terça-feira, 15 de novembro de 2011

E aí? E o SWU?



O blog vai ganhando seguidores e a pressão de alguns deles que curtem este meu hobby cresce para que os posts sobre os shows não demorem muito. Mas vamos combinar, o SWU teve um bocado de show. Impossível postar tudo hoje...

Para falar a verdade, impossível deveria ser escrever qualquer coisa hoje no estado em que eu estou. Dois dias de festival, dois dias de chuva na cabeça, sendo que o segundo foi especialmente cruel. Primeiro dia das 17 às 2 da manhã. O segundo das 14 às 3 da manhã. Depois no segundo dia dirigir até São Paulo, parar para comer, deixar os amigos em casa, tomar banho... Fui dormir 7 da manhã. Acordei quase 12 horas depois e acredite, tudo dói! Mas vamos escrever e ceder a pressão. E vou te falar: valeu MUITO a pena!

Alguns que leem isso aqui não conhecem, mas em primeiro lugar o SWU foi muito bom pela companhia: Keka (a prima), Henrique (namorado da prima e amigo, não necessariamente nessa ordem, se não ele fica ofendido), Flavia (amante de rock farofa e uma grande companheira de shows) e Andre Mertens (o ruivo companheiro de shows, que se juntou a nós no 2o dia). Algumas participações especiais como Marcio Flavio e Sandro ajudaram a fazer com que os dois dias fossem ainda mais legais. E os agradecimentos não só pela companhia, mas pela máquina que o Mertens emprestou para o blog (uma vez que fiquei sem memória na minha) e a todos por ajudarem a tirar as fotos, fazer os vídeos, etc. Enfim, todo mundo tão empolgado com blog quanto eu.

Mas e o festival em si? Ano passado fui para ver o Rage Against the Machine. O resto me interessava, mas pouca coisa ou o conjunto das atrações não me atraiu. Este ano, pelo contrário, achei algumas atrações muito boas e o conjunto dos dias (salvo algumas exceções) parecia mais interessante para me fazer ir até Paulínia. Nenhuma banda seria uma atração de fechamento em um grande festival, mas eram todas grandes bandas, com história e com público próprio. Logo, acho que para o que o festival se propõe, o festival não deixou nada a desejar em lineup.

Em relação a Paulínia, no começo achei que tinha sido um erro. Ano passado foram 3 dias em Itu e 3 dias de aprendizado. Mudar de cidade, poderia significar começar do zero e ter de aprender tudo de novo, mas acredito que a mudança foi boa. Mais espaço, mais dinheiro (Paulínia tem dinheiro da refinaria e do polo de cinema), mais estrutura e pensamento a longo prazo, uma vez que o convênio para o festival foi assinado por mais alguns anos.

Quando penso em festival deste porte, penso em um lugar grande, alguns locais onde a galera põe suas cangas e toalhas e descansa, pois um festival cansa. A disposição do SWU não permitia isso. Descansar, só nas arquibancadas, lotadas em alguns momentos. Banheiros eram relativamente longe das áreas de maior circulação e os poucos que estavam perto, lotados e sujos! Os locais e a limpeza dos mesmos tem de ser melhorada (tudo bem que na média é tudo assim, mas o Rock in Rio já deveria servir de exemplo).

Os locais de comida também não tinham a melhor localização. Sobre os palcos, todos bem localizados. A exceção era a tenda eletrônica que estava vazando o som para um dos palcos principais, mas sem grandes problemas.

A falta de informação sobre a programação foi um problema. Mais placas com a informação, um guia dado a todos que entravam ou informações no telão entre os shows teriam resolvido isso.

Bebida estava fácil de comprar. Um pouco caro, mas normal. Problemas só no segundo dia, quando os vendedores ambulantes resolveram aumentar o preço em um real e tivemos de discutir com todos eles (a organização não pode permitir isso). A cerveja a 7 reais, com o preço na camiseta deles e eles querendo vender a 8. Pagávamos 7 e pronto! E o vendedor que reclamasse.

Problema sério foi o lixo. Para um festival sustentável, poucas lixeira e toneladas de lixo no chão. Mesmo estimular que o material reciclável fosse colocado numa lixeira a parte, não foi feito. Em um festival na Bélgica que fui, a cada 25 copos de cerveja retornados no bar, dava direito a uma cerveja grátis. Ações assim poderiam ser estimuladas aqui usando toda a questão sustentável por trás. Para o ano que vem mais lixeiras e ações sustentáveis precisam entrar na agenda do festival.

O estacionamento, que só usamos no segundo dia, era perto e organizado (tinha mais de um). Caro, mas como tudo em São Paulo e se você vai com 4 ou 5 pessoas no carro, não é nada de outro mundo para se dividir. Problema foi a saída com a chuva toda e vários carros atolando. Mas acho que ninguém contava com tanta chuva e é aprendizado para o próximo ano (já li em entrevista que de fato vão melhorar no próximo ano e tentar mudar o mês do evento para fugir das chuvas).

Este é o último ponto negativo (e o que mais me deu raiva também). A estrutura da cidade parece ser legal para um festival assim. Vários hóteis, camping (não tenho como opinar sobre isso), restaurantes, supermercados, etc. Mas na noite do 1o dia resolvemos deixar o carro no hotel (que reservamos na semana do festival e foi bastante confortável até) e ir de taxi. A ida foi ok, mas na volta apesar de vários taxis, foi complicado conseguir um. A maioria dos taxis eram de São Paulo ou Campinas, isto é, uma corrida na cidade de 6 reais, eles não faziam por menos de 30 ou 40 reais (eles podem operar em outra cidade?). Conseguimos dois taxis de Paulínia, que só queriam nos cobrar 20 reais pelo trajeto e esquecer o taxímetro (no segundo concordamos, por falta de opção). Mas o pior foi que um dos taxistas me disse: tá achando ruim, reclama ali naquela tenda da Secretaria de Transporte. Então lá fui eu e ouvi do responsável que os taxistas fazem o que querem e quando perguntei se ele não deveria fiscalizar, ouvi: faz o seguinte, volta na quarta e faz uma reclamação formal na prefeitura. Uma pena, pois assim como os vendedores de cerveja que resolveram aumentar o preço, o que vejo é que em vez de deixar uma boa impressão de longo prazo e aproveitar o festival na cidade, o objetivo é de ganho rápido e pouco trabalho no caso do cara da Secretaria de Transporte. No caso dos taxis, acho que a organização do festival não pode se meter diretamente, mas deveria tratar deste tema no convênio que tem com a prefeitura de Paulínia.

Pontos positivos foram: a retirada de ingresso na bilheteria de forma muito fácil. Entrada sem nenhum problema em ambos os dias. Os shows começando muito rapidamente após o fim do show anterior, sem aquela espera agonizante (na verdade, quem queria ver todos os shows, como nós, era quase uma maratona a rotina de pular de um palco pra outro, mas gostamos muito do esquema). Ficamos muito confortáveis em todos os shows! Vi zero de violência (exceção do show do Ultraje a Rigor, mas a violência ficou em cima do palco), apesar de terem dito que no primeiro dia houve assaltos, etc. O público muito diversificado (jovens, coroas, metaleiros, tatuados - inclusive esse da foto que mesmo depois de 12 sessões não terminou o desenho do Kiss, gente que foi lá só pra pegar gente, playboys, gente que só gosta de música), todos se divertindo e com a chance de escolher entre pelo menos 3 atrações simultâneas acontecendo.

Sobre os shows, a partir de amanhã começo a soltar os posts. São muitas fotos, textos e vídeos (que precisam ser editados e carregados no YouTube). Mas sairão todos nos próximos dias. E eu? Gostei? Aguentei? SIM! E faria tudo de novo! Mesmo com toda chuva e cansaço (parece que não estou tão velho assim, afinal). E neste momento estou morrendo de tédio. Tem algum show para ir hoje?

7 comentários:

  1. Meu lindo, mesmo sem saber nome de grupos musicais, shows, musica e afins, adoro ler o que vc escreve!!! Beijão!!!!!

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  2. Ah gatchinhu, estes teus posts me faz querer ir em festival again....e olha q falei q nao iria nunca mais na vida. Se vc vier pra ca em Julho, prometo que a gente vai no Rock Werchter, o maior festival de rock da Europa...é sensacional e muito aprendizado la tb!

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  3. Mau, o algum conforto que tivemos para ver os shows (leia-se sem perrengues pra chegar ou muvucas homéricas) e boa companhia, vale para ver shows que você gosta ou boa música. Não foi fácil, mas até nos piores momentos de chuva, o show do Stone Temple Pilots fez ela parecer um complemento ao momento. Gostei da proposta de julho! Você sabe que adoro o verão europeu! Rá!

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  4. Eu sou gente que vai só pra pegar gente.

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  5. Concordo com boa parte do post! Boa companhia faz toda a diferençaem shows e festivais, e este foi o caso. Adorei conhecer a galera! Sou o maior incentivador deste blog, levo camera, pesquiso plataformas de blog, ja ja to negociando espaço publicitarios e cobro muita agilidade. O meu plano é vc ter relevancia até o Lolapaloosa pra entrar como imprensa! hahahaha! Swu vai estar uma uva daqui a 2 edições, eles estão aprendendo rápido!

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  6. Naaaaaaao. Sem espaços publicitários, por favor.

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