segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A Minha Primeira Vez no Teatro Municipal de São Paulo

Porque nem só de rock e pop vive o homem! Porque eu nunca tinha ido ao Teatro Municipal de São Paulo! Porque eu tenho uma mulher que adora me proporcionar novas experiências! Por isso tudo, ganhei de presente de dia dos namorados (dia 12 de junho) um presente que só pude aproveitar no último dia 06 de agosto, quinta-feira: ver um concerto da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo no Teatro Municipal de São Paulo.

O programa do dia era:
Orquesta Sinfônica Municipal de São Paulo
Regente: Christian Arming, austríaco
Solista: Tatjana Vassiljeva, russa - Violoncelo
Obras:
- GUILLAUME LEKEU: Adágio para Orquestra de Cordas (11 minutos)
- EDWARD ELGAR: Concerto para Violoncelo e Orquestra, Op. 85 (30 minutos)
- CÉSAR FRANCK: Sinfonia em Ré Menor  (37 minutos)

A experiência toda começa por ir ao centro de São Paulo, no meio da semana, o que só é comum para quem trabalha por lá. Alguns dos prédios, bem conservados, ficam ainda mais lindos com sua iluminação. Outros, se destacam por estarem abandonados, sujos, pichados, o que é uma pena.

Teatro Municipal de São Paulo
O Teatro Municipal que é lindo por fora, é ainda mais memorável por dentro. Das janelas, portas, lustres, aos detalhes de cada canto do prédio, bem conservado e lindo. Ao entrar os olhos ficam meio chocados e não conseguem parar de olhar para tudo. Infelizmente não houve muito tempo para admiração, pois o concerto já ia começar.

Ao entrar na sala, confesso que esperava que fosse maior, mas é linda. Os balcões são impressionantes! Assentos na 3a fileira. Prontos para ver toda a ação bem de perto.

A primeira parte do concerto, só de cordas foi uma das coisas mais lindas de se ouvir (e ver). Eu costumo ver muito pouco orquestras de música clássica, mas confesso que toda vez que vejo acho lindo o som, pois sempre me parece o som mais límpido e puro que se pode fazer com instrumentos. Os seus ouvidos agradecem, diante da loucura de ruídos do dia a dia, poder ouvir aquilo. O violoncelo nesta obra tinha um tom sombrio, uma coisa linda de ouvir.

Na segunda obra, a solista russa Tatjana Vassiljeva, estava bem na nossa frente. E ver alguém, tocar naquela intensidade, uma peça de 30 minutos, sem partituras, é impressionante. E estar tão perto, poder ver cada movimento, a hora de atacar o instrumento, a hora de acariciá-lo. Ver tudo com tantos detalhes foi brilhante.

Depois do intervalo a terceira obra. 37 minutos. E a chance de ver o regente e reparar nos seus movimentos. Observar cada instrumento. Ver músicos mais novos tocando cada nota com o corpo. Ver músicos mais experientes que mal se movem e só olham a partitura de longe. Ver perfis de pessoas que no dia a dia, você jamais diria que são músicos clássicos, fazendo música.

Não foi apenas uma experiência musical. Foi uma experiência histórica. De sentidos: visão e audição. Mas mais que tudo, foi uma experiência emocional. A música clássica que tem tão pouca presença na minha vida me traz isso. E o Teatro Municipal de São Paulo foi um cenário e tanto para o momento. Para muitos que perguntaram: eu super recomendo! Obrigado pelo presente Marina! :)

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