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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Thesaurus: Pop (Epílogo) - por Zeca Dom

Vamos então para a última parte de nossa definição: O Pop desenvolve-se não só pela criação de expressões, mas também por mantê-las no mesmo universo.

Sem dúvida esta é a parte mais divertida desta sisuda definição. Para ilustrá-la vamos dar uma olhada neste clipe da Lady Gaga - sim senhores, Lady Gaga. Se Iron Maiden é pop, o que dirá a pretensa sucessora de Madona:


Observe a quantidade de referências a cultura pop no clipe: onomatopéias (aquelas palavras que representam sons) apresentadas com se fossem retiradas de histórias em quadrinhos; inúmeros lugares-comuns de roteiros de filmes de ação; a participação de outra estrela pop, a Beyoncé, aliás com um visual de pin ups dos anos 40.

Vamos agora dar uma olhada nesta música (a qual considero uma das músicas pop mais perfeitas de todos os tempos) da big boss Madonna:


Considero esta música quase perfeita justamente pelo conjunto da obra. Madonna, um grande produto bem acabado: ela passa pelos últimos 30 anos surfando pelas tendências, gerenciando parte de seu marketing e investindo em modas - lembre-se por exemplo de Vogue (dança especifica de um grupo novaiorquino) e Jump (na qual a coreografia é totalmente baseada no esporte Le Parkour). Nesta música especialmente ela nada de braçada nas novas técnicas de música eletrônica e de pistas de dança. E, principalmente, lida com o universo pop auto referendado: limousines, mulheres bonitas, jóias, ostentação - clara referência aos clipes de Hip Hop masculinos - histórias em quadrinhos, onomatopéias, dialogando diretamente com a música - perceba, a parte que a música parece diminuir de volume quando a animação da Madonna cai dentro de um aquário!

Como eu disse, esta é parte mais divertida da definição de música pop: ela CRIA expressões e as MANTÉM no mesmo universo. Em outras palavras, a música pop é auto-referendada. Seu sentido repousa nela mesma, e ainda assim ela cria novas referências.

Aí você vê, como é complicado afirmar que algo é ou não é pop. Este diálogo com as referências em comum determinam, e muito, o que vai ser bem assimilado pelo grande público. A receita é relativamente simples, mas o mais complicado é identificar os ingredientes: como definir que um conjunto de referencias será bem recebida pelo público? A resposta a esta pergunta explica por exemplo, porque grandes fenômenos pop simplesmente deixam de vender. Pegue aí o fracasso do novo cd do U2 que veio junto com o novo IPhone. Não seria perfeito? A maior banda do mundo de graça no aparelho mais cobiçado? Simplesmente não pegou. Os exemplos são inúmeros. Encerro lembrando de um som que bombou com um clipe vagabundo e pelo jeito pegou simplesmente por conta disto. Depois se pergunte se é simples definir o que é pop. Abração!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

2008

2008 foi um ano de poucos shows, mas de ocasiões muito especiais!

2008 musicalmente falando começou em julho. Fui convidado para 2 semanas de treinamento em Lisboa (2a vez que iria para lá no verão, mas seria o 1o verão em que conhecia mais gente por lá). Foi neste verão que eu comecei a namorar a Marta (hoje minha grande amiga), que fiquei muito amigo do sportinguista Rui Mota, que pude conhecer melhor meu amigo malaio Romuald, que reencontraria com o luso-holandês Edward (depois da sua temporada no Brasil) e que pude conhecer melhor, meu hoje braço direito, Elisabete. Foram 15 dias de muito trabalho, muito sol e muita diversão com esse grupo de grandes amigos!


Além dos citados acima, todos amigos feitos no trabalho, juntaram-se a nós para abrilhantar a temporada: Margarida, Filipa e Sara, amigas da Marta (todos até aqui citados na foto acima, com o Edward no anexo, já que faltou ao jantar que todos foram). E foi com a turma da Marta que fui pela primeira vez ao Optimus Alive: festival de música em Lisboa e patrocinado por uma das operadoras de celulares local. O festival tinha vários shows interessantes, mas acabamos indo apenas no sábado, pois as amigas da Marta iam e porque no domingo já voltaria ao Brasil.

Antes de falar dos shows, alguns pontos que acho que marcaram no festival: o lugar onde são os shows é um espaço na beira do rio Tejo, com um pôr do sol lindo e com um vento que não para; o local é enorme e além de palcos e tendas com shows simultâneos acontecendo, a estrutura de banheiros, bebida e comida era impecável, além de ser um espaço grande e confortável; por último, o local do show é ao lado de uma estação de trem, um terminal de ônibus e pontos de taxi, o que torna tudo mais fácil na saída (mesmo que nós tenhamos ido de carro)! Rs

Neste dia vimos Donavon Frankenreiter (o figura da foto ao lado, que parece que parou no tempo com seu visual anos 70. O bigode é estilo, vai?), que é um pupilo do Jack Johnson e na minha opinião, muito melhor que ele. Som levinho e muito, mas muito divertido mesmo! Eu gosto muito! Você fica lá, ouvindo, se divertindo e tomando uma cerveja. Ótimo para um final de tarde.

Depois vimos Neil Young! Estava ali muito por causa dele e por causa daquela lembrança do Rock in Rio! E o show continua bom, mas a platéia não estava com ele. Show bom, burocrático, bem tocado e foi só. A apresentação do Rock in Rio valeu bem mais.

Por último Ben Harper (o 1o show dele que via no ano). Show legal, músicas boas, mas por vezes fica cansativo. Mas curto tanto algumas músicas, que valeu a pena. Ele estava muito em evidência por conta da música Boa Sorte (Gook Luck) em parceria com a Vanessa da Mata e não deu outra: quando tocou essa, a galera foi ao delírio! Lembrando que estávamos em outro país, mas de língua portuguesa e que consome muito música brasileira. Foi o momento onde a platéia virou a Vanessa da Mata cantando as vozes em português e o Ben Harper mandou o resto. E foi nesse momento que eu e a Marta realizamos que ficaríamos uns bons meses sem nos vermos depois daquele dia. O show foi ótimo e a música marcou esse momento. É ou não é Martinha?

De volta ao Brasil, em setembro foi a vez do Ben Harper tocar aqui. Dessa vez no festival About Us na Chácara do Jockey e a música do momento foi tocada mais uma vez, agora com a Vanessa da Mata em pessoa, que tinha feito o primeiro concerto da noite (mas eu não vi). Mesmo show que havia visto em Portugal, com essa diferença. Gravei com o celular e virou toque de celular para lembrar da namorada a quilômetros de distância.

Mas nesse dia fui mesmo para ver o show do Dave Matthews Band, que só tinha visto no Rock in Rio, mas numa apresentação muito curta. E o show foi MARAVILHOSO! Porque a banda é muito boa e adoro as músicas, porque tem um dos bateristas mais fodas que já vi tocar (Carter Beauford) e porque o show foi todo dedicado a LeRoi Moore, saxofonista da banda que havia morrido um tempo antes. Foi um momento especial... Adoro essas coisas de estar num espaço a céu aberto, bonito, cheio de natureza perto, com uma música bem tocada no palco... Tipo algo divino! Foi SENSACIONAL! E ainda não me dei por satisfeito. Quero ver outros shows deles...

2008 fechou em dezembro com as visitas do meu irmão Gustavo, cunhadinha Erica e dos grandes amigos Guilherme e Isabela para o show da Madonna no Morumbi. Eu nunca tinha visto e assim como Michael Jackson, era algo que eu queria muito ver.

Na boa: um grande (ótimo) musical! Mas achei um péssimo show de música! Muitas interrupções, versões, efeitos. Se não me engano só houve uma ou duas músicas que conseguimos cantar junto e aproveitar. O resto eram alguns minutos até entender que música era, de tão alteradas que as versões estavam. Valeu! Madonna: check! Posso até ir de novo, mas saiu da lista de um daqueles shows que tinha de ver antes de morrer.

E a retrospectiva já já acaba! Vou ter de ir a muitos shows para continuar alimentando este blog!