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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Samsung Blues Festival - 18/06/2015

Mais uma gentileza e lá fomos nós como convidados a mais um show, isto é, neste caso, uma série de shows do segundo dia do Samsung Blues Festival. E bem no dia que eu mais queria ver do festival. Dia de ver ao vivo Jimmie Vaughan e George Benson, respectivamente os shows de 321 e 322 da vida.

Jimmie Vaughan mais pelo irmão, Stevie Ray Vaughan, uma lenda que infelizmente já não está mais entre nós. Foram tantos tributos vistos com o irmão tocando, que apesar de não ser fã, significa algo vê-lo ao vivo.

George Benson no Samsung Blues Festival
George Benson já era ídolo deste que vos escreve desde muito moleque. Meu vício por música e por eventos de música ao vivo e minha idolatria ao festival Rock in Rio vem das fitas VHS da primeira edição do evento, em 1985. Eu, uma mini pessoa, vi e revi aquelas fitas muitas e muitas vezes. Virei fã de Al Jareau, AC/DC, Scorpions, White Snake, James Taylor, Queen, Iron Maiden, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, entre outros, assim como também fiquei das propagandas da cerveja Malt 90, das camisas US Top, do desodorante Playboy, entre outras marcas que apoiavam o festival na época. George Benson, botando todo mundo para pular com sua 'Broadway' também marcou minha memória auditiva e 30 anos depois, finalmente tive chance de matar essa curiosidade e finalmente "conhecê-lo" pessoalmente.

São Paulo, dia de semana, HSBC Brasil, que não é tão perto. Chegamos super atrasado para os shows. Com lugares marcados em uma mesa, logo nos sentamos para curtir o final do show de Jimmie Vaughan, pois o show do Ari Borger (pianista) já não tinha esperança em chegar para ver. Sentei e fiquei ali vendo, entendendo um pouco da banda e vendo a forma de tocar do Jimmie Vaughan, que é bem feia, em minha humilde opinião. Fiquei tão entretido, que o final do show passou voando, o show acabou e eu não tirei nenhuma foto e nem gravei nenhuma música.

O pouco que vi foi divertido. Blues para cima, com uma baita banda, mas sem muita intervenção do guitarrista principal, fazendo só uma firula aqui, outra ali. Nada de gênio, mas valeu a experiência.

George Benson
No final, foi bom, pois chegamos para ver a estrela da noite, George Benson e toda sua incrível banda. O show começou com duas músicas instrumentais e o timbre delicioso da guitarra do mestre. Banda vindo forte também com dois teclados/pianos, um deles comandado pelo diretor musical do grupo, uma guitarra base super suingada, uma percussão comandada por uma mina estilosa, em seu vestido brilhante, salto alto e uma voz potente, um baterista de Chicago super preciso e por último, mas não menos importante, muito pelo contrário, um baixista muito bom. A menção especial ao baixista não vem só pela suas escalas super rápidas, mas por sua animação no palco, mesmo nas músicas românticas, dançando muito! O figura da noite!

Na terceira música temos a chance de ouvir que a voz do mestre continua perfeita e característica. Logo vem 'Nothing's Gonna Change', lembrando a rádio Alpha FM ou quem sabe a Antena 1. Tipo aquilo que seu pai ouvia e agora que você está ficando velho, ouve também. Delícia, brega para alguns, mas quem não canta junto?

Aí vem 'Turn Your Love Around', primeiro clássico mais dançante do George Benson tocado na noite e a platéia, ainda sentada, dança na cadeira, bate palma e canta o refrão, como se estivesse em uma discoteca. Sim, discoteca! Mais umas músicas românticas, instrumentais. Show da voz da percussionista em uma versão de uma música da Norah Jones e depois em um rápido dueto com Mr. Benson. Até que o baixista manda todo mundo levantar e vem 'Give Me The Night'. Quão fortes são aquelas duas notinhas na guitarra? Sensacional! Todo mundo já dançando. E vem o bis.

O bis trouxe mais três músicas, mas todo mundo esperava a última. 'On Broadway' veio igual a quando George Benson a gravou em 1978. Espetáculo! Uma voz inconfundível, solo de guitarra, solo de voz e um clássico, ali, na nossa frente, ao vivo. Que benção!

Neste show realizei não só um sonho de ver George Benson ao vivo, mas tive a chance de vê-lo tocando sua guitarra, enquanto canta as notas. Muitos fazem isso, mas não sei porque vê-lo fazendo isso é ainda mais especial. Seguimos assim, antes tarde do que nunca. Longa vida aos clássicos da música mundial.

Tentei! Juro que tentei gravar as músicas mais famosas. Mas além de começá-las rápido, depois delas começadas eu queria curtir e não gravar. Então fica assim, 'At the Mambo Inn' que tem de tudo um pouco: o instrumental, o solo de guitarra, a voz e o solo cantado. Can't get much better than that!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013 - Final de Semana I

Eu vacilei e não consegui comprar ingresso para nenhum dia do Rock in Rio de 2013. E se eu der qualquer vacilo deste de novo, pode me bater. De qualquer forma comprei 6 ingressos que me permitirão ver em São Paulo pelo menos 8 shows que estarão no Rock in Rio. Menos mal, mas tá doendo ver aquela animação toda na TV.

E não adianta, festival é cansativo, mas tem uma energia boa demais. Ainda mais o Rock in Rio, que é um festival daqui, que tem uma história. Aprendi a gostar de música vendo a versão de 85 em VHS e até hoje me emociono quando o hino do festival toca.

Não vi tudo, mas queria deixar aqui meus comentários sobre o que vi. Mas antes, queria deixar minha opinião sobre os comentários que aparecem toda edição do Rock in Rio, dizendo que o festival deveria ser chamado Pop in Rio, por causa das suas atrações. Cara, nenhum Rock in Rio foi 100% rock. A edição de 1985 teve Baby Consuelo, Ney Matogrosso, Al Jarreau, George Benson, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Ivan Lins, Alceu Valença e Moraes Moreira, como exemplos de que o festival tinha uma veia bem com pop, jazz e MPB também, além de rock. Em 1991, no Maracanã também teve Moraes Moreira, Alceu Valença e Elba Ramalho, além de New Kids on the Block, Jimmy Cliff e Prince. Nunca houve uma única edição sem outros estilos além do rock. Pode-se argumentar que em 1985 a distância entre os estilos era bem menor, mas o fato é: o festival nunca foi só rock. Ponto!

Vintage Trouble
Mas indo ao que interessa, vamos de impressões. Na 6a feira, 13 de setembro, o primeiro show que vi pela TV foi o da banda Vintage Trouble, que tocou com a Jesuton, mas não vi a jam. Não conhecia e valeu a pena. Rock and roll old style, divertido, botando todo mundo para dançar. A melhor surpresa do festival até aqui para mim.

Depois vi Selah Sue e Maria Rita. Além dois shows chatos, perderam a chance de fazer algo diferente. Cada um tocou seu show e depois de juntaram em uma música, mal ensaiada por sinal. Perda de tempo.

O show de homenagem ao Cazuza, chamado de "Cazuza - O Poeta Está Vivo", na minha opinião, foi pavoroso. É clássico e não se mexe em clássico, a não ser que seja para fazer algo melhor. Os arranjos ficaram muito ruins e as interpretações da Maria Gadú e da Bebel Gilberto, sofríveis, fora de contexto. Palmas para Ney Matogrosso e as belas interpretações que fez e para o original tocado pelo Barão Vermelho.

Living Colour e Angélique Kidjo
Living Colour (show que verei em São Paulo esta terça, 17 de setembro, no Bourbon Street) foi, como sempre, demais! Óbvio que aqui existe um gosto pessoal, mas palco lotado e show impecável. Além disso, a dobradinha com a Angélique Kidjo foi sensacional, inclusive cantando 'Love Rears It's Ugly Head". Muito boa junção.

Nossa maior estrela da música pop, Ivete Sangalo, entrou e quebrou tudo como de costume. Não gosto do tipo de música dela, mas é impossível não reparar na forma como ela domina a platéia com seu repertório e seu jeito divertido. Segurou e bem a imagem do Brasil antes da Beyoncé (eu já vi a Beyoncé no Brasil, com abertura da Ivete Sangalo e fica ruim pra gringa botar a galera para pular depois da baiana).

Do David Guetta só vi um vídeo depois dele tocando 'Titanium' e o festival virou uma balada a céu aberto. Mas neste vídeo reparei que estava tudo gravado já e ele, enquanto DJ, quase nada fazia. Me perguntei se ele não estava lá tocando CD's e curtindo uma festinha. Eu curto ver o DJ trabalhar e montar os arranjos na hora, mesmo já sabendo que arranjos são estes.

Beyoncé
A estrela da 1a noite, Beyoncé, terminou a programação do dia com uma bela performance, 100% coreografada. Não curto toda dança ter de ser sexy e nem curto a falta de improviso, mas o espetáculo é muito bom, ensaiado e a banda feminina dela, continua muito afiada. Um ótimo show de música. A finalização com 'Aaaaaaah Le Lek Lek Lek', mesmo pra quem não curte funk, foi para arrebatar a platéia de vez.

Na 2a noite só ouvi falar que o 30 Seconds to Mars forçou e consegui uma grande empatia com o público, inclusive com o Jared Leto pulando da tirolesa. Vi um vídeo de Saints of Valory e me pareceu chato e chupado do Coldplay. Vi quase nada do Offspring, mas parecia estar divertido. A participação de Marky Ramone na bateria foi legal, mas com o Dexter Holland (vocal do Offspring) lendo e ainda assim errando toda a letra, ficou feio. Quem é líder de uma banda de punk rock e não sabe como uma música do Ramones vai? Matou um momento que deveria ter sido memorável.

Florence and the Machine me pareceu um show que eu acharia chato ver ao vivo num festival, mas a energia da dona Florence e a forma como ela canta, faz a apresentação ser bem forte e de uma troca de energia intensa com o público.

Muse
O principal show da noite, do Muse, foi brilhante. Rock bem tocado (3 integrantes e um músico contratado), criativo, performático e o Matthew Bellamy (vocalista) tem uma extensão vocal impressionante. A reação do público foi de matar de inveja quem ficou em casa, como eu.

Na 3a noite do festival e última do 1o final de semana, a primeira coisa que vi foi Jota Quest e a única coisa que me pergunto é: como uma banda que parecia que iria ser uma das melhores do Brasil se perdeu tanto? Tanta coisa ruim e brega que dói. Na sequência consegui ver pelo menos 'On Broadway', com George Benson e Ivan Lins, numa dobradinha que veio do Rock in Rio I e que pelo visto, continua com a mesma qualidade. Que som!

Alicia Keys
Jessie J não sabe se toca R&B, pop ou uma fusão de tudo. Uma atitude com o público surpreendente, ótimo vocal e disposição. Mas falta mais de espetáculo ali, acho eu, além de um figurinista (comentário meio feminino, eu sei, mas foi foda). Já a Alicia Keys poderia, além de fazer um bom uso de um figurinista também, pois parecia uma mulher fruta, voltar ao piano e a música. Ela sensualizando, dançando com bailarinos e tocando menos, não fez minha cabeça. As músicas e a qualidade da banda, do vocal e do piano da moça não precisam de comentários, mas acho que ela mais perdeu do que ganhou nessa nova pegada diva pop.

Para finalizar este gigantesco post, Justin Timberlake. E me desculpem aqueles que não respeitam o pop, mas o cara é foda! Presença de palco, canta e dança bem. As músicas são boas! Mas o que mais me chamou a atenção foi a banda do cara. Além de competente, os Tennessee Kids todos parecem estar se divertindo bastante, o que é sempre um prazer ver. Cenário simples, deixando a atenção focada toda no espetáculo musical. Única coisa que talvez não tenha curtido, é que de tão ensaiado, assim como a Beyoncé, achei que houve pouca margem para improviso e maior interação próxima ao público. Mas fora isso, apresentação perfeita.

Como resultado destes 3 primeiros dias, acredito de verdade que ficou, para a maioria dos artistas, a emoção do público. Muitos pareceram verdadeiramente emocionados e de fato o público deu show a parte no festival. O negócio é fazer valer esta fama de melhor lugar do mundo para se dar show (concorrência forte com México e Argentina).

Amanhã eu começo a minha maratona de shows em São Paulo e poderei acompanhar pouco o Rock in Rio, mas semana que vem publico mais um texto com as minhas impressões, se é que alguém se importa.

E para quem não viu, abaixo o show completo do Justin Timberlake.