Um blog que representa nada mais que minha opinião pessoal sobre os tais shows que tanto vou... também uma forma de histórico de tanta energia trocada. Ao escrever e ler, as sensações de cada evento voltam!
Johnny Marr fez um show no Lollapalooza Brasil 2014 surpreendente. Foi tenso...
O cara mandou, além do seu som solo, que eu descobri ser muito bom, vários sons do Smiths. Era a expectativa que todos tinham do show do Morrissey, mas aconteceu em bem menor quantidade.
Johnny Marr
Rolou 'Stop Me If You Think You've Heard This One Before', 'Bigmouth Strikes Again', 'How Soon is Now' e finalizou com o momento inesquecível do post, 'There is a Light That Never Goes Out' (que o Morrissey mandou no show dele, mas por incrível que pareça, sem tanta propriedade).
Johnny Marr foi um dos fundadores do The Smiths e era o guitarrista da banda. Apesar de não ser o nome mais expoente do grupo, é citado com frequência como grande influência do rock britânico. Além disso, foi considerado o 51o melhor guitarrista de todos os tempos pela revista Rolling Stone e 21o pela marca de guitarras Gibson. Tá bom?
Além do The Smiths, que acabou em 1987, Johnny Marr tocou com outras bandas como o The The, fazendo parte da formação que lançou dois discos, em 1989 e 1993. Junto com Bernard Sumner (vocalista do New Order), fundou o Electronic, que esteve atuando de 1988 até 1999. Além disso, integrou a banda de indie rock americana Modest Mouse, criada em 1993 e que está por aí até hoje.
Resumindo, o cara não é qualquer um. E não é qualquer um que consegue causar tamanha comoção no público com apenas alguns acordes. Sente os gritos no início da música, no refrão e na galera cantando junto. Por sorte, eu era uma dessas pessoas.
No 2o dia de shows do Lollapalooza chegamos mais cedo para não perder nada. E como acabamos chegando cedo demais, deu tempo de começar o dia com o Raimundos.
Raimundos
Esta banda tinha tudo para ter sumido do mapa depois da saída do Rodolfo (vocalista da banda) e graças a persistência do Digão (guitarrista e agora, também, vocalista da banda), eles não só não acabaram, como tem tido cada vez mais força na cena rock and roll nacional. Brasília se sente bem representada por eles.
Raimundos
O setlist foi:
1. Gato da Rosinha
2. Baculejo
3. Mulher De Fases
4. O Pão da Minha Prima
5. Palhas do Coqueiro
6. BOP
7. Deixa Eu Falar
8. Puteiro em João Pessoa (tem vídeo)
9. I Saw You Saying
10. Me Lambe
11. Esporrei na Manivela
12. Eu Quero Ver o Oco
Som porrada, sem firula, firme e com uma formação que agora está azeitada. Como bem vi num programa o Digão dizendo, o Raimundos é hoje uma banda média, com estrutura de banda pequena, mas com repertório de banda grande, e às 13 horas, no maior palco do festival (Skol), com sol rachando, botaram todo mundo pra pular com seus clássicos. Valeu e muito ver.
Nas duas últimas músicas começamos a nos direcionar para o que foi, na minha opinião, o melhor show do festival.
Fica o vídeo do maior clássico da banda para dar um gostinho.
Johnny Marr
Johnny Marr
Dá vontade de não escrever nada sobre este show, pois eu acho que palavras não farão justiça ao que foi visto! Mas para começar, vou colocar o setlist e aí você sente a tensão.
1. The Right Thing Right
2. Stop Me If You Think You've Heard This One Before (The Smiths)
3. Upstarts
4. Sun & Moon
5. New Town Velocity (tem vídeo)
6. Generate! Generate!
7. Bigmouth Strikes Again (The Smiths)
8. Word Starts Attack
9. Getting Away with It (cover do Electronic)
10. I Fought the Law (cover do The Crickets)
11. How Soon Is Now? (The Smiths com Andy Rourke)
12. There Is a Light That Never Goes Out (The Smiths)
Johnny Marr
Johnny Marr, mais conhecido como o guitarrista do Smiths, a banda do Morrissey, mostrou que não é preciso do "tal Morrissey" para fazer o povo se arrepiar e chorar. Foi complicado este show!
O cara começou com uma música da carreira solo e mandou um Smiths na sequência, com 'Stop Me If You Think You've Heard This Ojne Before'. Legalzinho, todo mundo animado e feliz com uma do Smiths e acredito que a maioria estava pronta pra ficar por aí.
Segue-se uma leva de músicas do repertório próprio e muito boas por sinal. Prova de que não é preciso telão, iluminação, efeito ou qualquer coisa que o valha para fazer música boa. Duas guitarras, baixo, bateria e voz bastam.
Mas aí veio 'Bigmouth Strikes Again' e a galera pirou. Um dos maiores clássicos da banda e você achando que nunca iria ouvir aquilo ao vivo, muito menos com 25% da formação original dos Smiths no palco. Mais uma própria para baixar a tensão.
Vista do Palco Para o Show do Johnny Marr
Um cover do Electronic com 'Getting Away With It', com menção ao New Order e todos esperando a entrada de alguém da banda no palco, mas não rolou. Dancemos! Na sequência um cover do The Crickets (sim, só descobri pesquisando para escrever este post, pois a maioria, como eu, pensava que o original era do The Clash) com 'I Fought the Law' e aí o público pirou!
Mas o pior (ou melhor) viria na sequência, com Andy Rourke, baixista dos Smiths, formando 50% da formação original na banda, subindo no palco e rolando 'How Soon is Now?'. Achei que nunca fosse ouvir essa música ao vivo tocada por quem tem este direito. Arrepiei, olho encheu de água... Enfim, emoção total.
Para finalizar 'There Is a Light That Never Goes Out', que já tinha visto com o Morrissey cantando, agora tocada e cantada por Johnny Marr. Foi para finalizar com chave de ouro um dos shows mais emocionantes da vida. Muito bem ver toda a platéia (que nem chegou a lotar direito o palco Onix) na mesma energia. Música boa não envelhece!
Um pouco de Johnny Marr e Smiths para dar o tom do que foi isso tudo (e pode rir: quase uma semana depois, eu postando o segundo vídeo abaixo, arrepiei e o olho encheu de água de novo! FOI DEMAIS!).
Savages
Savages
Foi possível transitar com calma até o show do Savages, no palco Interlagos do outro lado, uma vez que tínhamos uns bons 40 minutos sem interesse nenhum em aquilo que tocaria até lá.
Deu tempo de ir com calma, caminhar, sentar, descansar um pouco até o show começar. Aí o grupo de amigos se dispersou, pois cada um foi pra um lado. Uns desistiram, outros viram da grade, outros só foram ver mais perto.
Banda só de mulher, que eu adoro, com atitude e no caso da vocalista e da baterista, gatas e cheias de estilo.
Savages
O setlist foi:
1. I Am Here
2. Flying to Berlin
3. Shut Up
4. City's Full
5. I Need Something New
6. Strife
7. She Will (tem vídeo)
8. No Face
9. Husbands
10. Hit Me
11. Fuckers
É um som bem diferente, pesado, com letras densas e que você não acredita que está saindo daquelas mulheres tão estilosas. Pouca comunicação com o público, muita música e muitas opiniões divergentes sobre o som.
Eu curti, mas seguramente não é algo que ouviria todos os dias. Mas sou suspeito, pois adoro banda de rock só de mulheres ou pelo menos com vocal feminino. Meus acompanhantes, na sua maioria, não curtiu tanto.
Tire suas próprias conclusões!
Pixies
Mais um intervalo, onde aproveitamos para conhecer o local a Chef's Stage (local de comida um pouco elaborada) e comermos algo (valeu a pena) e partimos pro show do Pixies.
Já tinha visto eles uma vez em Portugal e curti ver que a baixista nova dá conta do recado, tocando e cantando. Mas o fato é que o público ali conhecia os clássicos e olhe lá e show sem público empolgado é no máximo um bom show, mas não um show animal.
O setlist foi:
1. Bone Machine
Pixies
2. Cactus
3. Something Against You
4. Broken Face
5. Brick Is Red
6. Gouge Away
7. Bagboy
8. Monkey Gone to Heaven
9. Blue Eyed Hexe
10. I've Been Tired (tem vídeo)
11. Magdalena
12. Caribou
13. Nimrod's Son
14. Indie Cindy
15. Ed Is Dead
16. Where Is My Mind?
17. Here Comes Your Man
18. La La Love You
19. The Holiday Song
20. Greens and Blues
21. Hey
22. U-Mass
23. Planet of Sound
Palco Skol e partiu para uma visão lateral. Ficamos relativamente perto, com um som bem ruim. 'Bone Machine' abriu bem o show, mas a pegada não se manteve com o público, pois o repertório da banda é mesmo meio bipolar, entre animado e gritos histéricos. 'Gouge Away' e 'Monkey Gone to Heaven' esboçaram uma reação, mas a galera só veio junto mesmo com a sequência 'Where is My Mind?' e 'Here Comes Your Man'.
E para mim bastou. Fiquei com pena em perder 'Planet of Sound' fechando o show, mas em outro palco tocaria uma banda que nunca tinha visto ao vivo e de fato o Pixies não conseguiu trazer a galera junto e eu já tinha ouvido minhas músicas favoritas.
Prova de que o som tava meia boca de onde eu estava.
Soundgarden
Chris Cornell
Já tinha visto duas vezes o Chris Cornell sozinho e em ambas vezes pude constatar que ele canta pacas, mas é ainda mais chato. A terceira vez deveria ser a sorte e de fato foi, pois rolou de vê-lo com sua banda original, o Soundgarden.
O setlist foi:
1. Searching With My Good Eye Closed
2. Spoonman
3. Flower
3. Outshined
4. Black Hole Sun
5. Jesus Christ Pose (tem vídeo)
6. Like Suicide
7. Been Away Too Long
8. The Day I Tried to Live
Soundgarden
9. My Wave
10. Superunknown
11. Blow Up the Outside World
12. Fell on Black Days
13. Burden in My Hand
14. Rusty Cage
16. Beyond the Wheel
Os caras não tem muita presença de palco, mas quebram tudo. Um dos grandes representantes de Seattle, com Pearl Jam e Nirvana, o Soundgarden acabou e voltou e esta volta já tem disco novo e tudo.
'Black Hole Sun' seguramente fez a galera pirar! 'Jesus Christ Pose' foi tocada somente no show do Brasil. 'Been Away for Too Long' do disco mais novo agitou o público, pois tem tocado (ou tocou) nas rádios.
Curti, mas não o suficiente para ficar até o fim, afinal, New Order viria na sequência e no palco do outro lado do autódromo. Por isso, iniciamos a caminhada logo depois da metade do show, o que me fez perder 'Fell on Black Days', mas este é o novo Lollapalooza. @!$@$%#$%$#%
Tá aí a música tocada só no show do Brasil.
New Order
A escolha enyre New Order e Arcade Fire para mim não foi fácil, mas também não foi tão difícil. Vi Arcade Fire duas vezes e New Order uma, logo escolhi New Order.
O show foi marcado por muitos clássicos e foi lindo e arrepiante. Lotado! Mas de fato, os caras tão velhos e por mais que dancem no palco (com exceção da tiazinha do teclado que não dança, nem ri!), a banda não chega a empolgar a galera! Que bom que a música sim. (Nota para Bernard Sumner, que esperamos que estivera bêbado aquela noite, se provou um péssimo front man com piadas ruins, falando espanhol e que cativou zero o público. Mas é o Bernard Sumner. Ok, relevemos!).
O setlist foi:
New Order
1. Crystal
2. Transmission (cover do Joy Division)
3. Singularity
4. Ceremony
5. Age of Consent
6. Your Silent Face
7. World (tem vídeo)
8. Bizarre Love Triangle
9. True Faith
10. 5 8 6
11. The Perfect Kiss
12. Blue Monday
13. Temptation
14. Atmosphere (cover do Joy Division) (bis)
15. Love Will Tear Us Apart (cover do Joy Division) (bis)
'Crystal' para começar foi perfeito, mas já mostrou que faltava energia naquela voz já. 'Transmission' aqueceu o show e daí não parou mais. As sequências de 'World' / 'Bizarre Love Triangle' e 'Perfect Kiss' / 'Blue Monday' transformaram o show numa pista de dança. E como é bom dançar estas músicas...
Na ânsia de evitar o caos que foi a circulação de gente no autódromo, começamos a nos afastar no bis e só de longe ouvimos 'Atmosphere' e 'Love Will Tear Us Apart'. Apesar de já ter ouvido estas músicas na outra apresentação do New Order que vi, isso consolidou meu ódio pelo local onde foi feito o festival (e ódio pela minha estupidez também!). Fui embora com inveja de quem viu tudo até o fim...
Arcade Fire
Passamos, já de saída, pelo show do Arcade Fire e vimos/ouvimos a última música, 'Wake Up' e depois ouvimos os relatos de que foi o melhor show de todos os tempos, das galáxias, etc. Não duvido, até porque eu já vi duas vezes e gostei muito quando eu vi. Muito mesmo! Mas fiquei feliz com a minha escolha pelo New Order. Música boa não envelhece!
O setlist, a saber, foi:
Arcade Fire
1. Reflektor
2. Flashbulb Eyes
3. Neighborhood #3 (Power Out)
4. Rebellion (Lies)
5. The Suburbs
6. The Suburbs (Continued)
7. Ready to Start
8. Neighborhood #1 (Tunnels)
9. No Cars Go
10. Haïti
11. Neighborhood #2 (Laika)
12. Afterlife
13. It's Never Over (Oh Orpheus)
14. Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
15. Normal Person
16. Here Comes the Night Time
17. Wake Up
Assim acabou o Lollapalooza! Aí sim, num dia em que valeu ver todos os shows! E que 2015, caso não achem um local melhor para a realização do evento, que pelo menos reduzam o público e criem um fluxo de pessoas mais inteligente, que arrumem o som dos palcos e que nos deem um pouco mais de tempo para migrar entre shows, afinal, A GENTE QUER VER TUDO!!!!!
Na boa, eu não queria ter de escrever sobre este show. Eu de fato acredito que nada que eu escreva fará justiça ao fato de ter visto o Morrissey ao vivo. Sim, eu sou fã do Smiths e nem conheço muito da carreira solo do cara, mas ele é FODA! Lenda viva! Responsável por cantar grande parte dos hits que ouvia nas rádios na minha infância (sim, para a maioria dos fãs ele fez parte da adolescência e no meu caso foi da infância mesmo). Me preparei seriamente para chorar durante o show, o que acabou não acontecendo, pois na primeira música que me deu vontade, eu estava filmando para o blog! RA! Depois deu para tirar tudo de letra.
Começamos pelo local do show: Espaço das Américas. Me pergunto até quando vão organizar shows em locais sem estrutura para recebê-los. Indicações deveriam ter sido dadas para que as pessoas pudessem ir de metrô (que fica em frente do local), mas isso não foi feito. Resultado (agravado pela chuva que caiu antes do show começar): não havia vagas suficientes para carros, muita gente estacionando em local proibido (eu incluso), fila debaixo de chuva para retirar ingressos e uma fila gigantesca para entrar no local. Quem não está acostumado para passar perrengue, se irritou. Como eu já estou, levei na boa, mas continuo achando um desrespeito com quem paga preços tão altos para ver estes shows.
Depois da longa fila e da Laura ter chegado no exato momento em que entrávamos (também acompanharam este show Ed e Roger, que já haviam presenciado o show do Sisters of Mercy no dia anterior, Keka, a prima e Marina, a gaúcha), adentramos o Espaço das Américas. A primeira impressão do lugar foi muito boa: grande, bem amplo e bem arrumado. Expectativa de um bom show! Mas deixa eu falar logo dos problemas, para depois focar no que importa. O local é grande e isso significa que fica lotado de gente até o fundo. Como o teto do local não é dos mais altos, o palco ficou baixo e quem estava no fundo não via nada (pelo menos não aqueles com menos de 1,70 como eu). Mas tem telão, né? Não... Nenhum dos dois telões laterais instalados funcionou. Somando-se a isso o som que poderia estar um tanto mais alto (mas bem equalizado), acabamos de listar os problemas da noite. De volta ao que importa: Morrissey.
21 horas em ponto o show começa. A cortina cai, a banda e ELE entram! CARALHO, O MORRISSEY TÁ LOGO ALI NA FRENTE (alguns pulinhos para conseguir ver o cara)! E começou a primeira música. Setlist:
1) First of the Gang to Die
2) You Have Killed Me
3) Black Cloud
4) When Last I Spoke to Carol
5) Alma Matters
6) Still Ill (The Smiths)
7) Everyday Is Like Sunday
8) Speedway
9) You're The One For Me, Fatty
10) I Will See You In Far-Off Places
11) Meat is Murder (The Smiths)
12) Ouija Board, Ouija Board
13) I Know It's Over (The Smiths)
14) Let Me Kiss You
15) There Is A Light That Never Goes Out (The Smiths)
16) I'm Throwing My Arms Around Paris
17) Please, Please, Please Let Me Get What I Want
18) How Soon Is Now? (The Smiths)
19) One Day Goodbye Will Be Farewell
Ok. Começou. Claro, músicas da carreira solo! Bom, muito bom! Conhecia? Não. Curti? Muito! Já que não dá para ver o Morrissey direito mesmo: fecha o olho, sente o som, dança e viaja! Aí vem a primeira música do Smiths. Muito bom, mas ele manda na sequência 'Everyday Is Like Sunday'. Tinha acordado no dia do show e a primeira música que me veio a cabeça foi essa. Quando começou a tocar, eu já estava filmando (como poderão ver abaixo). Quando percebi que música era, fiquei na dúvida: choro, continuo filmando, paro, aproveito? Engoli o choro, concentrei na gravação e filmei, afinal eu precisava ter pelo menos um vídeo de uma música fodassa (ou poderia ser fodaça?) do cara. E foi animal filmar aquela música (até porque eu via o Morrissey melhor pela tela da câmera do que a olho nu), dançar, cantar e se arrepiar com todo mundo se esgoelando junto.
Show continua e chegamos a outro momento daqueles. 'Meat is Murder'? Para o Morrissey sim! Para a Marina, a gaúcha, que trabalha vendendo milhões de frangos, perus e suínos, não! Então enquanto ele pregava, a Marina se revoltava e o telão atrás do palco passava imagens de bichinhos sendo mortos, degolados, trucidados, eu fechei meus olhos e aproveitei o som um tanto psicodélico que estava sendo tocado ali. Ao meu lado eu percebia o silêncio da galera chocada olhando para as imagens do telão (curto o Morrissey, mas eu sou carnívoro e preferi nem olhar pro telão para continuar assim. E em homenagem a este momento, após o show mandamos o tradicional hambúrguer pós show na Hamburgueria do Sujinho: sanduba ok e atendimento mais ou menos. Depois tenho de voltar para dar uma segunda chance ao local). Entrei em alfa... Fiquei dançando, acompanhando a banda toda, cada instrumento e aproveitando o silêncio das pessoas ao meu redor (exceção da Marina, que continuava puta porque não é assim que os frangos morrem, segundo ela).
Segue o show. Passamos por 'I Know It's Over'. E de repente ele diz que estamos íntimos. Estamos? Então manda aquela que todo mundo quer ouvir vai! 'There Is a Light That Never Goes Out'. Perdoa aí, mas PUTA QUE O PARIU!!! Arrepios a parte, bora todo mundo morrer junto ouvindo essa música! Vontade de chorar, gritar, se esgoelar junto com ele cantando a música pelo menos umas 25 vezes seguidas no mínimo! E eu que já tinha sido informado que o show do Rio havia tido exata uma hora e meia já estava desesperado porque em pouco tempo aquilo tudo acabaria.
E aí veio o momento sublime. Minha música favorita do Smiths sendo tocada ao vivo, na minha frente: 'How Soon is Now?'. A mais animada? Não. A mais impactante pra mim? Sim! Acho essa música tão foda, que foda é pouco para ser o melhor adjetivo para ela. "I'm human and I need to be loved, Just like everybody else does"! Veio o bis e acabou! Acabou! Mais! Quero mais! Uma hora e meia é pouco! Eu não conhecia quase nada da carreira solo dele, que foi a maior parte do show e queria mais!
Saímos todos comentando. Uns mais impressionados que outros. Mas todos satisfeitos pelo que vimos! Porque afinal de contas, a gente viu o Morrissey ao vivo! Volta cara! Mais um! E se quiser fazer um show só tocando Smiths ou voltar com os caras, eu vou ver de novo, viu? Fica tranquilo, que garanto que vai encher a casa! FODA! FODA! FODA!
E para deixar aquele gostinho de quero mais, está aí o vídeo de 'Everyday Is Like Sunday'. Eu já vi um montão de vezes e seguramente verei mais algumas tantas...