John Mayer é um daqueles shows que quem é fã esperou e muito para ver. E ele, como mais um que aproveitou o Rock in Rio, veio a São Paulo dar um alô para os paulistas.
Comecei a acompanhar o cara em 2001, quando fui morar nos EUA e o ouvi pela primeira vez. Me soou bastante adolescente, mas eu gostei. Coloquei no CD de coisas que ouvi naquele período e quando o mp3 finalmente virou algo padrão, baixei todos os seus CD's. Teve uma época que ouvi muito. E por isso, o anúncio do show em SP me fez comprar os ingressos na hora.
Phillip Phillips, Dave Matthews americano |
A compra do ingresso só não foi mais rápida, pois o show seria (foi) no Anhembi e honestamente, acho o lugar sempre muito ruim para ver um show. Estreito, difícil de ver o palco e sempre com problemas no som para quem fica no fundo e é baixinho como eu. Além disso, o local é difícil de chegar de carro ou taxi pelo trânsito (principalmente dia de semana), complicado para chegar de ônibus e fácil para chegar de metrô, mas é complicado de voltar em qualquer meio de transporte (até porque o metrô deixa de funcionar após a meia noite). A decisão foi despejar uma pequena fortuna e comprar a pista premium, até porque mais fã que eu, é a namorada.
Chegamos no final do show do tal Phillip Phillips, que soube havia ganho o American Idol, mas era tudo que eu sabia. Músico honesto, talentoso e as composições pareciam legais (ouvi 2 músicas e meia e fiquei surpreso ao ver que muita gente conhecia a última música e pelo que soube a mais famosa dele. No vídeo abaixo, com o começo cortado. Desculpas por isso!). Vendo no Rock in Rio pela TV, irritante ver, como dito por uma amiga, o quanto o cara chupa o Dave Matthews (na voz e inclusive nos trejeitos). Espero que um dia ele ache seu diferencial enquanto artista.
Na sequência, com pouquíssimo tempo de intervalo (parabéns para a produção), começou o show do John Mayer, que estava há metros da minha visão. Juntado isso ao conforto de não ter filas no banheiro, no caixa, no bar e algum conforto de espaço, a fortuna da pista premium se pagou. Será a solução pro Anhembi, mas terei de, infelizmente, escolher melhor os shows que verei lá (engraçado é que no dia seguinte, apesar de continuar não gostando do local, tive uma experiência bem diferente no Anhembi. No próximo post).
O show começou exatamente com a primeira música que ouvi dele lá em 2001 nos EUA. O setlist foi:
1. No Such Thing (com os Meninos do Morumbi)
2. Wildfire
2. Wildfire
3. Queen of California
4. Half of My Heart
5. Paper Doll
6. I Don't Trust Myself (With Loving You)
7. Going Down the Road Feelin' Bad (cover do Henry Whitter)
8. Slow Dancing in a Burning Room
8. Slow Dancing in a Burning Room
9. Your Body Is a Wonderland
10. Daughters
11. Free Fallin' (cover do Tom Petty)
12. Stop This Train
13. Waiting on the World to Change
14. Dear Marie
15. Something Like Olivia
16. Wheel
17. Who Says
18. If I Ever Get Around to Living (com um solo de Garotna de Ipanema)
19. Vultures
20. The Age of Worry
21. Why Georgia
22. Neon (bis)
23. Gravity (bis)
John Mayer |
O show seguiu com
uma sequência de músicas novas e apesar de terem uma pegada mais country (com
bastante slide), não achei as músicas necessariamente ruins, apenas com outro
estilo. Com 'I Don't Trust Myself (With Loving You)', começaram também os solos
de guitarra. E é exatamente isso que faz com que o show não seja apenas um show
pop, cheio de meninas gritando pelo cara. É exatamente por isso que o show não
é simplesmente um histeria coletiva sem muito conteúdo.
O show seguiu com
uma sequência de músicas novas e apesar de terem uma pegada mais country (com
bastante slide), não achei as músicas necessariamente ruins, apenas com outro
estilo. Com 'I Don't Trust Myself (With Loving You)', começaram também os solos
de guitarra. E é exatamente isso que faz com que o show não seja apenas um show
pop, cheio de meninas gritando pelo cara. É exatamente por isso que o show não
é simplesmente um histeria coletiva sem muito conteúdo.
John Mayer solando |
As músicas são
boas, banda (como quase todos que vimos no Rock in Rio) espetacular, mas ele
enquanto guitarrista é de fato um monstro. A facilidade com que ele toca, a
capacidade de improvisar e mesmos os solos já gravados anteriormente são muito
legais de ver. E mais um ponto para a pista premium é que este não é só um
espetáculo. É um show de música. Coisa que você veria sentado numa boa só para
apreciar o cara na guitarra. Então estar tão perto foi de fato muito positivo
pra experiência do show.
A sequência 'Your
Body Is a Wonderland', 'Daughters' e 'Free Fallin' (deu vontade de cantar
no tom da versão original) foi espetacular. 'Waiting on the World to Change'
fez a platéia virar backing vocal do cara. 'Vultures' foi mais um momento
apoteótico (pra mim), mas 'Why Georgia' encerrou a primeira parte com chave de
ouro, até porque era a música mais pedida pelo público.
'Neon' e
'Gravity' fizeram o bis perfeito no pedido do público e encerraram um show pop,
mas que não cai no padrão pop, por causa da qualidade musical do cara. De fato
ali temos um grande guitarrista. Eu podia passar sem tantas menininhas gritando
no meu ouvido, mas foi bem bom.
John Mayer e o clichê segurar a bandeira do Brasil, mas acho que o cara se emocionou mesmo |
Apesar de ser um
show sem muita interação física com a platéia, pois o cara não desce do palco
por nada (talvez pela guitarra, mas acho que é pelo perfil dele mesmo), o que
eu acho chato, o show teve bastante emoção da parte dele. O cara de fato se
encantou com a platéia e chegou a dizer que viria todo ano pro Brasil. Espero
que a empolgação ali da frente estivesse refletida para trás, mas pelo que
soube de amigos que foram de pista normal, o show de lá foi terrível.
Resumindo, show
no Anhembi só vale na pista premium, o cara é um gênio da guitarra, as músicas
pop são boas e ele gostou do show aqui. A pergunta é: quando ele volta?
Como não podia
deixar de ser, seguem os vídeos.
- Going
Down the Road Feelin' Bad e Slow Dancing in a Burning Room
-
Gravity
Grande Doca!! Estávamos juntos nessa também.
ResponderExcluirQue belo show!
Embora pop, e cativante para o público adolescente feminino, ele é muito bom musicalmente.
Um guitarrista de mão cheia!
Senti falta de ao menos uma música com a pegada do John Mayer Trio.
Espero que ele realmente volte com frequência, pois assim certamente teremos acesso às suas outras facetas!
Na essência, é um músico de blues.
Fico no aguardo do próximo post, Doca! Também estava lá!
Abraço!!