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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Austin City Limits - 06/10/2017

Austin City Limits ou ACL e o lineup completo de bandas
A última parada das férias foi planejada para Austin, pois assim teríamos a possibilidade de conhecer um dos dois grandes festivais da cidade, o Austin City Limits. São 6 dias, divididos em duas semanas, sempre sexta, sábado e domingo. A curiosidade é que a programação de ambos os finais de semana é exatamente a mesma. Então você só precisa ir em um final de semana e viu tudo. Nós escolhemos o primeiro, pois as meninas (Marina, a esposa, e Camila, a cunhada) já voltariam para o Brasil no início da semana seguinte.

Austin, capital do estado do Texas, parece não ser no Texas. Gente de vários lugares, uma cabeça mais aberta e ausência daquele sotaque do sul dos EUA são as provas disso. E além de capital do Texas, é considerada também a capital da música ao vivo nos EUA. Eu não sei dizer o porquê, mas é fato que existem vários eventos com shows na cidade todo dia, considerando bandas menos e mais famosas.

Fora os festivais, a famosa 6th Avenue tem vários bares com bandas ao vivo, sendo que aos sábados a avenida é fechada para os carros e o povo circula livremente de bar em bar ou de banda em banda, ouvindo desde country music, passando pelo folk, chegando ao rock and roll. Nós acabamos não indo ao segundo dia do Austin City Limits, justamente para poder passear e conhecer a 6th Avenue e é bem legal.

Partimos para o festival já um pouco atrasados, afinal de contas a babá tinha de chegar para ficar com os sobrinhos. Depois pedimos um Ride Austin (o Uber local e muito mais legal) e partimos (não conseguimos neste dia, mas em parceria com a Honda o Ride Austin estava oferecendo transporte grátis ao festival). Vale umas linhas para dizer que o Ride Austin é uma instituição sem fins lucrativos, então tudo que é gerado de dinheiro faz vai para os motoristas e parte é reinvestida no sistema. Com isso os preços são mais baixos para o usuário e os motoristas ganham mais. Situação ganha-ganha para todos.

Chegamos por volta das 17 horas e o sol ainda estava forte. O local do festival, o Zilker Park, é fechado para o evento, que tem nada menos que 8 palcos. É importante ressaltar que é um festival para não mais de 50 mil pessoas por dia (ou até menos), por isso são muitos palcos, mas o espaço não é gigante. Você consegue com muita facilidade andar de um ponto a outro.


Chegamos lá, pegamos a primeira cerveja do dia usando as pulseiras que são ingresso e meio de compra (diferente do Lollapalooza, onde você carrega dinheiro e depois o festival te devolve o que sobrou, no ACL a pulseira tem um cartão de crédito cadastrado e cada compra, é uma operação do cartão) e fomos ver o Royal Blood.

Royal Blood
Chegamos eu, Marina, Camila, Daniela (minha irmã) e Zeca (meu cunhado) e lá encontramos o André, amigo que foi para Austin para se juntar a nós no festival.

O show do Royal Blood estava lotado, mas o palco era pequeno. Então mesmo longe, tínhamos uma ótima visão do palco. O setlist foi:

1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. I Only Lie When I Love You
5. Little Monster
6. Hook, Line & Sinker
7. Loose Change
8. Figure It Out
9. Out of the Black (tem vídeo)

O show é bem pesado e alinhado com essa nova onda de bandas de dois membros, no caso bateria e baixo. Para duas pessoas, os caras são bem barulhentos. Pegamos a metade final do show, ainda curtindo o sol, entendendo a estrutura do local. Então vimos o show meio que não vendo, meio que batendo papo, meio que curtindo aquela primeira cerveja. Para ser honesto, não consigo emitir uma opinião sobre a apresentação dos caras. Vamos ver se rola vê-los no Lollapalooza de 2018.


Saímos de lá para o show do Foster the People no palco principal. Esta parte do festival já é maior e por isso estava muito mais cheia. Não conseguimos achar um lugar incrível para ver o show, mas ficamos ali curtindo o que deu.
Foster the People (ou o que conseguimos ver deles)

O setlist foi:
1. Houdini
2. Call It What You Want
3. Pay the Man
4. Doing It for the Money
5. Helena Beat
6. Don't Stop (Color on the Walls)
7. Lotus Eater
8. Blitzkrieg Bop (cover do Ramones)
9. Life on the Nickel
10. Coming of Age
11. Sit Next To Me
12. Loyal Like Sid & Nancy
13. Love (cover do John Lennon)

Confesso que esta banda já não me anima tanto. Juntando ao fato de estarmos atrás da cabine de som, com péssima visão do show, ficamos ali meio que curtindo, ouvindo e batendo papo antes de seguirmos para o próximo show. Confesso que a surpresa mesmo ficou pelo cover de 'Blitzkrieg Bop' do Ramones. Nunca imaginei eles tocando isso e ficou bonitinho (sim, quando o Foster the People faz algo muito legal, o adjetivo certo a ser usado é bonitinho).

Seguimos para o show da Solange. Artista performática, mas mais conhecida como irmã da Beyoncé ou cunhada que enfiou a porrada no Jay-Z. Não consigo nem achar o setlist do show, mas porque não é apenas um show e sim toda uma performance que leva em consideração a música, a dança e o cenário.

Tem um pouco de R&B, tem uma voz linda (que em algumas notas lembra a irmã mais famosa, não tem jeito), tem um cenário lindo e umas performances muito bem ensaiadas e delicadas, digamos (não consigo achar outra expressão para caracterizar).

Confesso que para mim ela criou um clima muito estranho no palco. Eu não conseguia ficar entretido, mas ao mesmo tempo não conseguia tirar o olho do que estava acontecendo. Ao mesmo tempo que estava hipnotizando, queria sair dali. Que foi o que fiz no final. Não consegui ver a apresentação até o fim. Mas fiquei curioso... Queria poder vê-la em um teatro ou em uma apresentação sentado. Sei lá... Me parecia muito mais algo mais cênico do que musical.


Neste resto de show fomos aproveitar a tenda de cerveja artesanal. Vários rótulos de cervejas locais que eram vendidas ao mesmo preço e na mesma quantidade das cervejas tradicionais. Depois disso, não bebi mais nada enlatado no ACL.

E seguimos para o fechamento da noite, com Jay-Z. É tipo assim... o cara entra sozinho com um DJ no palco e fica ali mais de uma hora rimando, sem ajuda de ninguém e entretendo o maior palco do festival sem o menor medo. Achei o cara foda! Mas... ao mesmo tempo, hip hop não é um estilo que me pega, ainda mais quando você não sabe as letras para entender a mensagem e mais uma vez ficou num lugar horrível para ver.

O setlist (longo) foi:
1. Run This Town
2. No Church in the Wild
3. Lucifer
Vista péssima do show do Jay-Z e do cachorro gigante
feito de balão
4. Bam
5. Where I'm From
6. Marcy Me
7. Empire State of Mind
8. Fuckwithmeyouknowigotit
9. Family Feud
10. Beach Is Better
11. The Story of O.J.
12. Public Service Announcement
13. Heart of the City (Ain't No Love) (tem vídeo)
14. Niggas in Paris
15. Izzo (H.O.V.A.)
16. Dirt Off Your Shoulder
17. On to the Next One
18. I Just Wanna Love U (Give It 2 Me)
19. Big Pimpin'
20. Hard Knock Life (Ghetto Anthem)
21. Numb / Encore (música do Jay-Z com o Linkin Park) (bis)
22. Young Forever (bis)
23. 99 Problems (bis)

Mais uma vez saí no meio do show para aproveitar outras coisas do festival. Saí antes das músicas que eu conhecia que ficaram para o final e imaginei que ele tocaria algo do Linkin Park em homenagem ao Chester Bennington, que havia morrido pouco tempo antes. Mas é isso, festival não é feito só dos shows e sim de todas as atrações e atmosfera do evento. Neste dia em particular, não vi nenhum show completo.


Saímos para ir ao banheiro e pegar uma última cerveja. Rolou o banheiro e ao lado dele estava a tenda eletrônica. Ficamos ali esperando uns aos outros quando vimos essa galera dançando, mas não tinha música. E a galera parecia bem empolgada. E de repente, ah tá: eles estão dançando com fones. E aí, vamos entrar e ver o que rola?

Silent Disco
Tinha uma fila. Esperamos pouco tempo, pegamos cada um o seu fone e entramos. FOI A COISA MAIS DIVERTIDA DO FESTIVAL. A Silent Disco tem um fone com três canais: um vermelho, um azul e um verde. E existiam também três DJ's no palco, cada um com a sua cor. Você escolhia o canal do DJ e curtia. Encheu o saco? Muda de canal. E assim fomos até a balada acabar. Vez ou outra tirávamos o fone para ouvir o pessoal cantando alguma música e entender o quão diferente e engraçado aquilo tudo era.

Curtimos muito esse negócio. De verdade. Se alguém sabe se tem isso no Brasil, me fala! É demais!



Voltamos para casa seguindo a multidão, passando por diversos bares lotados, até chegar na tenda do Ride Austin, que fornecia tomada para carregar seu celular e wifi para você chamar seu carro. Chamamos um de 7 lugares e voltamos felizes para casa.

Eu adoro festivais. Mas o ACL foi legal por ver um dentro de um parque, no meio da cidade. Coisa que o Lollapalooza tentou ser por aqui no Jockey, mas que a associação de moradores mandou para longe. Imagina o Ibirapuera, em São Paulo, com um festival dentro, que legal que seria?

A capital da música ao vivo nos recebeu muito bem! E ainda tinha o segundo dia...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Inesquecível! Rage Against the Machine no SWU

O Rage Against the Machine tocou no Brasil uma única vez, sendo a principal atração de uma das noites da primeira edição do finado SWU.

O SWU (Start With Us) foi um festival que surgiu depois de muitas especulações sobre a realização de uma edição de Woodstock no Brasil. A semelhança entre os dois festivais fica por conta da realização em grandes espaços no interior do país (um no Brasil e outros nos EUA), mas param por aí. O SWU buscou alinhar o conceito da música com a sustentabilidade, promovendo diversas atividades dentro do evento.

Duas edições foram realizadas, ambas no estado de São Paulo. Em 2010, em Itu, tendo Rage Against the Machine, Linkin Park, Queens of the Stone Age, Dave Matthews Band, Joss Stone, Incubus, Sublime e Kings of Leon como os grandes nomes. Em 2011, desta vez em Paulínia, as principais atrações foram The Black Eyed Peas, Kanye West, Duran Duran, Lynyrd Skynyrd, Chris Cornell, Peter Gabriel, Stone Temple Pilots, Faith no More, Megadeth e Alice in Chains.

Em 2012 apesar de rumores de que a edição seria realizada na capital São Paulo, o festival não chegou a acontecer e desapareceu. Uma pena, pois era um evento com um perfil diferente de todos os atuais.

O Rage Against the Machine, banda de Los Angeles, começou em 1991 e lançou seu primeiro álbum em 1992. Em outubro de 2000, o vocalista Zack de la Rocha confirmou que estava de saída da banda e a mesma acabou. Em dezembro do mesmo ano ainda foi lançado o álbum de covers da banda, com versões pra lá de incríveis. A banda retornou em 2007 para uma série de apresentações. Neste meio tempo, os outros três membros da banda se uniram a Chris Cornell, ex-vocalista do Soundgarden e criaram a também bem sucedida Audioslave, mas que não durou muito.

A RATM fechou o primeiro dia da primeira edição do festival, realizando sua única apresentação no Brasil até aqui. Foi uma apresentação cheia de energia e eu tive a sorte de estar lá. Creio que nunca presenciei um início de show tão forte quanto o dos caras.

Mas mais forte que estar lá foi depois rever o show pela televisão (o que faço com frequência) e verificar a multidão pulando no início da primeira música. Inesquecível e chocante. Reparem no clima criado antes da banda entrar no palco com a sirene e a estrela, símbolo da banda, subindo no telão. Depois da criação do clima inicial, uma introdução forte e seca e o início de 'Testify', que começa baixo e aumenta o volume, levando a uma explosão de energia do público.

O show inteiro foi tão intenso que a a grade de proteção do público, de frente ao palco, caiu e a apresentação teve de ser interrompida para que fosse consertada (minuto 19 do vídeo abaixo).

Mas escrever sobre isso não adianta de nada. O importante é sentir! Por isso, vejam o vídeo abaixo. De lambuja, vai o show inteiro. Inesquecível mesmo, o início.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

2004

2004 é o ano da grande mudança em relação aos shows! Formado em dezembro de 2003, resolvi largar Brasília e ir morar em São Paulo. Hoje em dia acho que a cena já mudou bastante e muito dos grandes shows ou pelos menos alguns dos mais esperados passam por Brasília. Mas naquela época, a exceção do Brasília Music Festival, pouquíssimos shows legais passavam por lá (sem preconceitos aos shows nacionais, mas a grande comoção era causada pelas bandas internacionais).

Então estou em São Paulo! A capital dos shows no Brasil! As coisas obviamente começaram tímidas e estava me dedicando pouco aos eventos. E veio o primeiro convite sem querer. Meus amigos-irmãos Fabio, Ana Paula e Amanda tinham comprado ingressos para o show da Macy Gray. Em cima da hora sobrou um e me convidaram! R$ 50!!!! Hoje não se paga nada por esse preço quase!

O show foi no antigo Tom Brasil e foi sensacional! Um dos primeiros shows que vi numa casa de shows e quanto conforto! Menos gente, bom som e todo mundo na mesma vibe! Curti e acho que daquela experiência começou a surgir mais vontade de ir a outros eventos!

Mais para frente, em uma das passagens por Brasília, veio um convite do casal Fabio e Ana Paula para ver o show do Lulu Santos (a foto ao lado é própria) no Iate Clube de Brasília, junto com a família Ludwig. E aceitei na hora, pois eu confesso: SOU FÃ DE LULU SANTOS! Aceito as críticas de que ele vive das mesmas músicas há 20 anos pelo menos, mas a verdade é que são muitos hits! Acho ele um baita compositor, músico e show man! E como diz o Marcelo, meu primo, cantei todas as músicas apontando pra cima e de olhinho fechado.

De volta a São Paulo, domingo, final de tarde, nada para fazer, chegando em casa depois de almoçar, o remorso me comia por dentro por não ter comprado ingresso para o show do Linkin Park. Um problema que voltou a acontecer muitas vezes: falta de companhia! Normal, pois nem todos gostam do estilo musical e das bandas que você gosta e mais ainda, nem todos querem torrar o dinheiro que você torra em shows, por muitas vezes para ouvir bandas que só se conhece uma ou duas músicas.

Mas o improvável aconteceu! Tariana, irmã do meu grande amigo de infância Thiago, me liga e pergunta: quer ir ao show do Linkin Park? Minha mãe comprou dois ingressos para uns filhos de uma amiga, mas os meninos não vão. De graça, só passar e pegar! Olhei para o Fabio, com quem eu dividia apartamento na época e perguntei: vamos? É de graça! A resposta afirmativa era a única que eu aceitaria! E fomos!

Show no Morumbi! Meu primeiro! E me diverti muito! Guitarra distorcida, som alto, gritaria e a platéia pulando enlouquecida (fomos de cadeira coberta e por isso, podíamos ver a reação da pista de camarote). Todas as músicas do primeiro disco tocadas e eu que comprei o CD deles quando morava nos EUA, cantei em coro tudo (ou melhor, gritei!).

Aí soube do show do Chemical Brothers no Pacaembu. Comprei na hora e fui, acompanhado pelo que me lembro da Amanda, PH, Marcelo (primo) e Thiago. Foi uma das experiências mais sensacionais da minha vida!!! Imagine: show de música eletrônica, num estádio de futebol cheio de gente, numa noite de dia útil simplesmente linda! Energia sobrando! Sempre defini este show como sendo uma balada a céu aberto e ainda penso na mesma coisa quando lembro daquela noite.

Antes do show bora virar duas garrafas de batida fora do estádio, pois afinal de contas ainda era recém-formado e o dinheiro era bem curto. O show começa com 'Hey Boy, Hey Girl' e na hora que as batidas da música entram, uma explosão no campo de futebol, que neste momento se tornou a maior pista de dança que eu já vi! Sensacional!

O Chemical Brothers tocou em outubro e por mim já tinha dado o ano de shows por encerrado. Mas ouvi na extinta 89 FM (extinta, porque atualmente ela toca tudo menos rock), a rádio rock: aniversário da 89 com Pennywise e Bad Religion! Bandas de punk rock que sempre gostei de ouvir, mas nunca tinha pensado em ver. Eu já estava ficando velho para aquilo, mas resolvi ir.

Dei o convite de presente para o Rafa, meu amigo, e único que sabia que curtia, mas via que não tava muito a fim de gastar com o show. Mas eu queria companhia! Para azar do Mau, também grande amigo, mas quem eu conhecia muito pouco na época e que comemorava aniversário naquele dia e ficou sem a presença do seu melhor amigo Rafa no evento! Sorry Mau!

Primeiro show no Anhembi para descobrir na primeira oportunidade que aquele local é um lixo para se fazer shows (mas isso é assunto para outro post mais para frente)! Mas naquele momento, o que importava era a música! E primeiro a porradaria do Pennywise, cheio de gente no palco, com fãs cantando a versão punk rock de 'Stand by Me'! Depois a pegada do Bad Religion, suas diversas músicas de menos de 3 minutos e vários hits e galera pirando (detalhe para o surgimento do PH do meio da multidão com o pé torcido depois de entrar com força numa rodinha).

Foi um ano sensacional! E o potencial para ver shows de bandas que sempre curti em São Paulo estava mais claro!