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segunda-feira, 6 de março de 2017

Ah o carnaval... de São Paulo

Já são alguns carnavais nas costas. Muitos como folião e alguns tocando. Escrevi nesse blog sobre meu primeiro dia de oficina de percussão, meu primeiro show tocando com o Banga e meu primeiro carnaval tocando também com o Banga.

Mas o carnaval de 2017 foi especial. Não me perguntem o porquê... Mas eu senti isso desde o início de janeiro. Talvez pela proporção que o carnaval tomou, talvez pelos laços que se criaram ou se fortaleceram, talvez pelo trabalho que deu. Talvez por outro motivo também, mas quem passou o carnaval em São Paulo sentiu. Conto um pouco do que eu vi, já que é para isso que este blog serve.

Kid Vinil no show do Chega Mais na Trash 80s
Dia 14/01 abrimos a maratona carnavalesca com um show do Chega Mais no Aurora. LOTADO. Sensação de dever cumprido com todo mundo cantando junto. Dia 24/01 o Chega Mais realizou um sonho de tocar na Trash 80's e com ilustre presença do Kid Vinil. Um marco para um projeto despretensioso, mas que estava tocando com um ícone da música nacional dos anos 80. Ao meu ver, mais um objetivo atingido com gente feliz, dançando e cantando junto do bloco.

Dia 25/01 tem a tradicional festa de pré-carnaval do Banga. Tão para cima e animada que me fez desistir de sair do bloco na temporada 2017/18 (sim, eu estava considerando!). Mais do que entregar a nossa missão de fazer gente feliz, eu fui muito feliz ali dançando junto com a minha fileira como poucas vezes (e olha que eu danço até em ensaio). Caiu a ficha de que o carnaval estava chegando.

Banga na festa pré-carnaval
Aí veio dia 11/02. O tradicional desfile do Banga, neste ano em um formato diferente. Em um local fechado, sem esperar pela prefeitura para fazer a coisa acontecer, já que no último ano a desorganização prejudicou o bloco. Deu certo: lotado, baita apresentação da bateria, muitos sorrisos e muita energia de batuqueiros e público. Deu errado: lotado, muita gente pulou a grade, não conseguiu entrar, lotou. Muita gente reclamou, principalmente nas redes sociais. Aí aconteceu a primeira mágica do carnaval e em uma mobilização de blocos, milhares de comentários lindos surgiram, atestando o que a gente já sabia, que a Oficina de Alegria, produtora do Banga, sempre faz tudo lindo e se algo não funcionou desta vez, foi tentando acertar. E foi aí, depois de alguns anos, que percebi de verdade, que no carnaval, somos todos um só.

Chega Mais na festa Javali
Dia 17/02 o Chega Mais tocou na festa Javali e pelo tamanho da festa esperávamos algo muito bom. Mas foi melhor que o esperado, com nosso primeiro show com bateria microfonada e técnico de som. Melhorando nossa qualidade técnica, ficamos ainda mais orgulhosos do resultado final, mais seguros e mais alegres. É indescritível a sensação de ver gente pulando de felicidade por causa daquilo que você faz parte. Nunca conseguirei descrever, eu acho.

E nesse meio tempo veio a segunda demonstração de que somos todos um. Uma brincadeira. Um baita movimento de tantos amigos para eleger a musa do carnaval. Para o Chega Mais uma divulgação enorme; para quem votou, um gesto de carinho e amizade. A Camila agradece. O bloco inteiro também.

Musa do Chega Mais. Musa do carnaval de rua de SP!
Com o primeiro fim de semana oficial de pré-carnaval teve bloco pequeno, bloco grande. Mas o principal é que teve tanto carinho ao chegar nos blocos, teve tanto abraço por conhecer tantos batuqueiros que estavam ali tocando e mestres e teve tanta gente na rua, que a sensação que me deu é de que todo bloco é uma extensão de outro. Onde um termina, começa outro...

Chegou o carnaval e teve show do Chega Mais no Pasquim dia 25/02, meu aniversário, com problemas de áudio e o nosso mestre e trio de metais mostrando que música é música. E na hora que acontece uma conexão entre público e "artista" (entre aspas, pois a gente só quer levar alegria e não ser artista) está pulsando, a única energia que falta é a elétrica. O resto compensa. Foi verdadeiramente épico!

Dia 26/02 o Chega Mais foi convidado para entrar na casa da Confraria do Pasmado e em 45 minutos, como numa corrida de 200m rasos, fizemos o nosso melhor. Foi a primeira vez que como bateria ficamos em cima do palco e assim presenciar daquela vista privilegiada a explosão de energia que somos capazes de causar.

Bloco Não Serve Mestre
Dia 27/02 foi lindo ver a musa do Chega Mais, carimbando seu novo amor pelo Não Serve Mestre. Mas a vocalista tem dois blocos e ama os dois? Olha, não é só ela! A maioria de nós é promíscuo e tem vários amores. E mesmo debaixo da árvore, foi lindo o show deste bloco que a gente vê nos olhos do "Presida" que é forjado em amor e suor, como vários outros. E ainda teve o Me Lembra Que Eu Vou, com sua bateria colorida e sua mestre linda e sorridente (Sil você é foda!). Como a Confraria do Pasmado onipresente, o dia terminou ao som da bateria impermeável e mais sorrisos de vários, mas menção honrosa ao mestre DX. Olho no olho, sorriso sincero ali tem. É muito carinho recebido, mas também muito para distribuir.

Dia 28/02 foi o último dia oficial do carnaval. Um dia de aprender a receber carinho. Um dia de entender que cidades do interior gostam de se divertir e não tem vergonha de demonstrar emoções. Guaratinguetá, vocês mostraram ao Chega Mais que diversão não tem idade e que o carnaval do interior tem tanta ou mais energia do que o de qualquer outra cidade. E cada agradecimento e pedido de foto foi uma certeza de que a gente é que deveria agradecer vocês. Thaisa, a doida que nos convidou para essa aventura pela segunda vez, nos proporcionou um pouco da certeza de que a gente está fazendo algo certo. Obrigado!

Todo mundo junto e misturado. Te Amo...
Mas Só Como Amigo
Começou o último final de semana do carnaval ou o pós carnaval e dia 04/03 teve arte em forma de batucada do Batucalacatuca e nosso eterno mestre Dudu Fuentes mostrando a beleza do seu novo trabalho. Oficina Dudu? :) Depois teve a Orquestra Voadora num alto astral em forma de música, fantasias, performances e discursos, que eu acho que o paulista que viu, se não conhecia, foi hipnotizado. Que voltem ambos muitas vezes. 

E aí a Xuxa do Chega Mais, Gabi, e uns amigos montaram um bloco que para mim resumiu a energia desse carnaval. Todo mundo junto e misturado tocando, pulando, cantando, sorrindo, bebendo. Cada um tem o(s) seu(s) bloco(s) e todos juntos se amam (Te Amo)... Mas Só Como Amigo. Acho que o público gostou. Mas o pessoal dos blocos amou! rs

O Chega Mais foi o último gole de carnaval (pelo menos para mim). E foi lindo... Por que? Porque eu amo esse bloco e o seu repertório. Porque eu sei o trabalho que deu para chegar ali. Porque eu não só toco feliz, como eu vejo muita gente feliz ao meu redor. Porque eu vejo muita gente chorando emocionada. Porque eu vejo muitos amigos, de blocos ou não, divertindo-se do lado de fora. Porque foi nosso melhor show da temporada. Porque tivemos um bom som. Porque nossa harmonia estava redonda. Porque nosso mestre elevou a qualidade da bateria. Porque tivemos uma boa estrutura. Mas principalmente porque tivemos juntos o momento que justifica todos os ensaios, shows, conversas e esforço do ano. Sempre é legal. Mas este ano, foi especial... 2017!

Objetivo alcançado: felizes!
E não sei se isso já era claro para todo mundo, mas para mim só fez sentido agora. Não importa se você toca ou só vai ver o Chega Mais, o Banga, o Quizomba, o Monobloco, Os Capoeira, o Te Amo... Mas só Como Amigo, o Não Serve Mestre, a Confraria do Pasmado, o Urubó, o Besta É Tu, o Jegue Elétrico, o Me Lembra Que Eu Vou, o Casa Comigo, o Tarado Ni Você, o Bloco do Síndico, o FrancisKryshna ou qualquer outro bloco. O que importa é que estamos juntos nessa. Para mobilizar, para ajudar, para alegrar.

Há quem diga que carnaval em um país em crise não faz sentido. Eu acho que faz ainda mais! Ninguém vive só em crise. O carnaval gera renda. O carnaval de SP usa pouco ou quase nada de dinheiro público. Mas o mais importante, o carnaval leva alegria, felicidade e distribui carinho, coisas que talvez não sejam mensuráveis, mas que seguramente fazem toda a diferença na vida das pessoas.

Que venha 2018!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O Primeiro Carnaval A Gente Não Esquece...

Este é o terceiro post neste blog falando sobre carnaval desde que conheci o Bangalafumenga enquanto batuqueiro. O primeiro relatou minha emoção de ter começado esta jornada. O segundo relatou a ansiedade e a realização do nosso primeiro show no Clube Pinheiros. Seria no mínimo loucura da minha parte se eu não escrevesse algo sobre o meu primeiro carnaval em São Paulo como parte da bateria.

Obrigado multidão!
Passar 4 noites seguidas (por "coincidência" as noites que antecediam ao desfile - que foi parado) sem dormir e acordando durante a noite, sentindo sono e ainda assim sem conseguir pregar o olho. Tudo isso por causa do dia 02 de fevereiro. Dia pelo qual vínhamos ensaiando desde maio (alguns desde 2011) e no qual era a nossa hora de parar de sorrir em um grupo restrito de pessoas e levar estes sorrisos que estampam os nossos rostos para mais gente (cerca de 22 mil pessoas nas ruas da Vila Madalena, segundo estimativas da PM e mais de 20 mil pessoas confirmando a presença no evento no convite oficial do mesmo no Facebook).
 
Os dias que antecederam o meu primeiro carnaval (e da maioria) e o segundo de um grande grupo da bateria de São Paulo foram de ansiedade, assim como contei no post em que falava sobre o show do Pinheiros. A diferença aqui se deu pelo fato de termos uma multidão confirmando presença pelo evento no Facebook, causando uma certa apreensão. E isso não só porque tocaríamos na frente de uma multidão, mas porque sabíamos que o local seria pequeno para tanta gente. Assim sendo, nós batuqueiros e a organização tentamos avisar aos convidados que chegassem cedo. Em vão, pois muita gente acabou não vendo a apresentação pelo fato do local estar simplesmente LOTADO e por isso o trânsito de pessoas ter sido bastante complicado (acho que agora a prefeitura aprendeu o poder da alegria em reunir pessoas).

O sorriso do "palhaço"
Mas nem isso tirou a animação da grande maioria, que agora podemos saber por agradecimentos, posts no Facebook e outras formas de comunicação, que curtiram muito a energia daquele sábado. Onde o sol pegou os desavisados sem filtro solar de surpresa (afinal, no Banga "Todo Dia Tem Céu Azul", já dizia Matheus Von Kruger) e a chuva esperada, assim como em 2011 (onde eu era apenas folião), veio para animar ainda mais todos os que lá estavam querendo pular e se divertir (já durante a apresentação do Sargento Pimenta, quando aproveitamos para curtir e descarregar toda aquela emoção e tensão acumulada).

Poder ajudar na organização dentro do possível e tocar foi uma experiência completa, mas vamos aqui nos concentrar na música. Como em todo show faço, aqui não poderia deixar de apresentar o setlist:
Nosso mestre e nossa voz
  1. Sexta feira
  2. De Amor é Bom
  3. Novidade
  4. Ai Que Saudade D'Ocê
  5. Pelas Ruas
  6. Trem das Onze
  7. Funk dos Orixás
  8. Lourinha Bombril
  9. Fio Maravilha/País Tropical
  10. Canto da Raça/Anunciação
  11. Caminho das Águas
  12. Homenagem aos Batuqueiros
  13. Maracatu Embolado
  14. Moça Bonita/Taxi Lunar
  15. Sempre Tem Céu Azul
  16. Raça
  17. Cirandeiro
  18. Frevo Mulher
  19. Não Quero Dinheiro
  20. Especial Samba
  21. Mineira
  22. Festa Profana
  23. É Hoje
Uma mistura de mestres cariocas e paulistas nos guiando. Baterias do Rio (nosso porto seguro) e de São Paulo (os aprendizes) juntas, independente do nível de conhecimento e prática com os instrumentos, levando uma multidão a gritar após cada música. E pulando até ficar sem fôlego, principalmente em 'Trem das Onze', 'Lourinha Bombril', 'Fio Maravilha/País Tropical', 'Frevo Mulher' e 'Não Quero Dinheiro'. Olhar e ver até a última pessoa onde o seu olhar alcança (devido a uma subida na rua) pulando é demais!

Nosso mestre mirim e mascote não iria nos abandonar
Poder expressar nossa felicidade, empolgação e emoção, que de verdade espero que todos que lá estavam vendo possam ter sentido, em 'Homenagem aos Batuqueiros', quando pulamos e nos divertimos como qualquer outro folião. Poder tirar um momento para se emocionar enquanto tocamos 'Todo Dia Tem Céu Azul', saindo diretamente da voz do compositor (já antes citado Mateus Von Kruger) e deixar as lágrimas saírem durante a música. É o resultado não só de ensaios, mas da união, da amizade, do respeito que surgiu do que poderia ser simplesmente uma oficina de percussão.

Ver nosso mestre Negão e nossa voz Rodrigo Maranhão pulando de um lado para o outro durante a bossa número 1 do samba especial e ter vontade de estar lá no meio pulando com eles. Ver que nosso mestre mirim e mascote Thiaguinho não nos abandonou e surgir nos ombros do mestre Negão e cantando 'Trem das Onze' como se fosse sua música preferida de infância que lhe trazia memórias tão saudosas de sua vida, claramente envolvido naquela atmosfera. Dar um abraço em cada um ao final do show e dar um abraço coletivo, vendo mestres e batuqueiros com sorrisos felizes e com o sentimento de missão cumprida no olhar. Querer que toda a multidão nos abraçasse e pulasse junto conosco. Esse é o Banga!

Que venha o carnaval do Rio, onde vou poder ter a sensação do meu primeiro carnaval novamente, graças ao mestre Joãzinho (Gracie) Di Sabbato e seu convite para integrar o naipe carioca das caixas (sempre como aprendiz e apaixonado por esta nova brincadeira). E que venha 2013 inteiro com novos batuqueiros, outros shows, mais ensaios abertos e toda a preparação para 2014, quando se a prefeitura deixar, teremos mais de 20 mil foliões pulando ao mesmo tempo.

Mas antes disso que venha o Jamiroquai na quinta feira, pois este blog já estava sentindo falta dos shows...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Carnaval Já Começou?

Desde que voltei do carnaval deste ano, tenho pensado em escrever um post sobre esta festa que eu tanto gosto. Mas o tempo foi passando e perdi o timing para escrever sobre o tema. Inclusive faz tempo que venho escrevendo só sobre shows e esquecendo as músicas e os afins. Como um dos compromissos que tenho comigo mesmo para 2012 é recuperar um pouco os temas adjacentes deste blog, hoje um post sobre música e sobre o carnaval.

Mas vai falar sobre carnaval em maio? Praticamente, mas na verdade sobre música, pois ontem tive minha primeira participação na oficina de batuque do Bangalafumenga (um dos tradicionais blocos de carnaval do Rio de Janeiro). Roubando do grupo do Facebook parte da definição/descrição deste nome: "No dicionário, Bangalafumenga quer dizer um indivíduo sem importância, um "João Ninguém". Na tradição do nosso samba, era o nome dado às casas do Rio Antigo que abrigavam as batucadas, numa época em que carregar um violão era caso de polícia."

Durante parte do ano de 2011 ouvia quase todas as semanas uma amiga minha (sim, você Janaina!), paulista, mas mais viciada no carnaval do Rio que eu (conforme citado em posts anteriores: carioca de nascença, brasiliense de criação, paulista por opção: cidadão do mundo com muito orgulho), falar todos os dias que eu deveria participar da oficina do Banga. 2011 foi um ano complicado e apesar de ter tentado vários dias, só consegui ir conferir o último ensaio aberto dos batuqueiros. Depois fui vê-los na Vila Madalena. E como todo bloco de carnaval bem feito, é uma energia incrível. E ver a alegria dos batuqueiros (principalmente da dona Janaina - segunda citação) que estavam tocando pela primeira vez ao público me fez querer participar daquilo em 2012.

Eu sou um viciado em música! Apesar de não gostar de todos os estilos (não me gabo de ser eclético como muita gente por aí), meu gosto abrange uma certa variedade de sons feitos por aí (do rock ao samba, passando por alguns outros ritmos nacionais). A percussão já tem um espaço especial na minha vida nos últimos anos com as minhas aulas semanais (ou quase sempre semanais) de bateria com o mestre Sandro Grineberg. Então juntou carnaval, percussão, diversão? Tô dentro! E para deixar mais especial ainda juntaram-se os amigos: que lá já estavam (Janaina - terceira citação e Raphael com PH) e outros que decidiram entrar também (Beta, Renato e Samanta). E grata surpresa ao chegar ao primeiro encontro desta oficina e ainda encontrar outros amigos de forma inesperada! Sensação de que as terças serão pelo menos divertidas com pessoas queridas por perto (e ainda tem muita gente pra conhecer)!

Sobre o primeiro dia da oficina? Peguei a caixa, na esperança de que meu lado baterista amador me ajude um pouco e também na esperança de quem sabe me tornar um melhor baterista por conta do batuque! Fiquei animado! Primeiro encontro com muita informação e muito exercício repetitivo! Mas a primeira sensação de fazer um som (mesmo com todos ainda descobrindo como aquilo funcionava) com todos os instrumentos é indescritível. Ficou a certeza de que fiz uma aposta certa para as minhas terças-feiras.

Algo que seguramente fará bem pra minha alma! Viva a música! Viva a percussão! Viva o batuque (minha nova paixão a primeira vista!)! E sim, o carnaval 2013 JÁ COMEÇOU!

Só para manter a tradição dos posts, abaixo um vídeo do carnaval deste ano. Não é do Banga e sim do Sargento Pimenta (bloco novo do carnaval carioca que toca Beatles). Mas como eu gosto dos meus vídeos amadores, segue a filmagem apenas para dar o gostinho ao fundo desta festa tão sensacional!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Monobloco - 28/01/2012

Esse show do Monobloco não foi apenas mais um show! Foi também a despedida de número 4 que fiz do meu emprego, que larguei depois de praticamente 8 anos. Foi não só uma despedida, mas uma forma de lavar a alma e largar muita energia antiga, além de dar boas vindas a esta nova fase, que só Deus sabe o que me reserva (neste momento estou curtindo somente descanso...).

A noite começou com o DJ Creolina tocando vários sambas e clássicas do rock/pop nacional, que eu não ouvia num show ou balada há muito tempo. O cara tocou 'ska' do Paralamas! A galera aqueceu bem e logo na sequência, a 1:30 da manhã, o Monobloco entrou no palco do Citibank Hall.

O show foi como todo outro show do Monobloco: energia bombando, todo mundo dançando e lista de músicas padrão. Duas diferenças marcaram esta noite: a minha despedida e o fato deste ter sido o último show do Monobloco no Citibank Hall (vão acontecer outros eventos na casa, mas serão os últimos, pois infelizmente esta casa de shows vai dar lugar a mais um edifício em São Paulo).

Então assim fomos até o fim do show. Ok, acabou, certo? Não... A banda toda volta para o palco e anuncia que por este ser o último show no Citibank Hall, que eles irão tocar um pouco mais. E assim foi, por mais 30 minutos. E durante estes 30 minutos a bateria tocou no chão, no meio de toda a platéia.

Mas não parou por aí! A balada seguiu com a bateria saindo as 4:30 da manhã para o estacionamento da casa de shows, com a maior parte da platéia ainda seguindo, em puro clima de carnaval. E o carnaval tá chegando... E repito: todo mundo tem de ir ver o Monobloco uma vez na vida ou talvez todo mês, toda semana...

Dois vídeos para matar o post: o vídeo de 'Chove Chuva' (muito adequado por sinal, porque chuva ajuda a lavar a alma como eu bem queria...) e do batuque da bateria no meio da galera. Energia boa! E QUE VENHA O CARNAVAL!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

2005 - Capítulo I: A segunda chance do Axé

O ano de 2005 foi bem agitado! Se você for ver a lista de shows vistos no link ao lado direito da página, vai ver o que negócio foi intenso e diversificado! E claramente tem muitas histórias boas, como sempre! Então comecemos pela segunda chance dada ao axé, pois foi a primeira coisa que ouvi no ano!

- Capítulo I: A segunda chance do Axé
Eu confesso, curti a farra do carnaval de Salvador! E já morando em São Paulo, nada melhor que misturar o grupo original de Brasília e novos amigos de São Paulo e fazer uma bagunça ainda maior! E assim foi! 6 dias de acabação, que no final do evento me levaram direto ao hospital com faringite de novo (sim, da primeira vez que fui eu também saí do aeroporto direto ao hospital com a mesma coisa).

Dessa vez já tínhamos mais dinheiro, então fomos curtir um pouco de tudo.
- 1o dia: Araketu - de tudo que já vi por lá, achei o mais caído. Pouco animado e é isso que conta, não?
- 2o dia: Ivete Sangalo - a mulher é foda mesmo! Além de ser um mulherão, ela sabe animar o povo! Acho que até por ela ser animada demais. Não para nunca!
- 3o dia: camarote para acalmar o corpo já pedindo arrego
- 4o dia: Asa de Águia - queríamos ver de novo a banda que tanto animou o carnaval de 2003. Mas foi bom pra ver que dois anos fazem diferença e as pessoas cansam. O vocalista já praticamente não conseguia cantar e sem a empolgação dele, a da galera também broxou!
- 5o dia: Jammil - SENSACIONAL! Mais abaixo conto o porquê!
- 6o dia: Chiclete com Banana - olha, acho que me arrepender é pouco de ter ido nesse dia! O desânimo dos foliões era tanto, que você podia ouvir o pé das pessoas se arrastando no chão! Foi terrível. Junto este a outro dia já comentado neste blog, que deveria ter ficado em casa!

Mas então por que o tal Jammil foi tão bom? Primeiro porque o meu querido amigo Amilcar é um grande barman e fez um drink daqueles que te faz chegar bebado na bagaça já! Aqui vai a receita:
- Pegue uma garrafa pet 2 litros de refrigerante e corte no meio
- Vire uma lata de energético dentro
- Vire um pouco de guaraná dentro
- Vire bastante vodka dentro
- Vá bebendo no taxi

Cheguei feliz que só vendo na tal concentração! A música começou! A parte musical merece atenção também e é o segundo ponto importante, pois os caras por não serem das bandas maiores tocam de tudo! Tocam músicas deles, de outras bandas e até uns rocks no meio!

Terceiro ponto importante se dá pelo fato de existir uma música chamada 'Lança Lança'! Esta música foi censurada do carnaval por tratar de lança-perfume, o que foi negado pela banda! PUTA cara-de-pau dos caras! Segue abaixo a letra e tire suas próprias conclusões!

Cheiro bom que vem lá da Argentina
Que eu comprei lá no Paraguai
Que eu botei no seu lencinho menina
Te roubei um beijo e você pediu mais
Tem água de beber, tem água de tomar
Tem água de comer e água pra se embebedar
Água de beber, água de tomar
Água de comer e água pra se embebedar
Lança, Lança, lança, lança, lança seu olhar em mim
Lança, lança se balança cuidado pra não cair
Lança, lança, lança, lança, lança seu olhar em mim
Lança, lança se balança cuidado pra não cair
Depois segure a cabeça pra não perder o juízo
Não me responsabilizo se você ficar mal
Eu adoro o cheiro desse perfume
Mais segure o seu ciúme pois é Carnaval

E aí? Você acha mesmo que não é sobre lança-perfume? Fato é, a banda tocava só o ritmo da música e mesmo sem letra (pois estava censurada), dois dias depois eu já sabia a letra toda! Foi a sensação da folia essa música!

Em quarto e último lugar, neste dia caiu uma chuva daquelas! Eu, meus amigos, bebados, tomando chuva e ouvindo 'Lança Lança' (só ouvindo! Lembro que sempre fui e continuo mega careta)! Pulei até depois que a música acabou! E digo: foi sensacional!!!!

E tirando uma experiência com amigos de infância em 2011, esta foi minha última experiência com shows de música baiana!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

2003 - Capítulo I: Descobrindo o Axé

O ano de 2003 foi o ano das coisas inusitadas! Pelo menos em quesito de shows! Entre os shows de 2001 e estes de 2003 eu fui morar nos EUA, voltei, consegui meu primeiro estágio que de fato curtia (desta vez na iniciativa privada, diferente dos outros no serviço público e já no mercado mobile).

Capítulo I - Descobrindo o Axé
E para começar o ano começou a pressão dos amigos: vamos ao carnaval de Salvador? Eu? Gosto de rock! Sai pra lá! Mas a pressão continuou e eu cedi! Sim...acho que com o tempo vamos ficando menos intolerantes e abre-se a possibilidade de se provar coisas novas. E lá fui eu com um bando de amigo ficar na casa do grande Amílcar (esse sim...).

Foram 6 dias de uma maratona regada a álcool e farra! E para os que já estão me criticando, eu curti pacas! Depois de 2 dias já sabia todas as letras e as coreografias. O fato de ter ido a blocos onde em 3 dias vimos André Lelis e em outros 3 Asa de Águia não fez a menor diferença (óbvio que como em outros mercados, algumas bandas são maiores que outras por ter mais hits, empolgar mais a galera, etc. e por isso não há dúvidas de que os 3 dias de Asa de Águia foram melhores...), pois o que importava era a farra!

E para terminar o carnaval, os dois últimos dias merecem ser contados em detalhes! Acordamos na 3a feira de carnaval, prontos para mais um dia de fortes emoções! Aquele sol, então bora para praia! E por lá ficamos das 10 até umas 17 horas. Voltamos para casa para nos arrumarmos para o carnaval mesmo! E lá fomos nós... Uma noite inteira com André Lélis (ok, importa sim... achava esse cara chato pacas puxando o carnaval).

Fomos para casa por volta das 3 da manhã e direto para piscina, afinal estava calor. De repente alguém teve a idéia maluca de sugerir que fôssemos ao Trivela do Asa de Águia (uma festa fechada com eles tocando) que começaria as 5:30 da manhã. E lá fomos nós... Lembro que quem estava junto era Carolzinha Beira-Mar e suas drogas para aguentar o tranco e Guilherme (tinha mais gente, mas não lembro quem), o mais pilhado do pedaço. Pausa para duas passagens um tanto interessantes durante a tal Trivela:
- Resolvo ir atrás de alguma mulher, afinal sou filho de Deus e também quero beijar na boca! E de longe curto uma! Vou chegando devagarzinho e chego com todo esse molejo que Deus me deu! E depois de alguns minutos percebo que estou dando em cima da namorada do Alexandre Frota (que nessa época já era funkeiro...)! Ok, melhor voltar e só dançar...
- Guilherme vira pra mim e pergunta: tem fogo? Porra negão, tá doido? Eu não fumo! E neste momento avisto Ricardo Chaves que descia do trio depois de uma participação especial! Não tive dúvida: Negão, vai pedir fogo pro Ricardo Chavez, vai! E ele foi! Meteu o braço no meio dos seguranças e pediu! Não conseguiu o que queria, mas recebeu uma saraivada de olhares incrédulos do tipo: porra, logo pra ele você vem pedir!

Saímos do Trivela as 11 da manhã, já com sinais de queimaduras de 3o grau, afinal de contas, que bêbado se lembra de passar protetor solar antes de ir para uma festa as 5:30 da manhã? Mas alguém teve a brilhante idéia de ver o arrastão dos trios, afinal era o encerramento do carnaval! E lá fomos nós... Corremos atrás da Timbalada e da Ivete Sangalo (que maravilha!)!

Ok, McDonalds e hora de voltar para casa, por volta das 4 da tarde! Uma piscina, depois ar-condicionado com aplicação de compressas de chá de camomila por Carolzinha Beira-Mar para tirar a ardência. Mais piscina e alguém vem com uma idéia: bora pro Rock in Rio Café hoje a noite? Pode mandar comprar! E lá fomos nós... Dançamos até as 6 da manhã, depois ver o nascer do Sol em Itapoã, café da manhã e cama...

Foram quase 48 horas direto de festa! E tem gente que diz que carnaval em Salvador não é punk!

PS: relato que acho que axé tem hora e momento! Normalmente carnaval de Salvador e olhe lá! Apesar de ter flexibilizado, não consigo escutar isso no meu dia-a-dia