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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Thesaurus: Punk Rock por Zeca Dom

Achei muito interessante a abordagem que eu dei ao termo Pop, me desenrolando em algumas partes. Torna possível aprofundar minimamente sem cair num simplismo bobo. A sacada desta coluna é falar de música para neófitos, gosto sempre de lembrar. Então, não cabem aprofundamentos acadêmicos ou de fãs. Mas cá entre nós, alguns termos merecem mais dedicação do que outros.

E o termo de hoje é um destes impossíveis de serem abordados em um único post. Então lá vai:

Punk Rock - Silvio Essinger: ‘Um dos fenômenos pop de mais difícil caracterização, o punk carrega em si uma série de contradições. Tido mais de uma vez como o salvador do rock (nas vezes em que este se entregou a à acomodação e ao jogo da indústria fonográfica), ele traz consigo uma carga de negatividade e de contestação do status quo que inviabiliza sua própria sobrevivência – uma vez que se estabelece com fenômeno de massa, já não é mais punk, acabou. Desde o princípio atrelado a mídia (as histórias de violência e ultraje sempre foram um prato cheio, como podemos ver em para tablóides e programas de TV sensacionalistas), o punk no entanto luta para destroçá-la em sua base, em prol de uma cultura pop alternativa, que só passou a existir depois que ele cavou os seus meios ideais de expressão – fanzines, selos fonográficos próprios, redes paralelas de informação e um circuito próprio de shows. Ele é o anti–mainstream.’ (ESSINGER: 1999, p. 20) No plano musical, o punk prima por sua aparente simplicidade, mas de certo modo enganosa. Dizia- se isso por conta de que a maior parte dos músicos punks não serem versados em teoria musical. Já Paul Fridelander (op.cit.) aponta uma certa complexidade nas composições de um dos maiores expoentes do Punk, o grupo Sex Pistols. Esta complexidade também é observável em outros grupos como The Clash, por exemplo. A influência do Punk Rock, particularmente em meu estudo, é considerável, em especial na prática do do it yourself e a influência deste ideário no Rock em Brasília nos anos 80.

Como vocês viram, já temos assunto até o ano que vem. Vamo pro pau!!!!!!! 1, 2, 3, 4!!!!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sobre Covers&Originais: Brand New Cadillac (Vince Taylor and his Playboys – 1959; The Clash – 1979)


Um clássico, mas tão clássico, que muita gente não conhecia o original!

'Brand New Cadillac' foi lançada em 1959, por Vince Taylor and his Playboys. A versão de 59 é ótima, um rockabilly sem tirar nem pôr, exceto, talvez,  pelo fato do dito ser inglês – dado que a maioria dos ídolos daquela época eram norte-americanos. Mas e aí? Riff de blues básico, imitadíssimo até hoje – por exemplo, é a mesma sequência de notas de Peter Gunn.

O The Clash, bem... possivelmente um dos grupos Punks mais conhecidos do grande público. Quem nunca ouviu Clash, já ouviu por exemplo Sould i Stay or Should i go:


Aquele grupo também inglês, tinha um leque bastante diferenciado de influências: seu repertório era algo variado com combinações de Reggaes ('Guns of Brixton'), influências do então recente Hip Hop ('Radio Clash') e mesmo Disco Music ('Rock the Casbah'). E lógico, eram influenciados por rock básico. 

A versão punk mantém seus elementos de rockabilly - ritmo, sequência de notas – MAS, um grande mas, é mais agressiva, típica do punk e mais pesada. Tanto que muita gente, até ler esta matéria, jurava que 'Brand New Cadillac' era de autoria do Clash. 


A trilha sonora desta semana, é obrigatória: 'London Calling' do Clash. Tem que conhecer os clássicos, gente!!!!!!!! Abração!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Inesquecível! Bruce Springsteen e a Socidade Alternativa

Em setembro de 2013, Bruce Springsteen voltou ao Brasil depois de muitos anos de ausência. Veio tocar no Rock in Rio no Rio de Janeiro, mas por ter ingressos esgotados para esta apresentação, marcou um show extra em São Paulo. Eu tive a felicidade de estar no show de São Paulo (foram 3 horas e 20 minutos de música) e acompanhei, por saber o quão sensacional seria, o show do Rock in Rio pela TV.

Bruce Springsteen e Jake Clemons
Bruce Springsteen veio acompanhado como sempre, da E Street Band para show da turnê Wrecking Ball World Tour, considerada a maior de 2012 e uma das três maiores do primeiro semestre de 2013. Foi a primeira turnê depois da morte de Clarence Clemons, conhecido como The Big Man, saxofonista e membro fundador da E Street Band. Para suprir sua ausência, um naipe de metais foi adicionado a banda, com Jake Clemons no saxofone, sobrinho de Clarence.

A turnê terminou no Brasil e teve seu último show no Rock in Rio. Ela voltaria em 2014, mas já com outro nome, promovendo o novo álbum, gravado nos intervalos da Wrecking Ball World Tour.

Em todos os shows, um ou o momento mais memorável da noite passava pelo cover da noite. Bruce Springsteen e sua banda faziam uma versão de uma música local, cantando inclusive na língua local. Algumas das músicas tocadas (todas com link para você poder curtir) foram 'Bad Moon Rising' do Creedance Clearwater Revival, 'I Fought the Law' popularizada pelo The Clash, 'Louei Louei' do Richard Berry, 'Twist and Shout' popularizada pelos Beatles, 'Highway to Hell' do AC/DC e para provar que não eram só clássicos, 'Royals' da Lorde, tocada na Nova Zelândia.


No Brasil o clássico escolhido e que deixou todos surpresos foi 'Sociedade Alternativa', do álbum Gita de Raul Seixas, composta por este e por Paulo Coelho. A surpresa se deu pela escolha da música, pelo fato de ter sido 100% interpretada em português e pelo arranjo, com um toque de música negra americana, com os metais bastante presentes. É uma versão rock, com toques de R&B, sem fugir da música brasileira.

Impossível não respeitar um artista que tem este tipo de carinho com seu público e este tipo de cuidado na qualidade musica do que apresenta. Eu que já gostava, fiquei fã de carteirinha do cara.

Vale a pena ver, rever, rever e rever. Inesquecível!