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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Faith no More - 14/11/2011

ALELUIA! Chegamos ao último show da noite, do SWU! O 171o show da minha vida! Bora Faith no More! Toca! E acaba logo, que eu to morrendo porra! E não é que arranjei forças para pular? Na hora da empolgação a gente esquece a merda toda e o buraco em que você está (literalmente vimos o show numa das depressões do asfalto da área dos shows, dentro de uma poça d'água: buraco).

Depois de um dito poeta pernambucano proferir suas palavras em alguns momentos sábias, em outros somente divertidas e em outras sem qualquer sentido, a banda veio ao palco! E que palco! Nota 10 para a produção!

Meu cunhado me disse que a idéia foi roubada da banda dele! Se fudeu negão! Chegou atrasado. Mas de fato fazer uma apresentação toda branca (roupas e palco), com flores foi sensacional. Fiquei sem entender no começo se era uma comemoração de ano novo e teríamos contagem regressiva, um enterro (apesar de no enterro todo mundo ir de roupa escura, né?) ou um terreiro de macumba! Ponto para a última opção! Mas só ficou mesmo claro depois que o nosso anfitrião, Mike Patton, entrou todo de branco, bengala, mancando e charuto na boca.

O setlist foi:
1) Woodpecker From Mars (com Delilah's Tom Jones Snippet)
2) From Out of Nowhere
3) Last Cup of Sorrow
4) Caffeine
5) Evidence (com partes em português)
6) Midlife Crisis
7) Cuckoo for Caca
8) Easy (cover do Commodores)
9) Surprise! You're Dead!
10) Ashes to Ashes
11) The Gentle Art of Making Enemies
12) King for a Day
13) Epic
14) Just a Man (com o Coral de Heliópolis)
15) Alguma música que não sei qual foi
16) Digging the Grave
17) This Guy's in Love with You (cover do Burt Bacharach)

O show começou com uma porradaria e a música brega da vez que o Faith no More usa para abrir os seus shows! Depois entramos no padrão das músicas conhecidas! E vale tudo no show dos caras! Tocar a maior porrada do mundo, depois a música mais calminha do repertório deles e entrar com outra porrada! Qual a idéia deles para montar os setlists eu não sei.

Mike Patton falou português, cantou em português, interagiu com a platéia reclamando do tempo, apresentando a caipirinha que estava tomando no bis e ainda deu uma de regente do coral de Heliópolis, que cantou a última música antes do bis com a banda (e ficou legal, viu?). Um baita figura, que arrancava risadas ao olhar para a chuva, parar na frente do palco e reclamar "do merda do tempo" e depois dar de ombros. Um verdadeiro mestre de cerimônias.

O show em si falhou no setlist, na minha opinião. Num show tão porrada deixaram de fora We Care a Lot. Além disso, em alguns momentos, parecia mais que estávamos vendo o show do Fantomas (projeto paralelo do Mike Patton). Gritos, guitarras distorcidas e desencontradas do resto dos instrumentos e uma doideira difícil de entender (alguma semelhança com Sonic Youth?). Mas um bom show. Pior do que aquele que eu vi há alguns anos atrás na Chácara do Joquei, fato.

Ápice claro ficou para Epic, primeira música da banda que fez sucesso! Mas acho que foi o único momento de êxtase. De resto todos cantaram Easy e outras músicas mais famosas, mas sem tanta empolgação ou aquela devoção vista em Epic e em outros shows da noite.

Porra! Caralho! E o show foi divertido afinal! Uma ótima forma de terminar o SWU! Um bom show de música e uma grande apresentação do figura da noite, Mike Patton!

E chega! Bora dirigir até em casa, mas não sem antes sair com cuidado do estacionamento para não atolar! E depois comer no New Dog! Deitar às 7 da manhã na cama com sentimento de que foi sensacional e de que ainda existe algum espírito jovem em mim que me fez aguentar a maratona e ainda querer mais.

E fica o vídeo de From Out of Nowhere para fechar a maratona! Com braços doídos, imagens tremidas e com vídeo e som sem aquela qualidade! Mas no final, o registro era o que importava. A qualidade ficou pro próximo festival! Rs

Alice in Chains - 14/11/2011

O Alice in Chains foi o penúltimo show do SWU! A essa altura do campeonato eu já estava ensopado! O frio chegava a passos largos e o cansaço estava me matando (já ficava mais tempo com os meus pés de lado para evitar ter de pisar com eles, pois a dor estava foda). Tudo o que eu queria era um show animado! Mas não! O Alice in Chais é bom, mas não é animado!

Mais uma banda onde estávamos vendo o cover premium! O único sobrevivente da formação original da banda era o Jerry Cantrell. Tudo bem, pois ele sempre foi o dono da banda e principal compositor, mas o que estávamos vendo ali era o Alice in Chains parte 2. É uma banda totalmente diferente. Dos vocais sombrios, sem expressão, meio roucos do Layne Staley, passamos aos vocais potentes do negão William DuVall. O vocal não mudou muito, mas a presença de palco sim! E quanta diferença! O novo vocal é mais simpático, menos baixo astral e ainda toca uma guitarrinha safada, com direito a uns solos no meio do show!

Acho que é sim uma banda nova. O Jerry Cantrell viu que tinha mais chance de continuar fazendo dinheiro usando o nome Alice in Chains, com uma galera nova e tocando as músicas da banda do que saindo em carreira solo (na qual ele já se arriscou e pelo o que eu conheço, manda bem também). Por ser uma banda nova, gravaram disco novo já com essa nova identidade. É diferente, mas a banda manda bem sim e não faz feio frente ao que era feito antigamente, mas de novo: é diferente.

O setlist foi:
1) Them Bones
2) Dam That River
3) Rain When I Die
4) Again
5) Check My Brain
6) It Ain't Like That
7) Your Decision
8) Got Me Wrong
9) We Die Young
10) Last of My Kind
11) Down in a Hole
12) Nutshell (dedicatda ao Layne Staley e Mike Starr)
13) Acid Bubble
14) Angry Chair
15) Man in the Box
16) Rooster
17) No Excuses
18) Would?

Este show já foi mais longo! E na verdade tudo que eu queria era um show mais curto! Tava frio porra! Para falar a verdade, apesar de gostar do som e passar a apresentação toda fazendo comparações, a verdade é que naquele momento achei o show uma merda. As músicas são lentas para o estado de espírito que estava. Já ontem, vi pela TV a reapresentação do show e achei do caralho!

Durante toda a apresentação, a banda interagiu um pouco com a galera. O Jerry Cantrell parecia de fato emocionado em estar de volta ao Brasil (apesar da gente sempre achar que no Brasil é especial e saber que não é assim). A última vez da banda aqui tinha sido num Hollywood Rock com o Nirvana em 93, se não me engano.

Todos os hits da banda estavam presentes e mais uma vez: ponto alto para Man in the Box, esperado por todos! Mas o fechamento do show com Would? foi sensacional! Adoro essa música e curti mais que no Man in the Box, já no caminho para o outro palco para a apresentação do Faith no More.

Abaixo o vídeo da música It Ain't Like That. Dá pra ver bem o som da banda nova toda junta, vocal novo e duas guitarras! Foi mal aí pela grua da Globo no meio direto e pela chuva que arrebentou a imagem e o som em alguns momentos também.

Stone Temple Pilots - 14/11/2011

Meu segundo show do Stone Temple Pilots. O primeiro havia sido no Via Funchal e foi muito bom! Logo, grandes expectativas sobre esta apresentação! E expectativas totalmente atingidas e quem sabe superadas! Grande show!

Scott Weiland apresentou-se em grande forma! Muito melhor do que a apresentação anterior no Via Funchal (na qual para falar a verdade ela estava quase morrendo no fim do show). E o Stone Temple Pilots foi uma das poucas, se não a única banda a tocar com a formação 100% original. E vamos combinar, faz toda a diferença.

O setlist foi:
1) Crackerman
2) Wicked Garden
3) Vasoline
4) Heaven & Hot Rods
5) Between the Lines
6) Big Empty
7) Silvergun Superman
8) Plush
9) Interstate Love Song
10) Big Bang Baby
11) Sex Type Thing
12) Trippin' on a Hole in a Paper Heart

Eu particularmente gosto de todas as músicas que tocaram! Pode ter faltado uma ou outra, mas o setlist foi animal! Também um show mais curto do que o que eu tinha visto quase um ano antes, mas cobriu bem tudo (comentário a parte que não fiz em nenhum post foi que com a quantidade de shows que o SWU colocou no lineup, se por um lado por vezes era frustrante ver um show mais curto, eles tinham de ser assim. Não havia a menor possibilidade de serem todos shows mais longos, pois não ia ter energia que aguentasse. Logo, era como se estivéssemos assistindo aos melhores momentos de várias bandas e passa para a próxima. Eu gostei da fórmula. Se alguém gostou do que viu, tenta ver de novo em outra ocasião o show completo).

E assim como o Andre Mertens achou que o Pearl Jam tocou State of Love and Trust no último show em São Paulo como presente de aniversário para ele, o desgraçado/borrado/cagão pediu tanto que os caras tocaram Big Bang Baby! Para a sorte de todos nós! Obrigado André!

A banda estava toda entrosada, tocando as músicas antigas e novas sem nenhum erro aparente. Momento mais alto claro para Plush, que todo mundo conhecia e cantou junto (apesar de não ser minha música favorita, é legal cantar com a galera). O Scott Weiland parecia meio perdido entre as músicas, com o setlist, mas não sei se efeito de algum entorpecente ou se ele ficou assim depois de tanta droga consumida nos últimos anos!

Na minha opinião um dos shows mais divertidos do SWU! E nesse show, a chuva que só apertava, parecia que tinha vindo para lavar a alma e fazer a apresentação ainda mais especial! Bom demais!

Abaixo o vídeo de Interstate Love Song, uma das minhas favoritas! Todo mundo cantando junto!

Megadeth - 14/11/2011

Megadeth tinha vindo ao Brasil e 2010 e eu perdi o show. Dessa vez, querendo ou não, lá estava eu para ver a banda do Dave Mustane no SWU. Ex-guitarrista do Metallica, líder de uma das maiores bandas de heavy metal que existem, cocker spaniel quando canta os cabelos todos na cara ou sósia do Roberto Leal. Qualquer faceta que você prefira, o cara é foda.

A primeira curiosidade é saber se ele fala com aquela voz de narrador de trailler de filme de terror sempre. Mas a curiosidade musical vem logo atrás e vou te falar: o show dos caras é bom, viu? Achei muito curto e pelo setlist parece ter sido mesmo (poucas músicas e a sensação de menos de 1 hora de show - não sei se a sensação tá certa ou errada).

O setlist foi:
1) Trust
2) Wake Up Dead
3) Hangar 18
4) A Tout Le Monde
5) Whose Life (Is It Anyways?)
6) Head Crusher
7) Public Enemy No. 1
8) Sweating Bullets
9) Symphony of Destruction
10) Peace Sells
11) Holy Wars... The Punishment Due (bis)

Isso mesmo, 11 músicas. Mas com A Tout Le Monde, Sweating Bullets, Symphony of Destruction e Holy Wars no meio! Então tá bom! O resto é só complemento.

A combinação da noite toda fechada, chuva para caralho e o show meio parecendo filme de terror fizeram bem pacas para a atmosfera da apresentação (sim, to escrevendo tanto, que to comeãndo a inventar umas coisas... Tipo Galvão Bueno chamando lutadores do UFC de Guerreiros do Terceiro Milênio)! Os cabeludos todos indo a loucura e de fato o show foi animal! Um povo da banda parece que ainda tá vivendo um momento meio poser (chega nego! Você toca no Megadeth, não precisa mais desta merda), mas tudo certo!

O Momento PQP da noite ficou por A Tout Le Monde captada em vídeo, sem querer (sim, a gravação dos vídeos é feita de forma aleatória, sendo que de vez quando rola um ABORT no meio). Ainda bem! E a chuva fodendo tudo!

Primus - 14/11/2011

Primus é uma banda que sempre conheci pouco, mas o pouco que conhecia sempre me deixou muito interessado neles, como não podia deixar de ser, pelo baixo do indivíduo que lidera a banda (Les Claypool). Normalmente o baixo é o som mais evidente das músicas, coisa pouca comum nas outras bandas.

O show começa e o figura me entra com uma roupa que mais parecia o Johnny Depp num filme do Tim Burton. Figura engraçada, com uns baixos um tanto particulares e uma forma de tocar nada convencional. O vocal também, feito pelo mesmo baixista, bem diferente (mas acho que ele é todo assim, pois quando ele falava eu não entendia nada mesmo) com dois microfones (sendo que um deles já tinha algum efeito incorporado). Enfim, show de bizarrice.

O setlist foi:
1) Those Damned Blue-Collar Tweekers
2) Pudding Time
3) Prelude to a Crawl
4) Eyes of the Squirrel
5) Wynona's Big Brown Beaver
6) Jilly's on Smack
7) Over The Falls
8) Lee Van Cleef
9) Jerry Was A Race Car Driver
10) My Name Is Mud
11) John the Fisherman

Foi o primeiro show que eu vi mais o telão do que o palco, pois queria ver os closes que eram dados no doido tocando o negócio. Ô dedo rápido do cão! E o cara toca de tudo: baixo normal ou contrabaixo elétrico (toca, bate, esfrega...tanto faz...toca de qualquer maneira) e tira uns sons bem diferentes do bagulho.

O ápice foi na música mais famosa deles, Wynona's Big Brown Beaver, tocada no meio do show. A galera dançando e o Andre me chama atenção para as imagens de um castor no telão de fundo. Aí comecei a reparar no que eles colocavam nos telões e passei a rir durante o show só vendo isso.

Enfim, a banda é muito bizarra. Nas figuras, nas músicas, na forma de tocar, no palco, nas imagens usadas e no que mais você conseguir imaginar. Não é a toa que o tema de South Park foi feito por eles (pena que essa não tocaram). Ficou uma vontade de ver de novo numa casa de shows para poder apreciar melhor a arte de tocar o instrumento. Em relação as músicas, achei meio devagar, mas som pesado e bom.

A chuva já incomodava e passei a fazer contagem regressiva dos shows que faltavam. Tava começando a morrer de cansaço (o que explica os vídeos cada vez mais tremidos)!

Voltaram os vídeos! Abaixo, o doido tocando contrabaixo em Jilly's on Smack. E depois coloquei outro vídeo da TV não da música mais animada deles, mas que dá pra ver o quando o desgraçado toca.



Duff McKagan's Loaded / Black Rebel Motorcycle Club / Down / Sonic Youth / 311 - 14/11/2011

O segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto shows do dia 14/11 do SWU foram acompanhados de formas bastante distintas! Alguns de longe, alguns de perto, alguns parcialmente, alguns de forma completa e todas as combinações possíveis. Como durante todos eles fiquei sem memória para vídeos, decidi juntar tudo num post só e ganhar tempo, afinal depois disso, ainda tenho 5 shows para falar sobre e 5 dos mais interessantes so SWU vi! Portanto, aí vai...

- Duff McKagan's Loaded
Se você não reconheceu o nome, talvez reconheça pela foto. Se nem isso, eu te falo: esta é a banda do ex-baixista da formação original do Guns n' Roses! Sim, ex-parceiro do Axl Rose, que fez aquele show bizarro no Rock in Rio (mil desculpas para os que gostaram do show, mas achei terrível).

O setlist foi:
1) Executioners Song
2) We Win
3) Sleaze Factory
4) Dead Skin
5) Dark Days
6) Seattlehead
7) New Rose (cover do The Damned)
8) Sick
9) Lords of Abbadon
10) Cocaine
11) So Fine (cover do Guns n' Roses)
12) Attitude (cover do Misfits)
13) Dust N' Bones (cover do Guns n' Roses)
14) It's So Easy (cover do Guns n' Roses)

Na boa, achei a banda ruim! As músicas chatas e sem nenhuma criatividade! O Duff tocando guitarra, por ser o líder, mas não convence nem um pouco. Valeu pelo final do show quando ele assume o baixo, manda uma sessão de covers do Guns (as que ele cantava e vamos combinar que nem são as mais divertidas) com um Misfits no meio. Pelo menos fechou com chave de ouro tocando It's So Easy.

Alguém que algum dia fez muito dinheiro, atingiu o ápice da fama e depois arranjou uma forma de continuar. O cara tá em forma, mas precisa melhorar muito o som dele pra ficar bom.

- Black Rebel Motorcycle Club
Fui cheio de expectativa para este show, pois li em vários lugares críticas muito boas para a banda. De verdade a única coisa que me chamou a atenção foi a baterista gatinha.

O setlist foi:
1) 666 Conducer
2) Berlin
3) Beat the Devil's Tattoo
4) Stop
5) Bad Blood
6) Ain't No Easy Way
7) Love Burns
8) Conscience Killer
9) U.S. Government
10) Six Barrel Shotgun
11) Weapon of Choice
12) Spread Your Love
13) Whatever Happened to My Rock 'n' Roll (Punk Song)

A parte boa de ver a batera tocar, além de ser uma gatinha, foi de que me convenci que se praticar bastante o básico posso ter uma banda. Limitada pacas a mina.

Achei as músicas lentas para o clima do festival e o show meio burocrático. Claro, isso é uma impressão de quem nunca tinha ouvido a banda, então é um tanto tendenciosa. Vou tentar ouvir de novo para ver se mudo de opinião. Mas no SWU não me convenceu (por favor, não me batam fãs).

- Down
Down foi uma grande surpresa do festival pra mim. Seguramente o som mais pesado do SWU inteiro e com algumas passagens engraçadas durante a apresentação.

O setlist foi:
1) Temptation's Wings
2) Lifer
3) Pillars of Eternity
4) Hail the Leaf
5) Underneath Everything
6) Losing All
7) Eyes of the South
8) Stone the Crow
9) Walk (cover do Pantera)
10) Bury Me in Smoke (com a banda Duff McKagan's Loaded)

Antes do show começar vejo um cara de uns 2 metros de altura, forte pra caralho, tatuado da cabeça aos pés se dirigindo ao show. Pensei: opa, vai ser pesada essa merda! O show começa e o Henrique manda: parece Pantera isso, né? Então a Flavia vira pra mim e manda: parece Pantera, não? Aí encontro o Sandro no meio da multidão e pergunto: qual a desse show? Só coroa e o cara cantando. É o Phil Anselmo? Eis que ele me responde: É o Phil Anselmo! E fez-se a luz! Isso que dá ir pro show sem buscar se informar sobre as bandas antes.

Aí o show que já estava interessante por ver uns coroas descendo a porrada no som, ficou mais! Afinal era o Phil Anselmo! Ficamos lá ouvindo a pancadaria e volta e meia o telão mostrava imagens das famosas rodinhas na galera. Mas por coincidência sempre mostrava a imagem de um cara gigante (sim, aquele que vi antes do show começar) que parecia não fazer parte da confusão. Enquanto todos se empurravam, se batiam, etc., ele ficava no meio empurrando o povo pra longe dele com uma cara que dava medo (tentei achar algum vídeo dele no YouTube, mas não consegui). Sorte a minha que não encontrei mais com ele depois disso. Rs

Aí no final do show Phil Anselmo (ele com aquela postura no palco, mas parece tão gente boa que dá vontade de ser amigo do doido) pergunta o que a galera queria ouvir. Resposta certa: PANTERA! Me aparece um indivíduo com PANTERA tatuado enorme no peito. Nem o Phil Anselmo acredita e rola um cover de Walk (vídeo aqui). Não foi o encerramento do show, mas pra mim valeu. Na última música virou confraria e a banda inteira do Duff McKagan entra e assume os instrumentos. Os caras do Down ficaram só curtindo a galera. Porrada de qualidade com coroas (que me disseram serem de bandas famosas de porrada também), ex-vocal do Pantera ali e Pantera tocando! Bom demais!

- Sonic Youth
O que posso dizer? O que eu sempre digo: Sonic Youth é alternativo demais pra mim. Não consigo entender o som, a música, as composições. Fico perdido vendo aquilo. Já tinha visto uma vez no Claro que é Rock e mais uma vez no SWU não entendi porra nenhuma.

O setlist foi:
1) Brave Men Run (In My Family)
2) Sacred Trickster
3) Death Valley '69
4) Calming the Snake
5) Mote
6) 'Cross The Breeze
7) Schizophrenia
8) Drunken Butterfly
9) Starfield Road
10) Flower
11) Sugar Kane
12) Teenage Riot

Eu até estava numa expectativa com esse show, pois foi anunciado que poderia ser um dos últimos shows da banda. Depois que a Kim Gordon e o Thurston Moore anunciaram sua separação como casal, o futuro da banda ficou incerto. Mas o show foi exatamente como o outro. E eu lá, boiando...

- 311
Show que acho que só eu, Keka (a prima) e Andre Mertens queríamos ver. Mas até que tinha uns fãs lá cantando junto, curtindo o som e levantando camisetas da banda. Lembrava do 311 da adolescência, de jogar Tony Halk no video game. Lembrava do rock da Califórnia, meio coisa de skatista. Mas não lembrava de nada de forma clara. Nem das músicas que eles tocavam.

O setlist foi:
1) Beautiful Disaster
2) Sick Tight
3) All Mixed Up
4) Come Original
5) What Was I Thinking
6) Homebrew
7) Applied Science
8) Freeze Time
9) Jackpot
10) Amber
11) Wild Nights
12) Feels So Good
13) Creatures (For A While)
14) Down

Lembrei de duas músicas durante o show todo! Achei o backing vocal/DJ um saco: além de voz fina, o cara ficava fazendo a dança do robô (mais anos 80 que isso, impossível! E certeza que alguém já virou pra ele e falou: cara, para com isso! Você envergonha a banda toda assim!). Mas achei o som legal! Já a galera que estava comigo, metade curtiu, metade odiou (sim, mais do que desgostou).

E ao final do show Andre Mertens se juntou ao grupo com sua máquina para o quinteto de shows finais! (a conferir nos próximos posts)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Raimundos - 14/11/2011

O primeiro show dos palcos principais do SWU dia 14/11 foi do Raimundos. Banda nacional e como vi uma vez o Digão (guitarrista e vocal) dizer: banda média, com estrutura de banda pequena, mas com repertório de banda grande. Acho que estes tempos passaram, o Raimundos está de fato voltando aos grandes festivais, gostando do som ou não.

Eu, que fui criado em Brasília, e como a maioria das pessoas da minha idade tive a fase em que ouvia muito Raimundos, fiz questão de chegar cedo para presenciar o show. Sim, cedo, pois começava às 14:10, quando o último show estava programado para começar 01:30 da manhã já do dia 15. Foi um dia loooooooooongo e de muuuuuuuuuuuuuita chuva! E foi animal (o que deu pra ver! Rs).

O setlist foi:
1) Vic Sic
2) Jaws
3) Mulher de Fases
4) Esporrei na Manivela
5) Nega Jurema
6) Me Lambe
7) Palhas do Coqueiro
8) Deixa Eu Falar
9) Fique, Fique!
10) Puteiro em João Pessoa
11) Rapante
12) Eu Quero Ver o Oco

Chegamos atrasados como devia ser, depois de uma incrível noite no hotel Transoceanic de Paulínia (ainda me pergunto quem foi que colocou tal nome num hotel que fica no interior de São Paulo?????) e de um almoço recheado de piadas de cariocas em uma churrascaria da cidade. Estacionei o carro ouvindo Nega Jurema!

CORRE! Sim, cheguei na última música! E já estava bem mais lotado que no dia anterior (informações que li disseram que o festival teve 40 mil pessoas dia 13 e 65/70 mil no dia 14) Mas pelo menos peguei ela inteira e saiu em vídeo! Então, sem crítica, fica apenas o vídeo de Eu Quero Ver o Oco abaixo.

Foda é que agora fiquei com vontade de ver um show deles de novo. Lembro dos shows que via em Brasília e era legal. A banda mudou, não sou mega fã do Digão nos vocais, mas é a forma encontrada para deixar a banda viva. E viva o Rock and Roll!

Lynyrd Skynyrd - 13/11/2011

Lynyrd Skynyrd foi o 6o show que vi e a última apresentação dos palcos principais no dia 13/11 no SWU. Durante todo o dia era um desfile de bandeiras do Texas pelo festival e até ver uma dessas bandeiras com o nome da banda, ainda não tinha entendido de onde vinha aquela legião de fãs.

Nunca imaginei que o Lynyrd Skynyrd tinha tanto fã. Para mim estava todo mundo ali, assim como eu, para ouvir Sweet Home Alabama e pronto. Mas eu estava redondamente enganado: em primeiro lugar porque existem outros fãs e em segundo lugar porque de fato a banda é bem maior que apenas Sweet Home Alabama. Tem outros clássicos e as outras músicas são boas e bem tocas. Depois do show também fui me informar melhor e entendi o tamanho da banda.

O setlist do show foi:
1) Workin' For MCA
2) I Ain't The One
3) Skynyrd Nation
4) What's Your Name
5) Down South Jukin'
6) That Smell
7) Same Old Blues (cover do J.J. Cale)
8) I Know A Little
9) Simple Man
10) T For Texas (cover do Jimmie Rodgers)
11) Gimme Three Steps
12) Call Me The Breeze (cover do J.J. Cale)
13) Sweet Home Alabama
14) Free Bird

A banda é muito engraçada. Apesar de toda a pose rock and roll (e os caras são poser pacas), os caras deixam muito claro no sotaque de onde vieram. Mais texano que aquilo impossível. E fica bem claro quando o vocalista fala das 'southern lands', do Texas, Mississipi e Alabama. E um orgulho gigante dos EUA. Chega a ser engraçado e fico de fato imaginando fazendas, rock and roll sendo tocado na varanda do casarão e aquele sotaque mega carregado.

A banda veio com apenas um membro da formação original: o guitarrista (a maioria já morreu, seja no acidente aéreo sofrido pela banda ou por outros motivos). Para os mais puristas, um show cover premium (expressão usada pelo companheiro de show Andre Mertens). Para os fãs que nunca viram a banda no Brasil, valeu a pena.

That Smell e Simple Man fizeram todo mundo cantar. Sweet Home Alabama foi o ápice! Era de fato o momento que estava todo mundo esperando. Mas no geral, em sendo um show de rock clássico (mais puxado para o country americano) e a banda composta por bons músicos, foi um bom show de música.

Abaixo o vídeo de I Know a Little (não consegui pegar nenhuma das músicas mais conhecidas). Lynyrd Skynyrd: check! Em outro festival, talvez. Mas esta banda considero vista!

Peter Gabriel & The New Blood Orchestra - 13/11/2011

Peter Gabriel & The New Blood Orchestra foi seguramente o pior show do dia 13/11 do SWU. O 5o show que eu via na noite claramente estava fora da vibe, energia ou como quiser chamar, do resto do festival.

Começou tudo errado. Na platéia já se espalhava a notícia de que o problema do Ultraje a Rigor teria sido com a produção do Peter Gabriel. O próprio Ultraje e o Chris Cornell tocaram na ponta do palco, pois Sir Peter já tinha ocupado todo o resto. Enfim, foi uma entrada não muito receptiva por parte do público.

Quando as pessoas perceberam o ritmo com que as coisas iriam, tudo piorou. No meu grupo de amigos devia estar a única pessoa que de fato queria ver aquele show. E até ele, Henrique, ficou meio decepcionado com o que viu.

O setlist foi:
1) "Heroes" (cover do David Bowie)
2) Wallflower
3) Intruder
4) San Jacinto
5) Secret World
6) Signal to Noise
7) Downside Up
8) Mercy Street
9) The Rhythm of the Heat
10) Father, Son
11) Red Rain
12) Solsbury Hill
13) In Your Eyes (bis)
14) Don't Give Up (bis)
15) Biko (bis)

De novo, assim como no Chris Cornell, a culpa não é do artista. Mas de quem escala um show desses para um festival cheio de rock no mesmo dia. O povo quase morreu de tédio.

Verdade seja dita o palco estava incrivelmente lindo. A orquestra é simplesmente maravilhosa. Mas aquele não era nem o local e nem o momento para aquele show. Músicas lentas, discursos em português (que as vezes dava pra entender, as vezes não), ativismo social e humanitário, homenagem emocionante ao pai. Intervenção da chata da Didi Wagner do Multishow para passar uma mensagem e gravarmos todos gritando uma mensagem para as crianças voltarem da guerra. Tudo muito bonito, politicamente correto, mas chato (infelizmente!).

Em relação as músicas, alguma coisa ou outra conhecida, mas apenas uma versão deixou o povo cantar e dançar: Solsbury Hill. O resto, devagar. E nada de Sledgehammer tocar.

Enfim, um dos piores momentos do festival. Totalmente fora da curva. E quebrando o bom momento entre o Duran Duran e o que viria a ser o Lynyrd Skynyrd.

Topo ver este show de novo, com a atenção devida, numa casa de shows. Sentado, com um vinho na minha frente. Se não for assim, to fora! Ou se não um show das antigas, com direito ao hits dançantes, afinal de contas, o cara veio do Genesis.

Abaixo o vídeo de Solsbury Hill. O melhor momento do show, sem dúvida!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Duran Duran - 13/11/2011

Duran Duran foi o 4o show do dia 13/11 do SWU. Este fui acompanhado só da minha companheira Flavia, pois o resto da trupe resolveu debandar para o show do Hole (que eu até queria ver, mas soube que foi terrível, então que bom que não fui... Comentários sobre o show do Hole aqui. Vê lá também a crítica do Duran Duran e veja como gosto é tudo nessa vida! Rs).

Lá fomos nós e dançamos o show todo! Até músicas que eu desconhecia dancei muito (e aqui já peço desculpas pelo vídeo tão tremido, mas eu queria era dançar!). E eu gosto mesmo é de dançar pop dos anos 80! Você dança e canta tudo junto! (um parágrafo e o verbo dançar citado 452354 vezes)

O setlist foi:
1) Planet Earth
2) A View to a Kill
3) All You Need Is Now
4) Safe (In the Heat of the Moment)
5) Come Undone
6) The Reflex
7) Girl Panic!
8) The Chauffeur
9) Ordinary World
10) Notorious
11) Hungry Like the Wolf
12) (Reach Up for the) Sunrise
13) The Wild Boys
14) Rio

Show mais anos 80 que esse, impossível! Roupas brilhantes, cenário cheio de luzes, os caras pararam meio no tempo e músicas cheias de teclados contundentes (como diz meu amigo Fabio, ouviu aquele tecladinho, é anos 80).

Participação do público ajudando a apresentar a banda, cantando a introdução de The Reflex, solos dos músicos (foco especial para a percurssionista sexy arrebentando). Clichês a perder de vista. Ótimo!

Todos os clássicos lá, mas nada agitou mais o povo que Notorious! Depois da baladinha Ordinary World, a música a seguir foi anunciada como algo que tinha de ser 'funky' para a galera dançar. E na primeira puxada do 'No No Notorious' a galera veio abaixo! E na boa, você pode até não curtir a banda, mas você curte (vocabulário Facebook) Notorious! Difícil mesmo foi ouvir algumas das músicas novas, pois parece a tentativa de recriar os anos 80 e isso é complicado. Mas que ouvi muita referência indie no som deles, ouvi (para desespero de quem curte indie, certo Daguito?).

The Wild Boys e Rio fecharam o show em grande estilo. Eu me diverti muito e fazia tempo que queria vê-los tocar.

The Reflex no vídeo abaixo. E se você parar ver isso e não mexer nenhum dedo, você não é normal! Rs

Chris Cornell - 13/11/2011

O terceiro show do SWU, no dia 13/11, foi o do Chris Cornell, também conhecido como ex-vocalista do Temple of the Dog e Audioslave e vocalista do Soundgarden, que está de volta.

O tal, que todos acreditavam ter sido o causador da confusão com o Ultraje a Rigor, entrou no palco já pedindo desculpas pelo atraso, mas que fazia parte dos festivais. E quebrou o gelo. Demorou mais que qualquer um para começar, pois foi o único show seguido no mesmo palco. Tudo estava intercalado entre os dois palcos principais do festival. Mas por causa da chuva, Ultraje e o Chris tocaram seguidos no mesmo palco, mas tudo bem!

O setlist foi:
1) Doesn't Remind Me (Audioslave)
2) Wide Awake (Audioslave)
3) Can't Change Me
4) Fell On Black Days (Soundgarden)
5) Be Yourself (Audioslave)
6) Wooden Jesus (Temple of the Dog - com participação de Alain Johannes)
7) Like A Stone (Audioslave)
10) Black Hole Sun (Soundgarden)
11) Billie Jean (Michael Jackson)
12) Endless Eyes (Alain Johannes - com participação do próprio Alain Johannes)
13) Hunger Strike (Temple of the Dog - com participação de Alain Johannes)
14) Blow Up the Outside World (Soundgarden)

Depois da correria e da ação toda com o Ultraje, quando percebeu-se que seria um show voz e violão o primeiro pensamento que veio: nossa, vai ser uma merda de show! Mas me surpreendi! Não porque o voz e violão foi legal, porque não foi! Mas pelo setlist recheado de clássicos das 3 bandas dele e que quase todo mundo sabia cantar junto! Acabou sendo muito bom de acompanhar.

O show começou com uma sessão de Audioslave. Ao tocar o primeiro sucesso do Soundgarden, Chris Cornell manda (em tradução livre): "espero que em breve minha banda, o Soundgarden, que está de volta, venha tocar no Brasil! Aí vocês não precisam ficar de saco cheio com esse show acústico voz e violão!" Assim esperamos Chris!

Mais algumas músicas e começa a participação de Alain Johannes, que toca numa banda chamada Eleven (que eu não conheço, mas o Chris recomendou!). E o cara mandou muito em alguns solos num violão (????) quadrado que ele estava usando (sim, não entendo muito de instrumentos).

E foi isso! Chris Cornell, com um baita visual mendigo, tocando quase na beira do palco porque o Sir Peter Gabriel já tinha dominado o resto, mandando ver seus clássicos.

Empolgante não foi. Mas poderia ter sido pior. A culpa não é dele! Dentro daquilo que foi contratado, ele fez o melhor que podia e fez bem. Mas bola fora de quem contratou o show. De qualquer forma, ainda tinha coisa pior por vir na noite...

Abaixo, Fell on Black Days do Soundgarden (peço desculpas, pois o comecinho tá cortado, mas tinha de ser esta música no blog!).

Ultraje a Rigor - 13/11/2011

O segundo show do SWU foi uma surpresa. Primeiro porque achamos que o Ultraje a Rigor já havia tocado (deveriam ter se apresentado às 16 horas, como primeiro show do dia). Mudamos de palco após o Tedeschi Trucks Band para ver o Chris Cornell. De repente me entra o Roger e eu disse: que maravilha, isso vai ser divertido. E como foi!

O Roger entrou e saiu. Depois entrou a banda toda. Ao terminar a primeira música o Roger vai começar a reclamar, mas eis que começa uma porradaria do lado esquerdo do palco entre o irmão do Roger e alguém mais. Separa daqui, separa de lá. E o Roger acalmando os ânimos, né? Porra nenhuma! Botando mais pilha e reclamando que os artistas internacionais vem ao Brasil e cagam na cabeça dos artistas nacionais e agradece ao Chris Cornell.

Como o próximo show seria do vocalista do Sound Garden, pensamos que o problema todo teria sido com ele. Mas viemos a saber depois, já de volta a São Paulo que o Chris Cornell a quem o Roger se dirigia era um roadie do Ultraje apelidado assim pela semelhança física com o mesmo. A merda toda foi com a equipe do Peter Gabriel que não queria deixar o Ultraje tocar e quando "autorizou" que tocassem, queria que o show fosse cortado pela metade, o que não aconteceu. Isso tudo porque o show do Ultraje atrasou devido as chuvas que molharam o palco todo.

Tirando esse momento emocionante, afinal a gente também curte um barraco, o show seguiu com direito a todos os clássicos e a galera cantando junto sem parar! Foi divertidíssimo! Típico show que todo mundo entra na onda e sai sorrindo!

O setlist foi:
1) Zoraide
2) Ah Se Eu Fosse Homem
3) Independente Futebol Clube
4) Filha da Puta
5) Inútil
6) Rebelde Sem Causa
7) Mim Quer Tocar
8) Ciúme
9) Sexo
10) Pelado
11) Nada a Declarar
12) O Chiclete
13) Nós Vamos Invadir Sua Praia
14) Marylou

A cada intervalo entre as músicas o Roger soltava meia dúzia de palavras de desabafo. Até simulou um striptease para tirar a camise e brincou no microfone: "Tudo bem! A gente tem tempo né!". A platéia chora de rir... A música Filha da Puta formalmente dedicada ao músico internacional que causou toda a confusão! E a galera vibra!

E vai assim até o final quando, no famoso bis, começam a tocar Marylou! Eis que o técnico do Peter Gabriel entra no palco, desliga o amplificador do Roger, que manda sonoras ironias no microfone e o Bacalhau na bateria, começa a chutar a mesma de raiva.

Um mix de emoção pela música e pela estupidez e forma de tratar os outros. Uma pena que tudo tenha chegado neste ponto, mas isso é rock and roll.

O Peter Gabriel, em seu favor, soltou comunicado pedindo desculpas a banda brasileira e ligou ao Roger para fazer o mesmo. Melhor assim!

Abaixo, o vídeo de Inútil! Uma das tantas músicas que o Ultraje cantou e achando uma forma de insultar os gringos (apesar dos pedidos, não vou colocar aqui o vídeo da briga, mas tem no YouTube)!

Tedeschi Trucks Band - 13/11/2011

O primeiro show do SWU, o de número 155 da vida, foi do Tedeschi Trucks Band. A banda foi apresentada a mim pelo mestre Sandro Grineberg, também conhecido como meu professor de bateria.

Saí mais cedo de São Paulo, pois queria chegar em tempo do show deles e consegui. Fui apresentado ao som desta banda em uma aula e depois copiei o CD (o mesmo que já foi repassado no mínimo para mais umas 5 pessoas).

A banda com 11 pessoas tem um som meio folk e bem pesado, com música de primeira qualidade. A banda foi formada por Susan Tedeschi (guitarra e voz) e Derek Trucks (guitarra) e conta com outros 9 músicos incríveis (piano/teclado, duas baterias, baixo, naipe de metais com 3 instrumentos e dois backing vocals).

A banda tem um disco chamado Revelator e teve o setlist todo baseado nele. Don't Let me Slide, Love Has Something Else to Say, Come See About Me, Learn How To Love, Shelter, Midnight in Harlem e Bound for Glory estavam lá. Uptight (Everything's Alright), cover de Steve Wonder e I Want to Take You Higher, cover de Sly and the Family Stone, também foram tocadas. Não consegui matar o setlist completo, como tenho feito para todos os shows, então por isso, mil desculpas.

O fato do público não conhecer muito a banda, talvez tenha feito com que este não tenha sido o melhor do SWU. Mas estava claro a cada solo do Derek Trucks o quanto quem estava ali estava curtindo o som muito bem tocado e todos aplaudiam muito. Um verdadeiro show de música!

Vale salientar além do som maravilhoso, mais uma vez os solos de Derek Trucks (feitos sem palhetas), as duas baterias fazendo estrago e tocando coisas diferentes e a voz potente da Susan Tedeschi.

Acabei filmando um blues, que pode ser visto abaixo. Mas coloco também na sequência o vídeo (não feito por mim) de outra música mais famosa para quem quiser conhecer a banda. Eu recomendo muito! Espero que gravem mais discos e voltem ao Brasil em breve. Com certeza, foi a revelação do SWU.



terça-feira, 15 de novembro de 2011

E aí? E o SWU?



O blog vai ganhando seguidores e a pressão de alguns deles que curtem este meu hobby cresce para que os posts sobre os shows não demorem muito. Mas vamos combinar, o SWU teve um bocado de show. Impossível postar tudo hoje...

Para falar a verdade, impossível deveria ser escrever qualquer coisa hoje no estado em que eu estou. Dois dias de festival, dois dias de chuva na cabeça, sendo que o segundo foi especialmente cruel. Primeiro dia das 17 às 2 da manhã. O segundo das 14 às 3 da manhã. Depois no segundo dia dirigir até São Paulo, parar para comer, deixar os amigos em casa, tomar banho... Fui dormir 7 da manhã. Acordei quase 12 horas depois e acredite, tudo dói! Mas vamos escrever e ceder a pressão. E vou te falar: valeu MUITO a pena!

Alguns que leem isso aqui não conhecem, mas em primeiro lugar o SWU foi muito bom pela companhia: Keka (a prima), Henrique (namorado da prima e amigo, não necessariamente nessa ordem, se não ele fica ofendido), Flavia (amante de rock farofa e uma grande companheira de shows) e Andre Mertens (o ruivo companheiro de shows, que se juntou a nós no 2o dia). Algumas participações especiais como Marcio Flavio e Sandro ajudaram a fazer com que os dois dias fossem ainda mais legais. E os agradecimentos não só pela companhia, mas pela máquina que o Mertens emprestou para o blog (uma vez que fiquei sem memória na minha) e a todos por ajudarem a tirar as fotos, fazer os vídeos, etc. Enfim, todo mundo tão empolgado com blog quanto eu.

Mas e o festival em si? Ano passado fui para ver o Rage Against the Machine. O resto me interessava, mas pouca coisa ou o conjunto das atrações não me atraiu. Este ano, pelo contrário, achei algumas atrações muito boas e o conjunto dos dias (salvo algumas exceções) parecia mais interessante para me fazer ir até Paulínia. Nenhuma banda seria uma atração de fechamento em um grande festival, mas eram todas grandes bandas, com história e com público próprio. Logo, acho que para o que o festival se propõe, o festival não deixou nada a desejar em lineup.

Em relação a Paulínia, no começo achei que tinha sido um erro. Ano passado foram 3 dias em Itu e 3 dias de aprendizado. Mudar de cidade, poderia significar começar do zero e ter de aprender tudo de novo, mas acredito que a mudança foi boa. Mais espaço, mais dinheiro (Paulínia tem dinheiro da refinaria e do polo de cinema), mais estrutura e pensamento a longo prazo, uma vez que o convênio para o festival foi assinado por mais alguns anos.

Quando penso em festival deste porte, penso em um lugar grande, alguns locais onde a galera põe suas cangas e toalhas e descansa, pois um festival cansa. A disposição do SWU não permitia isso. Descansar, só nas arquibancadas, lotadas em alguns momentos. Banheiros eram relativamente longe das áreas de maior circulação e os poucos que estavam perto, lotados e sujos! Os locais e a limpeza dos mesmos tem de ser melhorada (tudo bem que na média é tudo assim, mas o Rock in Rio já deveria servir de exemplo).

Os locais de comida também não tinham a melhor localização. Sobre os palcos, todos bem localizados. A exceção era a tenda eletrônica que estava vazando o som para um dos palcos principais, mas sem grandes problemas.

A falta de informação sobre a programação foi um problema. Mais placas com a informação, um guia dado a todos que entravam ou informações no telão entre os shows teriam resolvido isso.

Bebida estava fácil de comprar. Um pouco caro, mas normal. Problemas só no segundo dia, quando os vendedores ambulantes resolveram aumentar o preço em um real e tivemos de discutir com todos eles (a organização não pode permitir isso). A cerveja a 7 reais, com o preço na camiseta deles e eles querendo vender a 8. Pagávamos 7 e pronto! E o vendedor que reclamasse.

Problema sério foi o lixo. Para um festival sustentável, poucas lixeira e toneladas de lixo no chão. Mesmo estimular que o material reciclável fosse colocado numa lixeira a parte, não foi feito. Em um festival na Bélgica que fui, a cada 25 copos de cerveja retornados no bar, dava direito a uma cerveja grátis. Ações assim poderiam ser estimuladas aqui usando toda a questão sustentável por trás. Para o ano que vem mais lixeiras e ações sustentáveis precisam entrar na agenda do festival.

O estacionamento, que só usamos no segundo dia, era perto e organizado (tinha mais de um). Caro, mas como tudo em São Paulo e se você vai com 4 ou 5 pessoas no carro, não é nada de outro mundo para se dividir. Problema foi a saída com a chuva toda e vários carros atolando. Mas acho que ninguém contava com tanta chuva e é aprendizado para o próximo ano (já li em entrevista que de fato vão melhorar no próximo ano e tentar mudar o mês do evento para fugir das chuvas).

Este é o último ponto negativo (e o que mais me deu raiva também). A estrutura da cidade parece ser legal para um festival assim. Vários hóteis, camping (não tenho como opinar sobre isso), restaurantes, supermercados, etc. Mas na noite do 1o dia resolvemos deixar o carro no hotel (que reservamos na semana do festival e foi bastante confortável até) e ir de taxi. A ida foi ok, mas na volta apesar de vários taxis, foi complicado conseguir um. A maioria dos taxis eram de São Paulo ou Campinas, isto é, uma corrida na cidade de 6 reais, eles não faziam por menos de 30 ou 40 reais (eles podem operar em outra cidade?). Conseguimos dois taxis de Paulínia, que só queriam nos cobrar 20 reais pelo trajeto e esquecer o taxímetro (no segundo concordamos, por falta de opção). Mas o pior foi que um dos taxistas me disse: tá achando ruim, reclama ali naquela tenda da Secretaria de Transporte. Então lá fui eu e ouvi do responsável que os taxistas fazem o que querem e quando perguntei se ele não deveria fiscalizar, ouvi: faz o seguinte, volta na quarta e faz uma reclamação formal na prefeitura. Uma pena, pois assim como os vendedores de cerveja que resolveram aumentar o preço, o que vejo é que em vez de deixar uma boa impressão de longo prazo e aproveitar o festival na cidade, o objetivo é de ganho rápido e pouco trabalho no caso do cara da Secretaria de Transporte. No caso dos taxis, acho que a organização do festival não pode se meter diretamente, mas deveria tratar deste tema no convênio que tem com a prefeitura de Paulínia.

Pontos positivos foram: a retirada de ingresso na bilheteria de forma muito fácil. Entrada sem nenhum problema em ambos os dias. Os shows começando muito rapidamente após o fim do show anterior, sem aquela espera agonizante (na verdade, quem queria ver todos os shows, como nós, era quase uma maratona a rotina de pular de um palco pra outro, mas gostamos muito do esquema). Ficamos muito confortáveis em todos os shows! Vi zero de violência (exceção do show do Ultraje a Rigor, mas a violência ficou em cima do palco), apesar de terem dito que no primeiro dia houve assaltos, etc. O público muito diversificado (jovens, coroas, metaleiros, tatuados - inclusive esse da foto que mesmo depois de 12 sessões não terminou o desenho do Kiss, gente que foi lá só pra pegar gente, playboys, gente que só gosta de música), todos se divertindo e com a chance de escolher entre pelo menos 3 atrações simultâneas acontecendo.

Sobre os shows, a partir de amanhã começo a soltar os posts. São muitas fotos, textos e vídeos (que precisam ser editados e carregados no YouTube). Mas sairão todos nos próximos dias. E eu? Gostei? Aguentei? SIM! E faria tudo de novo! Mesmo com toda chuva e cansaço (parece que não estou tão velho assim, afinal). E neste momento estou morrendo de tédio. Tem algum show para ir hoje?