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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Legião Urbana - 16/07/2016

Turnê Legião Urbana XXX
A Legião Urbana é uma das bandas ícone do rock nacional dos anos 80. Capaz de também ser a banda mais odiada. Não sei se é pelo Renato Russo ou por essa coisa meio devota que os fãs tem com a banda. Mas o fato é, é uma banda que ou você ama ou odeia.

Eu sou do grupo dos que ama. Primeiro porque amo rock. Segundo porque amo rock nacional. Terceiro porque amo os anos 80 musicalmente. E quarto porque fui criado em Brasília e desculpa o bairrismo, mas quem teve a chance de viver os anos 80 e 90 em Brasília, mesmo como criança, foi banhado de boa música e não perde a chance de valorizar isso.

Tinha comprado ingresso para o festival João Rock para ver o show XXX da Legião Urbana, isto é, comemorativo de 30 anos do primeiro álbum da banda. Mas pela vontade de fazer um curso, vendi e comprei para ver o show em São Paulo, no Citibank Hall. Então sábado de noite, com frio e chuva, fomos, eu e Marina (que gostou do show, apesar de não conhecer tudo) ver a banda. Apenas uma nota rápida pelo não aviso no momento da compra dos ingressos de que haveria um show de abertura e também pelo fato do show ter sido anunciado para 22:30, mas ter começado apenas às 23:10, o que para mim é uma falta de respeito com o público.

Legião Urbana com André Frateschi
Eu não tive a chance de ver a banda com Renato Russo, infelizmente, pela sua morte prematura, mas tive a chance de ver o Dado Villa Lobos algumas vezes ao vivo e tive a chance de ver ele e o Marcelo Bonfá tocando o repertório da Legião Urbana num especial da MTV de tributo com Wagner Moura nos vocais. E por mais trágico que tenha sido ouvir o Wagner, a energia foi demais, pois todo mundo cantava tudo do início ao fim. Desta vez quem acompanha a banda nos vocais é André Frateschi, ator e cantor, que apesar de não ter nenhuma semelhança com Renato Russo em sua voz, não faz feio e leva bem a banda. E claro, os dois integrantes originais da banda também cantam algumas músicas.

Em março de 2015 Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá conseguiram o direito de usar a marca Legião Urbana sem problemas, depois de uma longa disputa com Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, que controlava todos os direitos e os impedia de usar a marca. A junção desta conquista com a celebração dos 30 anos do primeiro álbum da banda causaram esta turnê. E o setlist dela tem sido:

1. Será
2. A Dança
3. Petróleo do Futuro
4. Ainda é Cedo
5. Perdidos no Espaço
6. Geração Coca-Cola - tem vídeo
7. O Reggae
8. Baader-Meinhof Blues
9. Soldados
10. Teorema
11. Por Enquanto
Intervalo: Profecia de Renato Russo - Trilha Sonora
12. Tempo Perdido
13. Daniel na Cova Dos Leões
14. Há Tempos
15. Quase Sem Querer
16. 1965 (Duas tribos)
17. Dezesseis
18. Meninos e Meninas
19. Eu Sei
20. Pais e Filhos
21. Angra dos Reis
22. O Teatro dos Vampiros
23. "Índios"
24. Faroeste Caboclo (bis)
25. Perfeição (bis)
26. Que País é Esse? (bis)

Legião Urbana com André Frateschi
As primeiras 11 músicas tocadas são exatamente o primeiro disco da banda, na mesma ordem. E foi fantástico, pois algumas das músicas não são das mais conhecidas, mas ainda sim são importantes na obra deixada pelo grupo. Em 'Geração Coca-Cola' uma explosão de energia (que pode ser vista no vídeo no fim do post) e em 'Por Enquanto', que tem uma versão mais popular cantada pela Cássia Eller, eles deixaram o público cantar a música quase toda. Um momento muito bonito.

Após um intervalo de 3 minutos, onde uma gravação do Renato Russo fala sobre quem éramos, somos e seremos, a banda voltou com 'Tempo Perdido' e eu confesso, chorei. Primeiro porque gosto muito da música, mas também porque foi a música que tocou na minha escola quando todos os alunos foram informados da morte do Renato Russo e foi um momento bastante marcante na minha vida de estudante do 2o grau.

'Quase Sem Querer' é outra música que me emociona, pelo fato de ter sido lançada logo após o último show da banda em Brasília, quando o Renato Russo quase foi enforcado e declarou que nunca mais voltaria à cidade. Este foi outro momento bastante marcante na vida de quem curtia a banda e estava em Brasília, pois o show terminou numa senhora confusão com o vocalista falando horrores da cidade. De fato foi bem triste aquilo tudo e essa música marcou aquele momento para mim.

Vários convidados participaram do show. O vocalista de uma nova banda de Fortaleza (confesso que não guardei o nome dele nem da banda) cantando '1965 (Duas Tribos)'. A banda Glass and Glue, que abriu o show, tocou 'Dezesseis' e a Miranda Kassin cantou 'Meninos e Meninas' e na sequência fez uma parceria com seu marido, André Frateschi, cantando 'Eu Sei'. Uns melhores que outros, mas todas as participações muito legais.

Legião Urbana com André Frateschi
Em 'Pais e Filhos', o Bonfá assumiu os vocais e convidou seu filho ao palco para tocar guitarra. As duas últimas músicas foram tocadas em meio a discursos dos momentos atuais.

O bis não deixou escapar o maior sucesso da banda, 'Faroeste de Caboclo'. Direto e reto sem errar. E uma grata surpresa de ver o vocalista convidado colocando toda sua marca na música. 'Perfeição' e 'Que País é Esse?' finalizaram a noite, mais uma vez em meio a discursos sobre o momento que vivemos no mundo e no Brasil. Impressionante como anos depois muita coisa não mudou.

Ver a Legião para mim significa reviver meus 23 anos em Brasília. Significa reviver uma época e um estilo musical que eu adoro. Significa ouvir rock nacional de verdade, em alguns momentos mais pop, em outros mais depressivo e em muitos momentos, ouvindo claramente as influências das bandas internacionais que nós ouvimos.

Fico feliz também pelos músicos que podem usar a marca que eles tanto trabalharam para construir. E por nós que podemos voltar a ouvir ao vivo músicas que marcaram as nossas vidas. Um gostinho no vídeo abaixo.

Vida longa ao rock nacional! Vida longa ao rock de Brasília!

segunda-feira, 16 de março de 2015

O caminho a seguir... Brasil

Como muito de vez em quando ocorre, hoje é dia de afins... Este é um blog de música, onde falo dos shows aos quais fui, mas que as vezes uso para falar de outras coisas que me incomodam e que preciso colocar para fora.

Ver as redes sociais hoje mais me confunde que me ajuda. É muita raiva de ambos os lados. Sim, porque neste momento parece que todos vivemos em um país diferente de outro ou que somos adversários, o que não é verdade. 

É muita gente protestando contra o governo atual com toda legitimidade do mundo. Porque criticar manifestação porque é de elite não faz sentido algum, ou elite não tem direito? E nem vou entrar no mérito se de fato foi uma manifestação elitizada ou não, porque eu não estava lá e acho isso perda de tempo.

É muita gente com com raiva do governo atual e de quem apóia ou não condena este governo. Muitas destas pessoas querem o impeachment da presidente.

É muita gente tentando desqualificar o que está acontecendo por causa da elite, por causa dos poucos que pedem intervenção militar ou outras coisas, que pra mim, são absurdas.

E ao meu ver, a gente continua perdendo tempo com as coisas erradas. A gente, nosso modelo de fazer as coisas, está esgotado. Não importa se o PT, PSDB, PP, PDT, PMDB ou a PQP assumir o governo, acho eu. Amigos me disseram que ajuda mudar, pois a alternância ajuda a desmontar esquemas e não discordo. Mas os esquemas voltam. A impunidade continua. As mentiras em campanhas eleitorais voltam. E a gente continua debatendo quem foi que fez mais, em vez de exigir que todos façam muito.

Concordo que é preciso se manifestar. Concordo que é preciso participar mais da nossa política. Concordo que é preciso gritar quando não concordamos com algo. Concordo com a alternância de poder em todas as esferas. Concordo que ela seja feita nas eleições. E concordo que se a presidente não aguentar a pressão, como resultado do que tem (ou não tem) feito, que renuncie.

Não concordo com você que quer impeachment, a não ser que cheguem evidências claras de má fé da presidente. "Lógico que ela sabia" não é argumento. Não concordo com você que desqualifica manifestação porque lá tem camisa da CBF, gente branca, etc. Não concordo com você que faz panelaço antes do ministro falar e quando ele acaba de falar (aí sim, tendo discordado), fica quieto porque cansou de se manifestar. Não concordo com você que acredita que o governo Dilma tem sido bom para o país. Não concordo com você que parece só querer que ela perca e não tem ideia do que quer depois. E acredito que muitos de vocês não irão concordar comigo. Faz parte.

O que acredito mesmo é que precisamos exigir que os projetos apresentados pelo executivo (como MP ou seja como for) ou pelo legislativo devem levar o país a gerar empregos e aumentar a renda dos que precisam e dar condições justas aos que querem crescer ainda mais, garantindo os direitos básicos como saúde e educação. Claro, acho que todos querem isso.

Há uma discordância sobre se estamos caminhando para frente socialmente. Quem ganha bolsa família está em uma situação melhor que antes. Para muitos que veem outros ganhando, não passa de ajuda barata. São demandas muito diferentes que temos e acho que aqui, vamos bater cabeça por um bom tempo ainda, porque muitos que criticam, provavelmente nunca viram R$ 70,00 fazer uma grande diferença na vida. Mas ao mesmo tempo, concordo que é preciso fiscalizar e criar condições claras para que as pessoas possam dar o próximo passo e caminhar com as próprias pernas. E existem dados de que isso, de uma forma ou de outra, está acontecendo (por informação que roubei do Facebook, 12% das famílias atendidas pelo bolsa família saíram do programa, sendo 40% por aumento de renda própria).

Mas ok, deixemos o ponto mais divergente de fora e seguimos para uma agenda única: todos querem o fim do corrupção! É possível zerar? Duvido. Dá pra reduzir? Acredito fortemente que sim! Como? Com uma série de medidas que precisam ser debatidas e acho que é nisso que todos nós devíamos estar focando nosso tempo. Acusar um ou outro por ser o pai da corrupção no Brasil, além de ser uma discussão inútil, será uma discussão sem fim, como a do ovo e da galinha.

Posso falar de reforma tributária, política, etc. Eu não li propostas, não tenho opinião formada em tudo, mas posso debater com quem quiser. Mas era sobre isso que eu, você, a presidente e o congresso deveríamos estar tratando agora. Como a gente renova este modelo? Como podemos tentar ir para um lado onde a gente não tenha de escolher o menos pior para nos representar. Como a gente consegue ir para um lado onde a gente participe mais da política do país (e como eu encho o saco sempre: reunião de escola, reunião de condomínio, conselhos municipais, etc.) e não só na eleição ou quando a coisa aperta. Como a gente cria estas condições de crescimento que a gente quer?

Não tiro a razão de ninguém de querer a saída da presidente e o fim do PT. É um direito seu, assim como é um direito meu discordar desta agenda, porque acho que ela não resolve nossos problemas, que são bem mais amplos.

A decisão que tomei ontem ao ver as manifestações ontem foi de conhecer melhor os movimentos que as organizaram, no caso, as de São Paulo: Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua. Se concordar que algum destes movimentos pode nos ajudar a pressionar o governo para sacarmos o que queremos, independente de quem está a frente atualmente ou no futuro, é aí que vou contribuir e aí posso até ir para a rua junto. Hoje, acho que ainda precisamos nos organizar melhor. Mas não deixo de ver a importância no que pode ser o início de um movimento estruturado. Será que dessa vez vai?

ATUALIZAÇÃO: ao buscar informações sobre os dois movimentos, não concordei com a agenda de um e notei que outro não tem agenda, a não ser organizar os protestos. Em sendo assim, continuo buscando uma via onde se possa debater soluções e se informar. Sugestão são bem vindas.

#forainteressesparticulares #forainteressesespecíficos #afavordoBrasil

PS: como isso é um blog de música, fica a trilha sonora sugerida para ler o post.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Thesaurus: Post Punk (Pós Punk) por Zeca Dom

Existe algo em comum com estas bandas, além delas serem da mesma época?

Killing Joke - 'Love Like Blood':


New Model Army - 'White Coats':


Echo and the Bunnymen - 'Rescue':


Todas são Pós-Punk. São?

Post Punk (Pós-Punk): Grande termo aglutinador que na prática envolveu quase tudo que foi feito, particularmente na Inglaterra, após a eclosão do Punk no Ocidente. Este grande termo inlcuiu sub rótulos igualmente aglutinadores como a New Wave, Gothic – Dark Wave, Industrial, Psychoabilly, dentre tantos outros. Nos anos oitenta, costumava-se chamar o pós punk de New Rock, New Wave ou Rock Alternativo - especialmente no Brasil.

Como esta definição já deixa perceber, é meio difícil dizer o que era, exatamente, Pós-Punk; e, cá entre nós, eu não vou resolver a questão: rótulos, quase sempre, são criados pela imprensa musical em determinado momento para, digamos, resolver um problema. O problema no caso, é classificar o que aparentemente não tem classificação, colocando todo mundo num mesmo saco de gatos.

Mas eu acho que posso ajudar você, leitor nesta briga. Vou contar um segredo pra vocês: pra resolver os problemas de rótulos, eu pego uma banda e tomo ela como parâmetro e passo a comparar todas a partir dela. Sacaram? Vamos aos exemplos.

O meu parâmetro é uma das bandas prediletas do Renato Russo do Legião Urbana (aliás, descaradamente pós punk): Comsat Angels.


O Pós-Punk Clássico tem sempre alguns elementos do Comsat Angels: guitarras com Delay e Chorus; andamento mais lento que o Punk; uma linha de baixo bem colada na bateria ‘tribal' - com muitos Tons graves -, ou baixo  também com Chorus. E particularmente o viés político-messiânco dos vocalistas e das composições.

Mas, EU SEI, que muitos de vocês nunca ouviram Comsat. Não é à toa: esta banda foi pouquíssimo divulgada no Brasil. Mas tem uma banda que todo mundo conhece e era (pelo menos nos primeiros discos) um parâmetro de Pós Punk. Qual? Ora, o U2.


Os quatro  primeiros discos de estúdio (Boy, October, War e Unforgetable Fire entre 1980 a 1984) do U2 eram pós punk ao extremo: todos os elementos que eu comentei estão ali. O messianismo era ajudado pelo fato do U2 ser uma banda Irlandesa católica e pacifista: tipo ser católico - e pacifista na Irlanda, dependendo do contexto, é mais político do que propriamente religioso. Ora, o próprio nome da banda tem um viés polítco (vai pesquisar!!!!!!! não conto, não!!!). Vide por exemplo a belíssima composição 'Pride - In the Name of Love' - que faz referência a Martin Luther King, grande líder pacifista.


Agora, como o U2 tornou-se o que se tornou, isto é uma outra estória. Aliás, grupos Pós-punks podem ter tido fases pós-punks, e depois partido para outras.

Hoje em dia, existe um certo revival do pós-punk. Não só deste estilo aliás, mas de todos os anos 80. Bons exemplos desta retomada de elementos daquela época estão em grupos como She Wants Revenge e o meu amado Savages.


O pós-punk pegou o restante do mundo, e o ocorreu no Brasil. Chegou diferente, pois ele coexistiu com diversos tipos de música. Como bom brasiliense, o Segundo do Legião Urbana é bastante inspirado em elementos do Pós-Punk, como no caso da composição 'Tempo Perdido'. Mas não único, sem dúvida.


Senhores, estamos aí na semana que vem!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Legião Urbana com Wagner Moura - 30/05/2012

Eu costumo dizer que existem 3 tipos de pessoas no que se refere à Legião Urbana: os que odeiam (não gostam ou não aguentam mais ouvir por causa das rodinhas de violão), os que gostam e os que amam (super fãs ou gostam e tem uma ligação forte com Brasília). Eu estou no grupo que ama e por ter sido criado em Brasília, essa banda tem um significado todo especial.

Então vamos combinar que se você odeia a banda, é melhor nem ler o resto do post. E como eu gosto muito mesmo de Legião Urbana, a coincidência deste ter sido o show de número 200 da minha vida, não poderia ter sido melhor! Pra mim, não teria melhor forma de comemorar este número!

Ingressos comprados, amiga vindo do Rio (valeu, Flavia!) especialmente pro show e muita vontade de ver os caras. Receita de sucesso! Eu tinha certeza que eu cantaria tudo e como tinha dito ao meu amigo Otavio, tinha certeza que seria show para cantar tudo do fundo da alma! E diferente não foi e com certeza foi o show que eu mais cantei junto na minha vida. Também concordei com um post que li que não foi o melhor show da minha vida, mas seguramente foi um dos mais emocionantes que já vi.

Foram dois shows, dias 29 e 30 de maio. A MTV transmitiu ambos ao vivo por se tratar de um Especial MTV em homenagem a banda e como Renato Russo se foi, o nome escolhido para substituí-lo no vocal foi o de Wagner Moura (por ser fã da banda e por ter cantado Legião em dois filmes já feitos por ele). O show do dia 29 foi largamente comentado nas redes sociais, portais de internet, etc. e muitos criticaram a escolha e performance do Wagner Moura. Eu deixei para ter minha opinião própria no segundo dia do show.

O setlist foi:
1) Tempo Perdido
2) Fábrica
3) Daniel na Cova Dos Leões
4) Andrea Doria (com participação especial de Fernando Catatau na guitarra e vocal)
5) Quase Sem Querer - vídeo no final do post
6) Eu Sei
7) Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto
8) A Via Láctea
9) Esperando Por Mim
10) "Índios"
11) Monte Castelo (com participação especial de naipe de cordas)
12) O Teatro dos Vampiros (com Marcelo Bonfá cantando)
13) Geração Coca-Cola (com Dado Villa-Lobos cantando e participação especial de Clayton Martin na gaita)
14) Damaged Goods (cover do Gang of Four com dado Villa-Lobos cantando e participação especial de Andy Gill na guitarra e Bi Ribeiro no baixo)
15) Ainda É Cedo (trecho de "Love Will Tear Us Apart" do Joy Division com participação especial de Andy Gill na guitarra e Bi Ribeiro no baixo) - vídeo no final do post
16) Baader-Meinhof Blues
17) Sereníssima
18) Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar
19) Há Tempos
20) 1965 (Duas Tribos)
21) Perfeição (trecho de "Lithium" do Nirvana)
22) Teorema (introdução com Faroeste Caboclo cantada só pela platéia) (bis)
23) Antes Das Seis (bis)
24) Giz (bis)
25) Pais e Filhos (trecho de "Stand By Me" de Ben E. King) (bis)
26) Será (bis)
27) Faroeste Caboclo (bis - cantada a pedido do público)

Foram 27 músicas, sendo muitas delas das mais famosas do rock nacional. Enfim, show para cantar do fundo da alma do início ao fim.

FOI EMOCIONANTE! Todo mundo cantando junto! Loucura total! Pelo fato da Legião Urbana ser uma das maiores bandas do rock nacional dos anos 80, pelo fato do Renato Russo ter morrido e por isso a banda ter acabado (e por isso não termos mais shows da banda) e pelo anúncio de que muito provavelmente estes seriam os últimos shows nos quais Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos iriam tocar o repertório da banda juntos, fez com que estas apresentações fossem muito concorridas e era só fã (ou quase, pois um cara foi expulso por dizer que a estrela Dado Villa-Lobos era um FDP).

Eu vi gente que nasceu poucos anos antes do Renato Russo morrer chorando nas primeiras músicas do show. Vi fã que viu o último show da Legião chorar. Vi muita gente se arrepiando com algumas músicas, como eu por exemplo. Vendo isso, aí sim você tem certeza da dimensão da influência da banda.

Participações especiais de Fernando Catatau (guitarra em várias músicas e vocal em uma) e Clayton Martin (gaita em uma música) do Cidadão Instigado. Bi Ribeiro tocando baixo em algumas músicas, como forma de agradecimento a ele por receber a banda no Rio de Janeiro e ao Paralamas do Sucesso por ter ajudado a banda no início. Teve naipe de cordas em 'Monte Castelo' e ficou bonito. A participação especial mais expressiva foi de Andy Gill, guitarrista do Gang of Four. E foi expressiva pelo cara ser de uma banda gringa, mas principalmente por ser o cara de uma banda que influenciou fortemente o Legião, mas principalmente o Renato Russo.

E o Wagner Moura? Sim, ponto pacífico! Ele é ator! Desafinou várias vezes! A banda não alterou as músicas para encaixar no tom dele (que não canta de todo mal) e ele também não atinge as notas do Renato Russo que era um baita vocalista. Mas e aí? Pouco importou para quem estava lá. Primeiro porque a platéia cantou todas as músicas e a voz dele apenas dava um guia de por onde ir (por vezes era simplesmente ignorada, pois ele cantava da forma dele e a platéia seguia a versão original da música). Em segundo lugar porque este show era uma homenagem e ninguém esperava um substituto do Renato Russo. Não sei se na TV foi ou se no DVD ficará bom, mas ao vivo, ali na galera valeu!

Minha opinião final é de que sem contar os fatos dele cantar mal, de que ele é fã da banda e de que cantou super emocionado (o que contou para a apresentação em si), o que valeu mesmo foi a coragem dele em se meter no palco e encarar duas noites cheias de fãs cantando músicas de uma das principais bandas brasileiras. Acho que ele merece minhas palmas por isso. E no final, eu nunca vou poder dizer que fiz dois shows com uma das bandas que mais gosto na vida. Ele vai...

E foi isso! Um banda que fez história! Músicas de sucesso! 8 mil fãs enlouquecidos! 1 fã nos vocais! E MUITA, MAS MUITA EMOÇÃO MESMO! Valeu cada centavo do ingresso e seguramente um dos shows que nunca mais vai sair da memória! No final, eu só queria que eles devolvessem a minha voz. GRANDE SHOW DE NÚMERO 200!

Sobre o local, o Espaço das Américas precisa arranjar uma forma de subir a altura do palco e dos telões. Atrapalha e muito o show e quem quer ver a apresentação. Não sei se o show do Morrissey estava muito mais cheio, mas o bar, banheiro e estacionamento desta vez estavam muito tranquilos mesmo. Ponto positivo para a casa de show. E como a Flavia estava comigo (viciada), o sanduíche pós show foi no tradicional New Dog, porque é preciso comer sempre!

E claro que temos vídeos! Peço desculpas por todas as mãos e câmeras na frente das filmagens, mas o Espaço das Américas tem um palco baixo e a galera estava enlouquecida.

- Quase Sem Querer



- Ainda É Cedo

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rock Brasília - Documentário

Recebi um convite da minha amiga Paty Mota para ir ver a pré-estréia do documentário Rock Brasília, A Era de Ouro no Espaço Unibanco em São Paulo, no dia 04/10/2011, terça-feira.

Fiquei logo animado, pois tinha visto o trailler do filme e queria muito ver! Mas comecei a ficar meio doente durante a tarde no trabalho e fui para casa mais cedo. Fiquei dormindo, descansando e querendo ir, mas não estava 100%. O evento era às 21 horas e às 20:40 decidi ir mesmo doente e sozinho (infelizmente a Paty Mota não pôde ir).

O filme é bom! Por vezes parece longo demais, por ser focado quase totalmente em testemunhos. Mas é um documentário oras, com muitos depoimentos daqueles que montaram as bandas e suas famílias. Definitivamente, não é um musical! As mulheres ao meu lado saíram no meio do filme, mas definitivamente elas não me pareciam do tipo que curte rock, muito menos de Brasília.

Para quem gosta de rock é um prato cheio! Para quem gosta de Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, mais ainda! E para quem foi criado em Brasília como eu, é emocionante! Lembrar de locais e fatos e sentir que de alguma forma, mesmo muito novo, você fez parte daquilo.

Eu gosto muito das 3 bandas! Mas gosto mesmo é da Plebe Rude! E é bom saber que vez ou outra ainda tocam, mesmo que não com a formação original.

Na saída, uma boa surpresa. O show de número 148, com o Capital Inicial e um pocket show de 5 músicas (Geração Coca-Cola, Veraneio Vascaína, Fátima, Música Urbana e Que País É Esse - a última já no bis implorado pela galera).

Se eu posso dar minha opinião: VEJAM! O rock nacional por si só é um motivo! Mas o filme também fala da história do nosso país, de fatos e passagens importantes pra nós (e é muito legal ter uma visão sobre outro ponto de vista daquilo que ocorreu)! Então VEJAM!

O trailler oficial do filme aqui: