sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Faith no More - 14/11/2011

ALELUIA! Chegamos ao último show da noite, do SWU! O 171o show da minha vida! Bora Faith no More! Toca! E acaba logo, que eu to morrendo porra! E não é que arranjei forças para pular? Na hora da empolgação a gente esquece a merda toda e o buraco em que você está (literalmente vimos o show numa das depressões do asfalto da área dos shows, dentro de uma poça d'água: buraco).

Depois de um dito poeta pernambucano proferir suas palavras em alguns momentos sábias, em outros somente divertidas e em outras sem qualquer sentido, a banda veio ao palco! E que palco! Nota 10 para a produção!

Meu cunhado me disse que a idéia foi roubada da banda dele! Se fudeu negão! Chegou atrasado. Mas de fato fazer uma apresentação toda branca (roupas e palco), com flores foi sensacional. Fiquei sem entender no começo se era uma comemoração de ano novo e teríamos contagem regressiva, um enterro (apesar de no enterro todo mundo ir de roupa escura, né?) ou um terreiro de macumba! Ponto para a última opção! Mas só ficou mesmo claro depois que o nosso anfitrião, Mike Patton, entrou todo de branco, bengala, mancando e charuto na boca.

O setlist foi:
1) Woodpecker From Mars (com Delilah's Tom Jones Snippet)
2) From Out of Nowhere
3) Last Cup of Sorrow
4) Caffeine
5) Evidence (com partes em português)
6) Midlife Crisis
7) Cuckoo for Caca
8) Easy (cover do Commodores)
9) Surprise! You're Dead!
10) Ashes to Ashes
11) The Gentle Art of Making Enemies
12) King for a Day
13) Epic
14) Just a Man (com o Coral de Heliópolis)
15) Alguma música que não sei qual foi
16) Digging the Grave
17) This Guy's in Love with You (cover do Burt Bacharach)

O show começou com uma porradaria e a música brega da vez que o Faith no More usa para abrir os seus shows! Depois entramos no padrão das músicas conhecidas! E vale tudo no show dos caras! Tocar a maior porrada do mundo, depois a música mais calminha do repertório deles e entrar com outra porrada! Qual a idéia deles para montar os setlists eu não sei.

Mike Patton falou português, cantou em português, interagiu com a platéia reclamando do tempo, apresentando a caipirinha que estava tomando no bis e ainda deu uma de regente do coral de Heliópolis, que cantou a última música antes do bis com a banda (e ficou legal, viu?). Um baita figura, que arrancava risadas ao olhar para a chuva, parar na frente do palco e reclamar "do merda do tempo" e depois dar de ombros. Um verdadeiro mestre de cerimônias.

O show em si falhou no setlist, na minha opinião. Num show tão porrada deixaram de fora We Care a Lot. Além disso, em alguns momentos, parecia mais que estávamos vendo o show do Fantomas (projeto paralelo do Mike Patton). Gritos, guitarras distorcidas e desencontradas do resto dos instrumentos e uma doideira difícil de entender (alguma semelhança com Sonic Youth?). Mas um bom show. Pior do que aquele que eu vi há alguns anos atrás na Chácara do Joquei, fato.

Ápice claro ficou para Epic, primeira música da banda que fez sucesso! Mas acho que foi o único momento de êxtase. De resto todos cantaram Easy e outras músicas mais famosas, mas sem tanta empolgação ou aquela devoção vista em Epic e em outros shows da noite.

Porra! Caralho! E o show foi divertido afinal! Uma ótima forma de terminar o SWU! Um bom show de música e uma grande apresentação do figura da noite, Mike Patton!

E chega! Bora dirigir até em casa, mas não sem antes sair com cuidado do estacionamento para não atolar! E depois comer no New Dog! Deitar às 7 da manhã na cama com sentimento de que foi sensacional e de que ainda existe algum espírito jovem em mim que me fez aguentar a maratona e ainda querer mais.

E fica o vídeo de From Out of Nowhere para fechar a maratona! Com braços doídos, imagens tremidas e com vídeo e som sem aquela qualidade! Mas no final, o registro era o que importava. A qualidade ficou pro próximo festival! Rs

Um comentário:

  1. Eu amei o show do Faith No More. Inclusive, fiz questão de sair do Rio para ir ao SWU só por causa deles. Entretanto, aproveitei que ia para o fim do mundo e comprei ingresso logo para dois dias de festival. ADOREI. DEMAIS. E FNM fechou com chave de ouro. Mike Patton é monstro, gênio, animal!

    ;D

    ResponderExcluir

Diz aí...