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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Coala Festvial - 12/08/2017

Coala Festival 2017
A primeira vez e única que estive no Coala Festival, antes da edição de 2017, foi no seu primeiro ano e a imagem que ficou para mim foi a de um festival convidativo, tranquilinho. Isso, junto a um lineup de artistas brasileiros que conheço muito pouco, mas que estão tocando bastante, me fez sugerir a algumas pessoas para irmos. Eu estava meio certo e meio errado. rs

Quero chamar atenção, pois na semana em que fiz um repost de um artigo sobre as carteirinhas de estudante e as meias entradas no Brasil, o festival permite que todos paguem meia. Quem tem carteirinha paga, conforme a lei. Quem não tem, doa 1 kg de alimento ou 1 livro e também tem direito ao ingresso com preço de meia entrada. A reflexão que levo para outros festivais, principalmente o Lollapalooza, que diz que no Brasil o ingresso é muito mais caro, pois muita gente compra meia com carteirinha falsa: por que não ter um ingresso meia para quem faça uma doação ou pelo menos com desconto, para desestimular o uso de documento falso e assim baixar o ingresso para o público que paga inteira? Gostaria de comentários...

Devido a outros compromissos cheguei no festival por volta das 16:30. Uma pena, pois perdi a apresentação do Liniker, que nunca vi e gostaria de ver. E aqui entramos em outro tema para um debate interessante que foi a ordem de apresentação do lineup do festival.

Em vez de colocar os artistas com menos apelo no início e ir colocando os de maior apelo no fim, fazendo com que os artistas que tocam primeiro quase não tenham público, o Coala resolveu inovar. Fez uma mescla de artistas conhecidos com não conhecidos, para que desde cedo o público compareça para ver seus artistas favoritos e assim aprecie também o trabalho dos artistas novos. Achei interessante. Se por um lado em um festival de dia todo seja complicado chegar logo no início, por outro, é justo trabalhar para que todos os artistas tenham um bom público. Gostaria de comentários sobre este ponto também...

Rincon Sapiência
Cheguei antes do show do Rincon Sapiência, que já começou atrasado (problemas de um festival de palco único, mas nada que tire o brilho do evento), e fiquei ouvindo o DJ EB (som divertido). Só mais um comentário antes de falar de música: aquele festival tranquilinho desapareceu. Ingressos esgotados, com entrada tranquila. Mas pelo local escolhido para entrada no Memorial da América Latina, onde estavam concentrados os banheiros e a praça de alimentação, chegar ao palco era uma caminhada com obstáculos. Outro problema foi conseguir comprar ficha para consumo, com filas gigantescas, mesmo nos vendedores volantes. Dei sorte de acharem um vendedor que resolveu ficar mais perto do palco e me chamarem para comprar fichas. E aí, em vez da ficha valer dinheiro, ela vale o produto. Isto é, com filas enormes, você tem de comprar tudo antes e não pode mudar de ideia. Achei ruim...

Mas o que importa é que o Rincon Sapiência faz um puta show. Hip hop, mas com banda (o que é a minha preferência, pois foge dos beats tradicionais feitos no Brasil, mais para baixo e sem muitos elementos). Swingado demais! Curti muito, dancei muito, apesar de nunca ter ouvido. Prometo que vou buscar resolver isso. rs

Emicida, Fióti e Rael
Durante o Shaka o foco foram as filas. Confesso que mal deu para ouvir. Mas nas sequência veio o show (na verdade shows) do Emicida, Fióti e Rael. Na verdade foi um show do Emicida com a banda acompanhando Fióti e Rael em algumas músicas e no final, eles juntos. Mas quem comandou tudo foi o Emicida, já com músicas bem conhecidas do público.

O Fióti tem uma pegada bem mais swingada, mais MPB. O Rael é uma mistura de ambos, eu diria. Com MPB e hip hop, tudo junto e misturado, e uma voz com maior alcance também. No geral foi uma apresentação bem interessante, mas em alguns momentos meio confusa pela mistura de estilos. Mas rolou legal para dançar e curtir bem o fim de tarde.

No intervalo, já com bem menos filas, uma vez que o público começou a ir todo para frente para ver o show do Caetano Veloso, ouvi DJ Tahira enquanto eu bebia e tentava comer (sim, para comer as filas continuavam gigantescas).

Caetano Veloso
E Caetano chegou. Meu primeiro show solo dele (só havia visto ele se apresentando com o Gilberto Gil) e ele solo no palco. Sério, estou batendo palmas até agora para ele como artista. Um festival com algum dos músicos mais fortes do cenário nacional atual e o Caetano entra lá, sozinho, voz e violão, para encerrar o festival. E sabe do que mais: segurou, fez todo mundo cantar e arrebentou. "Ah, mas ele é chato!". Não importa, o artista é foda cara!!!

Não fosse a dor que eu sentia nas costas, teria curtido mais. Mas aproveitei todos os hits que eu conhecia (sim, não sou um grande conhecedor) e cantar algumas coisas junto, chega a emocionar. Parabéns ao Caetano. Parabéns ao Coala por trazê-lo para encerrar o festival.

Agora Coala, é preciso melhorar o fluxo das pessoas no local, a venda de fichas e o acesso a bebida e a comida. De resto, vocês acertaram em tudo. E parabéns por testar novos modelos!

Tome Caetano Veloso para encerrar isso.

PS: para encerrar mesmo queria dizer que senti falta do Coala no palco, dançando! É isso! rs

- Odeio 

- Desde Que o Samba é Samba

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ira! - 13/05/2017

Era uma corrida na verdade. Fui correr 5k. Minha cunhada também. Minha mulher 10k. Corremos. Depois da chegada a promessa era de cerveja open bar e um show do Ira! Vai, exercício, open bar e rock and roll, por que não?

A corrida foi ótima! Mas depois da chegada o open bar só começava depois de um determinado horário. Quando começou foi uma bagunça. Na segunda cerveja, já estava quente.

O show do Ira! estava chato e nem só por culpa da banda. Cansado, com cerveja quente, não estava valendo a pena.

Fomos embora. A verdade é que eu nem ia escrever sobre este show, porque foi tão zoada toda a situação que não deu vontade de escrever. Mas aí um amigo falou que eu deveria escrever isso.

Então, este show não terá review, porque não me deu vontade de escrever sobre ele.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

19o Cultura Inglesa Festival - 21/06/2015

Depois de alguns anos tentando ir ao Cultura Inglesa Festival, finalmente consegui. Nos anos anteriores foram viagens ou o fato dos ingressos terem esgotado rapidamente que me impediram. Este ano o festival trouxe o The Strypes, que ninguém deve ter visto antes, pois afinal de contas a banda tem integrantes muito novos; Gaby Amarantos, em uma aposta arriscada; e Johnny Marr, que já havia visto no Lollapalooza, mas vale a pena ver de novo, pois é um dos Smiths e porque o festival é grátis.

19o Cultura Inglesa Festival

O Cultura Inglesa Festival vai em 19a edição, este ano realizado no Memorial da América Latina. Não sei se sempre foi assim, mas atualmente é um festival de 30 dias sobre a cultura, adivinhem? Sim, inglesa. E o festival termina com um show ou alguns shows, em um festival de música gratuito, onde ingressos são distribuidos primeiramente a alunos e funcionários da escola e depois ao público em geral, com limite de um ingresso por pessoa. Não tenho filhos, mas já deu vontade de colocar meu filho estudando lá.

Desta vez o hambúrguer foi antes e não depois do festival. Passamos para almoçar no Z Deli, na Rua Francisco Leitão, em Pinheiros, São Paulo, e comi um Black Burger (hambúrguer, molho rôti e tutano). Recomendo super! Como a casa é pequena e fica um pouco cheia, nos atrasamos para comer e consequentemente para chegar no show.

Chegamos com o The Strypes já no palco. Um som simples, bem britânico (eles são irlandeses), mas divertido. A banda formada em 2011, tem integrantes entre 17 e 19 anos, que me diz que a banda deve ter sido montada quando eles tinham 13 anos. Logo, tudo que ouvi da banda me pareceu bastante maduro para a idade dos caras, mas ainda assim você percebe que falta algo.

O setlist foi:

The Strypes
1. Now She's Gone 
2. What A Shame 
3. Best Man 
4. '84 
5. What The People Don't See 
6. Cruel Brunette 
7. I Don't Want to Know 
8. Three Streets 
9. Queen Of The Half Crown 
10. Get Into It 
11. Scumbag City - tem vídeo
12. Mystery Man 
13. Hometown Girls 
14. Blue Collar Jane 
15. Still Gonna Drive You Home 
16. I Need To Be Your Only

Uma banda já produzida na música e no visual. Claramente o líder da banda é o guitarrista Josh McClorey, pois enquanto toda banda está de preto ou cores escuras, o cara está de cores bem vivas, se destacando. Além disso, o vocalista mal fala, sendo que todos os anúncios são feitos pelo guitarrista. Uma dinâmica diferente, estranha, mas é assim que funciona.

Musicalmente o quarteto é bom! Tem uma pegada ainda muito jovem, mas se os caras conseguirem se manter, no futuro podemos ter uma banda bastante interessante, uma vez que o tempo de estrada deve deixar a banda mais madura (só pensei na trajetória do Arctic Monkeys).


Depois de curtir a pegada blues e rock da banda e um pequeno intervalo sem álcool, já que o festival era aberto a todas as idades, chegou a vez de Gaby Amarantos entrar no palco e mostrar seu show dedicado as divas do rock britânico.

O show começou com duas músicas do Queen, categorizando Freddie Mercury como uma diva. Depois foi um misto de músicas britânicas de artistas/bandas como Amy Winehouse, The Smiths, Culture Club e New Order e músicas próprias e de alguns outros estilos, como o funk carioca.

Gaby Amarantos
No que se refere às músicas britânicas, eles foram apresentadas em versões mais rock and roll e algumas outras com a harmonia de guitarrada do Pará, o que não posso negar que criou uma mistura interessante.

O que pegou no show foi a questão da "fularagem", como dito pela própria Gaby Amarantos, criando versões de músicas clássicas com letras bem superficiais e também a apresentando vários funks cariocas. As músicas próprias eram de se esperar e o estilo techno brega já define a artista que ela é, com este estilo reforçado inclusive com convidados como a cantoria Lia Sophia e o guitarrista Manoel Cordeiro, reforçando a importância da cultura paraense na sua apresentação. Mas as versões bobas dos clássicos de fato assassinaram as músicas e criaram alguns momentos desconfortáveis para o público que estava ali e era fã do trabalho original dos artistas britânicos.

De verdade, não foi um show terrível e é preciso tirar o chapéu para o curador que teve coragem de colocá-la no line up do festival, mas acho que um pouco menos de "fuleragem" poderia ter trazido mais respeito daquele público pelo trabalho original dela. No final, sinal de que estamos melhorando, pois nenhuma vaia foi ouvida e muito pelo contrário: muitas palmas foram batidas. Talvez só eu tenho achado "fuleragem" demais!


E depois de mais um intervalo sem álcool, chega ao palco Johnny Marr apresentando seu trabalho solo e do The Smiths, este sim, aguardado pelo público. O setlist foi:

1. Playland 
2. Panic (The Smiths)
Johnny Marr
3. The Right Thing Right 
4. Easy Money - tem vídeo
5. 25 Hours 
6. New Town Velocity 
7. The Headmaster Ritual (The Smiths)
8. Back in the Box 
9. The Messenger 
10. Generate! Generate! 
11. Bigmouth Strikes Again (The Smiths)
12. Candidate 
13. Getting Away with It (cover do Electronic)
14. There Is a Light That Never Goes Out (The Smiths)
15. Stop Me If You Think You've Heard This One Before (The Smiths) (bis)
16. Upstarts (bis)
17. I Feel You (cover do Depeche Mode) (bis)
18. How Soon Is Now? (The Smiths) (bis)

A verdade afinal é que o trabalho solo do Johnny Marr é bom e teve seus momentos fortes, como a música 'Money Money', impulsionada pela 89 FM, a rádio rock de São Paulo. Mas todo mundo quer ouvir The Smiths. É uma energia com um trabalho e êxtase com outro. Uma energia louca. A parte chata de ver um segundo show dele é que algumas surpresas como o cover do Electronic e a introdução de 'There Is a Light That Never Goes Out', deixaram de ser surpresa e tira um pouco daquela perplexidade que te faz arrepiar.

Desta vez além de todas as músicas do The Smiths, o auge ficou pelo encerramento do show no bis com 'How Soon is Now?'. Catarse total.


No final, muitas palmas para o festival por toda a cultura que leva de maneira gratuita, pelo show de encerramento não muito grande, confortável, com boas atrações e ainda por cima, gratuito (vale reforçar!). Nem importou que não houvesse cerveja...

terça-feira, 18 de março de 2014

Coala Festival - 15/03/2014

O Coala Festival é um festival novo que surgiu em São Paulo este ano. Eu vi muita divulgação dele no Facebook e cheguei a dar uma olhada no lineup, mas confesso que não me animei muito, por não ser muito meu estilo musical.


Na semana do festival recebi um convite para ir e como o Criolo ia tocar e a Marina, a namorada, curte ele bastante, perguntei se ela estava interessada e aceitamos o convite. Fomos também acompanhados da pessoa mais "xovem" que conhecemos, nossa amiga Karinna.

Apesar de uma agenda extensa, inclusive tendo Tom Zé no meio da tarde, só fomos capazes de chegar por volta das 18 horas no festival, que foi realizado no Memorial da América Latina. E a primeira boa surpresa, a chegada estava tranquila, com um estacionamento bem em frente e por apenas R$ 10,00. Considero a boa notícia, além da chegada tranquila, o fato do estacionamento não ter inflacionado seu preço por causa do festival.

Pegamos nossos ingressos e entramos pela entrada principal do memorial, passando por uma exposição (confesso que não sei se é algo permanente ou não), o que já torna a coisa bem mais interessante do que simplesmente um festival de música (vale comentar que na saída, mesmo com muitos saindo ao mesmo tempo, respeito total pelas obras que ali estavam).

Apesar das atrações musicais não serem do meu maior interesse e de me sentir um pouco fora da faixa etária dominante, curti bastante o festival. O local é interessante, quando comparado a locais onde se realizam shows em São Paulo normalmente, pode-se ver uma vista diferente da cidade, com obras de Niemeyer. Estava bastante confortável, isto é, tinha bastante gente, mas ao mesmo tempo, bastante espaço para circular, para ficar a uma distância confortável do palco e fácil para comprar bebida e comida (apesar de alguma fila nos caixas, que eram apenas três, se eu contei certo).

Apesar de ver alguns atendimentos de bombeiros por consumo excessivo de álcool e/ou outras coisinhas, o público estava numa vibe bem legal. Fiquei bastante bem impressionado por ver o público utilizando as lixeiras e vendo bem pouco lixo no chão. E finalmente, o festival possuía uma feirinha mix com alguns produtos e uma área para as pessoas relaxarem com grama sintética, dando um certo espaço para quem quisesse se desligar do festival um pouco, uma vez que a programação era meio longa.

Enfim, uma boa e confortável experiência para quem gosta de música, a um preço bem mais razoável do que aqueles praticados por aí. Começando R$ 80,00 a inteira e finalizando com R$ 140,00, sendo que qualquer um poderia compra meia entrada levando um quilo de alimento não perecível ou um livro. Diante da nossa legislação e da falta de controle das pessoas que podem comprar meia, acho bem justo dar acesso a meia entrada para todo o público.

Mas vamos ao que interessa: a música. Quando chegamos no festival, havia um DJ tocando e estava bem divertido. Na sequência entrou a banda chamada O Terno. Nunca tinha ouvido falar da banda e eles começaram muito bem. Trio, rock and roll, bons vocais e bons arranjos. Os caras terminaram muito bem também. Mas a energia que começa e termina lá no alto, cai um pouco durante o meio do show, fazendo com que ele fique meio chato. Mas achei a banda uma grata surpresa e poderia vê-los de novo.

Deixo os comentários para a versão de Vinícius de Moraes feita por eles (vídeo abaixo), que poderia até ser um pouco mais pesada, na minha humilde opinião (para descaracterizar um pouco mais a música, mas o objetivo deles poderia ser outro, certo?), e para o fato deles terem feito o público todo deitar no final do show. Mostra que eles conectaram bem a galera.


No intervalo acredito que quem estava nas pickups era o Davida Buscavida, que já vi em outros momentos. Mais uma vez, mandou uma sequência boa de músicas nacionais e suas versões tradicionais, como Beasty Boys com sampler do Bob Marley. Sempre bom para dançar.

Sobre a Trupe Chá de Boldo, não tenho muito o que dizer. Não gostei do som, não prestei atenção e aproveitei para dar uma volta pelo festival e comer durante a apresentação deles.

No intervalo, não importa que DJ tocou (chamava-se Shaka, btw), mas sim a materalização do Coala, que dá nome ao festival, e que aparecia constantemente nos telões em vídeos e imagens hilárias. O Coala dançou (vídeo abaixo), animou a galera e num material muito bem feito, fez o festival ter uma identidade muito forte, pronto para voltar em 2015.


Criolo
E finalmente, o Criolo entrou para fechar a noite. Eu, que não sou fã, já vi três shows dele e este, seguramente foi o melhor.  Mais melodia e menos tons agressivos, o que me agrada mais. Apesar da bateria caindo as vezes (e deu para ver que a banda sentiu isso também), o som estava bom e a energia rolou bem legal com o público. Dançamos, cantamos e curtimos bastante. 

A Tulipa Ruiz, que estava no show, foi chamada para ficar no palco na última música. Apenas uma palhinha, bem inha, para botar aquela cereja no bolo. Mas tenho de bater palma, pois parece que o cara está melhorando, desde o setlist, passando pelo figurino e seguramente na forma de se comunicar e falar com o público (e o cara fala bem, viu? Sobre um monte de coisas durante a apresentação). Abaixo o vídeo de 'Samba Sambei' para mostrar que estava rolando legal.


Para completar, saída tranquila, num horário bem razoável e a sentimento de ter ficado feliz por não ter deixado de ir ao festival. O festival tem potencial para crescer, mas desejo não só longa vida a ele, mas que continue confortável e gostoso de aproveitar, como foi em 2014.