. Pompeii 

Só vi as quatro primeiras músicas do show e perdi o principal hit, 'Pompeii', que como já esperado ficaria pro final. Sobre a banda, o vocalista tem uma voz bastante interessante, mas o som deles é um pop e achei bem ruim o que ouvi. Sem muita originalidade e meio chato. Bem farofa para dizer a verdade. Não deve merecer uma presença minha em outra apresentação da banda. Quem sabe em outro festival.


Jack White
Jack White seria o Skrillex do rock and roll neste festival, guardada as devidas proporções e importância musical. O que quero dizer com isso é que o som dele também é um tanto complexo. Rock and roll na veia, que assim como o Neil Young, não precisa de um super palco para fazer um grande show. Meio palco da principal plataforma do festival, luz com uma única cor, muita distorção na guitarra, telão preto e branco, muita complexidade nos arranjos e um setlist com clássicos das bandas dele e da carreira solo:

1. Icky Thump (The White Stripes)
2. High Ball Stepper 
3. Lazaretto 
Jack White e banda
4. Hotel Yorba (The White Stripes)
5. Temporary Ground 
6. Weep Themselves to Sleep 
7. Cannon/Dead Leaves and the Dirty Ground/Screwdriver (The White Stripes)
8. Just One Drink 
9. Steady, As She Goes (The Raconteurs)
10. Love Interruption 
11. We're Going to Be Friends (The White Stripes)
12. Fell in Love With a Girl (The White Stripes)
13. Black Math (The White Stripes)
14. Three Women 
15. Missing Pieces 
16. Top Yourself (The Raconteurs)
17. I'm Slowly Turning Into You (The White Stripes - bis) - tem vídeo
18. Would You Fight for My Love? (bis)
19. That Black Bat Licorice (bis)
20. Ball and Biscuit (The White Stripes - bis)
21. Seven Nation Army (The White Stripes - bis)

O que chama mais atenção no show é a quantidade de arranjos, de notas, tocadas não só pelo próprio Jack White, mas toda a banda. A backing vocal, tocando também violino é uma bela adição ao show e dá um tempero especial ao som. O resto da banda, igualmente foda como o Jack White.

A melhor apresentação (ou uma das melhores) para terminar o primeiro dia do festival e mostrar que o rock and roll clássico ainda tem representantes, mostrando que ainda há guitarra no que é feito de novo e nos ajudando a entender o que faltou nas outras apresentações: GUITARRA!!!!!