sexta-feira, 5 de abril de 2013

Lollapalooza – 30/03/2013


Minha maior decepção do segundo dia de festival foi ver que a lama que atrapalhou bastante a locomoção do primeiro dia ainda lá estava. Nenhum esforço no sentido de jogar areia ou algo do gênero foi feito. Resumindo, gente atolando, áreas intransitáveis (cercadas pela organização com gradil para que ninguém entrasse no pântano e não saísse mais) e o mesmo caos do dia anterior (principalmente nos banheiros atrás da tenda eletrônica.


Mas isso é um festival e não uma ópera, então vamos de música...

- Two Door Cinema Club
Não foi o show que cheguei para ver e confesso que nem vi, mas ouvi esperando o show que eu queria.

Apesar de indie demais pra mim, o som bem animado, dançante pacas. Confesso que vou dar uma chance e escutar mais coisas da banda, pois a primeira impressão das coisas que ouvi não me agradou muito.





- Alabama Shakes
Para mim, o ponto alto do segundo dia e um dos melhores shows do festival. Sem firula, sem cenário, sem sacanagem. Duas guitarras, baixo, bateria e uma voz da senhorita Brittany Howard, que MEU DEUS DO CÉU!

Como bem disse meu cunhado Zeca, a impressão que dá é que esta mulher passou por muita coisa e ela desafoga isso tudo enquanto canta. Canta, grita, berra e na boa, fiquei arrepiado umas tantas vezes.

Um show de rock clássico, dos sul dos EUA, com músicas lentas, que tinha tudo para ser odiado e que foi ovacionado pelos que trocaram o Franz Ferdinand por eles, como eu.

Um daqueles shows que você vê e agradece por existir e ter a chance e escutar algo assim. Vontade de chorar, literalmente, na última música do show. Escrevamos, que estes serão muito grandes um dia e se a banda não decolar como estou prevendo, Brittany Howard será sozinha um grande nome um dia. Que tenha cabeça para aguentar o que vem por aí...

Por enquanto, vídeo de 'I Found You'.


- Queens of the Stone Age
Meu terceiro show dos caras e eles continuam com a mão certa. Som pesado, diferente com Josh Homme quebrando tudo nos vocais e guitarra.

Mais um show de rock, sem muita frescura, mas dessa vez bem mais pesado. Quase todos os sucessos presentes, sendo que ‘Little Sister’ foi o ponto alto da noite (pelo menos de onde eu estava).

Uma mudança no humor da noite que tenderia a ficar ainda mais pesado, com um Josh Homme simpático, mas ainda assim assumindo seu papel de rebelde, mesclando declarações de amor a plateia com convites a que todos ficassem bêbados. Enfim, rock and roll pesado da melhor qualidade. Bem diferente do Alabama Shakes, mas disputando ali pelo melhor show da noite. Abaixo vídeo de 'Burn the Witch'.


- Perfect Circle
Um som estranho, bem tocado e pesado pacas. No palco uma cara familiar, do ex-guitarrista do Smashing Pumpkins. No som, um vocal que achei bem semelhante ao do Depeche Mode. Mas no peso, quanta diferença...

Vou resumir o show a uma música, que foi  a primeira que ouvi: ‘Imagine’ de John Lennon. Uma versão tão pesada, tão sombria, ilustrada por imagem de ditadores, massacres, criaturas aquáticas lindas e livres, enquanto o homem pesca apenas para se divertir.

Na boa, é daquelas coisas que você ouve e acha que nada mais faz sentido. Que o mundo nunca mais será um lugar melhor para você, seus filhos, netos e bisnetos. Pesado, mas muito bom. É pra quem gosta...

Por ser o show exatamente anterior ao principal show da noite, estava vazio.

- Criolo
Só ouvi as duas últimas músicas e achei bom. Vale a citação por ser uma atração nacional que conseguiu lotar o palco alternativo.

Muita gente cantando junto e alguns nomes carimbados no palco com ele.

O que eu lembro do show? Como ele é sem ritmo dançando! Rs



- Black Keys
Acho que pra mim a maior decepção do festival. Além do som baixo, coisa que não é culpa da banda, achei o show morno.

Até anunciarem o lineup do festival eu não conhecia nada banda. Ouvi algumas coisas, não curti. Ouvi outras e curti. Fiquei bastante curioso, mas achei o show morno.

A combinação de guitarra e batera no estúdio faz mais barulho que ao vivo. Os sucessos levantam todo mundo, mas na média o show é meio paradão. Juntando o som baixo ao som pobre em notas (não é uma crítica, apenas uma constatação, uma vez que são apenas dois instrumentos), a apresentação foi ok. E 

Assim finalizamos o segundo dia de festival. Desta vez deixei o carro na primeira rua após a ponte cidade jardim e depois de uma caminhada rápida, estávamos no carro voltando para casa.

Alimentação pós show para repor as energias no “The Dog Haus”, casa de cachorro quente, sensacional!!! Vai comendo vendo o vídeo de 'Money Maker' do Black Keys.

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