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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Inesquecível! Bruce Springsteen e a Socidade Alternativa

Em setembro de 2013, Bruce Springsteen voltou ao Brasil depois de muitos anos de ausência. Veio tocar no Rock in Rio no Rio de Janeiro, mas por ter ingressos esgotados para esta apresentação, marcou um show extra em São Paulo. Eu tive a felicidade de estar no show de São Paulo (foram 3 horas e 20 minutos de música) e acompanhei, por saber o quão sensacional seria, o show do Rock in Rio pela TV.

Bruce Springsteen e Jake Clemons
Bruce Springsteen veio acompanhado como sempre, da E Street Band para show da turnê Wrecking Ball World Tour, considerada a maior de 2012 e uma das três maiores do primeiro semestre de 2013. Foi a primeira turnê depois da morte de Clarence Clemons, conhecido como The Big Man, saxofonista e membro fundador da E Street Band. Para suprir sua ausência, um naipe de metais foi adicionado a banda, com Jake Clemons no saxofone, sobrinho de Clarence.

A turnê terminou no Brasil e teve seu último show no Rock in Rio. Ela voltaria em 2014, mas já com outro nome, promovendo o novo álbum, gravado nos intervalos da Wrecking Ball World Tour.

Em todos os shows, um ou o momento mais memorável da noite passava pelo cover da noite. Bruce Springsteen e sua banda faziam uma versão de uma música local, cantando inclusive na língua local. Algumas das músicas tocadas (todas com link para você poder curtir) foram 'Bad Moon Rising' do Creedance Clearwater Revival, 'I Fought the Law' popularizada pelo The Clash, 'Louei Louei' do Richard Berry, 'Twist and Shout' popularizada pelos Beatles, 'Highway to Hell' do AC/DC e para provar que não eram só clássicos, 'Royals' da Lorde, tocada na Nova Zelândia.


No Brasil o clássico escolhido e que deixou todos surpresos foi 'Sociedade Alternativa', do álbum Gita de Raul Seixas, composta por este e por Paulo Coelho. A surpresa se deu pela escolha da música, pelo fato de ter sido 100% interpretada em português e pelo arranjo, com um toque de música negra americana, com os metais bastante presentes. É uma versão rock, com toques de R&B, sem fugir da música brasileira.

Impossível não respeitar um artista que tem este tipo de carinho com seu público e este tipo de cuidado na qualidade musica do que apresenta. Eu que já gostava, fiquei fã de carteirinha do cara.

Vale a pena ver, rever, rever e rever. Inesquecível!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Bruce Springsteen - 18/09/2013

The Boss
Sério, eu não queria ter de fazer este post. Alguma coisa de difícil serão as próximas linhas para descrever em palavras o que foi o show do Boss, Bruce Springsteen, que voltou ao Brasil pela primeira vez desde 1988, também dando uma paradinha em São Paulo antes de sua apresentação no Rock in Rio.

Tinha alguma expectativa de ver o cara pelo artista que ele é, mas confesso que eu não sou um fã que conhece muita coisa. Então a ansiedade estava controlada. Já meus companheiros de show, Fabio e Otavio, estes sim, estavam ansiosos.

Espaço das Américas com sua chegada caótica como sempre (com uma estação de metrô na porta que praticamente ninguém usa, principalmente, porque o metrô deixa de funcionar antes do show acabar. Uma pena!). Desta vez fui de taxi por conta da lei seca e agradeci, pois olha o preço do estacionamento. Perdemos ou não a noção das coisas? Mas passado o momento revolta pela falta de organização nos locais de shows (não é a primeira vez que escrevo sobre isso), vamos ao que interessa.


O Fabio nos explicava antes do show que é padrão no show do Bruce Springsteen ele cantar uma música do país, na língua nativa. Que na Argentina ele não se sentiu seguro para isso e por isso, postou o vídeo da música que deveria ter rolado no show em seu site. Finalizada esta conversa, batemos mais papo, tomamos uma cerveja e o show começa, assim!


Sim, 'Sociedade Alternativa' de Raul Seixas, cantada na íntegra, em português e vamos combinar, com um puta arranjo de metais. Era o prenúncio de uma noite longa, que durou exatas 3 horas e 18 minutos de show, praticamente sem nenhum intervalo.

O setlist foi:
10. The River
12. Because the Night (cover da Patti Smith)
The Boss, sendo levado ao palco pelo público
13. She's the One
21. We Are Alive (bis)
22. Born in the U.S.A. (bis)
23. Born to Run (bis)
24. Dancing in the Dark (bis) 
26. Shout (cover do The Isley Brothers) (bis)
28. This Hard Land (bis)

Durante as músicas seguintes, The Boss falou com a galera, foi dar beijos em algumas senhoras que estavam na grade da área premium e encantou todo mundo. Em 'Spirits in the Night', a primeira aparição em um palco que estava no meio da galera, bem pertinho. Como pode ser visto no vídeo abaixo e no susto, de tão perto que estava. A besteira foi que parei de filmar quando ele parou e depois a música voltou (já peço desculpas) e na hora de voltar ao palco, mais uma dele: se jogou na galera e deixou a multidão carregá-lo de volta até o palco (foto acima). Foi demais...


Aí em determinado momento os cartazes com pedidos de músicas começam a ser recolhidos por ele, indicando as próximas músicas que seriam tocadas. Acredito eu, que sabendo o setlist, ele recolheu os cartazes, prevendo aquilo que viria pela frente. E mostrava o cartaz pra banda e pro público indicando o que vinha pela frente. Show de simpatia! E alguns outros cartazes também foram lidos, como por exemplo em 'She's the One', um cartaz onde um rapaz gostaria de pedir a noiva em casamento no palco e o Bruce topou. O resultado? Clique aqui pra ver.

The Boss interagindo com o público
O show continuou num clima espetacular, pois o cara é um show man (o maior que eu já na vida), super carismático com a platéia e tem uma energia invejável. 63 anos e em 3 horas e 18 minutos o cara mal parou. Além disso, qualidade musical impecável! 16 pessoas no palco (ele, The Boss, 5 metais, 2 guitarras, 1 baixo, 2 pianos/teclados, 1 percussionista, 1 violão/violino, 3 backing vocals) e quase todos eles ainda fazem backing vocal numa perfeição. Quase uma big band!

Um 'Because the Night' para dar uma animada na galera (não pela música em si, mas pelo hit) e no bis, que nem parecia bis, porque ele mal saiu do palco, veio uma pedrada atrás da outra. 'Born is the USA', 'Born to Run', 'Dancing in the Dark'. O momento mais divertido do show, 'SHOUT', numa energia louca e de verdade, ele estava ok, mas a platéia apesar de feliz, estava morta. Eu mesmo já não sabia quanto tempo mais ele tocaria. Parecia que não ia acabar nunca e de verdade, seria divertido se nunca acabasse.

A menina convidada a subir ao palco, ganhou uma rosa
e depois de abandonar a timidez, cantou
De repente uma piada ou outra sobre estar cansado e o cara estava ensopado. E a saideira! Uma das senhoras lá do início foi chamada de namorada brasileira do Boss e abriu um sorrisão. Ufa, acabou! Ufa mesmo? Não, que pena! E de repente, ele volta para mais uma. Só ele e o violão. Uma forma de agradecimento, depois de um discurso aparentemente sincero.

Eu já falei que sempre desconfio dessas falas de que o Brasil é a melhor platéia do mundo, que somos fodas e etc. Desde que começou o Rock in Rio tenho sentido alguns artistas de fato emocionados. Conversei com algumas pessoas que vêem show fora daqui e parece que a coisa por lá é mais fria mesmo. No caso do Bruce Springsteen, tendo sido a última visita em 1988, ele pediu desculpas pela demora e que estava bastante surpreso com a recepção do show, pois depois de tanto tempo, ele não sabia se as pessoas ainda acompanhavam o trabalho dele. E de verdade, se ele se emocionou com 7 mil pessoas, acho que ele arrebentou no Rock in Rio. Aí sim rolou a saideira e o show acabou...

Galera convidada pra cantar no palco
Descrever o show não é tarefa fácil. Pra quem vive a vida impulsionado por música, aspirar toda aquela atmosfera e ainda ter o exemplo de uma pessoa que faz o que ama e aos 63 anos está em melhor forma e com muito mais energia que eu, foi daquelas coisas que você só explica com um MUITO FODA!

Não foi só um show. Foi uma experiência de vida. Uma demonstração do porquê a música é tão importante para tanta gente. E uma noite que fatalmente ficará marcada na minha vida: a noite que vi um show FODA, o dia que vi Bruce Springsteen e entendi porque ele é chamado de THE BOSS.

Um vídeo como é de praxe para finalizar, com Bruce cantando The River: