quinta-feira, 25 de abril de 2013

Como Ir Embora de um Show?

Como se vai embora de um show? Simples, certo? Você sai do local, pega seu carro ou vai até um local onde pode escolher um transporte público e assim minutos depois está na sua casa, certo? Na maioria dos casos no Brasil, não. A realidade é um pouco mais difícil.


Poucos são os eventos que se preocupam com a saída dos participantes, a ponto de montar uma estrutura dedicada a isso. Como exemplo daqueles que se preocupam pode-se citar o Rock in Rio e o Lollapalooza, mas mesmo a preocupação não é garantia de sucesso.

Além da preocupação do evento, a educação do público também é importante. Ao sair de um festival em Portugal uma vez, Optimus Alive, que foi realizado perto de uma estação de ônibus e trens, as pessoas calmamente se moviam até as estações. Para aqueles que iam se mover de taxi, uma fila de pessoas e uma fila de táxias fazia com que todos conseguissem sair dali rapidamente. Sucesso!

No caso do Rock in Rio sucesso também com ônibus organizados, apesar da distância do local. Carro lá nem pensar e metrô nem chega perto. No caso do Lollapalooza, no Jockey Club de São Paulo em ambos os anos, linhas de ônibus, metrô e esquemas especiais de estacionamento foram montados. Ônibus lotados na saída, metrô idem e com horário de funcionamento pequeno após o término do festival e fila na saída para pegar o transporte até os estacionamentos. Táxis chegando por qualquer lado e escolhendo que corrida pegar e quanto cobrar. Em um dia andei até em casa (4 km) e em outros deixei o carro perto.

Mas o problema não vale apenas para festivais. Shows avulsos em estádios e casas de show tem o mesmo problema com a falta de metrô e ônibus, com táxis fazendo o que querem e filas gigantes nos estacionamentos de carros privados.

Acho honestamente que os eventos no Brasil hoje estão muito caros para que não exista preocupação com a dispersão do público ou para que se dê ao luxo de fazer uma má organização.

A saída, com as pessoas com fome, cansadas ou porque não bêbadas (pagando R$ 8,00 por cerveja) tem de ser rápida, para evitar uma experiência traumática e para que a última lembrança da noite seja da boa apresentação vista e não do pé no saco que foi chegar em casa.

Empresários, acordem! Precisamos de mais organização. Frequentadores dos eventos, não aceitem simplesmente pegar um metrô lotado em uma janela de tempo mínima; não aceite esperar horas para sair de carro do estacionamento; JAMAIS aceite um taxista que recusa a corrida ou que tente cobrar preço fechado na corrida: reclame, denuncie e escolha melhor os locais que frequenta, busquem alternativas.

Que os eventos no Brasil passem a pensar mais não só no durante, mas no depois também...

Um comentário:

  1. Ótimo texto Doca e é por isso que deixei de frequentar shows. Ingressos caríssimos, bebidas e comidas idem e por que não falar na falta de segurança. Qualquer tumulto dentro de um caldeirão lotado de gente de todo tipo pode sobrar pra vc ! Abraço e bons shows !!!

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