quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sobre Covers&Originais: Fuel My Fire (L7 - 1994; Prodigy - 1997) - por Zeca Dom


Um dos meus desafios como DJ é conseguir mostrar para o público o quanto as bandas são boas e vão além de hits óbvios. E é muito complicado: todo mundo gosta de ouvir o grande hit de uma banda, numa balada, naquela ‘grande hora’. Mas ao mesmo tempo perde-se muito do que o grandes artistas tem a oferecer.

É este o caso do Prodigy e, para os amantes de rock básico, o L7. Deixe eu falar um pouco pra vocês sobre estas duas bandas aparentemente desvinculadas.

O Prodigy é bastante conhecido nas pistas. Eles lançaram composições matadoras nos anos 90 e, possivelmente, ainda mantém as melhores perfomances ao vivo. É o caso de 'Firestarter', 'Breathe' e, lógico, 'Smack my Bitch Up', com o seu clipe e sons definitivos. E todos estes hits são do mesmo album, The Fat of The Land (1997) .


Um dos grandes lances do Prodigy, é a aproximação  da música eletrônica com o Rock: eles utilizam guitarras elétricas e baterias ao vivo em suas performances. Esta energia única fez deles um grupo extremamente singular, extrapolando os limites a música eletrônica, e não sendo uma banda de um único album. Dá uma olhada neste link aí, aliás, sugestão de trilha sonora para nosso post semanal:


O L7, por sua vez, é uma banda feminina dos fins dos anos 80, de rock básico (baixo, guitarra e bateria) associadas a cena Grunge. Elas vão alcançar a notoriedade no Brasil em seu belíssimo Bricks Are Heavy em 1992. Este álbum, produzido por Butch Vig - o cara que produziu o Nevermind do Nirvana no ano anterior - tem um som rápido, pesado, guitarras de quem sabe o que faz. Possui grandes momentos: 'Everglade', 'Pretend We're Dead' e a  música que faz trilha sonora no filme Natural Born Killers (1994), na sequência inicial, protagonizado por Julliette Lewis: 'Shitlist'.


O encontro destas duas forças musicais - Prodigy e L7, ocorre na música 'Fuel My Fire'. Esta, um petardo do album Hungry for Stink das meninas, é bem 90: bateria rápida, e um riff pesado e um refrão de pura energia: ‘People like You Just Fuel My Fireeeee!!!!’

O Prodigy nos brinda então com a versão, que passou batido pra muitos, na última faixa do Fat of The Land. O Resultado foi este:


Coisa rara: duas versões ótimas, feitas na mesma época, a cara dos anos 90: a tensão entre a música eletrônica e o a volta do Rock Básico do Grunge.

Semana que vem estamos aí!!!!!!

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