terça-feira, 28 de março de 2017

Lollapalooza - 26/03/2017

O segundo dia do Lollapalooza, segundo a imprensa tinha menos gente que o primeiro, mas ainda assim, tinha mais gente que as edições anteriores. Cerca de 90 mil pessoas e apesar de terem melhorado um pouco o esquema dos bares, as filas continuaram para comer e beber. Volto a dizer que este é o único ponto de melhora que vejo do festival. O segundo dia foi ainda melhor que o primeiro. E começou mais cedo também, pelo menos para mim...

- Vance Joy
O Vance Joy é a confirmação de que estou ficando velho e as novas ondas da música mundial tem pessoas muito jovens. Até aí, problema algum. Diferente de várias outras bandas atuais com som indie/adolescente, ele tem uma coisa um pouco mais sóbria, mas sem perder a pegada jovem. Com influências mais antigas, ele mistura muitas coisas novas e velhas no seu som.
Vance Joy

O setlist foi:
1. Mess Is Mine
2. Red Eye
3. The Chain (cover do Fleetwood Mac)
4. Winds of Change (tem vídeo)
5. All I Ever Wanted
6. Fire and the Flood
7. Call If You Need Me
8. From Afar / Wasted Time
9. Georgia
10. Best That I Can
11. Riptide
12. You Can Call Me Al / Cheerleader (cover do Omi)

O setlist mostra bem essa mistura de influências do Vance Joy, com cover do Fleetwood Mac, com seu próprio som, incluindo o grande hit 'Riptide' que é bem legal e uma versão de 'Cheerleader', hit da temporada passada, para fechar o show. Mas tudo tem o estilo dele.

Vi bastante potencial no som dele. Se jovem já está nessa pegada, o som tem tudo para se desenvolver em algo ainda melhor.


Catfish and the Bottlemen
PS: tentei correr para ver o fim do show do Catfish and the Bottlemen, que estava marcado para terminar em um determinado horário e terminou 10 minutos antes. Fiquei sem ver quase nada, mas foi legal ter um cheio do finalzinho que vi. Fiquei curioso para ver mais.

- Jimmy Eat World
Eu tenho um carinho especial por esta banda, pois a conheci quando fui estudar nos EUA. Marcou uma época para mim. Era aquela bandinha animada da universidade. Mas... o tempo passou.

O setlist do show dos caras foi:
1. Bleed American
Jimmy Eat World
2. Big Casino
3. My Best Theory
4. Get Right
5. I Will Steal You Back
6. You Are Free
7. Hear You Me
8. Futures
9. Work (tem vídeo)
10. Pain
11. 23
12. Sure and Certain
13. The Authority Song
14. A Praise Chorus
15. Sweetness
16. The Middle

O tempo passou e o som dos caras não evoluiu. É aquela mesma coisa há mais de 15 anos. Além disso, a diferença do rock inglês para o norte-americano é o que segundo vira um negócio meio, desculpem-me pela expressão, mela cueca com o tempo, invariavelmente. Tipo Capital Inicial, sabe? Rs Músicas sem força, sem pegada, que chamam zero a atenção de quem não é fã da banda.

Foi legal vê-los, uma vez que foi a primeira apresentação dos caras no Brasil. Mas nada mais que isso... Como sempre no Lollapalooza, o maior, e talvez único, hit da banda, 'The Middle' ficou para o fim. O vídeo abaixo é de outra música e peço desculpas pela qualidade do som que ficou péssima.


- Duran Duran
O Duran Duran seguramente era a banda mais antiga do festival e não fizeram feio. Muito pelo contrário. Na minha opinião fizeram um dos melhores shows do Lollapalooza de 2017. Desfilaram hits, sobrou simpatia, transbordou talento.

Duran Duran e Céu
O setlist dos caras foi:
1. The Wild Boys
2. Hungry Like the Wolf
3. A View to a Kill
4. Last Night in the City
5. Come Undone (tem vídeo)
6. Notorious (tem vídeo)
7. Pressure Off
8. Ordinary World (com a participação especial da Céu)
9. (Reach Up for the) Sunrise / New Moon on Monday
10. White Lines (Don't Don't Do It) (cover do Grandmaster Melle Mel)
11. Girls on Film (tem vídeo)
12. Rio

Começando pelo visual que apesar de mais moderno, isto é, sem os blazers com ombrera, ainda tem as cores dos anos 80, vibrantes, o show começou numa sequência matadora de hits que já valeria o ingresso. Quando parecia que não podia melhorar, a Céu fez uma participação muito legal em 'Ordinary World' (veja aqui!).

Galera dançando no show do Duran Duran
A sequência final também foi arrebatadora e mesmo entendendo a filosofia do festival, ainda me questiono porque estes caras com a história e qualidade que tem e seguem apresentando, só tem uma hora de apresentação e em um horário não considerado imporante. Quem foi ver os caras não se arrependeu. Volto a dizer, foi um dos melhores shows do festival.

Na sequência uma série de vídeos da apresentação, sendo que um vale a pena menção, pois um figura estava liderando uma pequena galera em coreografias durante o show. Consegui filmar uma palhinha em 'Girls on Film', afinal estamos todos ali para nos divertir, certo?

Come Undone

Notorious

Girls on Film - com direito a coreografia

- Two Door Cinema Club
Para mim, o melhor show do festival pelo simples motivo de que a banda mescla bem o que o festival busca: um mix de medalhões (os caras já tem alguma história, não muita, mas tem), som novo (o indie rock deles continua afiado e bem diferente das bandas contemporâneas) e que trazem público.

O show no palco principal do festival não encheu como o de outras bandas, mas ainda assim trouxe uma galera. A curtição foi bem confortável e com bastante espaço para dançar. Para quem já conhecia o som, foi a confirmação de que os caras fazem bem o que fazem e para quem não conhecia direito, me incluindo nessa e muitos dos que estavam ao meu lado, foi uma grata surpresa.

O setlist foi:
Two Door Cinema Club
1. Cigarettes in the Theatre
2. Undercover Martyn
3. Do You Want It All?
4. This Is the Life
5. Changing of the Seasons
6. Bad Decisions
7. Lavender
8. Next Year (tem vídeo)
9. Come Back Home
10. Something Good Can Work
11. Are We Ready? (Wreck)
12. Gameshow
13. Sleep Alone
14. I Can Talk
15. Sun
16. Someday
17. What You Know

O resumo do show é: dançar! Muito! Apesar de uma postura e figura meio apática, o vocalista e líder da banda Alex Trimble faz seu trabalho muito bem. O resto da banda também entrega um som diferente, sem aquela perfeição do Metallica que não erra uma nota, mas que vejo com bons olhos, pois deixa o som mais orgânico (ok, tentei achar uma palavra melhor e não consegui).

Para mim, o grupo mandando 'What You Know' foi o momento auge do festival. Energia explodindo para tudo que era lado. Veja aqui!

Recomendo super. Mesmo eu que já tinha visto os caras no segundo Lollapalooza Brasil me impressionei com a apresentação deste ano.


- The Weeknd
Ok, eu confesso, eu curto 'Can't Feel My Face' e por isso queria ver o show do cara. Entre um milhão de referências que você acha no som do cara, que também é produtor de R&B, não gostei muito do que ouvi, apesar do show LOTADO me dizer que o errado devo ser eu.

O setlist do show foi:
The Weeknd
1. Starboy
2. False Alarm
3. Glass Table Girls
4. Party Monster
5. Reminder
6. Often
7. Acquainted
8. Rockin'
9. In the Night
10. Earned It
11. Wicked Games
12. Ordinary Life / Stargirl Interlude
13. Six Feet Under
14. Low Life / Might Not
15. The Morning
16. Sidewalks
17. Secrets / Can't Feel My Face (tem vídeo)
18. I Feel It Coming
19. The Hills

Junto com o 1975, foram os dois sons mais adolescentes daquilo que vi no festival. E o cara tem tanta referência no som dele, que fica difícil de saber quem ele é. Você nota Bruno Mars e consequentemente Michael Jackson. Eu ouvi algo de Boyz II Men em algumas músicas e dá pra ouvir muita boy band em outras também. E claro, você nota Daft Punk no som, até pela colaboração que os caras fizeram.

Foi legal ver o show lotado, galera toda mexendo a mãozinha e pulando junto, mas o som do cara não me agradou no geral. Tem coisa muito legal, mas o resto é pop/adolescente demais para mim.


- Strokes
O principal show da segunda noite tinha alta expectativa do público, com a volta do Strokes ao Brasil. E os caras conseguiram fazer a apresentação mais nonsense que eu já vi (sabe aquela coisa meio Nirvana no Hollywood Rock?). Dava raiva e você pulava quase ao mesmo tempo.

O setlist do show foi:
The Strokes
1. The Modern Age
2. Soma
3. Drag Queen
4. Someday
5. 12:51
6. Reptilia
7. Is This It
8. Threat of Joy
9. Automatic Stop
10. Trying Your Luck
11. New York City Cops
12. Electricityscape (tem vídeo)
13. Alone, Together
14. Last Nite
15. Heart in a Cage (bis)
16. 80s Comedown Machine (bis)
17. Hard to Explain (bis)

Enquanto uns defendem Julian Casablanca dizendo que ele é meio blasé e é normal o jeito dele e isso caracteriza a banda, o fato é que as pausas enormes entre uma música e outra, suas piadas totalmente sem graça e intervenções sem nenhum tipo de explicação, brocharam bastante o público em uma apresentação que poderia ser histórica.

Lollapalooza LOTADO!
Apresentando uma seleção musical muito focada no disco Is This It de 2001, foi uma chuva de clássicos, somados a outros hits de outros discos. Seguramente foi um dos setlists mais fodas do final de semana.

Era isso, você se acabava durante a música e depois ficava 5 minutos do Julian falando besteira até saber o que mais viria por aí, para aí cantar junto de novo.

Ah, mas a banda é assim! Que bosta, diria eu. Um saco ver um show onde o vocalista, líder da banda e quem faz a interface com o público parece estar tão louco, que não se conecta com a platéia. Sorte a dele que a música dele e da banda fazem melhor isso que ele.

Mas valeu por ouvir as grandes pancadas e dançar algumas músicas que ainda não existiam na última vez que os vi.


E assim terminou mais um Lollapalooza. Que em 2018 a organização repense a quantidade de público ou resolva os problemas de estrutura de bebida e comida. A gente não quer só show bom, a gente quer isso, cerveja gelada e cada vez mais aproveitar esse clima festival. :)

segunda-feira, 27 de março de 2017

Lollapalooza - 25/03/2017

O Lollapalooza 2017 foi mais uma vez um ótimo festival. Como todo ano, há reclamações sobre o lineup não ser muito bom e de fato, desta vez eu conhecia bem pouca coisa. Mas acredito que seja eu que estou ficando velho e não o lineup que está ficando ruim. Rs

Lollapalooza: dias bonitos, muita música e diversão.
Os pontos que valem menção do festival este ano são a qualidade do som que melhorou muito. A impressão que tenho é que foram adicionadas novas torres de delay de som ou se elas já existiam, algo foi alterado, pois em todos os palcos e em quase todas as posições, longe ou perto, você ouvia muito bem e com quase nada de delay, os shows.

A qualidade do som pode ter sido reforçada, pois este ano o festival recebeu muito mais gente. Números falam em 100 mil pessoas por dia e mesmo sem falar em números exatos, estava claro no fluxo de gente se deslocando entre palcos a quantidade de gente a mais, se comparado a outros anos. Também foi o primeiro ano que o Lollapalooza teve o sistema cashless, onde o ingresso era uma pulseira, que também era uma carteira virtual, que dava mais segurança a todos nas compras. De fato não ter de se preocupar em esquecer o ingresso e em levar a quantidade certa de dinheiro e ter cartão, ajuda muito.

O ponto negativo ficou pelas longas filas nos bares em todo o festival. A impressão que deu foi que havia mais gente, mas que a estrutura de bares não foi incrementada. Parece que achavam que o sistema cashless ajudaria a agilizar as compras, mas o fato é que isso tornou o processo mais lento (o processo tinha duas etapas e muita gente não sabia usar o sistema). E além disso, os produtores de comida e os bares não estavam preparados. Para comer, você pagava e tinha de esperar a comida ficar pronta. Para beber, você pagava e ainda demorava um tempo até te entregar tudo, se você pedisse mais de um item.

Para manter a mesma quantidade de pessoas para 2018, é preciso multiplicar a estrutura de bebida e comida. Ou será preciso voltar a quantidade de público de 2016. Mas tirando esse problemas com os bares, todo o resto funcionou muito bem. E vamos de música...

- 1975
A banda inglesa fez um show animado, dançante. Eu conhecia zero da banda e achei, apesar de legal de dançar, o som meio adolescente.

O vocalista fazendo pose fumando sem parar, coisa que já não se vê com tanta frequência nos palcos, mas a banda parecia mais pose que qualidade.
1975

O setlist foi:
1. The 1975
2. Love Me
3. UGH!
4. Heart Out
5. A Change of Heart
6. Loving Someone
7. She's American
8. Somebody Else
9. Girls
10. Sex
11. If I Believe You (tem vídeo)
12. Chocolate
13. The Sound

Desde já peço desculpas pela qualidade dos vídeos, pois a minha câmera começa a apresentar sinais de cansaço. Mas deu para registrar tudo.

Infelizmente não tenho muito o que falar da banda. Dançamos, rimos e valeu ver os caras. Mas eu não sei se os veria de novo com este som que eles fazem hoje. Fica um vídeo do show, mas... da música mais lenta da apresentação. Rs Foi mal!


- Rancid
Primeiro show dos caras no Brasil, apresentação que eu tinha de ver, por ser uma banda que gosto desde adolescente. O tempo passou, o Tim Armstrong está absolutamente irreconhecível, mas o som continua aquilo que se espera dos caras.

O setlist foi:
1. Radio
Rancid
2. Roots Radicals
3. Journey to the End of the East Bay
4. Maxwell Murder
5. The 11th Hour
6. East Bay Night (tem vídeo)
7. Last One to Die
8. Dead Bodies
9. Salvation
10. Bloodclot
11. Old Friend
12. The Bottle
13. St. Mary
14. Tenderloin
15. Olympia WA.
16. Honor Is All We Know
17. It's Quite Alright
18. Fall Back Down
19. Time Bomb
20. Ruby Soho

O bom de show de punk rock é que é música atrás de música, pouca firula e no final, 20 músicas em uma hora. A banda toda continua em boa forma, mas é difícil entender com o Tim ainda tem voz. O cara estava muito rouco no fim do show.

Sem entrar em nenhuma rodinha, deu para pular bastante, o show passou que nem deu pra sentir. E claro, como todos no Lollapalooza, o final reservou as três músicas mais famosas dos caras, fazendo aquele final apoteótico. Demorou para os caras virem, mas deu para ver que tem público e podem voltar para fazer um showzinho mais longo. Estamos esperando.


PS: tentamos ver o The XX na sequência, mas a fila do bar para comer e beber era tão grande que perdemos o show todo para comprar espetinhos e cerveja. AÍ NÃO DÁ PRODUÇÃO? :/

- Metallica
Claro, a banda mais esperada da noite, quem sabe do festival, era o Metallica. Os caras fizeram um show de duas horas, como sempre técnicamente perfeito. A diferença foi a apresentação do novo disco, Hardwire... To Self-Destruct. E eu que ouvi e achei chato, achei que as músicas funcionaram muito bem ao vivo.

O setlist foi:
1. Hardwired
Metallica
2. Atlas, Rise!
3. For Whom the Bell Tolls
4. The Memory Remains
5. The Unforgiven
6. Now That We're Dead
7. Moth Into Flame
8. Harvester of Sorrow (tem vídeo)
9. Halo on Fire
10. Whiplash
11. Sad but True
12. One
13. Master of Puppets
14. Fade to Black
15. Seek & Destroy
16. Battery (bis)
17. Nothing Else Matters (bis)
18. Enter Sandman (bis)

Você só sente que os caras estão ficando velhos pela quantidade de solos que rolam para a banda descansar. Fora isso, a pegada segue a mesma. E foi essa pegada que levou a Marina, a esposa, a dizer que gostou do show. Meu coração se encheu de alegria! Rs

Por ter sido um show mais curto, ficou muita coisa de fora. Mas para um apanhado de festival, o setlist teve um pouco de tudo. Momentos altos para mim ficam sempre com 'Whiplash' e 'One'.

Foi um dia de poucos shows pelo atraso na minha chegada e filas, mas... com bandas e estilos tão diferentes, que é perfeito para lembrar a graça de um festival. Ver de tudo um pouco, se divertir com os amigos e aproveitar música ao vivo de qualidade. E ainda tinha o segundo dia...

segunda-feira, 6 de março de 2017

Ah o carnaval... de São Paulo

Já são alguns carnavais nas costas. Muitos como folião e alguns tocando. Escrevi nesse blog sobre meu primeiro dia de oficina de percussão, meu primeiro show tocando com o Banga e meu primeiro carnaval tocando também com o Banga.

Mas o carnaval de 2017 foi especial. Não me perguntem o porquê... Mas eu senti isso desde o início de janeiro. Talvez pela proporção que o carnaval tomou, talvez pelos laços que se criaram ou se fortaleceram, talvez pelo trabalho que deu. Talvez por outro motivo também, mas quem passou o carnaval em São Paulo sentiu. Conto um pouco do que eu vi, já que é para isso que este blog serve.

Kid Vinil no show do Chega Mais na Trash 80s
Dia 14/01 abrimos a maratona carnavalesca com um show do Chega Mais no Aurora. LOTADO. Sensação de dever cumprido com todo mundo cantando junto. Dia 24/01 o Chega Mais realizou um sonho de tocar na Trash 80's e com ilustre presença do Kid Vinil. Um marco para um projeto despretensioso, mas que estava tocando com um ícone da música nacional dos anos 80. Ao meu ver, mais um objetivo atingido com gente feliz, dançando e cantando junto do bloco.

Dia 25/01 tem a tradicional festa de pré-carnaval do Banga. Tão para cima e animada que me fez desistir de sair do bloco na temporada 2017/18 (sim, eu estava considerando!). Mais do que entregar a nossa missão de fazer gente feliz, eu fui muito feliz ali dançando junto com a minha fileira como poucas vezes (e olha que eu danço até em ensaio). Caiu a ficha de que o carnaval estava chegando.

Banga na festa pré-carnaval
Aí veio dia 11/02. O tradicional desfile do Banga, neste ano em um formato diferente. Em um local fechado, sem esperar pela prefeitura para fazer a coisa acontecer, já que no último ano a desorganização prejudicou o bloco. Deu certo: lotado, baita apresentação da bateria, muitos sorrisos e muita energia de batuqueiros e público. Deu errado: lotado, muita gente pulou a grade, não conseguiu entrar, lotou. Muita gente reclamou, principalmente nas redes sociais. Aí aconteceu a primeira mágica do carnaval e em uma mobilização de blocos, milhares de comentários lindos surgiram, atestando o que a gente já sabia, que a Oficina de Alegria, produtora do Banga, sempre faz tudo lindo e se algo não funcionou desta vez, foi tentando acertar. E foi aí, depois de alguns anos, que percebi de verdade, que no carnaval, somos todos um só.

Chega Mais na festa Javali
Dia 17/02 o Chega Mais tocou na festa Javali e pelo tamanho da festa esperávamos algo muito bom. Mas foi melhor que o esperado, com nosso primeiro show com bateria microfonada e técnico de som. Melhorando nossa qualidade técnica, ficamos ainda mais orgulhosos do resultado final, mais seguros e mais alegres. É indescritível a sensação de ver gente pulando de felicidade por causa daquilo que você faz parte. Nunca conseguirei descrever, eu acho.

E nesse meio tempo veio a segunda demonstração de que somos todos um. Uma brincadeira. Um baita movimento de tantos amigos para eleger a musa do carnaval. Para o Chega Mais uma divulgação enorme; para quem votou, um gesto de carinho e amizade. A Camila agradece. O bloco inteiro também.

Musa do Chega Mais. Musa do carnaval de rua de SP!
Com o primeiro fim de semana oficial de pré-carnaval teve bloco pequeno, bloco grande. Mas o principal é que teve tanto carinho ao chegar nos blocos, teve tanto abraço por conhecer tantos batuqueiros que estavam ali tocando e mestres e teve tanta gente na rua, que a sensação que me deu é de que todo bloco é uma extensão de outro. Onde um termina, começa outro...

Chegou o carnaval e teve show do Chega Mais no Pasquim dia 25/02, meu aniversário, com problemas de áudio e o nosso mestre e trio de metais mostrando que música é música. E na hora que acontece uma conexão entre público e "artista" (entre aspas, pois a gente só quer levar alegria e não ser artista) está pulsando, a única energia que falta é a elétrica. O resto compensa. Foi verdadeiramente épico!

Dia 26/02 o Chega Mais foi convidado para entrar na casa da Confraria do Pasmado e em 45 minutos, como numa corrida de 200m rasos, fizemos o nosso melhor. Foi a primeira vez que como bateria ficamos em cima do palco e assim presenciar daquela vista privilegiada a explosão de energia que somos capazes de causar.

Bloco Não Serve Mestre
Dia 27/02 foi lindo ver a musa do Chega Mais, carimbando seu novo amor pelo Não Serve Mestre. Mas a vocalista tem dois blocos e ama os dois? Olha, não é só ela! A maioria de nós é promíscuo e tem vários amores. E mesmo debaixo da árvore, foi lindo o show deste bloco que a gente vê nos olhos do "Presida" que é forjado em amor e suor, como vários outros. E ainda teve o Me Lembra Que Eu Vou, com sua bateria colorida e sua mestre linda e sorridente (Sil você é foda!). Como a Confraria do Pasmado onipresente, o dia terminou ao som da bateria impermeável e mais sorrisos de vários, mas menção honrosa ao mestre DX. Olho no olho, sorriso sincero ali tem. É muito carinho recebido, mas também muito para distribuir.

Dia 28/02 foi o último dia oficial do carnaval. Um dia de aprender a receber carinho. Um dia de entender que cidades do interior gostam de se divertir e não tem vergonha de demonstrar emoções. Guaratinguetá, vocês mostraram ao Chega Mais que diversão não tem idade e que o carnaval do interior tem tanta ou mais energia do que o de qualquer outra cidade. E cada agradecimento e pedido de foto foi uma certeza de que a gente é que deveria agradecer vocês. Thaisa, a doida que nos convidou para essa aventura pela segunda vez, nos proporcionou um pouco da certeza de que a gente está fazendo algo certo. Obrigado!

Todo mundo junto e misturado. Te Amo...
Mas Só Como Amigo
Começou o último final de semana do carnaval ou o pós carnaval e dia 04/03 teve arte em forma de batucada do Batucalacatuca e nosso eterno mestre Dudu Fuentes mostrando a beleza do seu novo trabalho. Oficina Dudu? :) Depois teve a Orquestra Voadora num alto astral em forma de música, fantasias, performances e discursos, que eu acho que o paulista que viu, se não conhecia, foi hipnotizado. Que voltem ambos muitas vezes. 

E aí a Xuxa do Chega Mais, Gabi, e uns amigos montaram um bloco que para mim resumiu a energia desse carnaval. Todo mundo junto e misturado tocando, pulando, cantando, sorrindo, bebendo. Cada um tem o(s) seu(s) bloco(s) e todos juntos se amam (Te Amo)... Mas Só Como Amigo. Acho que o público gostou. Mas o pessoal dos blocos amou! rs

O Chega Mais foi o último gole de carnaval (pelo menos para mim). E foi lindo... Por que? Porque eu amo esse bloco e o seu repertório. Porque eu sei o trabalho que deu para chegar ali. Porque eu não só toco feliz, como eu vejo muita gente feliz ao meu redor. Porque eu vejo muita gente chorando emocionada. Porque eu vejo muitos amigos, de blocos ou não, divertindo-se do lado de fora. Porque foi nosso melhor show da temporada. Porque tivemos um bom som. Porque nossa harmonia estava redonda. Porque nosso mestre elevou a qualidade da bateria. Porque tivemos uma boa estrutura. Mas principalmente porque tivemos juntos o momento que justifica todos os ensaios, shows, conversas e esforço do ano. Sempre é legal. Mas este ano, foi especial... 2017!

Objetivo alcançado: felizes!
E não sei se isso já era claro para todo mundo, mas para mim só fez sentido agora. Não importa se você toca ou só vai ver o Chega Mais, o Banga, o Quizomba, o Monobloco, Os Capoeira, o Te Amo... Mas só Como Amigo, o Não Serve Mestre, a Confraria do Pasmado, o Urubó, o Besta É Tu, o Jegue Elétrico, o Me Lembra Que Eu Vou, o Casa Comigo, o Tarado Ni Você, o Bloco do Síndico, o FrancisKryshna ou qualquer outro bloco. O que importa é que estamos juntos nessa. Para mobilizar, para ajudar, para alegrar.

Há quem diga que carnaval em um país em crise não faz sentido. Eu acho que faz ainda mais! Ninguém vive só em crise. O carnaval gera renda. O carnaval de SP usa pouco ou quase nada de dinheiro público. Mas o mais importante, o carnaval leva alegria, felicidade e distribui carinho, coisas que talvez não sejam mensuráveis, mas que seguramente fazem toda a diferença na vida das pessoas.

Que venha 2018!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Black Sabbath - 04/12/2016

Mais uma vez a história se repete: os caras começam a vender ingresso tão cedo, que quando chegou perto do show, já tinha quase esquecido dele e estava sem nenhum tipo de expectativa. Mas lá fomos nós ver o Ozzy pela segunda vez e o Black Sabbath pela primeira.

Me juntei ao meu amigo biritinha Amilcar e fomos lá em um fim de tarde bem feio, todo nublado. Capa de chuva na mão e minha câmera de volta dos reparos, partimos rumo ao Morumbi. Parar o carro no lugar de sempre, não pagando os flanelinhas e escapando do trânsito louco do bairro.

A entrada foi suuuuuper longa. Se não foi a maior, foi uma das maiores filas que já peguei para entrar em um estádio. Isso porque saímos cedo, na intenção de pegar o final do primeiro show de abertura. Mas entramos só no meio segundo (depois do meu ingresso dar problema e ter de pegar uma segunda fila para que o código de barra pudesse ser lido corretamente).

Entramos e pensa num show lotado. Com filas gigantes para comprar cerveja no bar, garantimos uma no ambulante. E para minha baita surpresa, o show que estava rolando do Rival Sons, foi muito bom. Rock and roll de banda nova, mas com uma pegada clássica. Tenho de conhecer um pouco mais do som dos caras...

Com apenas minutos de atraso começou o show do Black Sabbath. E confesso, pela falta de expectativa por ter adquirido o ingresso meses antes, não estava esperando muita coisa. Imaginei que fosse ser curto, pois o Ozzy não aguenta muita coisa. E de fato foram 90 minutos de show, com direito a solos de guitarra, solo de baixo e solo de bateria, executados com perfeição.

O setlist foi:
1. Black Sabbath
2. Fairies Wear Boots
3. After Forever
4. Into the Void - tem vídeo
5. Snowblind
6. War Pigs
7. Behind the Wall of Sleep
8. N.I.B.
9. Rat Salad
10. Iron Man
11. Dirty Women
12. Children of the Grave
13. Paranoid (bis)

Eu poderia aqui dizer como foi música por música, mas foi tão foda tudo, que nem faz sentido. Claro que 'War Pigs', 'Iron Man' e "Paranoid", que confesso eu tinha esquecido e nem estava esperando mais tocar, foram as mais especiais, que dão arrepio. Clássico hit é clássico hit, não tem jeito.

O Ozzy ainda canta tudo e me espanta ele ainda lembrar de todas as letras, uma vez que ele mal consegue se mexer no palco. Mas sua voz já não alcança várias notas. A primeira vez que eu o vi ao vivo, ele já estava passado, mas a voz estava melhor. Inclusive, bom lembrar que são dois shows com Ozzy e dois temporais na cabeça. Que chuva cara!!!

Tony Iommi é a figura imaculada que no palco, chama a luz para ele e toca todos os acordes com perfeição, como se estivéssemos ouvindo o disco original. Parece que o tempo não passou para ele. Mas confesso que isso já era esperado...

Agora quem me chamou a atenção mesmo foi o Geezer Butler, pois o baixo dele é nervoso demais. Muita nota, rápido, dando um recheio nas músicas muito impressionante... O solo dele então, sensacional. Muito bom poder ver os três juntos de novo, já que o baterista original não veio. Tommy Clufetos, o substituto, toca bem, segura a onda, mas é poser demais para essa banda. De qualquer forma, fez lá o papel dele...

Este foi o segundo último show da banda no Brasil, pois da última vez disseram ser a última turnê. Mas se este foi o último mesmo, fiquei feliz de poder ver. O Black Sabbath é algo tão único, que ver ao vivo causa uma sensação estranha. Parece que você está vendo algo original sendo criado na sua frente... Não sei explicar, mas eles são bons demais... Parabéns para os caras e felizes daqueles que puderam ver essa obra de arte.

Fiquem com toda a maestria da banda em 'Into the Void'.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Guns N' Roses - 11/11/2016

Axl usando seus pulmões
Quis a vida que eu fosse muito novo para ver o Guns N' Roses no seu auge em sua primeira apresentação no Brasil no Rock in Rio II, em 1991. Minha mãe e tias me levaram para ver Lisa Stansfield, Dee Lite, Gilberto Gil e George Michael, naquele festival, no que seriam os primeiros shows da minha vida. Galera mais simpática do que no dia das bandas de rock, acredito que pensavam elas.

Depois a banda voltou, mas eu ainda morava em Brasília e lá não chegavam estes shows. E seguiu vontade e a banda veio de novo, com o mesmo nome, mas só com o Axl Rose da formação original, o que nunca me motivou a pagar um ingresso. Mas dessa vez pelo menos 3 da formação original vieram: Axl Rose, Slash e Duff McKagan (esse sim eu já tinha visto no SWU com sua banda) e chegou a hora de vê-los.

Assim sendo, ingressos comprados para mim e para os amigos na primeira hora pelo app do site responsável pela venda (no site filas e pelo app em um minuto e meio, tudo resolvido). Caros, taxa de conveniência mais cara ainda, mas a gente que gosta paga. Não deveríamos para ver se as margens das produtoras baixam, mas... Vamos lá!

Posso contar este show de duas maneiras diferentes: 1) O primeiro show do Joaquim; 2) Eu vendo o Guns pela primeira vez.

1) O primeiro show do Joaquim
Joaquim, Rodrigo, Jana e eu
Joaquim é o filho do Rodrigo, amigo meu, casado com a Janaina, amiga minha e que se juntaram a mim neste dia. Além de ser um moleque para lá de especial, ele teve (e segue tendo) uma educação musical exemplar. Não por menos, aos 10 anos (acho que é isso), ele é fã de Guns N' Roses e ganhou do pai o ingresso para o seu primeiro grande show.

Mais do que estar ali porque gosto de shows, mais do que querer ver o Guns, para mim era uma oportunidade poder acompanhá-lo nesse momento. Ter tido a oportunidade de sentir seu coração acelerado quando chegou, sua cara de espanto no momento que a banda tocou sua primeira música, sua cara de alucinado quando reconhecia a próxima música como sendo uma das suas favoritas ou se esgoelando cantando algumas delas, cada momento ao lado dele valeu.

Meu sobrinho Gabriel também está nos seus primeiros shows em Brasília e infelizmente não tive a chance de estar com ele em um destes ainda. Mas pela fotos que me enviam, vejo que seu olho brilha como eu vi o do Joaquim brilhar. Imagino que lá no Rock in Rio II o meu tenha ficado da mesma forma.

A experiência foi completa: show de banda grande, em estádio, lotado, com chuva, direito a boné da banda de presente e comer algo no pós para fazer aquela resenha, mesmo que neste último momento ele já estivesse mais interessado na cama dele do que no que havia acabado de acontecer.

Se eu fiquei super feliz de poder ter compartilhado esse momento com ele, imagino que o pai então não deva ter muitas palavras, a não ser um coração cheio de orgulho para descrever este momento. Então não poderia deixar de colocar este momento em palavras, enquanto imagino como será um dia poder fazer o mesmo do lado de cá.

2) Eu vendo o Guns pela primeira vez
Era um show que eu esperava, mas exatamente desta forma. Só o Axl, com sua voz já cansada, não me interessava, mas com a banda toda (ou quase toda), sim. Quando então descobri que a Plebe Rude iria abrir os trabalhos, cheguei mais cedo sozinho para vê-los e viva o rock de Brasília.

Plebe Rude ao fundo
O show começou 15 minutos atrasado e terminou em 30 minutos. Uma pena, pois a Plebe Rude merece mais, mas... o fato é que quase ninguém conhecia as músicas da banda. Então, acredito que o objetivo era mais um bom entretenimento (isso eles são há tempos) do que um show que todos curtissem. O setlist foi:

1. Sua História
2. Brasília
3. Anos de Luta - tem vídeo
4. Johnny Vai à Guerra (Outra Vez)
5. Minha Renda
6. Proteção
7. Até Quando Esperar

Digamos que foi um pocket show só de hits, com apenas uma música do último álbum de inéditas da banda (tem vídeo). O show finalizou com o maior sucesso dos caras e aí sim, todo mundo cantou. São 35 anos de carreira levando o rock de Brasília e continuam sendo minha banda nacional favorita.


Mas aí chegou a hora do Guns, que por incrível que pareça, a entrada dos caras atrasou apenas 10 minutos (a fama do Axl ficou meio ruim nos últimos shows, quando os atrasos chegaram a horas). E de fato a voz do Axl já não dá conta do recado, mas confesso que ele se poupa em alguns momentos e atinge notas que eu achei que ele não fosse mais capaz de atingir. E nos momentos que ele não vai, deixa com a banda...

Mais do que necessariamente um bom show, um show nostálgico. Cheio de músicas dos dois primeiros discos (Appetite for Destruction e Lies), que para mim, são os que caracterizam a banda. O setlist foi:

1. It's So Easy
Slash
2. Mr. Brownstone
3. Chinese Democracy
4. Welcome to the Jungle - tem vídeo
5. Double Talkin' Jive
6. Better
7. Estranged
8. Live and Let Die (cover do Wings)
9. Rocket Queen
10. You Could Be Mine
11. Attitude (cover do Misfits)
12. This I Love
13. Civil War
14. Coma
15. Speak Softly Love (Tema do Poderoso Chefão)
16. Sweet Child O' Mine
17. Wish You Were Here (cover do Pink Floyd apenas com guitarras)
18. November Rain
19. Knockin' on Heaven's Door (cover do Bob Dylan)
20. Nightrain
21. Don't Cry (bis)
22. The Seeker (cover do The Who - bis)
23. Paradise City (bis)

Confesso que pra mim, se o show terminasse nas duas primeiras músicas já teria sido do caralho. Foi a MTV que me apresentou a banda com os clipes de 'Knocking on Heavens Door' ao vivo, 'Welcome to the Jungle', 'Paradise City' e 'Patience', que por sinal eles não tocaram. Mas foram estas duas primeiras músicas que me fizeram gostar da banda de verdade.

Duff McKagan
Depois de uma música de um álbum que eu nunca ouvi, nem por curiosidade, veio 'Welcome to the Jungle' e aí tem vídeo e tem o registro da cara do Joaquim (ok, esse era o primeiro item do post, mas vale a pena mencionar). Veja ao fim do post e desde já peço desculpas pelas imagens de longe, mas a minha estimada câmera de shows apresentou sérios problemas neste evento, evitando que o zoom funcionasse em sua plenitude e por isso, ela encontra-se na revisão. Esperamos sua volta em breve...

'Double Talkin' Jive' também veio para relembrar o passado e aumentar a nostalgia, assim como 'Rocket Queen'. Que show estávamos vendo até ali... Lembrei o porquê eu gostava e ouvia tanto a banda. Veio 'You Could Be Mine' que não é das minhas preferidas, mas foi legal pela pirotecnia e pela histeria do público, que desde que a primeira música não me deixava ouvir o som direito. Acho que foi o show de público mais histérico que já vi.

A partir daí veio uma série de músicas das quais não sou fã e caiu uma chuva dos infernos de gelada. Mas valeu para lavar a alma, para dar consciência que eu já tinha bebido mais do que eu achava e para dar ares de que a diversão seria completa na noite. Faço um parênteses para dizer que chuva, da mesma forma que é capaz de acabar com a graça de um show a céu aberto, pelo frio e/ou desconforto, é capaz também de transformar um evento também, fazendo com que a multidão se anime ainda mais. Felizmente desta vez, a segunda opção prevaleceu.

E foi molhado que entrou 'Sweet Child O' Mine', que também não é das minhas favoritas, mas é clássico e foi hora de gritar a plenos pulmões. E confesso, foi legal para caralho.

Passo 'November Rain' e ouço 'Knocking on Heaven's Door', música que não achava que eles tocassem mais. Uma grata surpresa. 'Nightrain' veio para dar aquele gás de novo, para um bis que na minha opinião, apesar do hit, começou chato.

Mas o show terminou com 'Paradise City', com a energia lá em cima e um público ainda histérico por ter visto, um mix das coisas antigas, covers e do último disco. Por ter visto uma banda que tornou-se histórica, apesar de não estar mais na mesma forma, ao contrário de outras com anos de estrada e que ainda estão no seu auge. Mas clássico é clássico. E sempre valerá a pena nem que seja para cantar uma música a plenos pulmões. E nós cantamos várias!