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segunda-feira, 27 de março de 2017

Lollapalooza - 25/03/2017

O Lollapalooza 2017 foi mais uma vez um ótimo festival. Como todo ano, há reclamações sobre o lineup não ser muito bom e de fato, desta vez eu conhecia bem pouca coisa. Mas acredito que seja eu que estou ficando velho e não o lineup que está ficando ruim. Rs

Lollapalooza: dias bonitos, muita música e diversão.
Os pontos que valem menção do festival este ano são a qualidade do som que melhorou muito. A impressão que tenho é que foram adicionadas novas torres de delay de som ou se elas já existiam, algo foi alterado, pois em todos os palcos e em quase todas as posições, longe ou perto, você ouvia muito bem e com quase nada de delay, os shows.

A qualidade do som pode ter sido reforçada, pois este ano o festival recebeu muito mais gente. Números falam em 100 mil pessoas por dia e mesmo sem falar em números exatos, estava claro no fluxo de gente se deslocando entre palcos a quantidade de gente a mais, se comparado a outros anos. Também foi o primeiro ano que o Lollapalooza teve o sistema cashless, onde o ingresso era uma pulseira, que também era uma carteira virtual, que dava mais segurança a todos nas compras. De fato não ter de se preocupar em esquecer o ingresso e em levar a quantidade certa de dinheiro e ter cartão, ajuda muito.

O ponto negativo ficou pelas longas filas nos bares em todo o festival. A impressão que deu foi que havia mais gente, mas que a estrutura de bares não foi incrementada. Parece que achavam que o sistema cashless ajudaria a agilizar as compras, mas o fato é que isso tornou o processo mais lento (o processo tinha duas etapas e muita gente não sabia usar o sistema). E além disso, os produtores de comida e os bares não estavam preparados. Para comer, você pagava e tinha de esperar a comida ficar pronta. Para beber, você pagava e ainda demorava um tempo até te entregar tudo, se você pedisse mais de um item.

Para manter a mesma quantidade de pessoas para 2018, é preciso multiplicar a estrutura de bebida e comida. Ou será preciso voltar a quantidade de público de 2016. Mas tirando esse problemas com os bares, todo o resto funcionou muito bem. E vamos de música...

- 1975
A banda inglesa fez um show animado, dançante. Eu conhecia zero da banda e achei, apesar de legal de dançar, o som meio adolescente.

O vocalista fazendo pose fumando sem parar, coisa que já não se vê com tanta frequência nos palcos, mas a banda parecia mais pose que qualidade.
1975

O setlist foi:
1. The 1975
2. Love Me
3. UGH!
4. Heart Out
5. A Change of Heart
6. Loving Someone
7. She's American
8. Somebody Else
9. Girls
10. Sex
11. If I Believe You (tem vídeo)
12. Chocolate
13. The Sound

Desde já peço desculpas pela qualidade dos vídeos, pois a minha câmera começa a apresentar sinais de cansaço. Mas deu para registrar tudo.

Infelizmente não tenho muito o que falar da banda. Dançamos, rimos e valeu ver os caras. Mas eu não sei se os veria de novo com este som que eles fazem hoje. Fica um vídeo do show, mas... da música mais lenta da apresentação. Rs Foi mal!


- Rancid
Primeiro show dos caras no Brasil, apresentação que eu tinha de ver, por ser uma banda que gosto desde adolescente. O tempo passou, o Tim Armstrong está absolutamente irreconhecível, mas o som continua aquilo que se espera dos caras.

O setlist foi:
1. Radio
Rancid
2. Roots Radicals
3. Journey to the End of the East Bay
4. Maxwell Murder
5. The 11th Hour
6. East Bay Night (tem vídeo)
7. Last One to Die
8. Dead Bodies
9. Salvation
10. Bloodclot
11. Old Friend
12. The Bottle
13. St. Mary
14. Tenderloin
15. Olympia WA.
16. Honor Is All We Know
17. It's Quite Alright
18. Fall Back Down
19. Time Bomb
20. Ruby Soho

O bom de show de punk rock é que é música atrás de música, pouca firula e no final, 20 músicas em uma hora. A banda toda continua em boa forma, mas é difícil entender com o Tim ainda tem voz. O cara estava muito rouco no fim do show.

Sem entrar em nenhuma rodinha, deu para pular bastante, o show passou que nem deu pra sentir. E claro, como todos no Lollapalooza, o final reservou as três músicas mais famosas dos caras, fazendo aquele final apoteótico. Demorou para os caras virem, mas deu para ver que tem público e podem voltar para fazer um showzinho mais longo. Estamos esperando.


PS: tentamos ver o The XX na sequência, mas a fila do bar para comer e beber era tão grande que perdemos o show todo para comprar espetinhos e cerveja. AÍ NÃO DÁ PRODUÇÃO? :/

- Metallica
Claro, a banda mais esperada da noite, quem sabe do festival, era o Metallica. Os caras fizeram um show de duas horas, como sempre técnicamente perfeito. A diferença foi a apresentação do novo disco, Hardwire... To Self-Destruct. E eu que ouvi e achei chato, achei que as músicas funcionaram muito bem ao vivo.

O setlist foi:
1. Hardwired
Metallica
2. Atlas, Rise!
3. For Whom the Bell Tolls
4. The Memory Remains
5. The Unforgiven
6. Now That We're Dead
7. Moth Into Flame
8. Harvester of Sorrow (tem vídeo)
9. Halo on Fire
10. Whiplash
11. Sad but True
12. One
13. Master of Puppets
14. Fade to Black
15. Seek & Destroy
16. Battery (bis)
17. Nothing Else Matters (bis)
18. Enter Sandman (bis)

Você só sente que os caras estão ficando velhos pela quantidade de solos que rolam para a banda descansar. Fora isso, a pegada segue a mesma. E foi essa pegada que levou a Marina, a esposa, a dizer que gostou do show. Meu coração se encheu de alegria! Rs

Por ter sido um show mais curto, ficou muita coisa de fora. Mas para um apanhado de festival, o setlist teve um pouco de tudo. Momentos altos para mim ficam sempre com 'Whiplash' e 'One'.

Foi um dia de poucos shows pelo atraso na minha chegada e filas, mas... com bandas e estilos tão diferentes, que é perfeito para lembrar a graça de um festival. Ver de tudo um pouco, se divertir com os amigos e aproveitar música ao vivo de qualidade. E ainda tinha o segundo dia...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sobre Covers&Originais: Helpless: Diamond Head (1979) e Metallica (1987)

Dando continuidade, estávamos falando do Garage Days, álbum de versões gravado pelo Metallica em 1987. Nesta semana, falaremos de outra faixa daquele disco. Esta, por sinal, abre a coletânea, mandando ripa – 'Helpless', orginalmente gravada pelo grupo britânico Diamond Head em 1979.


Acredito ter falado no Thesaurus da semana passada sobre a New Wave Of British Heavy Metal - NWOBHM; mas talvez eu não tenha destacado adequadamente a importância daquela tendência para as variações de sons pesados que viriam nos anos 80 e 90, e especial para grupos que revolucionariam o estilo entre 80 e 85.


A NWOBHM é para os adolescentes de hoje, tida como o Heavy Metal clássico: temas épicos e machões, calças apertadas, couro, guitarras pesadas e solos melódicos. Entretanto o som inglês tem sua importância atestada por manter o metal nas paradas de sucesso na época do aparecimento de seu maior ‘rival’ até então, em matéria de agressividade e barulho. Sim, estou me referindo ao Punk Rock.


Não cabe aqui neste artigo defender onde o movimento Punk se apresenta pela primeira vez; no caso é interessante ver o impacto deste movimento na Inglaterra na música pop e mesmo no Heavy Metal norte americano.

O Metal inglês (British Steel como diria o Judas Priest) vai ser ouvido bastante nos Estados Unidos e vai influenciar muitas bandas! Mas em alguns casos, esta audição incluía também as novidades trazidas pelo Punk britânico. Então, as bandas americanas desenvolvem algumas variações interessantes de metal: vão adicionar a velocidade do Motörhead, as temáticas satânicas do Black Sabbath, a sujeira do Punk Rock e as melodias de guitarras do Iron Maiden e do Judas Priest. No que deu?

Tipo: Exodus - banda que lança o guitarrista Kirk Hammet do Metallica:


- e Slayer em sua primeira fase, altamente satanista e rápida, conhecida por alguns como Black Metal:


- Anthrax com seus riffs pesadíssimos e andamento acelerado:


Ou o Metallica que iria trazer à voga um dos grupos menos conhecidos da NWOBHM, o Diamond Head em 'Helpless'!


O Metallica nunca escondeu suas preferências. Sabemos por esta mesma coluna que eles ouviram, MUITO, Motörhead. E eles gostavam de DH a tal ponto que, já haviam gravado outra daquela mesma banda, muito conhecida pelos fãs de primeira hora da banda do Lars Ülrich: 'Am I Evil'.


Ainda esta semana volto com mais uma matéria galera!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sobre Covers&Originais: Crash Course in Brain Surgery: Budgie (1974) e Metallica (1987) por Zeca Dom



Eeeee!

Hoje vamos fazer um pequeno especial sobre um álbum de covers do Metallica, lançado em 1987, o Garage Days Re-revisted – não confundir com o Garage INC. de lançado anos depois...

O álbum chegou no Brasil ainda na ressaca do falecimento do grande baixista Cliff Burton, e tinha um playlist meio estranho. Explico: algumas bandas não eram tão conhecidas do público brasileiro – no caso de Diamond Head ('Helpless') e Budgie ('Crash Course in Brain Surgery'); outras não eram exatamente bandas de metal como a 'GreenHell' do Mistfits ou 'The Wait' do post punk inglês do Killing Joke.

Para mim, a grande colaboração deste álbum foi abrir a cabeça de alguns headbangers que insistiam em um tipo ‘puro’ de heavy metal, sem misturas ou referências antigas. Basta você observar que esta mistureba (Crossover para alguns críticos: vide thesaurus no fim do post) já estava acontecendo no punk rock e suas variações mais rápidas e agressivas. Vide, por exemplo, English Dogs, que em 1982 lança um compacto que eu juro, mas juro mesmo, ter lido que o Metallica ouviu: 'To the Ends of the Earth', que é bem parecido – respeitada as óbvias limitações técnicas dos ingleses – com o andamento de 'Kill’em All' do grupo californiano.


Como se vê, só falar deste álbum de 87 daria seguramente o espaço de um mês. Eu decidi me concentrar em dois momentos: 'Crash...' e 'The Wait' (esta última na semana que vem!).

O som do Budgie, possivelmente nem seria conhecido do grande público: foi uma boa banda Galesa da década de 70 que sobreviveu a NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal: Thesaurus!!!!) e veio a ser conhecida por seu riff matador de 'Crash Course Brain in Brain Surgery', que abre esta matéria.

É possível perceber como a música é setentista: observe os agudos (‘gritinhos’, para leigos) do vocalista; os timbres, em especial do baixo.

O Metallica é uma banda dos anos 80 e por consequência, seus integrantes foram influenciados pela década anterior. O blend de influencias deste grupo não se restringiu aos grupos de metal, mas também no punk rock europeu e no hardcore californiano. Isto explica, em parte, como aquela música de anos 70 tornou-se muito mais pesada, mas com acentos mais ‘sujos’ de hardcore na linha do English Dogs:


Semana que vem tem mais, como já prometido!

Thesaurus:

Crossover: cruzamento de estilos: um grande exemplo, pode ser observado na composição 'Walk This Way', originalmente do grupo de Hard Rock setentista Aerosmith. A música fez um enorme sucesso em uma versão crossover de hard rock & rap, com o grupo RUN-DMC (Friedlander de 2002), na metade da década de 80. Considero esta composição um marco para o advento de novas tendências do rock, em especial nas variantes mais pesadas, na retomada das influências negras, que possibilitou a renovação de vários estilos na música pop nos últimos quinze anos. Para os adeptos do Heavy Metal, crossover correspondia na década de oitenta, especialmente o cruzamento de sons do heavy rock com o punk rock ou hardcore. Um bom exemplo seria o grupo californiano DRI que cruza elementos do Heavy Metal e do Hardcore


NWOBHM - New Wave of British Heavy Metal: termo da imprensa inglesa que referia-se a leva de grupos de heavy metal inglês que iriam redimensionar o estilo nos fins dos anos 70 e início dos 80. Dentre as bandas conhecidas no Brasil, destacam-se Iron Maiden, Def Leppard, Saxon e Samson. Esta última foi a banda que revelou o vocalista Bruce Dickson que integraria posteriormente o Iron Maiden.

Vale a pena ouvir. Muito cabeludo que se diz fã do Iron Maiden NUNCA ouviu falar de Samson...

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sobre Covers&Originais: Eye of the Beholder Metallica (1988); Live after Death (2004) por Zeca Dom


O fato é que, definitivamente, este semestre está mais pesado...

Nas duas semanas que se seguem vamos falar um pouco do Metallica, e convenhamos, será um prazer!

Todo mundo conhece o Metallica, né? Aquela banda com álbuns realmente de vulto – como Load (1996) e o Metallica (‘Black Album’ 1991) com megassucessos do naipe de 'Enter the Sandman'.

Todo mundo conhece Metallica? Mais menos. Aquela banda californiana, formada em 1981 que revolucionou o heavy metal, de fato, quando seus integrantes ainda não tinham completado 25 anos, e gravaram o primeiro álbum ainda com espinhas nas caras, entre 1983 e 1986; não, nem todo mundo conhece. Ouve aí embaixo:

Uma música do álbum Kill ‘em All (1983):


e uma do álbum Master of Puppets (1986):


(nem parece aquelas brincadeiras do Load - 1996 e Reload - 1997…).

Isto, senhoras e senhores na década em que o sucesso no mercado norte-americano estava totalmente ligado a divulgação na MTV. Pois bem, o Metallica simplesmente alcançou o sucesso da crítica e de público sem NENHUM videoclipe! Um feito simplesmente assustador.

A estréia em clipe viria em somente 1988, e ainda assim, metendo  o pé na porta em 'One', com imagens assustadoras do filme Johnny Vai a Guerra (Johnny Got His Gun - 1971), no álbum ...And Justice For All do mesmo ano. Podemos falar deste clássico em outra oportunidade. 

Aquele álbum fora muito aguardado pelos fãs e esta expectativa tinha um motivo muito sério: boa parte das composições do Metallica tinham forte influência do baixista Cliff Burton. Este sujeito era uma grande eminência parda da banda, fazendo-se notar em composições que são a cara do Metallica como por exemplo, 'For Whom the Bell Tolls' (1984). Além disso, Mr. Burton tinha um estilo bastante peculiar de tocar, usando distorções e efeitos – um escândalo para alguns guitarristas... - que ajudou a tornar aquela banda californiana realmente grande. Dê uma olhada no link abaixo do 'Ride the Lightning' e aí você repara as espinhas do James Hetfield e o baixo e a presença de Burton!


Só que Cliff Burton morre durante a turnê do Masters of Puppets em 1986, puxando o freio de mão de uma banda em forte ascenção.

Depois do baque, entra no lugar de Burton, Jason Newsted - da banda Flootsam and Jetsam - e eis que chega o álbum de 1988. Lindo. Maravilhoso. As guitarras ousadíssimas! Um timbre único de bateria!

Mas simplesmente, NÃO TEM BAIXO. Simples assim.

Muitas pessoas podem dizer que isto é recalque de baixistas. Mas não. Simplesmente o baixo de Newsted não está audível. Encontrei um link que informava que as linhas acompanhavam a guitarra tornando-a indistinguível. Mas como baixista, eu digo: mesmo assim daria para ouvir. Por este motivo eu apresento a versão do Live After Death, retirada do álbum Metallic Attack: The Ultimate Tribute de 2005. Ouça com calma e ouça depois a do Metallica e vocês vão entender o que digo: A versão do LAD é como a música deveria ter sido gravada. 


Thesaurus:

Distorções e efeitos: muitos leigos não entendem, mas instrumentos musicais de cordas – guitarras e baixos elétricos – podem ter seus sons originais modificados através do uso de Distorções ou Efeitos. Normalmente isto é feito através de pedais – equipamentos que são ativados, dããã... - através dos pés! Segue um link abaixo sobre uso de distorção em baixos elétricos.


Existem grupos que trabalham distorção em baixos, mas usualmente, os baixos são tocados limpos. No Heavy Metal e outros estilos mais experimentais e/ou alternativos, o uso de efeitos e distorções em baixos é mais comum.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Metallica - 22/03/2014

Depois de duas edições do Rock in Rio vendo o Metallica pela TV, era chegada a hora de vê-los ao vivo em São Paulo, em apresentação única, em uma turnê pequena programada pela América do Sul durante a gravação do novo disco da banda, com o objetivo de arejar a cabeça dos 4 doidos. E uma turnê diferente, focada naquilo que os fãs querem ouvir: Metallica by Request!

Metallica by Request e votação durante o show

Todo o setlist do show já era conhecido antes da apresentação, com a exceção de duas músicas: uma escolhida pela banda e outra também escolhida pelo público, por mensagem de texto, em votação que rolou durante o show também. As opções eram 'Ride the Lightning', 'The Day that Never Comes' ou 'Memory Remains'.

O setlist foi:

1. Battery 
2. Master of Puppets 
James no telão
3. Welcome Home (Sanitarium) 
4. Fuel
5. The Unforgiven
6. Lords of Summer 
7. Wherever I May Roam 
8. Sad but True 
9. Fade to Black 
10. ...And Justice for All 
11. One 
12. For Whom the Bell Tolls 
13. Creeping Death 
14. Nothing Else Matters 
15. Enter Sandman 
16. Whiskey in the Jar (bis) 
17. The Day that Never Comes (bis) 
18. Seek & Destroy (bis)

Metallica todo no palco
18 músicas que mostram o porquê é uma das maiores (ou a maior, para muitos) bandas de porrada do mundo. Ao mesmo tempo que clássicos são uma maravilha, confesso que os últimos 4 shows do Metallica que vi (2 ao vivo e os 2 do meio pela TV no Rock in Rio) me soaram meio iguais. Os clássicos já não podem ficar de fora e o show acaba soando meio igual.

A ideia de atender os fãs, tendo eles entrando no palco, conversando um pouco com James e anunciando a próxima música, assim como o fã clube nas coxias laterais do palco, mostram que o Metallica é uma banda muito preocupada com seus fãs e que pensa sempre em coisas diferentes agradá-los

O início de 3 músicas do Master of Puppets te deixa zonzo. É muito rápido. 'Fuel', apesar de de ser de um dos discos menos idolatrados, ReFuel, para mim, é de uma energia doida e muito boa. Primeira vez que ouvi esta música ao vivo e tome bater cabeça.

'The Unforgiven' dá uma quebrada, mas eu quero ouvir porrada. Chega 'Lords of Summer', música escolhida pela banda para a noite, porrada pura e mais parecida com o estilo apresentado pela banda em seu último álbum.


James tocando violão e guitarra
O show segue passando por músicas do Black Album, Ride the Lightning e And Justice for All. Na hora do cover, o público escolheu 'Whiskey in the Jar', a pior escolha possível na minha opinião. Apesar de tocar bastante em rádios rock, é uma das piores coisas que o Metallica já fez, acho eu. Na última música escolhida pelo público, fomos de 'The Day that Never Comes', do último disco da banda. Diga-se de passagem, escolha vaiada pelo público, mas ao final, algo novo no repertório clássico e única música do último disco da banda.

Como sempre, 'Seek and Destroy' fecha o show, num mix de euforia e devoção, mas mais uma vez, seguindo a tradição.

Baita show, porrada pura, banda super afiada. Trujillo de fato trouxe uma energia nova pra banda (já há algum tempo, fato, mas é bom vê-lo ali), mas o disco novo e uma renovada no repertório farão bem a banda. Que venha o próximo show... Mais do mesmo (pelo menos nos últimos 4 shows), mas sempre bom pra caralho!

Para quem não conhece 'Lords of Summer' ainda, segue o vídeo.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Rock in Rio - Final de Semana II

Antes tarde do que nunca, até porque precisava escrever sobre os shows vistos ao vivo por mim. Mas como deixei minhas impressões sobre o primeiro final de semana do Rock in Rio, deixarei aqui as impressões sobre o segundo também.

Metallica
Dia 19/09, o primeiro dia de metal, infelizmente vi pouquíssima coisa. Gostaria de ter visto o Alice in Chains e o Rob Zombie, mas só vi República com Dr. Sin e Roy Z e achei ruim, muito ruim. Vocal desafinado e a qualidade do som bem fraca. No fim da noite, chegando do show que havia visto em São Paulo, vi o final do show do Metallica. Como sempre brilhantes, mas senti a falta de algo diferente (palco, repertório, não sei) ou eu estava num clima muito diferente do show. Mas de novo, brilhantes.

Dia 20/09 antes de conferir o Iron Maiden em São Paulo, consegui ver The Gift e Afrolata que foi um show interessante. Apesar do The Gift, banda portuguesa, ser zero conhecida por aqui e ter forçado demais para ganhar o público, ouvi algumas músicas interessantes e uma versão de 'Índios' do Legião Urbana bem legal. Já Mallu Magalhães e Banda Ouro Negro foi algo sofrível. A menina, além de ter zero carisma, desafinou e errou tudo e mais um pouco. Coitada da Banda Ouro Negro, que é brilhante.

Gracie Potter e Donavon Frankenreiter
Grace Potter and The Nocturnals com o Donavon Frankenreiter foi bem legal. Ela é uma gata, a banda tem umas músicas boas. Com o Donavon a coisa entrou no clima dele, que eu gosto bastante e rolou até uma versão de 'Miss You' dos Rolling Stones. Depois a senhorita Grace distorceu bastante sua guitarra e segurou bem a platéia. O Frejat fez um show recheado de clássicos nacionais, com versões muito boas e não fosse pelos ternos coloridos no palco, teria feito um show perfeito. Rs

A noite terminou com o Bon Jovi já velho, sem seus camaradas em cima do palco e com as músicas novas, que só seguram os muito fãs mesmo. O ponto alto ficou pela fã que subiu no palco, ganhou dois beijos na boca e tirou fotos até não ter mais ângulo. Fraco.

Dia 21/09 fiquei em casa para ver tudo e talvez um pouco de gin a mais tenha me impedido de conferir tudo. Primeiro show que vi foi do Ivo Meirelles e achei uma barra forçada de arranjos, versões e empatia bem fortes. Não funcionou. Gogol Bordello e Lenine foi bem legal e ver a banda de gipsy punk cantando em português com o Lenine foi muito interessante. Na sequência o Lenine fez seu show solo, mas esquecendo que estava num festival, fez um show devagar demais.

Skank - Samuel Rosa levantando o público
O Skank fez um show tecnicamente perfeito e cheio de hits, levando o público ao delírio. Banda que eu não gostava muito quando era adolescente, mas que respeito mais a cada ano. Os caras de fato são muito bons. Phillip Phillips se mostrou uma cópia irritante do Dave Matthews e um músico talentoso. Os fãs o adoram por causa do American Idol, mas ele ainda tem muito a mostrar. John Mayer fez outro show muito bom, assim como o de São Paulo, mas pouco interagiu com o público. Achei-o mais simpático no show paulista.

Bruce Springsteen não deixou a peteca cair e mais uma vez quebrou tudo. Tocou menos tempo que em São Paulo, isto é, só 2 horas e 40 minutos, mas cativou um festival inteiro (mesmo considerando que muita gente foi embora após o John Mayer, que poderia ter encerrado uma noite do festival). Quem ficou, viu o que é um dos melhores shows na ativa do mundo. Cativante, banda incrível, repertório maravilhoso, incluindo Glory Days, que não rolou na terra da garoa.

Halloween
No dia 22/09 acabei só vendo o show do Halloween e fiquei impressionado com o público no palco sunsent para ver os caras e o tamanho deles. Bom show, técnico, mas achei a equalização do som bem fraca. O Iron Maiden encerrou essa noite e o festival, como sempre em grande estilo, pelo que ouvi falar. Tipo, os velhos reclamando que parecem moleques e os moleques de boca aberta com a apresentação dos velhos.

O Rock in Rio 2013 terminou e versão 2015 já foi confirmada. Este festival, além de ser 100% brasileiro, tem uma história enorme (que começou em 1985) e espero que fique por muitos anos. A importância dele pode ser vista na mobilização observada nas redes sociais com fotos e vídeos de quem lá estava e muitos comentários de quem acompanhou tudo pela TV. Inclusive, transmitir todos os shows ao vivo pela televisão e pela internet, inclusive pro exterior, é uma ideia muito feliz e aumenta o alcance do festival.

Longa vida ao Rock in Rio e que venham muitos mais!