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terça-feira, 20 de março de 2018

Austin City Limits - 08/10/2017

É uma vergonha o tempo que demorou para que eu escrevesse este post, mas agora é força tarefa para colocar o blog em dia. Afinal de contas, teve muita coisa já e o Lollapalooza está chegando.


O segundo dia que eu fui ao Austin City Limits, o terceiro do festival (resolvemos pular o segundo dia, sábado, para curtir a cidade, a 6a Avenida e ver a capital da música ao vivo bombando de noite), foi bastante especial, pois pude levar o Tito, meu sobrinho de 8 anos (acho que é 8 rs) para o primeiro festival dele. E de fato, foi sensacional.

Eu, Tito e Daniela
Fomos eu, Tito e Daniela, minha irmã num carro e entramos por uma entrada lateral, pois crianças além de não pagar para entrar, tem uma área especial no festival. Zeca, meu cunhado, e Giuliano, amigo da galera foram num segundo carro e demoramos para encontrá-los. Chegamos, tiramos fotos com o Tito pelo festival, pegamos água e fomos para o primeiro show.

The Growlers
O The Growlers tinha acabado de começar. Peguei uma cerveja, encontrei o Mertens, outro amigo. Achamos um canto perto do palco, com sol e sentados na grama, aproveitamos a banda. Na tentativa de filmar, deixei uma cerveja toda cair no chão. rs

A banda é boa. Um som bem diferente e gostoso. Umas músicas bem longas, mas ainda assim interessantes, que te mantém dançando. A imprensa musical os rotula de surf music, mas eu vi outras coisas ali. Sei lá, só sei que é legal. O vocalista, Brooks Nielsen, tem uma voz rouca e bem característica.

Foi um show com uma cadência maneira para começar o dia de festival. E num estilo que foi bem único para mim. Curti conhecê-los. O setlist foi:

1. Drinkin' The Juice Blues (Hashima)
Tito no Beer Hall de Cerveja Artesanal
2. Psycho (cover do Eddie Noack)
3. Hiding Under Covers
4. Naked Kids
5. Night Ride
6. One Million Lovers
7. Feelin' Good
8. City Club
9. Chinese Fountain
10. Good Name (cover do William Onyeabor)
11. Rubber & Bone
12. I'll Be Around (tem vídeo)

O Tito não curtiu muito. Ficou sentado, olhando e tal. Confesso que ali eu pensei que ele não fosse curtir aquele dia e que fosse dar PT antes do fim da noite. Mas eu estava bem enganado...


Run the Jewels
Fomos ao segundo show do dia, com o sol começando a se pôr. Buscamos um lugar atrás, eu, Daniela, Mertens e Tito para ficarmos confortáveis, afinal estávamos com uma criança. O show começou e foi mega porrada.

O duo de rap rima rápido, em cima de batidas relativamente simples. O peso vem dos dois MC's passando a mensagem de maneira agressiva, mas ainda assim, cativando todo o público.

O setlist foi:

Eu, Tito e Mertens sendo mals rs
1. Talk to Me
2. Legend Has It
3. Call Ticketron
4. Blockbuster Night Part 1
5. Oh My Darling Don't Cry (tem vídeo - um fã cantou junto no palco)
6. 36" Chain
7. Stay Gold
8. Don't Get Captured
9. Panther Like a Panther (tem vídeo)
10. Nobody Speak (cover do DJ Shadow)
11. Close Your Eyes (And Count to Fuck)
12. Hey Kids (Bumaye) (com Danny Brown)
13. A Report to the Shareholders
14. Thursday in the Danger Room
15. Angel Duster

Claro que a gente tinha que ficar lá atrás. Estávamos com uma criança. Mas eis que o Tito manda: "tio, eu quero pegar um autógrafo. Vamos para a grade?". Expliquei a ele que não é fácil assim conseguir um autógrafo, mas que se ele quisesse, poderíamos sim ir mais para a frente. Ele não teve dúvidas, pegou na minha mão e saiu liderando os três adultos multidão a frente. Não chegamos à grade, mas ficamos bem próximos a ela e ainda assim, bastante confortáveis.

E ali o Tito virou a estrela do festival. Dançou, pulou, pediu para ser levantado e bateu na mão de todo mundo que ficou encantado com ele, daquele tamanho, curtindo o show. No final um cara fortinho se ofereceu para botar o Tito no ombro. O Tito topou e o fortinho não aguentou. Era o Tito no ombro do cara, eu segurando embaixo e o Mertens segurando as costas. Mas foi legal demais de qualquer forma.

Run the Jewels foi o show do festival por causa daquele moleque feliz e curtindo. Mas ainda tinha mais...

Oh My Darling Don't Cry

Panther Like a Panther

Gorillaz
Tito babando no Gorillaz
Tentamos ver o show do Portugal the Man, mas estava tão cheio, em um palco secundário, que não rolou. Era uma multidão para um palco pequeno. E tudo bem os caras serem uma banda nova, mas estavam liderando todas as paradas de sucesso (falar isso é muito anos 80?) e por isso mereciam estar num palco maior. Mas ok. Já que não deu, fomos beber, comer, banheiro e só aí encontramos o Zeca e o Giuliano.

E juntos fomos ao show do Gorillaz. Honestamente? Não achei lá estas coisas.

1. M1 A1
2. Last Living Souls
3. Saturnz Barz
4. Tomorrow Comes Today
5. Rhinestone Eyes
6. Sleeping Powder (tem vídeo)
7. On Melancholy Hill
8. Busted and Blue
9. El Mañana
10. Strobelite
11. Andromeda
12. Sex Murder Party
13. Out of Body
14. Stylo
15. Feel Good Inc. (tem vídeo)
16. Clint Eastwood (tem vídeo)

Mais uma vez quem salvou a noite foi o Tito. Nas costas do Giuliano e depois do pai, viu o show que ele mais queria ver amarradão. Sorrisinho maroto no rosto. Se você não é fã da banda, conhece pouca coisa fora dos hits, de fato é um som mais lento. Nada muito animado.

Já nas duas últimas músicas, todo mundo pira. Inclusive o Tito que cantou, dançou e se viu realizado no seu primeiro festival. Teria sido um lindo final, mas tinha mais...

Sleeping Powder

Feel Good Inc.

Clint Eastwood

Tito ganhando seu sonhado autógrafo
O Gorillaz terminou seu show 30 minutos antes do The Killers, que tocou no mesmo horário. Então sobraram alguns minutos para aproveitarmos a Silent Disco novamente (contei como é no post do primeiro dia do Austin City Limits. Dá uma olhada aqui!). Entramos na fila e entramos mais no final. Mas foi muito divertido.

Tito pirou. Dançou horrores e se divertiu pacas. Quando acabou esperamos todo mundo ir embora e por sorte um DJ ficou. E não é que o Zeca saiu correndo e conseguiu um autógrafo do cara para o Tito? Melhor ainda, ele assinou na camiseta do moleque! Imagina a felicidade? E eu que achei que ele ia dar defeito, errei. Curtiu pacas e foi sossegado andando conosco até o taxi, esperou na boa, batendo papo e contando tudo que ele curtiu. Foi demais e ele conseguiu fazer tudo que ele queria! A experiência de levar a molecada para shows é indescritível.

E assim acabou a experiência musical das minhas férias de 2017 que rolou em Nova Iorque, Nova Orleans e Austin. Vai ficar marcado na memória. E eu recomendo muito! Cultura, música, organização. Experiências que não tem preço! Mesmo!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Austin City Limits - 06/10/2017

Austin City Limits ou ACL e o lineup completo de bandas
A última parada das férias foi planejada para Austin, pois assim teríamos a possibilidade de conhecer um dos dois grandes festivais da cidade, o Austin City Limits. São 6 dias, divididos em duas semanas, sempre sexta, sábado e domingo. A curiosidade é que a programação de ambos os finais de semana é exatamente a mesma. Então você só precisa ir em um final de semana e viu tudo. Nós escolhemos o primeiro, pois as meninas (Marina, a esposa, e Camila, a cunhada) já voltariam para o Brasil no início da semana seguinte.

Austin, capital do estado do Texas, parece não ser no Texas. Gente de vários lugares, uma cabeça mais aberta e ausência daquele sotaque do sul dos EUA são as provas disso. E além de capital do Texas, é considerada também a capital da música ao vivo nos EUA. Eu não sei dizer o porquê, mas é fato que existem vários eventos com shows na cidade todo dia, considerando bandas menos e mais famosas.

Fora os festivais, a famosa 6th Avenue tem vários bares com bandas ao vivo, sendo que aos sábados a avenida é fechada para os carros e o povo circula livremente de bar em bar ou de banda em banda, ouvindo desde country music, passando pelo folk, chegando ao rock and roll. Nós acabamos não indo ao segundo dia do Austin City Limits, justamente para poder passear e conhecer a 6th Avenue e é bem legal.

Partimos para o festival já um pouco atrasados, afinal de contas a babá tinha de chegar para ficar com os sobrinhos. Depois pedimos um Ride Austin (o Uber local e muito mais legal) e partimos (não conseguimos neste dia, mas em parceria com a Honda o Ride Austin estava oferecendo transporte grátis ao festival). Vale umas linhas para dizer que o Ride Austin é uma instituição sem fins lucrativos, então tudo que é gerado de dinheiro faz vai para os motoristas e parte é reinvestida no sistema. Com isso os preços são mais baixos para o usuário e os motoristas ganham mais. Situação ganha-ganha para todos.

Chegamos por volta das 17 horas e o sol ainda estava forte. O local do festival, o Zilker Park, é fechado para o evento, que tem nada menos que 8 palcos. É importante ressaltar que é um festival para não mais de 50 mil pessoas por dia (ou até menos), por isso são muitos palcos, mas o espaço não é gigante. Você consegue com muita facilidade andar de um ponto a outro.


Chegamos lá, pegamos a primeira cerveja do dia usando as pulseiras que são ingresso e meio de compra (diferente do Lollapalooza, onde você carrega dinheiro e depois o festival te devolve o que sobrou, no ACL a pulseira tem um cartão de crédito cadastrado e cada compra, é uma operação do cartão) e fomos ver o Royal Blood.

Royal Blood
Chegamos eu, Marina, Camila, Daniela (minha irmã) e Zeca (meu cunhado) e lá encontramos o André, amigo que foi para Austin para se juntar a nós no festival.

O show do Royal Blood estava lotado, mas o palco era pequeno. Então mesmo longe, tínhamos uma ótima visão do palco. O setlist foi:

1. Where Are You Now?
2. Lights Out
3. Come on Over
4. I Only Lie When I Love You
5. Little Monster
6. Hook, Line & Sinker
7. Loose Change
8. Figure It Out
9. Out of the Black (tem vídeo)

O show é bem pesado e alinhado com essa nova onda de bandas de dois membros, no caso bateria e baixo. Para duas pessoas, os caras são bem barulhentos. Pegamos a metade final do show, ainda curtindo o sol, entendendo a estrutura do local. Então vimos o show meio que não vendo, meio que batendo papo, meio que curtindo aquela primeira cerveja. Para ser honesto, não consigo emitir uma opinião sobre a apresentação dos caras. Vamos ver se rola vê-los no Lollapalooza de 2018.


Saímos de lá para o show do Foster the People no palco principal. Esta parte do festival já é maior e por isso estava muito mais cheia. Não conseguimos achar um lugar incrível para ver o show, mas ficamos ali curtindo o que deu.
Foster the People (ou o que conseguimos ver deles)

O setlist foi:
1. Houdini
2. Call It What You Want
3. Pay the Man
4. Doing It for the Money
5. Helena Beat
6. Don't Stop (Color on the Walls)
7. Lotus Eater
8. Blitzkrieg Bop (cover do Ramones)
9. Life on the Nickel
10. Coming of Age
11. Sit Next To Me
12. Loyal Like Sid & Nancy
13. Love (cover do John Lennon)

Confesso que esta banda já não me anima tanto. Juntando ao fato de estarmos atrás da cabine de som, com péssima visão do show, ficamos ali meio que curtindo, ouvindo e batendo papo antes de seguirmos para o próximo show. Confesso que a surpresa mesmo ficou pelo cover de 'Blitzkrieg Bop' do Ramones. Nunca imaginei eles tocando isso e ficou bonitinho (sim, quando o Foster the People faz algo muito legal, o adjetivo certo a ser usado é bonitinho).

Seguimos para o show da Solange. Artista performática, mas mais conhecida como irmã da Beyoncé ou cunhada que enfiou a porrada no Jay-Z. Não consigo nem achar o setlist do show, mas porque não é apenas um show e sim toda uma performance que leva em consideração a música, a dança e o cenário.

Tem um pouco de R&B, tem uma voz linda (que em algumas notas lembra a irmã mais famosa, não tem jeito), tem um cenário lindo e umas performances muito bem ensaiadas e delicadas, digamos (não consigo achar outra expressão para caracterizar).

Confesso que para mim ela criou um clima muito estranho no palco. Eu não conseguia ficar entretido, mas ao mesmo tempo não conseguia tirar o olho do que estava acontecendo. Ao mesmo tempo que estava hipnotizando, queria sair dali. Que foi o que fiz no final. Não consegui ver a apresentação até o fim. Mas fiquei curioso... Queria poder vê-la em um teatro ou em uma apresentação sentado. Sei lá... Me parecia muito mais algo mais cênico do que musical.


Neste resto de show fomos aproveitar a tenda de cerveja artesanal. Vários rótulos de cervejas locais que eram vendidas ao mesmo preço e na mesma quantidade das cervejas tradicionais. Depois disso, não bebi mais nada enlatado no ACL.

E seguimos para o fechamento da noite, com Jay-Z. É tipo assim... o cara entra sozinho com um DJ no palco e fica ali mais de uma hora rimando, sem ajuda de ninguém e entretendo o maior palco do festival sem o menor medo. Achei o cara foda! Mas... ao mesmo tempo, hip hop não é um estilo que me pega, ainda mais quando você não sabe as letras para entender a mensagem e mais uma vez ficou num lugar horrível para ver.

O setlist (longo) foi:
1. Run This Town
2. No Church in the Wild
3. Lucifer
Vista péssima do show do Jay-Z e do cachorro gigante
feito de balão
4. Bam
5. Where I'm From
6. Marcy Me
7. Empire State of Mind
8. Fuckwithmeyouknowigotit
9. Family Feud
10. Beach Is Better
11. The Story of O.J.
12. Public Service Announcement
13. Heart of the City (Ain't No Love) (tem vídeo)
14. Niggas in Paris
15. Izzo (H.O.V.A.)
16. Dirt Off Your Shoulder
17. On to the Next One
18. I Just Wanna Love U (Give It 2 Me)
19. Big Pimpin'
20. Hard Knock Life (Ghetto Anthem)
21. Numb / Encore (música do Jay-Z com o Linkin Park) (bis)
22. Young Forever (bis)
23. 99 Problems (bis)

Mais uma vez saí no meio do show para aproveitar outras coisas do festival. Saí antes das músicas que eu conhecia que ficaram para o final e imaginei que ele tocaria algo do Linkin Park em homenagem ao Chester Bennington, que havia morrido pouco tempo antes. Mas é isso, festival não é feito só dos shows e sim de todas as atrações e atmosfera do evento. Neste dia em particular, não vi nenhum show completo.


Saímos para ir ao banheiro e pegar uma última cerveja. Rolou o banheiro e ao lado dele estava a tenda eletrônica. Ficamos ali esperando uns aos outros quando vimos essa galera dançando, mas não tinha música. E a galera parecia bem empolgada. E de repente, ah tá: eles estão dançando com fones. E aí, vamos entrar e ver o que rola?

Silent Disco
Tinha uma fila. Esperamos pouco tempo, pegamos cada um o seu fone e entramos. FOI A COISA MAIS DIVERTIDA DO FESTIVAL. A Silent Disco tem um fone com três canais: um vermelho, um azul e um verde. E existiam também três DJ's no palco, cada um com a sua cor. Você escolhia o canal do DJ e curtia. Encheu o saco? Muda de canal. E assim fomos até a balada acabar. Vez ou outra tirávamos o fone para ouvir o pessoal cantando alguma música e entender o quão diferente e engraçado aquilo tudo era.

Curtimos muito esse negócio. De verdade. Se alguém sabe se tem isso no Brasil, me fala! É demais!



Voltamos para casa seguindo a multidão, passando por diversos bares lotados, até chegar na tenda do Ride Austin, que fornecia tomada para carregar seu celular e wifi para você chamar seu carro. Chamamos um de 7 lugares e voltamos felizes para casa.

Eu adoro festivais. Mas o ACL foi legal por ver um dentro de um parque, no meio da cidade. Coisa que o Lollapalooza tentou ser por aqui no Jockey, mas que a associação de moradores mandou para longe. Imagina o Ibirapuera, em São Paulo, com um festival dentro, que legal que seria?

A capital da música ao vivo nos recebeu muito bem! E ainda tinha o segundo dia...