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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Rock in Rio 2017 - Final de Semana 1

Já virou tradição não ir ao Rock in Rio, mas acompanhá-lo pela TV. E só para não deixar passar em branco, queria registrar aqui as minhas impressões sobre os shows que pude ver.


Dia 15/09
- SG Lewis: um show morno, tanto pela banda, como pelo público que ainda chegava na Cidade do Rock. A vocação de produtor explicar o apelo mais pela música eletrônica, apesar de vários arranjos e alguns bons vocais. Achei chatinho para abrir um festival.

- Céu e Boogarins: a Céu tem um estilo todo próprio e encaixou perfeitamente com o Boogarins. Certamente seria um show mais lento, mas no meu ver, ainda infinitamente mais interessante que o show anterior. Mais musical e rico.

- Fernanda Abreu: o tempo esqueceu de passar para ela. Com disco novo, com algumas coisas interessantes, fez aquele show swingado com a Focus Cia de Dança e o Dream Team do Passinho. Mas honestamente, o som podia ser bem melhor. Falta preencher algo ali. Mas com todos os sucesso dela, deu para dançar e se divertir.

- Ivete Sangalo: é uma diva, cheia de hits, cheia de energia e um astral daqueles. Belo show. Mas desculpa, não sou de idolatrar gringo, mas com uma banda enorme dessas, cheia de músicos excelentes, o som parece que ainda falta algo. É verdade que a equalização do som do Multishow não ajudava muito (o que vale também para a Fernanda Abreu), mas se não foi isso, para o meu gosto, ainda dá para melhorar a qualidade dos arranjos. Precisamos aprender muito ainda em arranjos e produção com os gringos, infelizmente. Mas em termos de riqueza musical e energia, não teve para ninguém. Ela quebrou tudo!

- 5 Seconds of Summer: fiquei feliz pelos moleques em cima do palco quebrando tudo. Mas parou aí. A única coisa que consegui reparar no show foi o plágio a 'Hungry Like the Wolf' do Duran Duran na segunda música. Pop adolescente não é comigo.

- Pet Shop Boys: quantos clássicos tem uma banda? Um show inteiro no caso dos caras. Apesar da presença de palco ser quase nula, foi um baita show pelos clássicos da banda, tocados como as versões originais. Foi bem divertido.

- Maroon 5: começou cheio de hits, mas o tal Adam já não atingia nenhuma nota original. Isto é, pegou algumas das músicas mais famosas, tirou um pouco da energia e para mim, matou parte do show. De resto meio sem graça, sem energia, sem vibe. Meio qualquer nota.

Dia 16/09
- Shawn Mendes: o menino tem talento e uma legião de fãs. Não é meu estilo favorito, mas deu para ver uma qualidade ali.

- Maroon 5: de novo, a mesma coisa.

Dia 17/09
- Nile Rodgers & Chic: para mim, o melhor show do festival até aqui. Cheio de hits, baita qualidade musical, público junto. Demais. Nile Rodgers é um daqueles caras que sabe tudo, mas não tá no foco o tempo todo. Para mim, era show para o palco mundo.

- Walk The Moon: sério, que coisa chata!

- Alicia Keys: linda, carismática, canta muito, toca muito. Show lindo, inspirador. Merece todos os aplausos e mais alguns. Simpatia em pessoa, deu abertura para a causa indígena, para a música e dança brasileira em sua apresentação. De tirar o chapéu.

- Justin Timberlake: o show que eu queria mesmo ver neste Rock in Rio. Primeiro, que banda é aquela? Foda! E é aí, que felizmente ou infelizmente, eu comparo as bandas brasileiras. Tudo bem que a banda era enorme, mas o som que eles produzem é cheio, interessante, swingado e por aí vai. O Brasil descobrir como fazer isso na sua música pop. Justin, além de um repertório muito bom, tem carisma e é um baita artista. Eu gosto do som dele, sem vergonha nenhuma. Música boa de ouvir e dançar, além da presença de palco, dança, interação com público e banda. Parece que ele sabe bem escolher os produtores com quem trabalha. Uma pena não ter visto ao vivo e que ele não tenha feito nenhum show extra em São Paulo.

É isso. O segundo final de semana vou perder para ver o The Cult e o The Who em São Paulo e o Stevie Wonder em New York. Foi mal! :)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013 - Final de Semana I

Eu vacilei e não consegui comprar ingresso para nenhum dia do Rock in Rio de 2013. E se eu der qualquer vacilo deste de novo, pode me bater. De qualquer forma comprei 6 ingressos que me permitirão ver em São Paulo pelo menos 8 shows que estarão no Rock in Rio. Menos mal, mas tá doendo ver aquela animação toda na TV.

E não adianta, festival é cansativo, mas tem uma energia boa demais. Ainda mais o Rock in Rio, que é um festival daqui, que tem uma história. Aprendi a gostar de música vendo a versão de 85 em VHS e até hoje me emociono quando o hino do festival toca.

Não vi tudo, mas queria deixar aqui meus comentários sobre o que vi. Mas antes, queria deixar minha opinião sobre os comentários que aparecem toda edição do Rock in Rio, dizendo que o festival deveria ser chamado Pop in Rio, por causa das suas atrações. Cara, nenhum Rock in Rio foi 100% rock. A edição de 1985 teve Baby Consuelo, Ney Matogrosso, Al Jarreau, George Benson, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Ivan Lins, Alceu Valença e Moraes Moreira, como exemplos de que o festival tinha uma veia bem com pop, jazz e MPB também, além de rock. Em 1991, no Maracanã também teve Moraes Moreira, Alceu Valença e Elba Ramalho, além de New Kids on the Block, Jimmy Cliff e Prince. Nunca houve uma única edição sem outros estilos além do rock. Pode-se argumentar que em 1985 a distância entre os estilos era bem menor, mas o fato é: o festival nunca foi só rock. Ponto!

Vintage Trouble
Mas indo ao que interessa, vamos de impressões. Na 6a feira, 13 de setembro, o primeiro show que vi pela TV foi o da banda Vintage Trouble, que tocou com a Jesuton, mas não vi a jam. Não conhecia e valeu a pena. Rock and roll old style, divertido, botando todo mundo para dançar. A melhor surpresa do festival até aqui para mim.

Depois vi Selah Sue e Maria Rita. Além dois shows chatos, perderam a chance de fazer algo diferente. Cada um tocou seu show e depois de juntaram em uma música, mal ensaiada por sinal. Perda de tempo.

O show de homenagem ao Cazuza, chamado de "Cazuza - O Poeta Está Vivo", na minha opinião, foi pavoroso. É clássico e não se mexe em clássico, a não ser que seja para fazer algo melhor. Os arranjos ficaram muito ruins e as interpretações da Maria Gadú e da Bebel Gilberto, sofríveis, fora de contexto. Palmas para Ney Matogrosso e as belas interpretações que fez e para o original tocado pelo Barão Vermelho.

Living Colour e Angélique Kidjo
Living Colour (show que verei em São Paulo esta terça, 17 de setembro, no Bourbon Street) foi, como sempre, demais! Óbvio que aqui existe um gosto pessoal, mas palco lotado e show impecável. Além disso, a dobradinha com a Angélique Kidjo foi sensacional, inclusive cantando 'Love Rears It's Ugly Head". Muito boa junção.

Nossa maior estrela da música pop, Ivete Sangalo, entrou e quebrou tudo como de costume. Não gosto do tipo de música dela, mas é impossível não reparar na forma como ela domina a platéia com seu repertório e seu jeito divertido. Segurou e bem a imagem do Brasil antes da Beyoncé (eu já vi a Beyoncé no Brasil, com abertura da Ivete Sangalo e fica ruim pra gringa botar a galera para pular depois da baiana).

Do David Guetta só vi um vídeo depois dele tocando 'Titanium' e o festival virou uma balada a céu aberto. Mas neste vídeo reparei que estava tudo gravado já e ele, enquanto DJ, quase nada fazia. Me perguntei se ele não estava lá tocando CD's e curtindo uma festinha. Eu curto ver o DJ trabalhar e montar os arranjos na hora, mesmo já sabendo que arranjos são estes.

Beyoncé
A estrela da 1a noite, Beyoncé, terminou a programação do dia com uma bela performance, 100% coreografada. Não curto toda dança ter de ser sexy e nem curto a falta de improviso, mas o espetáculo é muito bom, ensaiado e a banda feminina dela, continua muito afiada. Um ótimo show de música. A finalização com 'Aaaaaaah Le Lek Lek Lek', mesmo pra quem não curte funk, foi para arrebatar a platéia de vez.

Na 2a noite só ouvi falar que o 30 Seconds to Mars forçou e consegui uma grande empatia com o público, inclusive com o Jared Leto pulando da tirolesa. Vi um vídeo de Saints of Valory e me pareceu chato e chupado do Coldplay. Vi quase nada do Offspring, mas parecia estar divertido. A participação de Marky Ramone na bateria foi legal, mas com o Dexter Holland (vocal do Offspring) lendo e ainda assim errando toda a letra, ficou feio. Quem é líder de uma banda de punk rock e não sabe como uma música do Ramones vai? Matou um momento que deveria ter sido memorável.

Florence and the Machine me pareceu um show que eu acharia chato ver ao vivo num festival, mas a energia da dona Florence e a forma como ela canta, faz a apresentação ser bem forte e de uma troca de energia intensa com o público.

Muse
O principal show da noite, do Muse, foi brilhante. Rock bem tocado (3 integrantes e um músico contratado), criativo, performático e o Matthew Bellamy (vocalista) tem uma extensão vocal impressionante. A reação do público foi de matar de inveja quem ficou em casa, como eu.

Na 3a noite do festival e última do 1o final de semana, a primeira coisa que vi foi Jota Quest e a única coisa que me pergunto é: como uma banda que parecia que iria ser uma das melhores do Brasil se perdeu tanto? Tanta coisa ruim e brega que dói. Na sequência consegui ver pelo menos 'On Broadway', com George Benson e Ivan Lins, numa dobradinha que veio do Rock in Rio I e que pelo visto, continua com a mesma qualidade. Que som!

Alicia Keys
Jessie J não sabe se toca R&B, pop ou uma fusão de tudo. Uma atitude com o público surpreendente, ótimo vocal e disposição. Mas falta mais de espetáculo ali, acho eu, além de um figurinista (comentário meio feminino, eu sei, mas foi foda). Já a Alicia Keys poderia, além de fazer um bom uso de um figurinista também, pois parecia uma mulher fruta, voltar ao piano e a música. Ela sensualizando, dançando com bailarinos e tocando menos, não fez minha cabeça. As músicas e a qualidade da banda, do vocal e do piano da moça não precisam de comentários, mas acho que ela mais perdeu do que ganhou nessa nova pegada diva pop.

Para finalizar este gigantesco post, Justin Timberlake. E me desculpem aqueles que não respeitam o pop, mas o cara é foda! Presença de palco, canta e dança bem. As músicas são boas! Mas o que mais me chamou a atenção foi a banda do cara. Além de competente, os Tennessee Kids todos parecem estar se divertindo bastante, o que é sempre um prazer ver. Cenário simples, deixando a atenção focada toda no espetáculo musical. Única coisa que talvez não tenha curtido, é que de tão ensaiado, assim como a Beyoncé, achei que houve pouca margem para improviso e maior interação próxima ao público. Mas fora isso, apresentação perfeita.

Como resultado destes 3 primeiros dias, acredito de verdade que ficou, para a maioria dos artistas, a emoção do público. Muitos pareceram verdadeiramente emocionados e de fato o público deu show a parte no festival. O negócio é fazer valer esta fama de melhor lugar do mundo para se dar show (concorrência forte com México e Argentina).

Amanhã eu começo a minha maratona de shows em São Paulo e poderei acompanhar pouco o Rock in Rio, mas semana que vem publico mais um texto com as minhas impressões, se é que alguém se importa.

E para quem não viu, abaixo o show completo do Justin Timberlake.