segunda-feira, 16 de março de 2015

O caminho a seguir... Brasil

Como muito de vez em quando ocorre, hoje é dia de afins... Este é um blog de música, onde falo dos shows aos quais fui, mas que as vezes uso para falar de outras coisas que me incomodam e que preciso colocar para fora.

Ver as redes sociais hoje mais me confunde que me ajuda. É muita raiva de ambos os lados. Sim, porque neste momento parece que todos vivemos em um país diferente de outro ou que somos adversários, o que não é verdade. 

É muita gente protestando contra o governo atual com toda legitimidade do mundo. Porque criticar manifestação porque é de elite não faz sentido algum, ou elite não tem direito? E nem vou entrar no mérito se de fato foi uma manifestação elitizada ou não, porque eu não estava lá e acho isso perda de tempo.

É muita gente com com raiva do governo atual e de quem apóia ou não condena este governo. Muitas destas pessoas querem o impeachment da presidente.

É muita gente tentando desqualificar o que está acontecendo por causa da elite, por causa dos poucos que pedem intervenção militar ou outras coisas, que pra mim, são absurdas.

E ao meu ver, a gente continua perdendo tempo com as coisas erradas. A gente, nosso modelo de fazer as coisas, está esgotado. Não importa se o PT, PSDB, PP, PDT, PMDB ou a PQP assumir o governo, acho eu. Amigos me disseram que ajuda mudar, pois a alternância ajuda a desmontar esquemas e não discordo. Mas os esquemas voltam. A impunidade continua. As mentiras em campanhas eleitorais voltam. E a gente continua debatendo quem foi que fez mais, em vez de exigir que todos façam muito.

Concordo que é preciso se manifestar. Concordo que é preciso participar mais da nossa política. Concordo que é preciso gritar quando não concordamos com algo. Concordo com a alternância de poder em todas as esferas. Concordo que ela seja feita nas eleições. E concordo que se a presidente não aguentar a pressão, como resultado do que tem (ou não tem) feito, que renuncie.

Não concordo com você que quer impeachment, a não ser que cheguem evidências claras de má fé da presidente. "Lógico que ela sabia" não é argumento. Não concordo com você que desqualifica manifestação porque lá tem camisa da CBF, gente branca, etc. Não concordo com você que faz panelaço antes do ministro falar e quando ele acaba de falar (aí sim, tendo discordado), fica quieto porque cansou de se manifestar. Não concordo com você que acredita que o governo Dilma tem sido bom para o país. Não concordo com você que parece só querer que ela perca e não tem ideia do que quer depois. E acredito que muitos de vocês não irão concordar comigo. Faz parte.

O que acredito mesmo é que precisamos exigir que os projetos apresentados pelo executivo (como MP ou seja como for) ou pelo legislativo devem levar o país a gerar empregos e aumentar a renda dos que precisam e dar condições justas aos que querem crescer ainda mais, garantindo os direitos básicos como saúde e educação. Claro, acho que todos querem isso.

Há uma discordância sobre se estamos caminhando para frente socialmente. Quem ganha bolsa família está em uma situação melhor que antes. Para muitos que veem outros ganhando, não passa de ajuda barata. São demandas muito diferentes que temos e acho que aqui, vamos bater cabeça por um bom tempo ainda, porque muitos que criticam, provavelmente nunca viram R$ 70,00 fazer uma grande diferença na vida. Mas ao mesmo tempo, concordo que é preciso fiscalizar e criar condições claras para que as pessoas possam dar o próximo passo e caminhar com as próprias pernas. E existem dados de que isso, de uma forma ou de outra, está acontecendo (por informação que roubei do Facebook, 12% das famílias atendidas pelo bolsa família saíram do programa, sendo 40% por aumento de renda própria).

Mas ok, deixemos o ponto mais divergente de fora e seguimos para uma agenda única: todos querem o fim do corrupção! É possível zerar? Duvido. Dá pra reduzir? Acredito fortemente que sim! Como? Com uma série de medidas que precisam ser debatidas e acho que é nisso que todos nós devíamos estar focando nosso tempo. Acusar um ou outro por ser o pai da corrupção no Brasil, além de ser uma discussão inútil, será uma discussão sem fim, como a do ovo e da galinha.

Posso falar de reforma tributária, política, etc. Eu não li propostas, não tenho opinião formada em tudo, mas posso debater com quem quiser. Mas era sobre isso que eu, você, a presidente e o congresso deveríamos estar tratando agora. Como a gente renova este modelo? Como podemos tentar ir para um lado onde a gente não tenha de escolher o menos pior para nos representar. Como a gente consegue ir para um lado onde a gente participe mais da política do país (e como eu encho o saco sempre: reunião de escola, reunião de condomínio, conselhos municipais, etc.) e não só na eleição ou quando a coisa aperta. Como a gente cria estas condições de crescimento que a gente quer?

Não tiro a razão de ninguém de querer a saída da presidente e o fim do PT. É um direito seu, assim como é um direito meu discordar desta agenda, porque acho que ela não resolve nossos problemas, que são bem mais amplos.

A decisão que tomei ontem ao ver as manifestações ontem foi de conhecer melhor os movimentos que as organizaram, no caso, as de São Paulo: Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua. Se concordar que algum destes movimentos pode nos ajudar a pressionar o governo para sacarmos o que queremos, independente de quem está a frente atualmente ou no futuro, é aí que vou contribuir e aí posso até ir para a rua junto. Hoje, acho que ainda precisamos nos organizar melhor. Mas não deixo de ver a importância no que pode ser o início de um movimento estruturado. Será que dessa vez vai?

ATUALIZAÇÃO: ao buscar informações sobre os dois movimentos, não concordei com a agenda de um e notei que outro não tem agenda, a não ser organizar os protestos. Em sendo assim, continuo buscando uma via onde se possa debater soluções e se informar. Sugestão são bem vindas.

#forainteressesparticulares #forainteressesespecíficos #afavordoBrasil

PS: como isso é um blog de música, fica a trilha sonora sugerida para ler o post.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Joss Stone - 11/03/2015

Joss Stone, diva
Joss Stone gosta mesmo de tocar no Brasil, como falou no palco. Não sei quantas vezes ela veio ao país nos últimos anos, mas este foi segundo show dela que eu fui. E só fui graças a uma promoção da Tickets For Fun, site de venda de ingressos da produtora Time For Fun, pois aproveitando uma promoção, comprei dois pelo preço de um. E depois de comprar ingressos para o casal, descobri que pelo menos outros 4 casais de amigos estariam lá também. Sucesso e explica a casa lotada!

Um pouco atrasado por conta do trânsito e ainda chocado em pagar os R$ 50,00 pelo estacionamento, chegamos ao show no Citibank Hall, a maior das casas de show em São Paulo.

Só soube que perdemos algumas músicas no final do show, mas deu para dançar, curtir, rir e ficar (desculpa Marina!) encantado pela Joss Stone: continua gata, charmosa e muito simpática em cima do palco. Para saber o que perdemos e o que vimos, o setlist foi:

Joss Stone, musa
1. You Had Me 
2. Super Duper Love 
3. Molly Town 
4. The Love We Had (A cappella) 
5. Wake Up 
6. Could Have Been You 
7. Star 
8. Love Me 
9. Music/Jet Leg 
10. Stuck On You 
11. I Put A Spell On You (cover do Screamin’ Jay Hawkins)
12. The Answer 
13. Karma 
14. Harry's Symphony (England) 
15. Fell in Love with a Boy - tem vídeo
16. Right to Be Wrong (bis)
17. Landlord (bis)
18. Some Kind of Wonderful (cover do Soul Brothers Six) (bis)

E foi isso, pelo trânsito, perdemos as duas maiores pedradas ou as duas músicas mais famosas dela. 'You Had Me' e 'Super Duper Love' são as músicas mais pop dela e quando a vi pela primeira vez, ela também as usou para abrir a pista lá em cima.

Joss Stone, espetáculo
Cheguei já em 'Molly Town', dançando devagarzinho. Casa cheia, achamos uma clareira ao lado direito do palco, ao fundo e perto do bar. Local perfeito! :)

Foi um show bem mais tranquilo do que o primeiro que vi. Menos dançante, mais soul. Mas com muita, muita mesmo, interação com a platéia. Ela agradecia a todo final de música e como bem observado pela minha quase esposa, falando "Obrigada!", acertando o gênero, o que é raro. Rs Conversou muito com o público, atendendo a diversos pedidos de música (umas tocadas do início ao fim, outras com apenas partes a capella). Esbanjou charme e simpatia. Ganhou mais alguns fans.

Em 'Right to Be Wrong' ela falou tanto, que começou a bater papo com o público, começou a falar de caipirinha e quase esqueceu de finalizar a música. Em 'Fell in Love with a Boy', o baixo que acompanha a cantora mostrou que a banda também é muito boa e deixaram isso claro na música final, para dançar segundo a Joss Stone, fazendo uma versão muito boa de 'Some Kind of Worndeful'.

Minha impressão da primeira apresentação fica: delícia de som, gostoso de dançar. Show calmo, mas ainda assim animado. Não foi ainda? Vá ver. Se não pelo som, pela Joss Stone.

quarta-feira, 11 de março de 2015

The Sonics - 05/03/2015

Começando um período carregado de shows, muitos deles trazidos pelo Lollapalooza, fui conferir o The Sonics, depois de uma certa confusão. Fazendo a agenda de shows do blog, vi o show do The Sonics e confesso que na minha cabeça pensei: "deve ser alguma banda nova indie", pois de verdade, para mim este The Sonics que veio já tinha parado há tempos. Graças a um casal de amigos bastante rock and roll, fui avisado que não.

The Sonics
A banda, formada no início dos anos 60, foi pioneira tocando o chamado estilo garage rock, que influenciou o punk rock, tempos depois. E ver a banda, ainda com alguns integrantes da formação original, seus cabelos brancos, no caso de Gerry Roslie, óculos na ponta do nariz para ler partituras no teclado, é estranho. Por que? Porque o peso do som e as vozes rasgadas continuam quase as mesmas depois de tanto tempo. Alguma coisa se perdeu, mas no geral, a banda é tão pesada quanto antes.

A ida ao show foi minha primeira na Audio Club, que já vem levando muitos shows para lá recentemente. Apesar da cerveja caríssima (R$ 10,00 pela lata de Skol) e do som (detalho logo mais), a casa tem um bom espaço, boa circulação e é boa para ver shows. A solução do cartão para quem quer consumir, podendo carregar créditos pelo próprio celular, sem a necessidade de pegar fila, achei muito prática.

Sobre o som, a qualidade do som da casa é ótima. Equipamentos de primeira. Mas o volume é alto demais! Nunca achei que fosse reclamar disso na vida. Mas chega uma hora que você perde determinados tons das músicas, de tão alto que está e no final, incomoda os ouvidos. E de tão alto, o som captado pela câmera quando fiz os vídeos, distorce.

Mas vamos ao show! A casa lotou, para a minha surpresa, de muita gente jovem. Achei que fossem ser só os coroas. E que jovens! Gente muito estilosa.

Curitibano Chucrobillyman e seu rock tosqueira
Show marcado para as 22:30, que teve abertura do Chucrobillyman, começou super atrasado. As 22:30 ainda tocava uma dupla de DJ's e logo depois entrou o artista curitibano, com seu rock and roll tosqueira, tocando um violão com captação distorcendo o som e os pés marcando chimbal, caixa e bumbo. Alto que doía e dificultava entender o que estava rolando ali, mas bem interessante e divertido. Depois ainda tivemos João Gordo, para o The Sonics entrar no palco após a meia noite.

Foram cerca de uma hora e quinze minutos de show, de rock rasgado e gritado. Mas com grande ícones do rock and roll. O setlist foi:

1. Cinderella 
2. Shot Down 
3. He's Waitin' 
4. Dirty Robber (cover do The Wailers)
5. Have Love, Will Travel (cover do Richard Berry)
6. Sugaree 
7. You've Got Your Head on Backwards - tem vídeo
8. Be A Woman 
9. I Got Your Number (666) 
10. Keep a Knockin' (cover do Little Richard)
11. Bad Betty 
12. Boss Hoss 
13. Hey Mamma Look At Little Sister 
14. Money (That's What I Want) (cover do Barrett Strong)
15. Louie Louie (cover do Richard Berry) - tem vídeo
16. Psycho 
17. I Don't Need No Doctor (bis) 
18. Strychnine (bis)
19. The Witch (bis)

Gerry Roslie, seus cabelos brancos e seu óculos
na ponta do nariz
O início com 'Cinderella', 'Shot Down' e 'He's Waiting' deu o tom do show e botou os estilosos todos para dançar. Com dois covers, a banda incendiou a galera, principalmente com 'Have Love, Will Travel'. E a coisa rolou com interações entre banda e platéia (nem sempre compreensível pelo volume do som) e muita guitarra distorcida e voz rasgada.

Algumas novas músicas rolaram, mas o que tirou o pó do povo foram mesmo os covers, como 'Keep a Knockin', 'Money' e principalmente 'Louie Louie', como dá pra ver no vídeo do fim do post.

O bis só complementou uma apresentação ou mais uma, de um grupo que mostra que idade não tem nada a ver com qualidade musical e atitude. Show curto, mas grande em qualidade! Uma aula para todos nós que lá estávamos e cansativo para quem queria ir ver o Ministry no dia seguinte (pois é, eu não aguentei).

E que muitos outros ainda tenham a oportunidade de ver estes caras tocando. Para que possam ver do que estou falando, seguem os vídeos.

You've Got Your Head on Backwards


Louie Louie

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Foo Fighters - 25/01/2015

Sonic Highways
Em 2014 eu escrevi aqui sobre o grande trabalho feito pelo Foo Fighters, mais especificamente pelo líder da banda, Dave Grohl, no lançamento do seu novo disco, Sonic Highways.

Pois bem, a turnê dos caras chegou no Brasil e eu fui conferir. Depois de comprar os ingressos para o show do dia 23/01 em São Paulo e lembrar que tinha um casamento no mesmo dia (não só tinha, como iria celebrar a cerimônia), fiz duas pessoas que não tinham comprado ingresso para o show felizes e comprei outros dois ingressos para o show do Rio de Janeiro e passagens também.

Depois de enfrentar um voo cheio de ressaca no sábado, no domingo nos encaminhamos ao show de metrô. E viva o Rio de Janeiro por isso. Em São Paulo, mesmo que se vá de metrô a algum dos lugares onde se faz show, é necessária alguma caminhada. Ida super tranquila (volta também), entrada com pouca fila, mas com o sistema do Mastercard LiveShow totalmente fora do ar. Tive de configurar meu email no meu celular reserva que estava levando, achar o email da compra e apresentar. Entramos com um voucher escrito a mão na hora por alguém da organização. E o sistema que era para facilitar a vida das pessoas, estava dificultando e muito.

Como comprei os ingressos com as vendas já iniciadas, comprei o que deu: cadeiras Maracanã Mais. Ao chegar, você entra por um espaço com ar condicionado, banheiros limpos e um bar exclusivo (que tinha uma fila monstruosa). Depois sai e chega nas cadeiras e conseguimos dois assentos laterais ao palco, mas com volume bom e boa visão. O que foi ótimo, uma vez que vimos dois shows e o segundo, do Foo Fighters, sendo bem longo (deu para descansar entre uma música e outra). Outro motivo para agradecer a cadeira, é porque nunca havia visto uma pista VIP tão grande e de verdade, isso é uma falta de respeito por quem compra pista e chega tão cedo para tentar ver o palco de perto. Mesmo na grade, era muito longe. Sorte que o palco tinha um tentáculo que ia até a pista normal e que foi bastante usado pelo Dave Grohl.

Kaiser Chiefs
Ao chegar, percebemos que perdemos o primeiro show de abertura com os Raimundos, mas chegamos bem na primeira música e maior hit dos Kaiser Chiefs, que fizeram um show bem animado (graças ao vocalista Ricky Wilson e sua energia), mas que estava distante do público (a não ser a pista VIP) por limitações do equipamento e porque a galera estava a fim de ir ao principal show da noite. O setlist foi:

1. Everyday I Love You Less and Less 
2. Everything Is Average Nowadays 
3. Ruffians on Parade 
4. Never Miss a Beat 
5. Coming Home (tem vídeo)
6. The Angry Mob 
7. Bows & Arrows 
8. Ruby 
9. I Predict a Riot 
10. Misery Company 
11. Oh My God 

Ricky Wilson, vocalista do Kaiser Chiefs


Foi um bom show, animando a galera toda, mas apenas nos hits da banda, já que quem estava lá não era necessariamente um fã dos caras. 'Everyday I Love You Less and Less', 'The Angry Mob', 'Coming Home' (vídeo abaixo) 'Ruby', 'I Predict a Riot' e o final com 'Oh My God' fizeram a galera cantar. Eu já vi show deles em outros festivais e sei que eles podem fazer melhor se tiverem a platéia ao seu lado. E parabéns para o Ricky Wilson uma vez mais, pois ele faz todo mundo gostar da banda.


Mas a ideia ali era ver o Foo Fighters que entrou no palco 5 minutos após o horário anunciado. Ok, já vimos casos piores. Podia até atrasar mais! Rs E como de bobo Dave Grohl não tem nada, a banda já começa o show com o primeiro single do novo álbum 'Something from Nothing' (vídeo abaixo), já trazendo todo mundo junto. O setlist foi:

1. Something From Nothing - tem vídeo
2. The Pretender 
3. Learn to Fly 
Foo Fighters
4. Breakout  - tem vídeo (parte da música)
5. Arlandria 
6. My Hero 
7. Big Me - tem vídeo (parte da música) 
8. Congregation 
9. Walk 
10. Cold Day in the Sun 
11. In the Clear 
12. This Is a Call 
13. Monkey Wrench 
14. Skin and Bones 
15. Wheels 
16. Times Like These - tem vídeo 
17. Detroit Rock City (cover do KISS)
18. Tom Sawyer (cover do Rush cover)
19. Stay With Me (cover do The Faces)
20. Under Pressure (cover do Queen & David Bowie)
21. All My Life 
22. Best of You 
23. Everlong


Dave Grohl e Rami Jaffee

Passada a primeira música e a catarse, 'The Pretender' foi aquela pedrada para deixar todo mundo ainda no mesmo nível e se 'Learn To Fly' não tem a mesma pegada, por ser uma música mais conhecida e apreciada que as duas primeiras, fez um ótimo trabalho em manter a energia. 'Breakout' (vídeo do final da música abaixo) continua sendo a música que mais põe todo mundo pulando ao mesmo tempo, não importa o tamanho da multidão. Foi especial... de novo, afinal este foi meu 5o show da banda e na boa, quando tiver o 6o, eu vou de novo.


'Arlandria' e 'My Hero' baixam um pouco a excitação, mas não deixam a galera dispersar, isto é, ainda todo mundo cantando junto. 'Big Me', tocada bem lentinha (vídeo abaixo do final da música), deu um ar romântico ao estádio, com luzes por todos os lados e foi o primeiro ponto calmo do show. 'Congregation' manteve a calma, pois por ser uma música do disco novo e não um dos primeiros singles, nem todos conheciam ainda, mas é uma bela música. 'Walk', do penúltimo disco Wasting Light, que não vendeu tanto, trouxe os fãs que gostam de algo mais baladinha rock and roll.


Seguimos com as declarações habituais de amor entre Dave e o baterista Taylor Hawkings, levando ao que já era esperado, a música 'Cold Day in the Sun', cantada pelo baterista (que claramente estava sem fôlego no momento já. Mas vá! Cantar e tocar bateria não é para qualquer um!). 'In The Clear', mais uma música do disco novo, com a galera mais observando, terminou uma sessão mais tranquila da apresentacão. Música pesada, mas tranquila.

Dave Grohl
Antes de reduzir o andamento, mais uma porradaria na sequência com 'This is a Call' e 'Monkey Wrench', que pessoalmente, acho uma das melhores músicas dos caras.

Aí o Dave (já estávamos íntimos neste momento), deixa a banda descansar, anda um tentáculo do palco que passa toda a área VIP e vai cantar para a pista normal, só com a guitarra, mandando 'Skin and Bones' (com participando do tecladista, Rami Jaffee tocando um arcodeão) e depois 'Wheels', uma música estranha, que saiu como single entre álbuns, mas que teve participação massiva da platéia  cantando em coro nos refrões.

Com 'Times Like These' (vídeo abaixo) foi aberta a temporada de loucuras no show, com a música começando só com o Dave na guitarra e depois continuando com a banda inteira em um mini palco montado no meio da galera. Pela proximidade a energia voltou a subir, mas os covers, que segundo eles inspiraram a banda enquanto músicos, acabaram com todos, inclusive comigo. Sério, a vontade era de chorar! Era de cantar, arrepiado, olhando pro céu azul na abertura do estádio e agradecer por estar ali.


Foo Fighters no mini palco no meio do público
'Detroit Rock City' do Kiss, 'Tom Sawyer' do Rush, 'Stay With Me' do The Faces e por último, mas seguramente não menos importante, 'Under Pressure' do Queen com o camaleão David Bowie, com Dave e o Taylor se revezando nos vocais. Foi brilhante! Foi emocionante! Foi FODA! Já não é muito comum você ter a oportunidade de ver estas músicas ao vivo, ainda mais com uma banda deste nível. Mas atenção que em abril o Kiss toca no Brasil! Pelo menos isso! Já falei que foi FODA?

Eis que eles voltam ao palco normal. E somos todos convocados a começar o show de novo. E foi mais ou menos o que aconteceu com 'All My Life', com todo mundo pulando muito e gritando muito, tudo de novo! Um dos grandes sucessos da banda (não uma das preferidas pra mim), 'Best of You', anunciou o fim próximo do show e com 'Everlong', uma das coisas mais brilhantes que conheço em termos de vídeo clip e uma belíssima música, o show terminou.

Este show merece alguns comentários! Tem horas que as músicas nunca terminando para ter um solo no meio e depois terminar, enche o saco, mas... é algo que seguramente tem muito ensaio e que ajuda os caras a ficarem duas horas e meia no palco (em São Paulo foram três horas).

A banda atingiu seu ápice com três guitarras, baixo, bateria e teclado. O som é cheio, pesado, uma barulheira as vezes, mas é bom demais. E o que falar sobre Dave Grohl? Neste momento, na minha opinião, o maior show man em ação capaz de levantar estádios inteiros. Toca, grita, canta, era do Nirvana e é um cara super carismático. Merece todo o sucesso até aqui. Seguramente! 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Brand New Heavies - 22/01/2015

Em primeiro lugar, feliz ano novo e um ano de muita música para nós! :)

The Brand New Heavies
Em segundo lugar, vou dizer uma coisa: inglês é um bicho estranho. Junta um bando de branquelo, faz um som de negão bom para caramba e com umas figuras que parecem que estão totalmente fora daquele contexto. Assim é a aparência do Brand New Heavies.

Formada em 1985 na Inglaterra, a banda tem 3 membros fundadores ainda em atividade, fazendo aquela cozinha perfeita e azeitada: Jan Kincaid na bateria e vocais, Simon Bartholomew na guitarra e alguns vocais (o showman da banda e que poderia facilmente ser confundido com o guitarrista de uma banda de new wave of british heavy metal ou ainda como um integrante do Oasis. Definitivamente, seu look fica bastante distante de um cara que faz um swing daqueles) e Andrew Levy (baixo e unico negão dos três). Juntos eles quebram tudo, com um acid jazz bem swingado   acompanhados de teclado, percurssão e dois metais põe a casa abaixo.

Nos vocais entre várias mulheres pelas quais ali já passaram, com destaque para N'Dea Davenport que ficou 13 anos na banda, quem nos prestigiou com um show de simpatia e energia foi Dawn Joseph, que ficou responsável pelos vocais da banda nos últimos álbuns (Forward - 2013 e Sweet Freak - 2014).

Simon Bartholomew (guitarrista fora do contexto! Rs)
O show começou com uma hora de atraso da hora marcada. Se por um lado ruim por ser uma quinta e ainda termos um dia útil pela frente, por outro sensacional para dançar com os hits old school (e alguns já mais novos) da black music do DJ Crizz. E menção honrosa como sempre para o Bourbon Street, por ser um ótimo lugar para ver música ao vivo.

A banda começou mesmo com 'Back to Love' e deixou claro uma coisa que só tinha visto em vídeos dos caras: ao vivo, a rotação dos sons é bem mais rápida; mais dançante; mais empolgante. E a vocalista já chegou mandando todo mundo pular e tirar a roupa que fosse necessária para ficar confortável (porque não nu?).

Mais duas pedradas com 'Midnight at the Oasis' e 'Dream On Dreamer' e o ambiente do show estava montado. Idas e vindas dos álbuns mais novos que citei mais acima e de todos os clássicos antigos, os caras passam por 'Give Me One of Those' (com vídeo mais abaixo) e fazem uma pequena e hipnótica jam session no palco. Importante que as músicas do disco novo fizeram sucesso com o público e não deixaram a energia cair. Depois de tirar minhas fotos e fazer meus vídeos, guardei a câmera e dancei direto. Não tem balada! É para quem gosta de festa, de dançar, de se divertir! PARTY PEOPLE!

Dawn Joseph (vocalista e show de simpatia e energia)
Antes do bis, um momento que para mim foi inesquecível, pois havia muito tempo que não ouvia a música, mas quando eles tocaram 'You Are the Universe' foi para pular e cantar do fundo do pulmão. Com uma dó no coração, mas pelo adiantar da hora, nós (eu e a namorada), assim como muita gente, partimos antes do bis e enquanto esperava o carro, ouvindo lá de fora, queria voltar.

Não me canso de repetir que shows que te fazem dançar assim deviam rolar no mínimo uma vez por mês. Não há malhação melhor e nem momento que você sorria mais, claro, que sempre acompanhado de uma ótima companhia para estes momentos! :)

E 2015 não podia ter começado melhor "showzisticamente" falando. Que venha Foo Fighters (com abertura de Raimundos e Kaiser Chiefs) e o Lollapalooza já comprados. Que se confirmem as vindas de AC/DC e Rolling Stones! Amém!

E como sempre, ficam os vídeos para curtir!

- Heaven


- Give Me One of Those


- Sunlight