segunda-feira, 15 de junho de 2015

Extreme - 13/07/2015

O show do Extreme foi um show difícil de arranjar companhia. De quase todos aqueles que costumam me acompanhar a shows, alguns não podiam e outros não queriam ir. Como assim não quer ir? Clássico dos anos 90. Sim, meio farofa, eu sei. Mas o farofa tem o seu valor. Eu mesmo fiquei na dúvida se comprava para ir sozinho ou não. O bolso está apertado... E graças a gentileza de uma amiga dois ingressos me foram cedidos (pista VIP - eu não preciso de tanto) para que eu pudesse acompanhar o show e registrá-lo aqui. De posse de ingressos na mão, convite direto ao meu brother Rodrigo, que verdade seja dita, estava bem a fim de ir ao show...

Noite de sábado, chegamos ao HSBC. Belas surpresas os ingressos de pista VIP (uma vez mais, muito obrigado!) e o show de abertura do Richie Kotzen (eu já sabia que ele tocava, mas não conhecia o figura, pelo menos não de nome. O Rodrigo não sabia que ele ia tocar...).

O clima estava bom na casa e buscamos as fichas das cervejas da noite e partiu música. O local cheio de seres cabeludos e que não escondem que as madeixas são muito bem tratadas com condicionador e desembaraçadas na sequência. O lado metal glamour ainda existe e estava todo lá. Casa cheia para ver os shows da noite.

Richie Kotzen
A primeira música que ouvi inteira, ainda esperando a cerveja no bar, era conhecida: 'You Can't Save Me'. De verdade, na minha ignorância musical, eu achava que isso era Chris Cornell. E reparando no show do já não tão jovem assim cantor, percebi que o cabelo, barbicha e tom de voz eram bem parecidos com o do vocalista do Soundgarden. Veredito: ele é melhor que o original. Toca mais! Bem mais e talvez não cante tão bem, mas bem o suficiente para curtir o show dele. Meio farofa também, mas bom...

Depois li que o figura fez parte do Poison no primeiro disco e Mr. Big. Não dá pra ser muito mais farofa que isso... O setlist foi:

1. War Paint 
2. You Can't Save Me
3. Love Is Blind   
4. Bad Situation 
5. Fear 
6. Doin' What the Devil Says to Do 
7. Help Me (tem vídeo) 
8. Remember 
9. Go Faster

O cara toca muito e por isso toda música tem um solo, de guitarra ou de baixo. O legal disso é atestar a qualidade dos músicos americanos, pois mesmo quando eles tem cara de poser e não combinam com aquele som, eles mostram o valor da educação musical de qualidade desde cedo. O baterista, que parecia um backstreet boy, não errava uma virada e tocava uma coisa ou outra de jazz no meio dos solos virtuosos. O baixista num puta suíngue, fazendo o baixo parecer guitarra e fazendo parecer que aquilo era bem fácil... Nada que não fosse ficar pior com o Extreme no palco.

Exatamente 10 minutos atrasados entrou a banda principal da noite. Baterista novo, mas trio de frente mantido. Pat Badger no baixo, Gary Cherone nos vocais e Nuno Bettencourt na guitarra, o verdadeiro dono da banda. Na bateria Kevin Figueiredo, com um look não tão glamour quanto o resto da banda, mas igualmente competente no que faz.

A turnê marca os 25 anos do disco Pornografitti e por isso ele foi tocado completo do início ao fim. O setlist foi:

1. Decadence Dance 
2. Li'l Jack Horny 
Extreme
3. When I'm President 
4. Get the Funk Out 
5. More Than Words (tem vídeo)
6. Money (In God We Trust) 
7. It ('s a Monster) 
8. Pornograffitti 
9. When I First Kissed You 
10. Suzi (Wants Her All Day What?) 
11. He-Man Woman Hater 
12. Song for Love 
13. Hole Hearted / Crazy Little Thing Called Love 
14. Cupid's Dead (bis) 
15. Rest in Peace (bis)
16. Take Us Alive (bis)
17. Kid Ego (bis)
18. Midnight Express (bis)
19. Play with Me (bis)
20. Am I Ever Gonna Change (bis)

Eu poderia comentar música a música, mas não adianta. Todas as músicas do Pornografitti foram tocadas para o delírio da platéia. Deixo uma menção honrosa a 'More Than Words', que por mais brega que seja, todo mundo já cantou um dia e no show, TODO MUNDO cantou (veja o vídeo no fim).

De resto foi uma celebração do rock farofa, de um disco mega bem sucedido e uma celebração a banda. Gary Cherone pode não ter mais o alcance vocal que tinha, apesar de ainda cantar muito, mas o resto da banda parece não ter envelhecido: Nuno e Pat continuam fazendo o backing vocal perfeito (parece uma gravação de tão afinado e de tão igual ao disco que continua) e tocando muito. O baixista faz o básico muito bem feito. Nuno Bettencourt é um show a parte dentro do show da banda. A banda é dele...

Nuno Bettencourt
Seus solos de guitarra são absurdos. A facilidade com a que ele toca o instrumento irrita qualquer um que toca e frustra qualquer um que pensa em tocar assim um dia. Ele toca tudo igual ao disco de 1990, mas sem qualquer sinal de que rola um esforço. Em um momento, senta no palco da bateria, bate papo enquanto realiza um solo cheio de notas. O solo alucinante antes de 'He-Man Woman Hater' parece divertido para ele, mas não demonstra desafio nenhum. Fala português (de Portugal, mas fala...), interage, canta, toca e cativa todo mundo. Rodrigo e eu até chegamos a conclusão que apresentaríamos ele a uma amiga...

Para quem ouviu o Pornografitti nos anos 90, influenciado ou não pelo sucesso de 'More Than Words' seguramente se divertiu neste show. No bis, algumas músicas de outros discos, umas mais e outras bem menos famosas, fizeram aquela energia da parte principal da apresentação se perder um pouco. Muita gente foi embora e nós não conhecíamos muita coisa, mas ficamos pelo show do Nuno. Valeu a pena...

Soube e busquei no Youtube outro dia vídeos do Nuno Bettencourt tocando com a Rihanna. Pelo visto ele não precisa de muito para ser feliz musicalmente (apesar de que deve ganhar bem como músico contratado ali). Mas que ele tem o que precisa e pode dar uma grande contribuição ainda maior ao rock and roll, pode. TOCA MUITO!

Extreme é rock farofa! Mas é daí? Eu sempre gostei pacas de farofa!

Seguimos com os vídeos finais. Primeiro Richie Kotzen com 'Help Me' e depois Extreme com 'More Than Words'.



(Eu havia parado de fazer algo que volto a fazer neste post, que é indicar o que foi consumido no pós show. A fome após um show é quase certa e quem me conhece, sabe a importância de um hambúrguer na minha vida. Por isso, a partir de agora voltamos a ter este detalhe em todos os posts. Este pós show foi no A Chapa da rua Renato Paes de Barros do Itaim Bibi, onde consumimos batatas fritas palito com maionese a parte e um cheeseburger salada egg tártaro! Um sanduíche padrão larica, mas sem nenhuma qualidade especial.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diz aí...