quarta-feira, 17 de agosto de 2011

2003 - Capítulo I: Descobrindo o Axé

O ano de 2003 foi o ano das coisas inusitadas! Pelo menos em quesito de shows! Entre os shows de 2001 e estes de 2003 eu fui morar nos EUA, voltei, consegui meu primeiro estágio que de fato curtia (desta vez na iniciativa privada, diferente dos outros no serviço público e já no mercado mobile).

Capítulo I - Descobrindo o Axé
E para começar o ano começou a pressão dos amigos: vamos ao carnaval de Salvador? Eu? Gosto de rock! Sai pra lá! Mas a pressão continuou e eu cedi! Sim...acho que com o tempo vamos ficando menos intolerantes e abre-se a possibilidade de se provar coisas novas. E lá fui eu com um bando de amigo ficar na casa do grande Amílcar (esse sim...).

Foram 6 dias de uma maratona regada a álcool e farra! E para os que já estão me criticando, eu curti pacas! Depois de 2 dias já sabia todas as letras e as coreografias. O fato de ter ido a blocos onde em 3 dias vimos André Lelis e em outros 3 Asa de Águia não fez a menor diferença (óbvio que como em outros mercados, algumas bandas são maiores que outras por ter mais hits, empolgar mais a galera, etc. e por isso não há dúvidas de que os 3 dias de Asa de Águia foram melhores...), pois o que importava era a farra!

E para terminar o carnaval, os dois últimos dias merecem ser contados em detalhes! Acordamos na 3a feira de carnaval, prontos para mais um dia de fortes emoções! Aquele sol, então bora para praia! E por lá ficamos das 10 até umas 17 horas. Voltamos para casa para nos arrumarmos para o carnaval mesmo! E lá fomos nós... Uma noite inteira com André Lélis (ok, importa sim... achava esse cara chato pacas puxando o carnaval).

Fomos para casa por volta das 3 da manhã e direto para piscina, afinal estava calor. De repente alguém teve a idéia maluca de sugerir que fôssemos ao Trivela do Asa de Águia (uma festa fechada com eles tocando) que começaria as 5:30 da manhã. E lá fomos nós... Lembro que quem estava junto era Carolzinha Beira-Mar e suas drogas para aguentar o tranco e Guilherme (tinha mais gente, mas não lembro quem), o mais pilhado do pedaço. Pausa para duas passagens um tanto interessantes durante a tal Trivela:
- Resolvo ir atrás de alguma mulher, afinal sou filho de Deus e também quero beijar na boca! E de longe curto uma! Vou chegando devagarzinho e chego com todo esse molejo que Deus me deu! E depois de alguns minutos percebo que estou dando em cima da namorada do Alexandre Frota (que nessa época já era funkeiro...)! Ok, melhor voltar e só dançar...
- Guilherme vira pra mim e pergunta: tem fogo? Porra negão, tá doido? Eu não fumo! E neste momento avisto Ricardo Chaves que descia do trio depois de uma participação especial! Não tive dúvida: Negão, vai pedir fogo pro Ricardo Chavez, vai! E ele foi! Meteu o braço no meio dos seguranças e pediu! Não conseguiu o que queria, mas recebeu uma saraivada de olhares incrédulos do tipo: porra, logo pra ele você vem pedir!

Saímos do Trivela as 11 da manhã, já com sinais de queimaduras de 3o grau, afinal de contas, que bêbado se lembra de passar protetor solar antes de ir para uma festa as 5:30 da manhã? Mas alguém teve a brilhante idéia de ver o arrastão dos trios, afinal era o encerramento do carnaval! E lá fomos nós... Corremos atrás da Timbalada e da Ivete Sangalo (que maravilha!)!

Ok, McDonalds e hora de voltar para casa, por volta das 4 da tarde! Uma piscina, depois ar-condicionado com aplicação de compressas de chá de camomila por Carolzinha Beira-Mar para tirar a ardência. Mais piscina e alguém vem com uma idéia: bora pro Rock in Rio Café hoje a noite? Pode mandar comprar! E lá fomos nós... Dançamos até as 6 da manhã, depois ver o nascer do Sol em Itapoã, café da manhã e cama...

Foram quase 48 horas direto de festa! E tem gente que diz que carnaval em Salvador não é punk!

PS: relato que acho que axé tem hora e momento! Normalmente carnaval de Salvador e olhe lá! Apesar de ter flexibilizado, não consigo escutar isso no meu dia-a-dia

2 comentários:

  1. tem coisa que machuca o ouvido e alma, mas se a gente se entrega tmbm se diverte... coisa que a gente faz para estar ao lado de quem ama: vai a um show do chiclete com banana... já fui num trio elétrico de axé no Fortal (não lembro quem tocava no trio, mas minha grande amiga de infância morava em Fortaleza na época)... outra vez em Campina Grande-PB, estava em um show do Chiclete com Banana (fiquei sentada conversando com meu tio e minhas amadas primas curtindo a banda).. outra experiência de Chiclete foi num dia antes da Micarê em Brasília (dessa vez foram ossos do ofício na minha época de mobile, no meu caminho até a área de investidores eu parei no marketing por um ano e muitas obrigações como essa)... foi mal, virou um post...

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  2. Post bem-vindo! Vc trabalhou com mobile? Pois é, se joga e deixa rolar...ainda tenho mais uns dois post de axé...mas 3 em 20 anos de shows tá bom, né?

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