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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Black Sabbath - 04/12/2016

Mais uma vez a história se repete: os caras começam a vender ingresso tão cedo, que quando chegou perto do show, já tinha quase esquecido dele e estava sem nenhum tipo de expectativa. Mas lá fomos nós ver o Ozzy pela segunda vez e o Black Sabbath pela primeira.

Me juntei ao meu amigo biritinha Amilcar e fomos lá em um fim de tarde bem feio, todo nublado. Capa de chuva na mão e minha câmera de volta dos reparos, partimos rumo ao Morumbi. Parar o carro no lugar de sempre, não pagando os flanelinhas e escapando do trânsito louco do bairro.

A entrada foi suuuuuper longa. Se não foi a maior, foi uma das maiores filas que já peguei para entrar em um estádio. Isso porque saímos cedo, na intenção de pegar o final do primeiro show de abertura. Mas entramos só no meio segundo (depois do meu ingresso dar problema e ter de pegar uma segunda fila para que o código de barra pudesse ser lido corretamente).

Entramos e pensa num show lotado. Com filas gigantes para comprar cerveja no bar, garantimos uma no ambulante. E para minha baita surpresa, o show que estava rolando do Rival Sons, foi muito bom. Rock and roll de banda nova, mas com uma pegada clássica. Tenho de conhecer um pouco mais do som dos caras...

Com apenas minutos de atraso começou o show do Black Sabbath. E confesso, pela falta de expectativa por ter adquirido o ingresso meses antes, não estava esperando muita coisa. Imaginei que fosse ser curto, pois o Ozzy não aguenta muita coisa. E de fato foram 90 minutos de show, com direito a solos de guitarra, solo de baixo e solo de bateria, executados com perfeição.

O setlist foi:
1. Black Sabbath
2. Fairies Wear Boots
3. After Forever
4. Into the Void - tem vídeo
5. Snowblind
6. War Pigs
7. Behind the Wall of Sleep
8. N.I.B.
9. Rat Salad
10. Iron Man
11. Dirty Women
12. Children of the Grave
13. Paranoid (bis)

Eu poderia aqui dizer como foi música por música, mas foi tão foda tudo, que nem faz sentido. Claro que 'War Pigs', 'Iron Man' e "Paranoid", que confesso eu tinha esquecido e nem estava esperando mais tocar, foram as mais especiais, que dão arrepio. Clássico hit é clássico hit, não tem jeito.

O Ozzy ainda canta tudo e me espanta ele ainda lembrar de todas as letras, uma vez que ele mal consegue se mexer no palco. Mas sua voz já não alcança várias notas. A primeira vez que eu o vi ao vivo, ele já estava passado, mas a voz estava melhor. Inclusive, bom lembrar que são dois shows com Ozzy e dois temporais na cabeça. Que chuva cara!!!

Tony Iommi é a figura imaculada que no palco, chama a luz para ele e toca todos os acordes com perfeição, como se estivéssemos ouvindo o disco original. Parece que o tempo não passou para ele. Mas confesso que isso já era esperado...

Agora quem me chamou a atenção mesmo foi o Geezer Butler, pois o baixo dele é nervoso demais. Muita nota, rápido, dando um recheio nas músicas muito impressionante... O solo dele então, sensacional. Muito bom poder ver os três juntos de novo, já que o baterista original não veio. Tommy Clufetos, o substituto, toca bem, segura a onda, mas é poser demais para essa banda. De qualquer forma, fez lá o papel dele...

Este foi o segundo último show da banda no Brasil, pois da última vez disseram ser a última turnê. Mas se este foi o último mesmo, fiquei feliz de poder ver. O Black Sabbath é algo tão único, que ver ao vivo causa uma sensação estranha. Parece que você está vendo algo original sendo criado na sua frente... Não sei explicar, mas eles são bons demais... Parabéns para os caras e felizes daqueles que puderam ver essa obra de arte.

Fiquem com toda a maestria da banda em 'Into the Void'.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre Covers&Originais: Symptom of Universe - Black Sabbath (1975) e Sepultura (1996) por Zeca Dom


Voltando à carga já metendo o pé na porta: 'Symptom of Universe' do Black Sabbath e sua versão da banda brazuca Sepultura!

Black Sabbath, é uma banda muito conhecida por fãs de Rock e, especialmente, pelos fãs de Heavy Metal. Aliás, aquele grupo da cidade inglesa de Birmigham em 1968, tido como um dos "pais" deste estilo de música pesada, juntamente com os megadinossauros do Rock, Deep Purple e Led Zeppelin. Esta versão não é hegemônica, todavia, mas isto já é um outro artigo... o fato é que para muitos conhecedores, estas bandas vão apresentar os elementos característicos do Metal Pesado.

No caso específico do Sabbath, TUDO é referência para o Heavy Metal: as guitarras distorcidas e mais graves – "pesadas" – uma linha de baixo e bateria na mesma linha e andamento lento e, claro, o Ozzy Osbourne como vocalista, ou seja, uma das personificações do rock pesado.


                                 

Depois de alguns albúns realmente clássicos – Black Sabbath, Paranoid, Masters of Reality e o Black Sabbath vol. IV – e com o baixista Geezer Butler e Ozzy tomando LSD por dois anos seguidos, todos os dias, vem ao mundo o quinto álbum Sabotage (1975) com um de seus singles, 'Symptom of Universe'. Uma das grandes características deste álbum, e notável nesta composição foi a tendência ao experimentalismo de riffs e abordagens tendendo ao Rock Progressivo – então em alta. O que não significa que o som daquele álbum fosse leve: é possível observar diversas influências nas diversas variações futuras do Rock Pesado, fosse no apelo épico de 'Supertzar', ou melódico de 'Megalomania' ou mesmo elementos viriam a compor o Thrash Metal e Blues pesado na composição 'Symptom of Universe'.

Esta composição esta mergulhada no ácido lisérgico, como o título indica... mas os elementos de Thrash Metal são uma das grandes colaborações para o futuro do metal e particularmente para o grupo de Minas mais famoso do mundo, alguns anos depois: Sepultura.

Esta bem conhecida banda brasileira, com mais de 20 milhões de discos vendidos no mundo, tem um som característico e com grandes sacadas de originalidade dentro do Heavy Metal, especialmente nas suas variações mais brutais – Thrash Metal. Alcança, em minha opinião seu grande ponto de inflexão em Roots (1996) apresentando novas possibilidades no Metal associado ao peso dos sons indígenas brasileiros. À semelhança do Sabbath em 1975, Roots é igualmente experimental, sendo sem dúvida, um dos mais ousados álbuns de Metal de seu tempo.


A sua versão de 'Symptom of Universe' apresentada na versão brasileira daquele mesmo álbum, pode parecer num primeiro momento óbvia – pois TODAS  as bandas de Metal ouvem e tocam pelo menos uma vez na vida músicas do Sabbath – mas sua abordagem é tão original quanto o Roots: mais primal, com sons, tons e vocais mais agressivos, especificamente com o uso de triggers na bateria e afinações diferenciadas nas guitarras. E por último o Blues no final abrasileirado sem o vocal do Max Cavalera. Uma beleza!

Confere aí, ó:


Thesaurus:

Heavy metal: Grande termo agregador do chamado ‘rock pesado’, que na verdade passou a conter um grande número de variantes como o speed metal, o thrash metal, o black metal e outros: todos são metal.

Trigger: Recurso digital utilizado para modular sons de baterias, modificando assim sua sonoridade original. Dá uma conferida neste vídeo:

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Foo Fighters e Sonic Highways

Dave Grohl poderia ser apenas ex-baterista do Nirvana e já seria o cara. Ele poderia ser também apenas o guitarrista ou vocalista do Foo Fighters, que já seria foda. Ele poderia ser também apenas um multi-instrumentista que gravou o primeiro álbum do Foo Fighters todo sozinho (vocal e instrumentos). Ele poderia também ser apenas o bateria do Them Crooked Vultures, tocando com Josh Homme and John Paul Jones. Ele poderia ser apenas o baterista eventual do Queens of the Stone Age. Ele poderia ser também apenas a cabeça por trás de tudo que acontece com o Foo Fighters. Mas ele é tudo isso e um pouco mais.

E o lançamento do próximo álbum do Foo Fighters prova isso. Sonic Highways vai sair dia 10 de novembro em vários formatos, mas todo mundo já vem falando dele há algum tempo.

Vamos aos fatos sobre Sonic Highways:
  • É o novo e oitavo disco do Foo Fighters
  • Será lançado dia 10 de novembro
  • Terá 8 faixas
  • Cada faixa foi gravada em uma cidade diferente: Austin, Chicago, Los Angeles, Nashville, Nova Orleans, Nova Iorque, Seattle e Washington D.C.
  • Será lançado em CD, LP e em formato digital
  • A prensagem do LP terá oito capas diferentes, uma para cada cidade onde foi gravado
  • O primeiro single será liberado ainda em outubro de 2014 [ATUALIZADO EM 16/10/14] Saiu o single, chamado 'Something From Nothing' e você pode ouví-lo AQUI! Vale o comentário de que a música mostra bastante o amadurecimento da banda e um mix de diversas influências. Me agradou muitíssimo! [ATUALIZADO EM 20/10/14] E agora saiu o clipe oficial de "Something From Nothing", que tem participação na guitarra de Rick Nielsen da banda Cheap Trick. [ATUALIZADO EM 24/10/14] E saiu o segundo single chamado 'The Feast and the Famine' e você pode ouvir AQUI!
  • Tem várias participações pra lá de especiais, com gente muito importante

E poderia ser só isso. Mas não, Sonic Highways é também um documentário, confirmado para estrear na HBO dia 17 de novembro de 2014. Com 8 episódios, um em cada cidade onde o disco foi gravado, é descrito por Dave Grohl como uma carta de amor à música dos EUA, que conta até com uma entrevista com Obama sobre música. Por sinal, Dave é também o diretor do documentário (já havia dirigido Sound City em 2013).


E não para por aí! O Foo Fighters ainda virou a banda residente do Late Show com David Letterman, programa super tradicional nos EUA. Nesta semana em que escrevo isso, eles estarão no programa todos os dias com convidados. E dessa preciosidade, já saiu o primeiro vídeo. Que tal 'War Pigs' do Black Sabbath com participação de Zac Brown (do Zac Brown Band, banda de country americana)?


[ATUALIZADO EM 15/10/14] Saiu mais um vídeo do Foo Fighters no Late Show com Dave Letterman, tocando 'Kick It Out' com Ann e Nancy Wilson do Heart. De fato é difícil ver as bandas atuais trazendo as bandas clássicas para o holofote assim. E pelo visto, teremos outras atualizações neste post ao longo desta semana.


[ATUALIZADO EM 16/10/14] Saíram mais dois vídeos do Foo Fighters no Late Show com Dave Letterman. O primeiro da banda tocando com Tony Joe White a música 'Polk Salad Annie' e o segundo deles tocando 'Miracle' a pedido do Dave Letterman, depois de um discurso todo emotivo sobre uma viagem com seu filho.



[ATUALIZADO EM 20/10/14] Mais dois vídeos do Foo Fighters tocando no Late Show com Dave Letterman. Primeiro mandando 'Stiff Competition' da banda Cheap Trick, com Rick Nielsen fazendo uma participação especial na guitarra, com Dave Grohl na bateria e o baterista Taylor Hawkings nos vocais.


O segundo vídeo mandando o novo single, 'Something from Nothing', que justamente por contar com a participação de Rick Nielsen na guitarra, foi executado com ele no palco.




E como este post está parecendo aqueles produtos vendidos na televisão, eu diria: mas isso não é tudo! O Foo Fighters já tem a turnê de estreia do álbum confirmada para a América Latina, com shows no Brasil e a maioria dos ingressos esgotados (e eu claro, já comprei o meu!). Teve até vídeo pra nós!!! (VEJA AQUI!).

Além de tudo que o Dave Grohl foi e é, este cara também pode ser considerado um gênio do marketing. Há muito tempo eu não via um disco tão esperado, pois afinal, tem sido bastante promovido. E em tempos de crise do mercado fonográfico, a questão não é mais sobre vender discos ou músicas. Mas sim de vender um material multimídia, uma experiência. E nisso, este tal de Dave, está ensinando muita gente como fazer.

Que venha Sonic Highways!


[ATUALIZADO EM 20/10/14] E quando você acha que acabou, não! Soma-se a tudo promovido e devidamente descrito acima, para o lançamento de Sonic Highways, uma série de shows em locais pequenos promovendo a banda, o novo álbum e cada uma das faixas. Como não poderia deixar de ser, são 8 shows, cada um em uma das cidades em que cada faixa foi gravada e com as participações especiais do álbum.

O primeiro foi em Chicago, na sexta-feira passada, 17/10/2014 e foi realizado no bar Cubby Bear, onde o Dave Grohl viu seu primeiro show punk, em 1983. O setlist foi marcado por clássicos da banda e covers e o primeiro single do novo álbum, tocando com Rick Nielsen do Cheap Trick. E por sorte, o show está na íntegra disponível, como você pode ver abaixo. Aproveite!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Thesaurus: Clássicos (do rock) - por Zeca Dom

Clássicos (do rock) – Diz-se de um ‘clássico’ do rock, acerca de bandas ou composições muito antigas, bastante emblemáticas ou que reúnem estas características, e influenciam outras bandas, tornando-se referências obrigatórias para os aficionados. O clássico do rock soa quase como se fosse um clichê de tão imitado, conhecido e reconhecido. Por exemplo, uma banda clássica: Led Zeppelin; composição clássica: 'Stairway to Heaven', do mesmo grupo.

O Heavy Metal é pródigo em clássicos. Especialmente as Baladas. Alguns exemplos.

Scorpions:


Nazareth:


Black Sabbath:

A influência dos clássicos nem sempre é tão óbvia. Por exemplo, tende-se a pesar que todas as bandas de Heavy Metal tem evidentes influência da triáde de clássicos: Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath. Ou que somente os grupos de Soul Music influenciam a música negra.

Mas o que dizer desta música do Rage Against the Machine?


Não percebeu nenhuma semelhança? Então ouça esta do Led Zeppelin:


A referência é óbvia. Mas tem algo nem todo mundo percebe: o RATM tem dezenas de elementos do Led.

Podemos passar a noite toda falando destas referências, mas aí teria de ser numa mesa de bar com um bom aparelho de som! Algumas bandas clássicas, para você ter um assunto a mais? Bem, além das que eu já citei - que você já deve ter ouvido pelo menos uma vez na vida: Beatles ( dã!!!!), Rolling Stones, Doors. Só pra citar algumas pra você ter uma idéia. Mas a lista é imensa. Agora uma dica: não existe clássico instantâneo, tipo, a banda lançou um disco e 'vira' clássico. A influência de um clássico só se percebe quando o tempo passa e a qualidade (as vezes nem tanto...) se impõe. Ocorre as vezes, que uma leva inteira de artistas se influencia por um grupo de bandas de outra época. É o que aconteceu no Grunge, por exemplo que tinha uma óbvia ligação com o Black Sabbath e Punk norte americano, especialmente o Black Flag. Ou estas bandas dos últimos cinco anos que se referendam claramente nos anos 80, como o Savages.

Semana que vem tem mais!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Thesaurus: Heavy Metal - por Zeca Dom


Heavy metal: grande termo agregador do chamado ‘rock pesado’, que na verdade passou a conter um grande número de variantes como o speed metal, o trash metal, o black metal e tantos outros: todos são metal. Alguns elementos visuais e sonoros se repetem - a temática masculinizada, couro preto, motos, temas esotéricos, guitarras distorcidas e vocais poderosos. Vejamos alguns exemplos.

Saxon:

Motley Crue:

AC/DC:

Iron Maiden:

Todos dos anos 80, com diferenças gritantes entre eles até aos ouvidos não treinados. 

Nos últimos 30 anos dezenas de estilos variados são associados ao metal: grupos como Limp Bizkt, Kyuss, Meshuggah ou Tool. Díspares até, e todos metal. Observe, a título de exemplo, este som do Limp Bizkt de seu primeiro album, Counterfeit:

 

Alguns fãs insistem que a base do Heavy metal está na tríade de bandas inglesas dos anos 60: Black SabbathDeep Purple e Led Zeppelin. Esta idéia não é compartilhada por autores como Ian Christie (Heavy Metal: A História Completa), ou completada pelo The Rough Guide to Heavy Metal by Essi Berelian. Estes apontam elementos do estilo no riff agressivo dos Kinks em 'You Really Got Me' (mais tarde ‘recuperada’ pelo Van Halen) e no Stepenwolf em 'Born to be Wild' (‘heavy metal thuder’!).

Existe diferença? Na dúvida ouça todos em volume 10!