quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Desilusão...

Dia de afins...

Hoje acordei menos esperançoso com o nosso país. São dados negativos vindo de todos os setores vitais do Brasil, discussões sobre política com tantos argumentos como uma discussão sobre paixão futebolística, futebol sendo decidindo no tepetão de novo, entre muitas outras coisas. O sentimento que tenho é que não se pode confiar em ninguém e nem em nenhuma instituição. A cidade de São Paulo cada vez mais caótica e um futuro cada vez mais complicado. E eu tentando ser um cidadão correto (veja bem, eu disse tentando!).

Mas por que estou me sentindo assim? Pensei, revirei e percebi que a internet é responsável por boa parte deste sentimento. Um território onde vale tudo. São toneladas de informações, notícias, sendo que cada um posta aquilo que mais lhe convém, que justifique seu ponto de vista (para defender ou atacar). São milhões de opiniões, sendo algumas razoáveis, mas muitas carregadas de raiva e incompreensão. E percebo também uma dose carregada de pessimismo em quase tudo que leio. As redes sociais deixaram de ser entretenimento, mas sim uma fonte bem grande de reclamações e acusações.

Ontem, passando pelo Facebook vejo um texto do jornalista e blogueiro Rica Perrone (com quem nem sempre concordo, que fique claro!), sem compreender o porquê de tantas críticas e ameaças por causa de um post dele, isto é, uma opinião própria. Uma parte do texto me chamou atenção: "Ainda não descobri se a internet nos revelou que vivemos numa socidade imbecil ou se ela ficou imbecil com a internet."

Pensei bastante nisso... Lembrei do filme Rede Social, onde o personagem que representa nosso querido Zuckerberg diz que seu objetivo era transportar a experiência que temos em sociedade para o computador, para o mundo digital (ou algo assim...).

Minha conclusão é que a internet liberou a imbecilidade existente dentro de cada um de nós, mas sim, ela já existia. A raiva e a estupidez existem na nossa sociedade real também. Mas pessoalmente, ainda existe algum bom senso (mesmo que cada vez mais escasso na vida real também) e regras de convivência. Na internet não.

Nas redes sociais existe um escudo: o computador ou celular ou tablet. Sendo assim, as pessoas se sentem livres para falar o que de fato pensam. E na boa? Dá uma preguiça... Dá saudades de ter conversas onde as pessoas respeitam diferentes pontos de vista e regada a uma cerveja gelada.

Chegou um momento de um novo aprendizado: aprender a tirar só aquilo que há de melhor da internet. Aproveitar este vasto campo de opiniões, para embasar a sua própria e levar isso para uma mesa de bar. E não absorver toda essa paixão e pessimismo que lá são derramados. Inveja daqueles que já conseguem pensar e agir assim...

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