terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre Covers&Originais: Symptom of Universe - Black Sabbath (1975) e Sepultura (1996) por Zeca Dom


Voltando à carga já metendo o pé na porta: 'Symptom of Universe' do Black Sabbath e sua versão da banda brazuca Sepultura!

Black Sabbath, é uma banda muito conhecida por fãs de Rock e, especialmente, pelos fãs de Heavy Metal. Aliás, aquele grupo da cidade inglesa de Birmigham em 1968, tido como um dos "pais" deste estilo de música pesada, juntamente com os megadinossauros do Rock, Deep Purple e Led Zeppelin. Esta versão não é hegemônica, todavia, mas isto já é um outro artigo... o fato é que para muitos conhecedores, estas bandas vão apresentar os elementos característicos do Metal Pesado.

No caso específico do Sabbath, TUDO é referência para o Heavy Metal: as guitarras distorcidas e mais graves – "pesadas" – uma linha de baixo e bateria na mesma linha e andamento lento e, claro, o Ozzy Osbourne como vocalista, ou seja, uma das personificações do rock pesado.


                                 

Depois de alguns albúns realmente clássicos – Black Sabbath, Paranoid, Masters of Reality e o Black Sabbath vol. IV – e com o baixista Geezer Butler e Ozzy tomando LSD por dois anos seguidos, todos os dias, vem ao mundo o quinto álbum Sabotage (1975) com um de seus singles, 'Symptom of Universe'. Uma das grandes características deste álbum, e notável nesta composição foi a tendência ao experimentalismo de riffs e abordagens tendendo ao Rock Progressivo – então em alta. O que não significa que o som daquele álbum fosse leve: é possível observar diversas influências nas diversas variações futuras do Rock Pesado, fosse no apelo épico de 'Supertzar', ou melódico de 'Megalomania' ou mesmo elementos viriam a compor o Thrash Metal e Blues pesado na composição 'Symptom of Universe'.

Esta composição esta mergulhada no ácido lisérgico, como o título indica... mas os elementos de Thrash Metal são uma das grandes colaborações para o futuro do metal e particularmente para o grupo de Minas mais famoso do mundo, alguns anos depois: Sepultura.

Esta bem conhecida banda brasileira, com mais de 20 milhões de discos vendidos no mundo, tem um som característico e com grandes sacadas de originalidade dentro do Heavy Metal, especialmente nas suas variações mais brutais – Thrash Metal. Alcança, em minha opinião seu grande ponto de inflexão em Roots (1996) apresentando novas possibilidades no Metal associado ao peso dos sons indígenas brasileiros. À semelhança do Sabbath em 1975, Roots é igualmente experimental, sendo sem dúvida, um dos mais ousados álbuns de Metal de seu tempo.


A sua versão de 'Symptom of Universe' apresentada na versão brasileira daquele mesmo álbum, pode parecer num primeiro momento óbvia – pois TODAS  as bandas de Metal ouvem e tocam pelo menos uma vez na vida músicas do Sabbath – mas sua abordagem é tão original quanto o Roots: mais primal, com sons, tons e vocais mais agressivos, especificamente com o uso de triggers na bateria e afinações diferenciadas nas guitarras. E por último o Blues no final abrasileirado sem o vocal do Max Cavalera. Uma beleza!

Confere aí, ó:


Thesaurus:

Heavy metal: Grande termo agregador do chamado ‘rock pesado’, que na verdade passou a conter um grande número de variantes como o speed metal, o thrash metal, o black metal e outros: todos são metal.

Trigger: Recurso digital utilizado para modular sons de baterias, modificando assim sua sonoridade original. Dá uma conferida neste vídeo:

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